Foi-se o tempo em que fumar era bacana, cena clássica de cinema num sinal de status, masculinidade, rebeldia. Posso até parecer hipócrita defendo a causa antifumo, pois para muitos em termos conceituais faço coisas até piores, mas, julgamentos à parte, a questão tornou-se incontestável tendo em vista os malefícios desse vício.
Tendo como conseqüência o incidente aumento de problemas de saúde em todo o mundo (segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, dez pessoas morrem por hora só no Brasil devido a doenças relacionadas ao cigarro), autoridades passaram a adotar medidas de prevenção ao fumo. Houve um retrocesso em conceitos ligados ao tabaco, mas deixou-se a chegar ao alarmante índice de comprovação de envolvimento em 90% dos casos de câncer de pulmão com o consumo do cigarro.
Há exatos 23 anos o dia de hoje tornou-se especial. Em 86 foi criada uma lei federal de número 7488 que estabeleceu o Dia 29 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Faz tempo, né!? Não sei se eu que não reparei antes (por não fumar), ou se os tempos são prósperos agora para que se faça mais notável a questão... o fato é que, lamento, mas suponho que assim como eu diversas outras pessoas desconhecia essa proposta para superação do problema em questão.
Embora todos saibam dos malefícios desse hábito (causa dependência, pode provocar câncer de pulmão, bexiga, boca, laringe e pâncreas, hipertensão arterial, infarto, derrames cerebrais, bronquite crônica, enfisema e úlcera gástrica, entre vários outros riscos). Outro agravante em evidência no momento é tabagismo passivo, que, acreditem, é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
Dados da Divisão de Controle do Tabagismo da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, indicam que os fumantes passivos têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e 30% mais chances de ter câncer de pulmão. A fumaça aspirada pelo não-fumante apresenta níveis oito vezes maiores de monóxido de carbono, o triplo de nicotina, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas que a fumaça tragada. Com, em média, três vezes mais nicotina e monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro, a fumaça que sai da ponta do cigarro é comprovadamente letal.
Toda iniciativa nesse sentido é válida, eficaz ou não. O importante é se ter consciência da grandeza da batalha a ser enfrentada. Prova disso foram as críticas e elogios à atitude do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (Dem), que colocou em prática o que os não-fumantes já esperavam há muito tempo: restrições ao consumo de cigarros e assemelhados em locais fechados - Decreto nº 49.524, de 28 de maio de 2007, entre outras coisas.
Agora, em termos práticos e oficiais é “expressamente proibida a prática do tabagismo" em diversos locais - de casas de shows e espetáculos a teatros, museus, velórios, elevadores, garagens, táxis, creches, escolas, correios, veículos coletivos e até "locais de exibições circenses". Incentivada pela recente onda de conscientização e conseqüentes proibições em cidades mundo afora, como Londres e Berlim, essa proposta toma proporções sociais de questionamento que me fizeram lembrar a revolta da vacina, ocorrida aqui no Rio em novembro de 1904.
*Já pensaram se os fumantes revoltados de hoje que se rebelarem e descumprirem a lei fossem deportados para o Acre, como aconteceu há mais de cem anos? Criaria-se lá a ‘República Nacional do Tabaco’. Bom, pelo menos já está na fronteira com o Peru e a Bolívia – facilitaria a vida de muita gente que gosta de emoções fortes!
A questão do tabagismo é bem maior, engloba diversas medidas que deveriam ser pensadas, tomadas e respeitadas por todos os lados – órgãos responsáveis, fumantes e população em geral. Grandes e consideráveis mudanças devem ocorrer para que um resultado positivo seja alcançado futuramente. A rua agora é o reduto dos fumantes, que se prepare esse lugar para recebe-los com a devida dignidade. Calma! Fumar (cigarros) ainda não é proibido.
O governo agora deve investir em cinzeiros públicos para aliviar o péssimo hábito de dos fumantes mal-educados que jogam a bituca de seus cigarros no chão. Esse é um problema comportamental que interfere em outros fatores como o ecológico, pois colabora para o entopimento de bueiros, causando enchentes. Um cigarro demora de dois a cinco anos para se decompor na natureza.
