Esse post poderia ser sobre a forma mais gostosa de sexo: molhado, besuntado, bem lubrificado; mas não... É sobre pessoas escorregadias.
O que no Rio chamam assim atualmente, no passado, Sérgio Buarque de Hollanda classificou em seu livro Raízes do Brasil como “O Homem Cordial”. Herança dos portugueses, esse comportamento do brasileiro oriundo de uma valorização do que é familiar, não é sinônimo de civilidade de polidez. Vem de cordes, coração. Prima por estar bem com todo mundo.
“É, talvez...”; “Vamos ver”; ao invés de falar “Tchau“, dizer “Eu te ligo” - essa carência, esse medo de ficar sozinho gera, porém, uma imparcialidade irritante e digno de dúvidas quanto ao caráter da pessoa. Gaúcha como sou, fui acostumada com pontos de vista bem definidos, e vejo nesse impasse um problema seríssimo de ordem moral. Falta de integridade. Detesto essas atitudes típicas dos cariocas.
Não sei o que é pior: mentir, omitir ou não se posicionar, fazendo papel de bonzinho com todo mundo. Em todos os casos tu não sabe com quem está lidando! Prefiro tratar com ma pessoa que peque por excesso, dizendo a que veio, àquela que não mostra quem é, o que quer. Meia boca pra mim é pouco, meio termo é insuficiente. Quero de corpo e alma, e de coração também. Por inteiro.
Admiráveis são aqueles que lutam por seus ideais, enfrentando aqueles a quem se opõem. Nessa vida não dá para agradar a todos mesmo, nunca... Então não vestir a camisa quando mais é necessário é feio. Ficar em cima do muro é uma afronta àqueles da direita ou esquerda. Muito fácil se esconder atrás de uma falsa “camaradagem” a fim de se beneficiar depois, enquanto os outros estão dando sua cara a tapa. Covardia, fraqueza.
Na boa, aproveitando... se é vaselina, vai tomar no c*(!). Literalmente.
*Elas preferem, para manter a “honra”.
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