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Monday, 31 May 2010

expectador


Esperar é bom à medida da expectativa, no sentido de aguardar algo bom que está por vir. Melhor se o retorno for rápido, quando os ânimos ainda estão à toda, ansiando por uma explosão de emoção positiva, numa ligação.

Demais, sentada ou nada? Qual o meu limite sem interação? Estou aqui, vendo o tempo passar... Até seguir meu instinto (de quem não fica na janela), e fazer as coisas acontecerem já, já - como parte do meu show, a especialidade da casa.

Sunday, 30 May 2010

carta ao tempo


Tanta coisa para ser dita, mas como? Muito tempo já passou e nos distancia... Como fazer da melhor maneira, explicando toda (boa) intenção, pedindo ajuda na condução dos fatos... uma mão – apoio e carinho.

A vontade é não importunar, nem criar conflitos, mas agregar, realizar um sonho. Será que fui clara? Precisaria falar de outro jeito? Poderia eu ser mais explícita, ou deveria me resguardar?

São dúvidas suficientes para me deixar confusa, ansiosa, mas de coração aberto, cheia de garra, como é de praxe. Infinitos rascunhos e, ainda sim, temeria errar. Mas o que vier, vem bem, pois será como TEM que ser - por pior que seja, é a realidade.

Aguardo então um retorno... Breve? Certo? Ou ficarei eu no vácuo de minhas palavras? O roteiro desse "filme" é tão imprevisível quanto o futuro. O que me aguarda, só Deus sabe! Mas o bom é que, de um jeito ou de outro, o universo sempre conspira a favor.

Saturday, 29 May 2010

promessa é divina


E sempre a mesma: NUNCA mais beber (assim).

Dor de cabeça, vontade ou falta do que vomitar, embrulho no estômago... o mal-estar generalizado não deixa NINGUÉM esquecer o arrependimento pelo excesso na noite anterior. Sinto-me verde por dentro, fraca, enjoada e indisposta - virada do avesso MESMO.

Se a fé move montanhas, dias de ressaca deveriam ser feriados. SAGRADOS.

Santa Coca-Cola, guaraná, água de coco e Oxyboldine. Só eles salvam. Aleluia!

Thursday, 27 May 2010

brincando por aí


Na corrida do dia-a-dia, no atropelo das ruas, não tem coisa melhor que se deparar com um simpático bonequinho que nos remete à terna infância. Tenho certeza que quem não puder estacionar o carro na calçada, ou até se alguém tropeçar nesses fradinhos Playmobil, verá sua fúria passar rapidinho! Dado o tom lúdico das obras, não tem como ser diferente...

Suspeito de quem seja, embora não tenha certeza. Independente, parabéns pelo bonito trabalho, por toda a sensibilidade de ver e fazer arte nos lugares menos prováveis. Cada vez mais apaixonada por intervenções artísticas urbanas, dedico esse post ao(s) criativo(s) autor(es) dessas criaturinhas que enchem de alegria quem anda por aí – aliás, aqui: em Botafogo, no Rio de Janeiro. 


Vida longa a quem sabe brincar!

Wednesday, 26 May 2010

a revolta da vacina


Ontem a Fundação Oswaldo Cruz completou 110 anos. E, quando ouço o nome desse médico sanitarista NÃO consigo deixar de lembrar e desassociá-lo de um interessante “causo” da nossa História, a Revolta da Vacina - uma das mais terríveis rebeliões populares da República.

O fato sempre me chamou a atenção em razão da ignorância do povo aliada a medidas autoritárias que, apesar de sua inquestionável necessidade, desrespeitavam os direitos individuais. Os métodos utilizados para atingir a população e ter então eficácia, na época, chegaram até a serem apelidados pela imprensa como “Código de Torturas”.

Pode parecer horrível a atitude radical do governo de Rodrigues Alves, e do chefe da Diretoria de Saúde Pública e diretor do Instituto Soroterápico Nacional, em Manguinhos (atual conceituada Fundação com seu nome - Fiocruz), mas antes de uma avaliação prematura, alguns pontos fundamentais devem ser considerados: o Rio de Janeiro, em 1904, era infestado de epidemias. Pestilenta, estava longe de ser considerada ‘maravilhosa’ – como hoje (e há tempos) a cidade é conhecida.

