Tudo o que eles queriam era não apanhar mais. Parece simples, mas assim eram castigados os homens que trabalhavam na nossa Marinha durante os primeiros anos do século passado - mesmo sendo inconstitucionais tais punições. Má conduta resultava em enforcamento, açoitadas... Dois anos de planejamento, e um dia eles se amotinaram.
Negros e mulatos, mal instruídos, trabalhando sem a capacitação adequada (pois se investia muito em navios quase e nada no humano), nossos homens, liderados por João Candido Felisberto, inspiraram-se nos colegas russos do Encouraçado Poutekim, armando uma rebelião. Há exato um século, viraram para o Rio de Janeiro, 80 canhões, ameaçando bombardear a então capital da República, caso seu pedido não fossem atendido.
Venceram a chamada Revolta da Chibata, grandiosamente, mas se poderem comemorar. Alguns dias depois, porém, numa atitude revanchista do Governo os heróis revoltosos foram presos. De 18, depois de um envenenamento na cadeia, somente dois deles sobreviveram - entre eles o Almirante Negro, como João Cândido foi chamado pela imprensa da época.
Anos mais tarde, morreu pobre e como um indigente, esquecido, tendo sido classificado como louco. Esse foi o destino de um de nossos heróis de verdade. Infelizmente, muitos de nós, ainda hoje, praticamente desconhecemos sua existência e a colaboração que esses personagens tiveram na nossa história. Lamentável, mas ficou a grande lição, registrada por Chico Science e a Nação Zumbi:
"Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar"
Com determinação é possível mudar. A união faz a força (pro bem e pro mal... infelizmente). E essa é minha pequena contribuição para um mundo melhor, minha homenagem a eles.
Somente em 2008, através da publicação da Lei Federal n. 11.756/2008 no Diário Oficial da União, foi concedida anistia post mortem a João Cândido e aos demais participantes do movimento. Viva!
Negros e mulatos, mal instruídos, trabalhando sem a capacitação adequada (pois se investia muito em navios quase e nada no humano), nossos homens, liderados por João Candido Felisberto, inspiraram-se nos colegas russos do Encouraçado Poutekim, armando uma rebelião. Há exato um século, viraram para o Rio de Janeiro, 80 canhões, ameaçando bombardear a então capital da República, caso seu pedido não fossem atendido.
Venceram a chamada Revolta da Chibata, grandiosamente, mas se poderem comemorar. Alguns dias depois, porém, numa atitude revanchista do Governo os heróis revoltosos foram presos. De 18, depois de um envenenamento na cadeia, somente dois deles sobreviveram - entre eles o Almirante Negro, como João Cândido foi chamado pela imprensa da época.
Anos mais tarde, morreu pobre e como um indigente, esquecido, tendo sido classificado como louco. Esse foi o destino de um de nossos heróis de verdade. Infelizmente, muitos de nós, ainda hoje, praticamente desconhecemos sua existência e a colaboração que esses personagens tiveram na nossa história. Lamentável, mas ficou a grande lição, registrada por Chico Science e a Nação Zumbi:
"Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar"
Com determinação é possível mudar. A união faz a força (pro bem e pro mal... infelizmente). E essa é minha pequena contribuição para um mundo melhor, minha homenagem a eles.
Somente em 2008, através da publicação da Lei Federal n. 11.756/2008 no Diário Oficial da União, foi concedida anistia post mortem a João Cândido e aos demais participantes do movimento. Viva!
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