Há cinco anos e meio não posso mais chamar Porto Alegre de lar. Mesmo assim, quando informada de que pretendiam acabar com uma de suas principais características (na minha opinião, a mais bonita e singular da cidade), me opus na hora.
Sempre vivi na zona sul da cidade. O por-do-sol sob as águas do ("rio") Guaíba, o mais belo do sul do (meu) mundo, dá as boas-vindas às noites na capital gaúcha. Sua beleza pode ser conferida a cada final de tarde nos parques que margeiam a região.
Uma crueldade tirarem isso dos cidadãos, mesmo que em parte, e oferecem esse bem-maior à especulação imobiliária, a poucos indivíduos mais abastados que poderiam pagar pela exclusividade da vista. Passariam eles a ter um espetáculo particular diário, serem donos ‘do pedaço’, da orla - como acontece normalmente nesses casos.
Como a querência sempre foi um lugar democrático (e me orgulho disso), até nesses momentos que nem deveria se discutir a possibilidade, eles vão a voto popular. Um consulta será realizada hoje em minha terra natal para dar rumo a esse impasse. Faço campanha aqui e torço pelo NÃO.
A negativa significa a impossibilidade da BM Par Empreendimentos, proprietária do terreno do antigo Estaleiro Só, uma das áreas que gerou mais polêmicas na história recente daqueles pagos, em construir prédios residenciais lá, à beira do rio. E comerciais, utopicamente, seria legal que só permitissem os intelectuais, artísticos e de entretenimento social.
A questão polarizou as discussões. De um lado os ambientalistas, preocupados com as questões de impacto ecológico e degradação dos aspectos naturais do local, de outro, os partidários, apontando a exploração da região como preocupante e carente de uma solução breve.
Sempre disse que, se fosse uma mega empresária, compraria aquilo lá e faria um centro cultural imenso, cheio de atividades bacanas que integrassem a população e mantivessem vivas as tradições gaúchas, brasileiras, platinas e latino-americanas. De repente até chamaria o Ben para me ajudar a dirigi-lo, administra-lo. Esse é o sonho de uma vida.
Bom, a sorte está lançada! Que os limites urbanísticos sejam bem definidos, com consciência. Quando eu voltar para visitas, quero poder tomar um mate quentinho sem ter uma sombra gigante e uma colossal barreira entre mim e o astro-rei, laranja, no horizonte do paralelo 30. Meu desejo é de que se preserve o que se tem de melhor, acima de tudo.
*Saudades - "Porto Alegre me faz tão sentimental..." (momento ternurinha, em que a canção de Isabela Fogaça cai muito bem)
Sempre vivi na zona sul da cidade. O por-do-sol sob as águas do ("rio") Guaíba, o mais belo do sul do (meu) mundo, dá as boas-vindas às noites na capital gaúcha. Sua beleza pode ser conferida a cada final de tarde nos parques que margeiam a região.
Uma crueldade tirarem isso dos cidadãos, mesmo que em parte, e oferecem esse bem-maior à especulação imobiliária, a poucos indivíduos mais abastados que poderiam pagar pela exclusividade da vista. Passariam eles a ter um espetáculo particular diário, serem donos ‘do pedaço’, da orla - como acontece normalmente nesses casos.
Como a querência sempre foi um lugar democrático (e me orgulho disso), até nesses momentos que nem deveria se discutir a possibilidade, eles vão a voto popular. Um consulta será realizada hoje em minha terra natal para dar rumo a esse impasse. Faço campanha aqui e torço pelo NÃO.
A negativa significa a impossibilidade da BM Par Empreendimentos, proprietária do terreno do antigo Estaleiro Só, uma das áreas que gerou mais polêmicas na história recente daqueles pagos, em construir prédios residenciais lá, à beira do rio. E comerciais, utopicamente, seria legal que só permitissem os intelectuais, artísticos e de entretenimento social.
A questão polarizou as discussões. De um lado os ambientalistas, preocupados com as questões de impacto ecológico e degradação dos aspectos naturais do local, de outro, os partidários, apontando a exploração da região como preocupante e carente de uma solução breve.
Sempre disse que, se fosse uma mega empresária, compraria aquilo lá e faria um centro cultural imenso, cheio de atividades bacanas que integrassem a população e mantivessem vivas as tradições gaúchas, brasileiras, platinas e latino-americanas. De repente até chamaria o Ben para me ajudar a dirigi-lo, administra-lo. Esse é o sonho de uma vida.
Bom, a sorte está lançada! Que os limites urbanísticos sejam bem definidos, com consciência. Quando eu voltar para visitas, quero poder tomar um mate quentinho sem ter uma sombra gigante e uma colossal barreira entre mim e o astro-rei, laranja, no horizonte do paralelo 30. Meu desejo é de que se preserve o que se tem de melhor, acima de tudo.
*Saudades - "Porto Alegre me faz tão sentimental..." (momento ternurinha, em que a canção de Isabela Fogaça cai muito bem)
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