Peste bubônica, febre amarela, difteria, sarampo, tuberculose, escarlatina, coqueluche, lepra, tifo, e, principalmente, a varíola... (parece mais a letra da música O Pulso de Arnaldo Antunes, mas não!) essas eram as doenças que matavam muita gente no início do século XX por aqui. Grande parte dos habitantes morava em cortiços superlotados, em situações sanitárias precárias, sem saneamento básico e higiene.

A então capital do país, apesar de seus belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos como rede insuficiente de água e esgoto, e escassa coleta de resíduos e lixo. Desse ambiente putrefato resultavam as enfermidades vividas pela população, que dividia o espaço com uma infinidade de ratos e mosquitos, entre outras moléstias, responsáveis pelo óbito de diversos estrangeiros, além dos locais.

Em 1902, as mortes causadas por febre amarela chegavam a mil, e baixaram para 48 dois anos depois. No primeiro semestre de 1904, as chamadas ‘Brigadas Mata-Mosquitos’, que invadiam as casas para detetiza-las, fizeram mais de cem mil visitas domiciliares e mais de 600 edifícios e casas foram interditados. Já em 1909, não era mais registradas vítimas da doença na cidade. Apesar do sucesso e da boa intenção da ação, teve um momento em que Oswaldo Cruz foi apontado como ‘inimigo do povo’.

Mesmo sob insatisfação popular, ele bancou a campanha contra a varíola com a mesma firmeza. E, no dia 31 de outubro, foi aprovada a Lei da Vacina Obrigatória para a popular “bexiga”, como também era chamada. Assim, as brigadas sanitárias puderam, acompanhadas por policiais, entrar nas casas para aplicar a vacina, mesmo que à força. Esse comportamento, entretanto, gerou conflitos.
 

Depois de Alves ter dado plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao doutor para executarem um grande projeto sanitário, foi posto em prática uma ampla reforma urbana conhecida como ‘bota-abaixo’ (pelas demolições dos prédios velhos, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins). Com essas ações, houve um enorme descontentamento, pois milhares de pessoas foram desalojadas, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.

A questão da revolta foi política – nenhuma novidade, portanto, pois pessoas desinformadas e sem um incentivo externo maior não seriam capazes de tamanha barbárie. Só para ilustrar o substantivo, foi declarado estado de sítio no dia 16 de novembro daquele ano. A vacinação foi suspensa, e o exército foi para as ruas. O Rio virou um campo de guerra, com barricadas em diversos pontos. Bondes e postes foram depredados; trilhos e calçamentos, arrancados.
 

Estimulados pela demagogia da Liga Contra a Vacina Obrigatória, e pela oposição positivista (que sequer acreditava que as doenças fossem provocadas por micróbios!), informações sobre supostos perigos causados pela vacina foram espalhados. Além disso, o boato de que as mulheres teriam que se despir na frente dos vacinadores porque a vacina teria de ser aplicada em partes íntimas do corpo, agravou a ira da população, que se rebelou.

O motim e a tentativa de golpe tiveram seu fim no dia 20 de novembro com mais de mil pessoas detidas e 400 deportadas para o Acre. Naquele ano, morreram cerca de 3.500 pela doença infecto-contagiosa. Em 1906, esse número caiu para nove. Dois anos depois, uma nova epidemia matou mais de 6.500, e, em 1910, foi registrada somente uma única vítima.

Hoje, felizmente, a varíola está extinta no mundo todo. E, mesmo com a revogação da obrigatoriedade de sua vacina, permanece válida a exigência do atestado de vacinação para trabalho, viagem, casamento, alistamento militar, matrícula em escolas públicas, hospedagem em hotéis.

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Nos dias atuais, o que se viu (eu, pelo menos, aqui no Rio de Janeiro), numa campanha não obrigatória, foi um considerável número de cidadãos se rejeitando a tomar a vacina contra o vírus da Influenza A (H1N1). Os motivos, na maioria das vezes, eram suposições sobre seus malefícios. Não consegui, obviamente, deixar de relacionar esse comportamento ao passado.

Sinceramente, não gostei de tomar a vacina, pois fiquei enjoada, indisposta e com dores fortes no braço por cerca de dois dias, mas li a respeito e vi que eram normais os sintomas e que alguns mitos criados são como os fantasmas já exorcizados. Fiquei tranqüilizada, e penso que agora estou (pelo menos MAIS) segura contra a tão famosa, na moda e temida gripe suína.

