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Thursday, 17 September 2009

homem em queda


Na verdade (e infelizmente), caiu já - no meu conceito, na real, na malha fina, no esquecimento... Não Jonathan Briley (e as 200 outras pessoas que, sem saída, optaram pela "liberdade" de vôos imortalizados em imagens que circularam o mundo, mostrando a contragosto seus saltos aflitos para a morte), mas o 'meu'. È morto, e sofro as consequências até hoje. Gostaria somente de saber o quanto o feri nessa história e se é por isso que parece querer me machucar ainda hoje. Assim, restaram só as lembranças ruins em mim.

Em tempos de 11 de setembro (ok, com uma semana de atraso, mas tá valendo!), tudo a ver: ano passado, por essa época, assisti a um doc de 2003 sobre a matéria escrita pelo jornalista Tom Junot para a Esquire, ilustrada por essa fotografia de Richard Drew, da Associated Press, clicada exatamente às 09:41:15 daquela manhã surpreendente, inesquecível e trágica. Até então desconhecia o 'The Falling Man' e sua história que a narrativa de Junot tantava traçar. O homem, ali silencioso em seu mergulho no vazio, gritou ao mundo o sentimento de uma nação. Se possível, vale a pena conferir!

Anos depois, em 2007, Don DeLillo nas 264 páginas de "Homem em Queda” (Companhia das Letras) retrata os efeitos do incidente, a ferida aberta, sentida na pele pelos norte-americanos, que finalmente sofreram uma reação contra o seu comportamento dominador e hegemônico. Evidentemente, o resultado frente a isso foi negativo e eles tiveram suas rotinas alteradas com a instauração de uma nova onda de angústia, incertezas e paranóia quanto a tudo o que é islâmico, visando a possibilidade de novos ataques.

Engraçado como tanta coisa pode mudar em apenas alguns minutos... em um ano então, nossa! - quiçá oito, quando os atentados às torres gêmeas do World Trade Center fizeram cerca de três mil vítimas em Nova York. Hoje, não se morre mais de amores. O Romantismo teve seu fim aqui no Brasil em 1881 com o Realismo machadiano e desde então faz-se vistas grossas aos "fracos", àqueles que se entregam a esse sentimento leviano. Mas foram 45 longos anos de subjetivismo, sentimentalismo, nacionalismo, ufanismo e outros 'ismos' que caracterizaram o estilo e a fase que acarretou o suicídio de muitos jovens. Caído isso, mas real.

Em outro contexto, pode-se dizer que o tempo de queda livre de um objeto/pessoa a uma altura de 411.48m (equivlente a dos edifícios) é de 9.16 segundos, considerando a gravidade = 9.81m/s2. O homem em queda da foto, e não o em questão, levou, portanto, cerca de dez segundos para alcançar o chão saltando do alto de um daqueles prédios - no caso, o da torre norte. Eu, como a última das românticas pergunto: e no meu caso, quanto tempo pode durar uma queda por mim? - ou um 'penhasco', como lá atrás já classificaram certa atração. E eu, até quando fico 'caidinha' por alguém?

Independente, meu 'homem em queda no momento' (no ano passado) deu uma de peixe suicída: AAAAAAAAAAAAA TUM! Morreu. Não existe mais, pois já não é o mesmo de antes. Junto com ele, foi enterrada uma das melhores experiências sexuais que já tive. Surpreendente isso. Por vezes sinto saudades de como foi essa história, como era antes da queda. Quando a 'baixa' no mercado (vertiginosa, de uns tempos pra cá) permitir, surgirá outro disposto a arriscar tão intenso salto. Mas agora quero um que tome Red Bull, para sobreviver às fortes emoções que proporciono, voando alto - como tem que ser.

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