Ok, estou uma semana atrasada... Dia 01 desse mês a II Revolução Comunista Chinesa completou 60 anos. Hoje, a China mostra-se como a grande promessa econômica do século XXI, com seus mais de um 1,3 bilhões de habitantes, sua economia que já é a terceira do mundo, estando atrás somente do vizinho Japão e dos imponentes Estados Unidos. Apesar da crise desde o final do ano passado, só cresce economicamente. E ainda em 2009 já conseguiu superar as expectativas para o período.
Mas toda essa prosperidade deu-se em meio a uma conturbada política interna que por muito tempo massacrou E AINDA compromete a liberdade com sua ditadura – cultural e ideológica. Em 1949, o Exército Popular de Libertação funda a República Popular da China e Mao Tse Tung se torna presidente daquela nação gigante em dezembro daquele ano. O novo governo se deparou então com um país imenso, populoso, desorganizado e falido. A China pós-revolucionária era atrasado em aspectos como tecnologia, ciência e educação etc. Na construção de um sistema socialista, uma onda repressiva atingiu a todos, objetivando converter a sociedade em ‘soldados’ fiéis e obedientes ao Partido Comunista Chinês. Para tanto, Mao transferiu o controle da Revolução para as mãos da massa de camponeses e operários, sob coordenação do PCCh. E um vasto programa de educação política foi aplicado, sendo quaisquer resquícios de princípios capitalistas, burocratização e elitismo banidos da nova China.
A partir do outono de 1965, a revolução Cultural Chinesa, liderada por Jiang Qing, esposa do ditador, dominou a produção artística e intelectual por lá. Como o alvo eram os jovens, muitos cursos universitários foram fechados e diversos professores e fomentadores culturais foram banidos para o campo. Nessa doutrinação política, milhões de estudantes foram transformados em militantes de esquerda, a favor do governo de Mao. Esse poder todo designado a jovens despreparados provocou o caos e descontrole social e político. Ações da Guarda Vermelha acarretaram seu desmonte e a desmobilização e dispersão de 18 milhões de soldados. Não foi a primeira vez que o líder revolucionário se curvou às críticas e tomou a decisão certa. Cientistas, técnicos especializados, administradores e educadores foram tirados do exílio, pela necessidade de seu apoio e força ao Estado Chinês.
O estrategista não poupou, porém, o Tibete, país budista, pacifista, conhecido por seus picos nevados como o "teto do mundo". Em 1959, o regime comunista chinês invadiu a região, que foi então incorporada como província à República Popular da China. Foi cometido então um genocídio cultural, que expulsou o 14º Dalai Lama de lá. Com a realização ano passado das olimpíadas na China intensificaram-se os protestos pró-Tibete e o caso ganhou notoriedade novamente, após anos abafado e esquecido.
Interessante é a relação do local com certas datas terminadas em ‘9’. Fora 49 e 59, outros fatos relacionados à história chinesa ocorridos em finais de décadas foram: os primeiros conflitos com a Grã-Bretanha denominados como a Guerra do Ópio que começaram em 1839 e ocorreram até 1842, e depois de 1856 e 1860, e o massacre de estudantes no proteste pró-democracia na Praça Celestial da Paz, em Pequim em 1989 - mesmo ano em que o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibet ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
Na história da China o que mais me chama a atenção é essa injustiça cometida, ainda sem solução. Eu, como budista, oro por mudanças e torço há anos pela libertação do pequeno pais independente. É ridículo e cruel o que se fez com aquele povo incapaz de se defender, com aquela cultura e filosofia ricas, milenares. Extermínios assim não poderiam mais ocorrer como se deu há séculos, e deveriam ser considerados crimes contra os direitos humanos. E a ironia disso tudo estaria na punição dos carrascos, que seriam desculpados pelos tibetanos. Vida que segue, afinal, oitenta por cento é perfeito.
Mas toda essa prosperidade deu-se em meio a uma conturbada política interna que por muito tempo massacrou E AINDA compromete a liberdade com sua ditadura – cultural e ideológica. Em 1949, o Exército Popular de Libertação funda a República Popular da China e Mao Tse Tung se torna presidente daquela nação gigante em dezembro daquele ano. O novo governo se deparou então com um país imenso, populoso, desorganizado e falido. A China pós-revolucionária era atrasado em aspectos como tecnologia, ciência e educação etc. Na construção de um sistema socialista, uma onda repressiva atingiu a todos, objetivando converter a sociedade em ‘soldados’ fiéis e obedientes ao Partido Comunista Chinês. Para tanto, Mao transferiu o controle da Revolução para as mãos da massa de camponeses e operários, sob coordenação do PCCh. E um vasto programa de educação política foi aplicado, sendo quaisquer resquícios de princípios capitalistas, burocratização e elitismo banidos da nova China.
A partir do outono de 1965, a revolução Cultural Chinesa, liderada por Jiang Qing, esposa do ditador, dominou a produção artística e intelectual por lá. Como o alvo eram os jovens, muitos cursos universitários foram fechados e diversos professores e fomentadores culturais foram banidos para o campo. Nessa doutrinação política, milhões de estudantes foram transformados em militantes de esquerda, a favor do governo de Mao. Esse poder todo designado a jovens despreparados provocou o caos e descontrole social e político. Ações da Guarda Vermelha acarretaram seu desmonte e a desmobilização e dispersão de 18 milhões de soldados. Não foi a primeira vez que o líder revolucionário se curvou às críticas e tomou a decisão certa. Cientistas, técnicos especializados, administradores e educadores foram tirados do exílio, pela necessidade de seu apoio e força ao Estado Chinês.
O estrategista não poupou, porém, o Tibete, país budista, pacifista, conhecido por seus picos nevados como o "teto do mundo". Em 1959, o regime comunista chinês invadiu a região, que foi então incorporada como província à República Popular da China. Foi cometido então um genocídio cultural, que expulsou o 14º Dalai Lama de lá. Com a realização ano passado das olimpíadas na China intensificaram-se os protestos pró-Tibete e o caso ganhou notoriedade novamente, após anos abafado e esquecido.
Interessante é a relação do local com certas datas terminadas em ‘9’. Fora 49 e 59, outros fatos relacionados à história chinesa ocorridos em finais de décadas foram: os primeiros conflitos com a Grã-Bretanha denominados como a Guerra do Ópio que começaram em 1839 e ocorreram até 1842, e depois de 1856 e 1860, e o massacre de estudantes no proteste pró-democracia na Praça Celestial da Paz, em Pequim em 1989 - mesmo ano em que o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibet ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
Na história da China o que mais me chama a atenção é essa injustiça cometida, ainda sem solução. Eu, como budista, oro por mudanças e torço há anos pela libertação do pequeno pais independente. É ridículo e cruel o que se fez com aquele povo incapaz de se defender, com aquela cultura e filosofia ricas, milenares. Extermínios assim não poderiam mais ocorrer como se deu há séculos, e deveriam ser considerados crimes contra os direitos humanos. E a ironia disso tudo estaria na punição dos carrascos, que seriam desculpados pelos tibetanos. Vida que segue, afinal, oitenta por cento é perfeito.
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