O artigo 172 do Código Brasileiro de Trânsito prevê punição aos fumantes que jogarem seus cigarros pela janela. Agindo assim, o condutor está cometendo uma infração média. Não só por isso, mas está proibida na megalópole a condução de cigarros em meios de transporte público (ônibus, táxis etc). Multa de R$ 85,13 para os condutores que deixarem uma das mãos mão livre do volante, ou o braço para fora do veículo enquanto fumam.
Fora isso, tem a questão do barulho. A lei antifumo paulista não deu alívio nem à concentração de fumantes nas calçadas, saídos dos ambientes fechados. Esse tem sido um dos principais motivos da dor-de-cabeça dos empresários da noite por hora. O vaivém de clientes e as conversas altas na rua podem acabar em desrespeito ao silêncio alheio preocupa esses comerciantes. O ‘psiu’ pode custar a eles até R$ 32 mil se ficar comprovado o vínculo entre os desordeiros e o estabelecimento.
O mercado também ‘aqueceu’ com tais medidas. Uma empresa pode hoje demitir por justa causa um empregado se flagrado fumando no ambiente de trabalho, e a empresa for punida pela infração. Mas vejo esse cerco como um tanto quanto terrorista, pois não respeita os direitos civis desses cidadãos que optaram por fumar, e lá atrás eram estimulados por propagandas permitidas por um governo que não se preocupava ainda com isso, e embolsou grandes quantias com essa mesma indústria do fumo que hoje critica, mas não pune. Quem paga o pato?
Que seja permitida a construção de fumódromos (lugares exclusivos para se fumar, abertos ou ventilados, dentro das normas de segurança necessárias), e que se estimule a abertura das tradicionais casas de fumo, para atender tal demanda. Essa é a solução racional e ta aí um próspero investimento... (!) Mas pelo sim ou pelo não, que fique claro: NÃO FUMAR ou PARAR DE FUMAR faz bem para a saúde, para o trânsito, para os ouvidos e para a natureza. É bem melhor, com certeza! Só faz bem. Mil e um benefícios.
Tendo como conseqüência o incidente aumento de problemas de saúde em todo o mundo (segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, dez pessoas morrem por hora só no Brasil devido a doenças relacionadas ao cigarro), autoridades passaram a adotar medidas de prevenção ao fumo. Houve um retrocesso em conceitos ligados ao tabaco, mas deixou-se a chegar ao alarmante índice de comprovação de envolvimento em 90% dos casos de câncer de pulmão com o consumo do cigarro.
Há exatos 23 anos o dia de hoje tornou-se especial. Em 86 foi criada uma lei federal de número 7488 que estabeleceu o Dia 29 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Faz tempo, né!? Não sei se eu que não reparei antes (por não fumar), ou se os tempos são prósperos agora para que se faça mais notável a questão... o fato é que, lamento, mas suponho que assim como eu diversas outras pessoas desconhecia essa proposta para superação do problema em questão.
Embora todos saibam dos malefícios desse hábito (causa dependência, pode provocar câncer de pulmão, bexiga, boca, laringe e pâncreas, hipertensão arterial, infarto, derrames cerebrais, bronquite crônica, enfisema e úlcera gástrica, entre vários outros riscos). Outro agravante em evidência no momento é tabagismo passivo, que, acreditem, é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
Dados da Divisão de Controle do Tabagismo da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, indicam que os fumantes passivos têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e 30% mais chances de ter câncer de pulmão. A fumaça aspirada pelo não-fumante apresenta níveis oito vezes maiores de monóxido de carbono, o triplo de nicotina, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas que a fumaça tragada. Com, em média, três vezes mais nicotina e monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro, a fumaça que sai da ponta do cigarro é comprovadamente letal.
