O Irã está passando por um daqueles momentos históricos lamentáveis. De década em década conflitos acontecem e trazem consigo uma forma de subversão para driblar as dificuldades de manifestações contra o sistema. E isso é ótimo. Para a infelicidade do então presidente “reeleito” Mahmoud Ahmadinejad, a bola da vez é a internet – através de diversos blogs e sites como o Youtube, o Twitter e o Facebook, onde são postados vídeos e veiculadas notícias sobre a repressão e a ‘Revolução Verde’.
Há trinta anos, no mesmo país, foram as fitas cassetes que ajudaram no movimento anti-xá Reza Pahlavi, que estava no poder desde 1941. Há quarenta, aqui no Brasil, os mimiógrafos ajudaram a informar o povo sobre o que estava acontecendo e a pedir o fim da ditadura militar, instaurada desde 1964. Há cinqüenta, a Revolução Cubana utilizou-se do rádio como ferramenta para tirar do poder o ex-sargento Fulgencio Batista que governava a ilha desde 1933. Sempre foi assim, a tecnologia dá voz à massa.
Por falar nisso, a jovem manifestante Neda Agha Soltan, foi morta ontem ‘online’ nas ruas de Teerã por um membro da milícia pró-governo iraniano Basij. Seu nome significa ‘voz’ em farsi, idioma oficial do país. Calaram-na. A cena, gravada pela câmera de um aparelho de celular, correu o mundo on time, logo após ser colocada na web. Sua morte se tornou um símbolo dos protestos liderados pela oposição pró-reformista do candidato Hossein Mousavi contra o resultado da eleição presidencial iraniana ocorrida em 12 de Junho.
Jornalistas (estrangeiros ou não) estão sendo perseguidos, presos e mortos no Irã. O novo alvo agora é o chamado ‘repórter-cidadão’, os blogueiros e internautas que têm abastecido o mundo com notícias e imagens de um país proibido de falar, ler, ouvir, saber. O código (hashtag) para identificar o assunto na rede é #iranelection. E até a Casa Branca já postou mensagem no Twitter, em que o presidente norte-americano Barack Obama diz que o mundo está de olho na situação do Irã (http://twitter.com/whitehouse/status/2300344424).
A ‘mídia rebelde’, como está sendo chamada, está driblando a censura e conseguindo informar de forma descentralizada, sem fronteiras e limites. Esse buzz na internet causou uma reação que acelerou inclusive o trabalho da gigante Google de tradução de textos do farsi para o inglês e vice-versa. A diferença de línguas não é definitivamente mais um problema. Viva a globalização! Aliás, viva a "twitterização"! – fenômeno que, por outro ponto de vista, é o novo “vilão” da comunicação universal.
Há trinta anos, no mesmo país, foram as fitas cassetes que ajudaram no movimento anti-xá Reza Pahlavi, que estava no poder desde 1941. Há quarenta, aqui no Brasil, os mimiógrafos ajudaram a informar o povo sobre o que estava acontecendo e a pedir o fim da ditadura militar, instaurada desde 1964. Há cinqüenta, a Revolução Cubana utilizou-se do rádio como ferramenta para tirar do poder o ex-sargento Fulgencio Batista que governava a ilha desde 1933. Sempre foi assim, a tecnologia dá voz à massa.
Por falar nisso, a jovem manifestante Neda Agha Soltan, foi morta ontem ‘online’ nas ruas de Teerã por um membro da milícia pró-governo iraniano Basij. Seu nome significa ‘voz’ em farsi, idioma oficial do país. Calaram-na. A cena, gravada pela câmera de um aparelho de celular, correu o mundo on time, logo após ser colocada na web. Sua morte se tornou um símbolo dos protestos liderados pela oposição pró-reformista do candidato Hossein Mousavi contra o resultado da eleição presidencial iraniana ocorrida em 12 de Junho.
Jornalistas (estrangeiros ou não) estão sendo perseguidos, presos e mortos no Irã. O novo alvo agora é o chamado ‘repórter-cidadão’, os blogueiros e internautas que têm abastecido o mundo com notícias e imagens de um país proibido de falar, ler, ouvir, saber. O código (hashtag) para identificar o assunto na rede é #iranelection. E até a Casa Branca já postou mensagem no Twitter, em que o presidente norte-americano Barack Obama diz que o mundo está de olho na situação do Irã (http://twitter.com/whitehouse/status/2300344424).
A ‘mídia rebelde’, como está sendo chamada, está driblando a censura e conseguindo informar de forma descentralizada, sem fronteiras e limites. Esse buzz na internet causou uma reação que acelerou inclusive o trabalho da gigante Google de tradução de textos do farsi para o inglês e vice-versa. A diferença de línguas não é definitivamente mais um problema. Viva a globalização! Aliás, viva a "twitterização"! – fenômeno que, por outro ponto de vista, é o novo “vilão” da comunicação universal.
No comments:
Post a Comment