Mais que um 'Rio de possibilidades', isso é São Paulo. Fato.
Atraio-me por tamanha oportunidade, ao passo que também temo tal grandeza. Em Sampa as coisas acontecem, e de tudo se encontra em algum lugar da metrópole. Há iniciativas e ação. É um oceano essa realidade profunda, mas fria.
O que me assusta é justamente a solidão em meio a tantas ofertas. O medo de recomeçar do zero, sem a proximidade do mar, as facilidades e certa informalidade do Rio - em janeiro, fevereiro e março (o ano inteiro).
Amigos tenho, a cidade me aproxima toda vez que a visito. E a cultuta fervilha por toda a parte. Tudo acontece ao mesmo tempo agora! É a lei: tem quem procure. Coisa boa. E assim sempre foi... a exemplo da Semana de Arte Moderna, de 22.
Conferi hoje uma exposição sobre Guilherme de Almeida, personalidade emblemática desse movimento modernista e também da Revolução Constitucionalista de 1932. E o endereço não poderia ser mais charmoso: a tombada Casa das Rosas, à Avenida Paulista, coração da paulicéia.
Vendo aqueles livros, poesias e fotos de artistas vanguardistas e ousados, senti a cidade tão mais aprazível, como jamais antes a tinha enxergado. Parece que só então me caiu a ficha da importância e relevância histórica daquele lugar.
Teatro, cinema, literatura, comércio... de tudo um pouco (ou muito) de cultura e entretenimento, de lazer e trabalho, se apresenta nessa vida louca que Sampa oferece. É uma realidade singular que só quem (con)vive aqui entende e consegue encarar mais facilmente.
Será que tenho estômago? Só com um grande amor, casinha montada, trabalho certo, dinheiro no bolso e ídas constantes ao Rio para arejar do ar poluído... aí qualquer um encara essa realidade desvairada!
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