Sempre quis saber mais sobre o trotskismo, essa doutrina comunista de oposição ao pensamento de Stalin, baseada nas teorias do político e revolucionário Leon Trotsky.
Passei a me interessar por isso porque tais fundamentos eram defendidos e comentados pelos companheiros de acampamento, do partido, jovens como eu, mais engajados, superantenados. Em meio a debates ouvi sobre a IV Internacional, um ideal ainda perseguido, mas que infelizmente não se conseguiu alcançar após sua morte.
Em 20 de agosto de 1940, há exatos 69 anos, Trotsky morreu vítima de um atentado. O homem era forte. Nem com o violento golpe de uma picareta na cabeça, entregou-se. Mesmo ferido, segurou o carrasco até seus guarda-costas chegarem, quando então ordenou que deixassem-no vivo, a fim de descobrir o mandante do crime.
Foi uma morte anunciada. Planejou-se sua execução ao longo de quatro anos. O objetivo era acabar com qualquer ligação das gerações mais jovens com os dirigentes da Revolução Russa de 1917. A preocupação era que fosse criada, naquele momento em que o mundo se preparava para mais uma guerra mundial, uma alternativa revolucionária ao redor do velho bolchevique russo.
A partir da morte de Lenin, Trotsky lutou pela libertação do movimento operário internacional. Sua máxima era defender o marxismo e, foi justamente nesse contexto que a idéia de Revolução Permanente foi teorizada e trabalhada por ele. Manifestava sua divergia do stalinismo com relação à visão de expansionismo além fronteiras da revolução. O estadista defendia o fortalecimento interno da União Soviética.
Dedicou-se até o fim a uma luta prática e teórica contra a burocratização e a desastrosa política de dominação stalinista. Por saber que era impossível construir um socialismo limitado às fronteiras de um país economicamente atrasado como a Rússia, organizou a Oposição de Esquerda, radicalmente avessa à teoria em ascensão defendida por Stalin do “socialismo num só país”.
Trotsky deu respostas teóricas e políticas às questões de organização do partido revolucionário e construção do Estado pela classe operária. Ele não só foi um dos principais dirigentes da Revolução Russa como também organizou e protegeu o Exército Vermelho da crescente burocratização do partido e do Estado soviético, que ameaçava as conquistas de sua Revolução.
Expulso do partido em 1927, foi destituído de suas funções no Estado Soviético por intervir nos processos revolucionários e construir uma alternativa à política dos partidos comunistas. Em 1928 foi deportado e no ano seguinte foi banido da URSS, quando teve sua condição de cidadão soviético cassada. Peregrinou então pelo mundo em uma longa jornada de exílios e expulsões até 1937, quando chegou finalmente ao México, onde recebeu o apoio do casal de artistas Diego Rivera e Frida Khalo.
Nesse período, a caça às bruxas trotskista se intensificou com os famosos Processos de Moscou contra dirigentes bolcheviques colaboradores de Lênin, que foram atacados, assassinados, presos ou deportados. Seu alvo maior era quem estavam junto a Trotsky. O próprio Trotsky foi condenado à morte por ser um “agente sabotador do imperialismo”. Os stalinistas queriam suprimir toda oposição genuinamente socialista contra eles.
Às vésperas da fundação da IV, o secretário de organização da nova Internacional foi assassinado, e o projeto de estatutos foi roubado. A campanha de terror só conseguiu, finalmente, liquidar com o último dos grandes dirigentes bolcheviques da Revolução de Outubro na segunda tentativa. A primeira foi em 24 de maio de 1940, liderada pelo pintor David Siqueiros.
Com o objetivo de desarticular a recém-fundada IV Internacional, Stalin queria Trotsky morto. E para isso, mesmo sob a direção de um Estado e com toda a sua influência em partidos de massas de todo o mundo, foi obrigado a recorrer a um assassinato pelas costas de um velho de 61 anos. Ramon Mercader, seu assassino, ao de sair da prisão, em 1961, voltou à URSS, onde foi condecorado com a medalha de “Herói da União Soviética”. Acreditam? Pois é...
Absurdos à parte, o stalinismo NÃO conseguiu suprimir o seu legado teórico e político. Pertencente a uma geração de revolucionários sem precedentes na História, Trotsky acreditava que a Revolução Russa era só o princípio da revolução socialista mundial. Em seus últimos anos de vida, dedicou-se a construir o que em sua própria opinião foi seu projeto mais importante: da IV Internacional.Suas obras constituem uma extraordinária contribuição para a teoria marxista, e a IV é a prova maior de sua luta em defesa do socialismo.
Hoje vemos que seu pedido final foi atendido: “Estou certo... da vitória da IV Internacional... continuem”. Ela sobreviveu e está sendo reconstruída. É o ideal, companheiros.