Acho válida qualquer forma de preocupação e questionamento sobre assuntos como esse, questões de saúde pública – ainda mais envolvendo possíveis conspirações da indústria farmacêutica (vide a história de O Jardineiro Fiel), mas acredito na seriedade de nossos órgãos competentes. Assim já provaram ser desde sempre. E, ainda alia-se a essa credibilidade o modelo que representamos atualmente quanto ao coquetel para soropositivos.

Chega de rebeldia sem causa. Ou a culpa, agora, é do PT (ou do Lula)? Golpe baixo.

Tuesday, 25 May 2010

liberdade ou morte


Hoje é o dia: de protestar, além de aproveitar a barbada de poder comprar gasolina cerca de 40% mais barata. PASMEM! – não pela oferta, mas pelo horror que é a sobretaxa em cima do produto.

Em algumas capitais do país, vários brasileiros pagaram quase metade do preço em litros do combustível, nessa campanha pela diminuição da arrecadação absurda feita no Brasil. Em São Paulo, diversas pessoas usaram nariz de palhaço numa manifestação bem-humorada, mas verdadeira contra essa realidade.

Lembram do recente “IPI reduzido”? Sentimos um pouco desse alívio numa tentativa do governo em aquecer o mercado. E conseguiu. Não foi mágica do varejo, foi "simplesmente" uma diminuição no que os cofres públicos levam do valor cobrado pelas lojas. Por que não aplicar esses descontos novamente, de repente em outro setor, fazendo um rodízio para tentar amenizar a crueldade com o povo que é essa cobrança indevida?

Nossa carga tributária é uma das mais altas do mundo. Injusto. Não creio numa explicação coerente que me convença de sua real necessidade. Para produtos da cesta básica, por exemplo, os impostos chegam a mais de 30% do valor total de cada mercadoria. Um exagero que não leva nosso país à frente, bem pelo contrário...

Pagamos por serviços básicos dos quais não usufruímos em sua plenitude, como saúde, educação, etc. Bancamos sei-lá-eu-quem – porque a cor desse dinheiro revertida em benefícios para a população não é o que acontece. E para algum lugar essa quantia trilhonária vai... Para onde será? (com tantos roubos, sonegação e superfaturação de quase tudo que é do governo, tenho meus palpites).

O contribuinte trabalha praticamente cinco meses (quatro meses e 29 dias) só para pagar impostos. Isso é uma palhaçada mesmo. E não vai mudar se não fizermos nada... Que tal um radicalismo (adoro!)? Liberdade ou morte! (que já é o que está acontecendo, na verdade,  uma vez que crianças morrem subnutridas, pessoas sem um atendimento médico público eficiente, nas estradas mal conservadas, etc etc etc.) Pensem nisso e protestem, como puderem.

A iniciativa do Dia da Liberdade de Impostos foi da ala jovem da Câmara de Dirigentes Lojistas, uma forma econômica e consciente de chamar a atenção da sociedade para o fato. Por aqui, a mula ruge...

Assistam ao vídeo da matéria que foi ao ar pelos canais da Rede Globo no portal G1.

Monday, 24 May 2010

tem pra todo mundo


Conhecem a máxima: “Pode encher a sua piscina, mas não esvazia a minha bacia”? Pois é justamente assim que as pessoas DEVERIAM fazer, agir e ser – porque se trata de um posicionamento moral, inclusive.

Inveja e má fé é péssimo. Buscar a sua felicidade sem ficar urubuzando a vida alheia é o caminho do bem. Quem muito se preocupa com o outro, administra mal seus negócios. Então, que tal focar em seu próprio umbigo (ou rabo)? – é melhor para todo mundo.

O futuro está aí com suas oportunidades. Cada um tem e terá o que merece. É só fazer por onde, conduzir com sabedoria o barco da vida. Uns rebolam, alguns rezam, outros remam. Essa última é a minha filosofia. E a frase acima é de comunidade. Salve Gabriel Moura, Jovi Joviniano e Aranha, pela voz de Seu Jorge!

Sunday, 23 May 2010

ética alheia


Jamais quero ser a “guria”, “mina” ou “ela” de algum homem!

Pode parecer que ser isso para alguém é legal, mas não é o caso.  Aqui, deixa expressa a fraqueza e a covardia masculina (no caso, dos namorados ou maridos) de dizer o nome da parceira em alto e bom som quando as intenções não são do bem para com ela, mas segundas com outras.

