Um sujeito está dirigindo um luxuoso Mercedes Benz quando o pneu fura. Ao tentar trocá-lo, descobre que falta o macaco.
– Bem, vou até a primeira casa, e peço emprestado – pensa, enquanto caminha em busca de ajuda.
– Talvez o sujeito vendo meu carro, queira me cobrar algo pelo macaco – diz para si mesmo.
– Um carro como estes, e eu precisando de macaco, ele vai me cobrar dez dólares. Não, talvez cobre cinqüenta, porque sabe que eu preciso do macaco. Ele vai se aproveitar, talvez cobre cem dólares
E, à medida que anda, o preço vai subindo. Quando chega na casa, e o dono abre a porta, o sujeito grita:
– Você é um ladrão! Um macaco não vale tanto! Pode ficar com ele!
Qual de nós pode dizer que nunca se comportou desta maneira?
COELHO, Paulo. Maktub. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 164.
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Sobre o questionamento do mago, afirmo (e lamento) que, muitas vezes, armamos-nos contra fantasmas que nós mesmos criamos, internamente, em cima de medos e frustrações pessoais nossas. Esse pré-julgamento individual é ruim porque pode não condizer com o sentimento e intenção alheios, com a troca a se fazer com o outro. É egoísta, covarde, e talvez seja equivocado também.
Reconheço que só perco quando ajo assim porque posso estar sendo injusta, supondo coisas, comportamentos, retornos, respostas... quando não me pertence esse direito. Atacar para se defender é um erro, e sofrer por antecipação só faz mal. Não sou fã do escritor, mas sempre me lembro desse trecho do único livro dele que li, quando crio monstros na minha cabeça.
Nesses casos, imaginação fértil pode ser sinônimo de brigas e afastamentos infrutíferos. Uma simples conversa esclarece qualquer dúvida, permite que a vida flua como deve ser - sem grilos, nóias e algumas incertezas. Não devemos alimentar esses devaneios e angústias, porque tendem a ganhar proporções gigantes, dominando-nos, fazendo com que percamos o juízo e a razão.
Cuidado. Pode ser perigoso, arrisacado, prejudicial, ser um(a) gato(a) escaldado(a).
– Bem, vou até a primeira casa, e peço emprestado – pensa, enquanto caminha em busca de ajuda.
– Talvez o sujeito vendo meu carro, queira me cobrar algo pelo macaco – diz para si mesmo.
– Um carro como estes, e eu precisando de macaco, ele vai me cobrar dez dólares. Não, talvez cobre cinqüenta, porque sabe que eu preciso do macaco. Ele vai se aproveitar, talvez cobre cem dólares
E, à medida que anda, o preço vai subindo. Quando chega na casa, e o dono abre a porta, o sujeito grita:
– Você é um ladrão! Um macaco não vale tanto! Pode ficar com ele!
Qual de nós pode dizer que nunca se comportou desta maneira?
COELHO, Paulo. Maktub. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 164.
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Sobre o questionamento do mago, afirmo (e lamento) que, muitas vezes, armamos-nos contra fantasmas que nós mesmos criamos, internamente, em cima de medos e frustrações pessoais nossas. Esse pré-julgamento individual é ruim porque pode não condizer com o sentimento e intenção alheios, com a troca a se fazer com o outro. É egoísta, covarde, e talvez seja equivocado também.
Reconheço que só perco quando ajo assim porque posso estar sendo injusta, supondo coisas, comportamentos, retornos, respostas... quando não me pertence esse direito. Atacar para se defender é um erro, e sofrer por antecipação só faz mal. Não sou fã do escritor, mas sempre me lembro desse trecho do único livro dele que li, quando crio monstros na minha cabeça.
Nesses casos, imaginação fértil pode ser sinônimo de brigas e afastamentos infrutíferos. Uma simples conversa esclarece qualquer dúvida, permite que a vida flua como deve ser - sem grilos, nóias e algumas incertezas. Não devemos alimentar esses devaneios e angústias, porque tendem a ganhar proporções gigantes, dominando-nos, fazendo com que percamos o juízo e a razão.
Cuidado. Pode ser perigoso, arrisacado, prejudicial, ser um(a) gato(a) escaldado(a).
Olha isso acontece muito, comigo quando me armo dessa maneira posso estar cometendo esse erro, mas é que normalmente você sabe com quem está lidando e com o passado de tal pessoa que você julga num certo momento estar lhe perseguindo e naquela hora você erra na sua avaliação, mas é porque aquela pessoa já lhe aprontou algumas ou eu sinto sua energia negativa sobre mim, mas realmente acontece, temos que ser serenos.
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