Toda iniciativa nesse sentido é válida, eficaz ou não. O importante é se ter consciência da grandeza da batalha a ser enfrentada. Prova disso foram as críticas e elogios à atitude do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (Dem), que colocou em prática o que os não-fumantes já esperavam há muito tempo: restrições ao consumo de cigarros e assemelhados em locais fechados - Decreto nº 49.524, de 28 de maio de 2007, entre outras coisas.
Agora, em termos práticos e oficiais é “expressamente proibida a prática do tabagismo" em diversos locais - de casas de shows e espetáculos a teatros, museus, velórios, elevadores, garagens, táxis, creches, escolas, correios, veículos coletivos e até "locais de exibições circenses". Incentivada pela recente onda de conscientização e conseqüentes proibições em cidades mundo afora, como Londres e Berlim, essa proposta toma proporções sociais de questionamento que me fizeram lembrar a revolta da vacina, ocorrida aqui no Rio em novembro de 1904.
*Já pensaram se os fumantes revoltados de hoje que se rebelarem e descumprirem a lei fossem deportados para o Acre, como aconteceu há mais de cem anos? Criaria-se lá a ‘República Nacional do Tabaco’. Bom, pelo menos já está na fronteira com o Peru e a Bolívia – facilitaria a vida de muita gente que gosta de emoções fortes!
A questão do tabagismo é bem maior, engloba diversas medidas que deveriam ser pensadas, tomadas e respeitadas por todos os lados – órgãos responsáveis, fumantes e população em geral. Grandes e consideráveis mudanças devem ocorrer para que um resultado positivo seja alcançado futuramente. A rua agora é o reduto dos fumantes, que se prepare esse lugar para recebe-los com a devida dignidade. Calma! Fumar (cigarros) ainda não é proibido.
O governo agora deve investir em cinzeiros públicos para aliviar o péssimo hábito de dos fumantes mal-educados que jogam a bituca de seus cigarros no chão. Esse é um problema comportamental que interfere em outros fatores como o ecológico, pois colabora para o entopimento de bueiros, causando enchentes. Um cigarro demora de dois a cinco anos para se decompor na natureza.
O artigo 172 do Código Brasileiro de Trânsito prevê punição aos fumantes que jogarem seus cigarros pela janela. Agindo assim, o condutor está cometendo uma infração média. Não só por isso, mas está proibida na megalópole a condução de cigarros em meios de transporte público (ônibus, táxis etc). Multa de R$ 85,13 para os condutores que deixarem uma das mãos mão livre do volante, ou o braço para fora do veículo enquanto fumam.
Fora isso, tem a questão do barulho. A lei antifumo paulista não deu alívio nem à concentração de fumantes nas calçadas, saídos dos ambientes fechados. Esse tem sido um dos principais motivos da dor-de-cabeça dos empresários da noite por hora. O vaivém de clientes e as conversas altas na rua podem acabar em desrespeito ao silêncio alheio preocupa esses comerciantes. O ‘psiu’ pode custar a eles até R$ 32 mil se ficar comprovado o vínculo entre os desordeiros e o estabelecimento.
O mercado também ‘aqueceu’ com tais medidas. Uma empresa pode hoje demitir por justa causa um empregado se flagrado fumando no ambiente de trabalho, e a empresa for punida pela infração. Mas vejo esse cerco como um tanto quanto terrorista, pois não respeita os direitos civis desses cidadãos que optaram por fumar, e lá atrás eram estimulados por propagandas permitidas por um governo que não se preocupava ainda com isso, e embolsou grandes quantias com essa mesma indústria do fumo que hoje critica, mas não pune. Quem paga o pato?
Que seja permitida a construção de fumódromos (lugares exclusivos para se fumar, abertos ou ventilados, dentro das normas de segurança necessárias), e que se estimule a abertura das tradicionais casas de fumo, para atender tal demanda. Essa é a solução racional e ta aí um próspero investimento... (!) Mas pelo sim ou pelo não, que fique claro: NÃO FUMAR ou PARAR DE FUMAR faz bem para a saúde, para o trânsito, para os ouvidos e para a natureza. É bem melhor, com certeza! Só faz bem. Mil e um benefícios.
