Crítica nacional:
Parlamentares se auto-promovem e aprovam salário igualitário de R$ 26,7 para eles, ministros de Estado, presidente e o vice-presidente da República. Um acordo foi feito para a tomada desta decisão que os deputados classificaram como em “regime de urgência” para que fosse votada ainda esse ano.
Inúmeras famílias passam fome no país inteiro, milhões de pessoas sofrem com a falta de recursos e estrutura na saúde pública nos quatro cantos do Brasil, outras tantas estão desempregadas, sem condições de exercer dignamente sua civilidade, isso sem contar que o salário mínimo atual é de APENAS R$ 510(!)... mas nada disso é TÃO importante para os nossos governantes quanto seus próprios focinhos e bem-estar.
Vergonhoso – é o mínimo que posso manifestar a respeito. Uma porque tal ajuste é DESNECESSÁRIO, sendo que todos eles já ganham benefícios como vale-combustível, passagens aéreas gratuitas, não pagam aluguel, tampouco declaram imposto de renda! - entre outras regalias. Ou seja, para eles seus salários (todos já acima de R$ 10 mil mensais) saem limpos para eles, sem gastos comuns a todos outros cidadãos, que com os impostos, pagam seus salários.
O que mais me indigna, no entanto, é a ignorância do nosso povo, que simplesmente dá de ombros para isso, MESMO (e principalmente) aqueles que ganham tão pouco tendo que sustentar tanta gente. Se fosse na Europa, o povo estaria na rua, manifestando-se contra tudo isso – vide a insatisfação dos franceses com a reforma da previdência deles que aumentou de 60 para 62 anos a idade mínima para aposentadoria, e também, mais recentemente, em Londres, onde universitários atearam fogo em ônibus protestando contra os aumentos nas mensalidades das universidades.
Aqui, infelizmente, só seria gerado rebuliços como esses se proibissem o futebol, a cerveja e o samba de final de semana. Nem o ‘pão’ adianta cortar que ninguém reclama (a começar pelos preços abusivos dos alimentos nesse último ano). O que o povo quer mesmo é ‘circo’! Por que será? PALHAÇADA.
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a mula ruge...
Logo hoje, quando faz exatos quatro anos de nossa conquista no Mundial Interclubes de 2006 no Japão, registro outra indignação: a performance colorada na semifinal deste ano. Perdemos e deu zebra – africanos na final contra os italianos da Internazionale de Milão. Como aconteceu na Copa, torço por quem nos eliminou, e que, mais uma vez, nunca venceu a competição. Ao meu ver, assim como a Holanda (que lamentavelmente não ganhou mais uma vez), o Mazembe, do Congo, merece tal façanha por seu desempenho até agora.
Quanto a nós, teremos que pastar mais um pouquinho até conquistarmos outro título, afinal, não jogamos NADA nessa última partida. Faltou energia, vibração àquela equipe insossa, apática, sem moral. E o Celso Roth que baixe a crista e admita o fracasso do time sob seu comando (pelo menos nessa eliminação, decisiva).
Ficaria inconsolada, querendo ‘matar ou morrer’, se tivesse ido até lá, pagado uma fortuna, para ver o Inter dar vexame, como fez. Mesmo de ganharmos o próximo jogo e nos classificarmos como terceiro colocado no campeonato, voltaremos de Abu Dhabi ainda colorados, mas vermelhos de vergonha.
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