Ele teria hoje 81 anos se não tivesse sido capturado e executado em La Higuera , na Bolívia, há exatos 42 anos. De repente, e bem provavelmente até, não passaria mesmo dos 39. Nossos ídolos morrem cedo, não vivem tanto para críticas, para o esquecimento.
Ernesto Guevara dela Serna , o eterno Che, é um mito revolucionário. Depois de Jesus Cristo, é o rosto mais conhecido mundialmente – isso, numa época sem internet, de ainda quase nenhuma globalização.
Duvido que Obama ganhe um dia em tanta popularidade. Seria uma comparação como a do sucesso de vendas de discos de Michael Jackson em tempos de MP3. Jamais haverá ícone político como ele, assim como nenhum outro artista venderá mais que Michael.
Che cairia em desgosto profundo ao saber que virou grife na sociedade de consumo, contra a qual sempre lutou. Culpa do fotógrafo Alberto Korda que o imortalizou como El Guerrillero Heroico antes de sua morte, ou do artista plástico Jim Fitzpatrick que disponibilizou sua imagem para reprodução no que seria os primórdios do copyleft?
Seria uma injustiça a Korda, que nunca ganhou um centavo pela foto. É a carência por heróis num mundo tão cruel e injusto que propicia isso. A falta de valores e ideais nos deixam saudosistas, e por isso o apego a sua figura de mártir. Necessitamos de inspiração para manter a esperança de dias melhores.
E por falar em futuro, a grande dúvida é Cuba. A ilhota caribenha, largada economicamente 50 anos atrás, sobrevive há meio século a um embargo econômico que limita seu crescimento, sua sustentabilidade.
Apesar disso, se mantém como exemplo em diversos quesitos. Foi o primeiro país do mundo a erradicar o analfabetismo e lidera, segundo a Unesco, em qualidade de ensino. Fora a educação, a saúde também é bastante forte. Vê-se tal benefício no sorriso bonito de sua gente. Os dentes caem junto às máscaras.
As sanções mundiais contra Cuba tendem a diminuir, apesar dos pedidos contra dos Estados Unidos. Raul Castro, que substituiu Fidel em 24 de fevereiro do ano passado no governo de Cuba, promete eliminar proibições, após o mandato de 49 anos de seu irmão mais velho no poder.
Gostaria de conhecer a ilhota antes da morte de Fidel, que infelizmente se aproxima a cada dia. Se o sistema não aconteceu de maneira ideal por lá foi em função dos bloqueios que sofreu. Não se pode ser feliz sozinho, ainda mais em questões políticas.
Che segue na moda, e Fidel está na mira. Sorte a Raul!
Ernesto Guevara de
Duvido que Obama ganhe um dia em tanta popularidade. Seria uma comparação como a do sucesso de vendas de discos de Michael Jackson em tempos de MP3. Jamais haverá ícone político como ele, assim como nenhum outro artista venderá mais que Michael.
Che cairia em desgosto profundo ao saber que virou grife na sociedade de consumo, contra a qual sempre lutou. Culpa do fotógrafo Alberto Korda que o imortalizou como El Guerrillero Heroico antes de sua morte, ou do artista plástico Jim Fitzpatrick que disponibilizou sua imagem para reprodução no que seria os primórdios do copyleft?
Seria uma injustiça a Korda, que nunca ganhou um centavo pela foto. É a carência por heróis num mundo tão cruel e injusto que propicia isso. A falta de valores e ideais nos deixam saudosistas, e por isso o apego a sua figura de mártir. Necessitamos de inspiração para manter a esperança de dias melhores.
E por falar em futuro, a grande dúvida é Cuba. A ilhota caribenha, largada economicamente 50 anos atrás, sobrevive há meio século a um embargo econômico que limita seu crescimento, sua sustentabilidade.
Apesar disso, se mantém como exemplo em diversos quesitos. Foi o primeiro país do mundo a erradicar o analfabetismo e lidera, segundo a Unesco, em qualidade de ensino. Fora a educação, a saúde também é bastante forte. Vê-se tal benefício no sorriso bonito de sua gente. Os dentes caem junto às máscaras.
As sanções mundiais contra Cuba tendem a diminuir, apesar dos pedidos contra dos Estados Unidos. Raul Castro, que substituiu Fidel em 24 de fevereiro do ano passado no governo de Cuba, promete eliminar proibições, após o mandato de 49 anos de seu irmão mais velho no poder.
Gostaria de conhecer a ilhota antes da morte de Fidel, que infelizmente se aproxima a cada dia. Se o sistema não aconteceu de maneira ideal por lá foi em função dos bloqueios que sofreu. Não se pode ser feliz sozinho, ainda mais em questões políticas.
Che segue na moda, e Fidel está na mira. Sorte a Raul!
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