Mulheres de Caio - Também sou uma, definitivamente. Já o conhecia, origens em comum, popularidade entre os meus, entre as mulheres... Ontem, hoje e sempre. É como escrevi num email: "Caio Fernando Abreu não sai de moda”.
Ele bem poderia ser o compositor daquelas músicas que ‘cabem como uma luva‘, descrevendo nossa vida, relacionamentos. De forma intensa e informal, coloca os pontos nos ‘i’s. Simples, direto.
Sou fã. Não teria como ser diferente, tendo ele esses pensamentos, deixado seu vasto legado, suas verdades que me vestem, sendo ele assim... tão meu (e dos outros - muitos amantes...).
Ele fala por mim:
"Faz um bom tempo que a vontade de escrever e de poetizar se resume a você."
“É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes.
Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...
Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar!
Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar!
Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço. Mas não me basto.”
Não sou pedaço. Mas não me basto.”
“Ele me desperta sentimentos i-na-cre-di-ta-vel-men-te ternos.”
“Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...”
“Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade,
não conseguirei dizer mais nada,
não tenho culpa,
estou apenas me sentindo sem controle,
não me entenda mal,
não me entenda bem,
é só esta vontade quase simples
de estender o braço para tocar você...”
não conseguirei dizer mais nada,
não tenho culpa,
estou apenas me sentindo sem controle,
não me entenda mal,
não me entenda bem,
é só esta vontade quase simples
de estender o braço para tocar você...”
"E vamos levando. Se ficar heavy metal demais, dou o fora."
“Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você.”
“Uma alegria que era o avesso daquela que tinham me treinado para sentir."
“Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias,me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias.”
"Finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio."
"Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Eu gosto de gostos, eu gosto de pele, de cheiro, de amor verdadeiro."
"Vamos fazer assim: você não existe que eu não te desejo."
"(...) depois partiu sozinho. Não fizeram planos.
Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada."
Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada."
“Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.”
" - Você sabe que de alguma maneira a coisa esteve ali, bem próxima. Que você podia tê-la tocado. Você podia tê-la apanhado. No ar, que nem uma fruta. Aí volta o soco. E sem entender, você então pára e pergunta alguma coisa assim: mas de quem foi o erro?"
E por fim (embora as possibilidades não se esgotem aqui...):
“Você é de Virgem, não? é o signo regido por Mercúrio, o planeta da inteligência, as pessoas de Virgem sempre conseguem o que querem embora no começo pareça tudo muito difícil...”
Caio, mas me levanto. Sigo, não desisto, embora desiluda... Há algo maior em mim - que me empurra, que quer me fazer feliz.
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Às avessas
Acredito no Príncipe Sapo, tal qual a Teresa, do conto homônimo de Caio Fernando Abreu. O feio e/ou estranho por vezes me parece atraente. Não só porque me resta. Controvérsia... Há quem me entenda. O fácil não me agrada, uma vez que é gratuito. Prefiro aquilo que, na sua excentricidade, me é próprio, exclusivo, particular.
Entendo que os Contos de Fadas possam não acontecer pela expectativa boba daqueles que sonham. Quando se vive, eles vem às avessas. Aceito. Abaixo os playboys e almofadinhas! Viva os sapos revolucionários que não se vem na obrigação de serem príncipes. Chico era assim... (mas também não precisava ser incapaz!)
Fico um pouco mais aliviada sabendo que perfeição não existe, e que busco a melhor imperfeição para mim, que isso me realizaria, assim será. Tudo bem: mas quero sexo! - que fique claro.
Meu momento é esse.
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Mulheres de Caio - a peça
Elas, oito atrizes, estão em cartaz no Teatro do Ibam, no Humaitá, aqui no Rio de Janeiro. Em cerca de 70 minutos abordam assuntos femininos trabalhados em quatro contos dele - o mesmo Caio que nos inspira: Fernando Abreu.
“O Príncipe Sapo“, “Creme de Alface“, “Os Sobreviventes” e “Dama da Noite” - trechos desses textos compõe a peça, conduzem o público a uma cumplicidade com as personagens. Seu tom confessional intima... intimida talvez; aproxima, aliás.
Quem nunca se viu numa daquelas situações? Amargurada, sozinha, enlouquecida, traída, bêbada, feliz... o que seja! Elas caem, mas se levantam. Mulheres à beira de um ataque de nervos... Opa, mas isso já é Almodóvar. Caio é mais nosso, tão bom quanto, talvez melhor até...
Para quem gosta do autor gaúcho (a maioria, que eu saiba), ou não o conhece ainda, fica a dica, num lead (serviço) básico:
O que: Mulheres de Caio
Quem: com
Bruna Spínola (Afinal, o que querem as mulheres? De Luis Fernando Carvalho)
Carol Fazu (Peça Zapeando)
Joana Gervais (Peça C.L.A.M.)