*Quero parabenizar Glory Holes que deixou de fumar este ano, depois de uma vida inteira fumando mais de um maço por dia. É isso aí, chuchu. Já te falei, estou orgulhosíssima de ti, amiga.
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Colaborando e aderindo à campanha, seguem uma lista com dez motivos e três estratégias para se parar de fumar:
MOTIVOS
1 - Em 20 minutos a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal
MOTIVOS
1 - Em 20 minutos a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal
2 - Em 8 horas os níveis de monóxido de carbono retornam ao normal
3 - Em 1 dia há redução do risco de ataque cardíaco
4 - Em 3 dias há relaxamento dos brônquios e aumento da capacidade respiratória
5 - De 2 a 12 semana melhora a circulação
6 - Entre poucos dias e algumas semanas (dependendo do quanto e por quanto tempo a pessoa fumava) o paladar e o olfato se recuperam completamente
7 - De 1 a 9 meses há redução de tosse, infecções e ocorre melhora da capacidade respiratória
8 - Em 1 ano o risco de doença coronária cai pela metade
9 - De 10 a 15 anos o risco de doença coronariana se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou
8 - Em 1 ano o risco de doença coronária cai pela metade
9 - De 10 a 15 anos o risco de doença coronariana se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou
10 - De 15 a 20 anos o risco de câncer se aproxima do risco de uma pessoa que nunca fumou
Fonte: PrevFumo/Unifesp
ESTRATÉGIAS
Parada Imediata
Você marca uma data e nesse dia não fumará mais nenhum cigarro. Esta deve ser sempre sua primeira opção.
Parada Gradual
- Reduzindo o número de cigarros
Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia fuma os 30 cigarros usuais.
no segundo - 25
no terceiro - 20
no quarto - 15
no quinto - 10
no sexto - 5
O sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros.
- Retardando a hora do primeiro cigarro
Por exemplo:
no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas
no segundo às 11 horas
no terceiro às 13 horas
no quarto às 15 horas
no quinto às 17 horas
no sexto às 19 horas
no sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarro
Fonte: Ministério da Saúde (Inca – Instituto Nacional do Câncer )
Existem atualmente uma série de tratamentos e métodos para colaborar para o fim do vício. Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure orientação médica.
Fonte: PrevFumo/Unifesp
ESTRATÉGIAS
Parada Imediata
Você marca uma data e nesse dia não fumará mais nenhum cigarro. Esta deve ser sempre sua primeira opção.
Parada Gradual
- Reduzindo o número de cigarros
Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia fuma os 30 cigarros usuais.
no segundo - 25
no terceiro - 20
no quarto - 15
no quinto - 10
no sexto - 5
O sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros.
- Retardando a hora do primeiro cigarro
Por exemplo:
no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas
no segundo às 11 horas
no terceiro às 13 horas
no quarto às 15 horas
no quinto às 17 horas
no sexto às 19 horas
no sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarro
Fonte: Ministério da Saúde (Inca – Instituto Nacional do Câncer )
Existem atualmente uma série de tratamentos e métodos para colaborar para o fim do vício. Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure orientação médica.
Adorei a homenagem ...
ReplyDeleteMinha decisão de parar foi muito amparada por amigas como vc , minha irmãzinha .Bjos, saudades da sua ex fumante Glory Holes
Acabo de completar 10 meses sem fumar, depois de 30 anos inalando fumaça. Parei com a força dos amigos, como esta blogueira querida,e com a ajuda de remádios e médicos do Pró Cardíaco do RJ. Tratamento feito em grupo com gente que queria mesmo parar, outras nem tanto (estas em minoria). Mas me uni a aquelas que não estavam lá a passeio e pelo que sei : continuam limpas como eu ! Vitória muito bacana, com um bocadinho de sofrimento, quebrar uma rotina de 30 anos não é nada fácil(não se sabe o que se faz com as mãos, com a boca) Acabei com o vício do cigarro, agora tô com os chicletes diet ! Em breve despacho este tb ! kkkk valeu COMPANHEIRAÇA!!!
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