Passei a me interessar por isso porque tais fundamentos eram defendidos e comentados pelos companheiros de acampamento, do partido, jovens como eu, mais engajados, superantenados. Em meio a debates ouvi sobre a IV Internacional, um ideal ainda perseguido, mas que infelizmente não se conseguiu alcançar após sua morte.
Em 20 de agosto de 1940, há exatos 69 anos, Trotsky morreu vítima de um atentado. O homem era forte. Nem com o violento golpe de uma picareta na cabeça, entregou-se. Mesmo ferido, segurou o carrasco até seus guarda-costas chegarem, quando então ordenou que deixassem-no vivo, a fim de descobrir o mandante do crime.
Foi uma morte anunciada. Planejou-se sua execução ao longo de quatro anos. O objetivo era acabar com qualquer ligação das gerações mais jovens com os dirigentes da Revolução Russa de 1917. A preocupação era que fosse criada, naquele momento em que o mundo se preparava para mais uma guerra mundial, uma alternativa revolucionária ao redor do velho bolchevique russo.
A partir da morte de Lenin, Trotsky lutou pela libertação do movimento operário internacional. Sua máxima era defender o marxismo e, foi justamente nesse contexto que a idéia de Revolução Permanente foi teorizada e trabalhada por ele. Manifestava sua divergia do stalinismo com relação à visão de expansionismo além fronteiras da revolução. O estadista defendia o fortalecimento interno da União Soviética.
Dedicou-se até o fim a uma luta prática e teórica contra a burocratização e a desastrosa política de dominação stalinista. Por saber que era impossível construir um socialismo limitado às fronteiras de um país economicamente atrasado como a Rússia, organizou a Oposição de Esquerda, radicalmente avessa à teoria em ascensão defendida por Stalin do “socialismo num só país”.
Trotsky deu respostas teóricas e políticas às questões de organização do partido revolucionário e construção do Estado pela classe operária. Ele não só foi um dos principais dirigentes da Revolução Russa como também organizou e protegeu o Exército Vermelho da crescente burocratização do partido e do Estado soviético, que ameaçava as conquistas de sua Revolução.
Expulso do partido em 1927, foi destituído de suas funções no Estado Soviético por intervir nos processos revolucionários e construir uma alternativa à política dos partidos comunistas. Em 1928 foi deportado e no ano seguinte foi banido da URSS, quando teve sua condição de cidadão soviético cassada. Peregrinou então pelo mundo em uma longa jornada de exílios e expulsões até 1937, quando chegou finalmente ao México, onde recebeu o apoio do casal de artistas Diego Rivera e Frida Khalo.
Nesse período, a caça às bruxas trotskista se intensificou com os famosos Processos de Moscou contra dirigentes bolcheviques colaboradores de Lênin, que foram atacados, assassinados, presos ou deportados. Seu alvo maior era quem estavam junto a Trotsky. O próprio Trotsky foi condenado à morte por ser um “agente sabotador do imperialismo”. Os stalinistas queriam suprimir toda oposição genuinamente socialista contra eles.
Às vésperas da fundação da IV, o secretário de organização da nova Internacional foi assassinado, e o projeto de estatutos foi roubado. A campanha de terror só conseguiu, finalmente, liquidar com o último dos grandes dirigentes bolcheviques da Revolução de Outubro na segunda tentativa. A primeira foi em 24 de maio de 1940, liderada pelo pintor David Siqueiros.
Com o objetivo de desarticular a recém-fundada IV Internacional, Stalin queria Trotsky morto. E para isso, mesmo sob a direção de um Estado e com toda a sua influência em partidos de massas de todo o mundo, foi obrigado a recorrer a um assassinato pelas costas de um velho de 61 anos. Ramon Mercader, seu assassino, ao de sair da prisão, em 1961, voltou à URSS, onde foi condecorado com a medalha de “Herói da União Soviética”. Acreditam? Pois é...
Absurdos à parte, o stalinismo NÃO conseguiu suprimir o seu legado teórico e político. Pertencente a uma geração de revolucionários sem precedentes na História, Trotsky acreditava que a Revolução Russa era só o princípio da revolução socialista mundial. Em seus últimos anos de vida, dedicou-se a construir o que em sua própria opinião foi seu projeto mais importante: da IV Internacional.Suas obras constituem uma extraordinária contribuição para a teoria marxista, e a IV é a prova maior de sua luta em defesa do socialismo.
Hoje vemos que seu pedido final foi atendido: “Estou certo... da vitória da IV Internacional... continuem”. Ela sobreviveu e está sendo reconstruída. É o ideal, companheiros.
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