Linn Jardim (Tititi)
Patrícia Elizardo (SOS Emergência)
Paula Guimarães (Viver a Vida)
Rhavine Chrispim (As Pegadoras)
Larissa Sarmento (curta Mas na Verdade Uma História Só, de Francisco Crasmeyer e pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz Mostra Digital, no Festival de Cinema de Brasília de 2009)
Quando: quintas, sextas e sábados de novembro, às 21h
Onde: Teatro do Ibam - Largo do Ibam, no Humaitá
Como: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada (estacionamento gratuito)
Por quê:
Texto de Caio Fernando Abreu
Adaptação e Direção de Delson Antunes
Direção de Movimento de Ana Bevilaqua.
Cenário de Teka Fichinski
Figurino de Ianara Elisa
Direção Musical de Gustavo MM & Lincoln
Iluminação de Luiz Paulo Neném
Produção de Chico Paschoal - Black Ninja
Assessoria minha
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Caio na Rampa - a festa
Uma boa desculpa para de divertir, e por uma boa causa... cair na gandaia! (além de ajudar a produção do espetáculo inspirado em Caio, claro - justo ele, que também gostava de um agito...). Gente bonita, lugar inspirador, som bom, cerveja barata - ingredientes para uma noite ‘daquelas‘! - agradável, quiçá inesquecível.
Depois de duas edições badaladíssimas, o evento volta para comemorar o sucesso do primeiro mês de temporada das meninas, com casa cheia. Venha cair na festa você também! - sábado, 13 de novembro, a partir das 23h, no Bar da Rampa (dentro do Clube Guanabara), em Botafogo.
Às avessas
Acredito no Príncipe Sapo, tal qual a Teresa, do conto homônimo de Caio Fernando Abreu. O feio e/ou estranho por vezes me parece atraente. Não só porque me resta. Controvérsia... Há quem me entenda. O fácil não me agrada, uma vez que é gratuito. Prefiro aquilo que, na sua excentricidade, me é próprio, exclusivo, particular.
Entendo que os Contos de Fadas possam não acontecer pela expectativa boba daqueles que sonham. Quando se vive, eles vem às avessas. Aceito. Abaixo os playboys e almofadinhas! Viva os sapos revolucionários que não se vem na obrigação de serem príncipes. Chico era assim... (mas também não precisava ser incapaz!)
Fico um pouco mais aliviada sabendo que perfeição não existe, e que busco a melhor imperfeição para mim, que isso me realizaria, assim será. Tudo bem: mas quero sexo! - que fique claro.
Meu momento é esse.
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Mulheres de Caio - a peça
Elas, oito atrizes, estão em cartaz no Teatro do Ibam, no Humaitá, aqui no Rio de Janeiro. Em cerca de 70 minutos abordam assuntos femininos trabalhados em quatro contos dele - o mesmo Caio que nos inspira: Fernando Abreu.
“O Príncipe Sapo“, “Creme de Alface“, “Os Sobreviventes” e “Dama da Noite” - trechos desses textos compõe a peça, conduzem o público a uma cumplicidade com as personagens. Seu tom confessional intima... intimida talvez; aproxima, aliás.
Quem nunca se viu numa daquelas situações? Amargurada, sozinha, enlouquecida, traída, bêbada, feliz... o que seja! Elas caem, mas se levantam. Mulheres à beira de um ataque de nervos... Opa, mas isso já é Almodóvar. Caio é mais nosso, tão bom quanto, talvez melhor até...
Para quem gosta do autor gaúcho (a maioria, que eu saiba), ou não o conhece ainda, fica a dica, num lead (serviço) básico:
O que: Mulheres de Caio
Quem: com
Bruna Spínola (Afinal, o que querem as mulheres? De Luis Fernando Carvalho)
Carol Fazu (Peça Zapeando)
Joana Gervais (Peça C.L.A.M.)
Linn Jardim (Tititi)
Patrícia Elizardo (SOS Emergência)
Paula Guimarães (Viver a Vida)
Rhavine Chrispim (As Pegadoras)
Larissa Sarmento (curta Mas na Verdade Uma História Só, de Francisco Crasmeyer e pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz Mostra Digital, no Festival de Cinema de Brasília de 2009)
Quando: quintas, sextas e sábados de novembro, às 21h
Onde: Teatro do Ibam - Largo do Ibam, no Humaitá
Como: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada (estacionamento gratuito)
Por quê:
Texto de Caio Fernando Abreu
Adaptação e Direção de Delson Antunes
Direção de Movimento de Ana Bevilaqua.
Cenário de Teka Fichinski
Figurino de Ianara Elisa
Direção Musical de Gustavo MM & Lincoln
Iluminação de Luiz Paulo Neném
Produção de Chico Paschoal - Black Ninja
Assessoria minha
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Caio na Rampa - a festa
Uma boa desculpa para de divertir, e por uma boa causa... cair na gandaia! (além de ajudar a produção do espetáculo inspirado em Caio, claro - justo ele, que também gostava de um agito...). Gente bonita, lugar inspirador, som bom, cerveja barata - ingredientes para uma noite ‘daquelas‘! - agradável, quiçá inesquecível.
Depois de duas edições badaladíssimas, o evento volta para comemorar o sucesso do primeiro mês de temporada das meninas, com casa cheia. Venha cair na festa você também! - sábado, 13 de novembro, a partir das 23h, no Bar da Rampa (dentro do Clube Guanabara), em Botafogo.
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