Pode ser mais fácil para eles não ter que pronunciar seus nomes, dizendo simplesmente essas palavras impessoais ao se referirem a elas. Fazem isso como se quisessem esquecer suas existências,  menosprezar sentimentos, amenizar os danos, fugir do erro, ou somente se sentirem mais distantes, menos comprometidos, quase solteiros.

Como companhia, amiga, ‘outra’, ou até mesmo um fantasma do passado a assombrar seus relacionamentos, digo que desaprovo e abomino essa atitude. Gostaria de ouvi-los dizer, num ato de respeito e consciência, quem são essas mulheres – que, eles querendo ou não, estão ao seu lado de verdade. Independente do que aconteça, ou não.

Quem tem ficha limpa no cartório não tem com o que se preocupar, o que esconder e negar. Deve ser o sentimento de culpa; para mim, é questão de ética.

Saturday, 22 May 2010

marinheira de primeira viagem


Ser testado é uma situação incômoda porque não nos sentimos confortáveis quando postos à prova. O nervosismo é o pior inimigo nessas horas, pois nos deixa à deriva. Atrapalha demais. Pode por tudo a perder. É preciso manter a calma para não afundar o barco.

O despreparo também é um fator determinante, pois dá insegurança. Mas não que tenhamos poucas condições (ou nenhuma) de preencher os requisitos necessários para a aprovação. Viver algo novo, e, simplesmente, não conhecer os mares navegados pela primeira vez pode trazer surpresas desastrosas por pura falta de experiência.

Nesse momento a fé pode ser uma boa aliada. Acalma, ampara, dá-nos esperança de que tudo vai dar certo. E vai. A vida segue o rumo que tem que tomar, com ou sem viradas de maré. Que nossos sonhos sirvam como um farol, determinando para onde devemos ir, mostrando-nos exatamente o caminho a ser tomado.

Friday, 21 May 2010

barreira protetora


Quando eu era criança a gente podia brincar na rua, ir sozinho para o colégio – ou, no máximo, com os irmãos e/ou amigos. Tudo bem que era um tempo diferente, menos perigoso que hoje, mas até que ponto é puro exagero dos pais da atualidade (que eram os filhos de ontem), numa desacertada tentativa de superproteger os pequenos (de agora) da realidade em que eles próprios viveram antes, anos atrás?

A pergunta vai mais além, numa perspectiva de futuro mesmo. Não estariam os pais (mega) corujas deixando de criar as crianças para o mundo, permanecendo elas por mais tempo debaixo das asas de suas mães? Não sei se fui muito solta e independente no passado, mas estranho e critico tamanho amparo e inocência infantil num momento que era para ser mais sagaz; eles, mais safos.

Espero educar eu os meus, quando os tiver, de uma maneira que cresçam preparados para lidar com esse universo cruel que os espera pela frente, num futuro duvidoso. Penso muito a respeito, em como farei para dar vida a adultos espertos, estudiosos e batalhadores, e não a bobalhões preguiçosos que dependam de mim para sempre, vivendo às minhas custas! Por algum tempo, ok (e terei MUITO prazer em sustentá-los, provê-los - como qualquer mãe normal faz), mas depois, até por uma questão de sobrevivência, eles DEVEM andar com suas próprias pernas.

Acho horrível barbados que não sabem fritar um ovo, ou que roupa colorida junto à branca na máquina vai manchá-las. Não lavar as próprias cuecas, socorro! Mais: mimados que não sabem se virar sozinhos, que perdem seus pertences, e simplesmente não ligam, tampouco tentam recuperá-los, pois não ignoram o preço das coisas, quanto custam. Mas o pior são as mães que vão lá e repõe tudo sem dar bronca, que não os educam, só confortam.

Será essa carência, essa deficiência proveniente de certa culpa e compensação pelo o que passamos nós nos anos 80, quando as vacas eram mais magras e a economia nada colaborativa, tudo era mais sofrido de se conseguir? A mim, parece que damos o devido valor a tudo pela dificuldade dos tempos de criança, mas não estamos sabendo transmitir isso aos herdeiros em tempos de brinquedos fartos pagos a prestações.

Possibilidades à parte, o trabalho de formação é árduo. Peca-se pelo amor, pelo excesso e pela falta de noção e de bom senso. Para uma real evolução da espécie, educar da melhor forma é para fora, sem barreiras protetoras que atrapalhem a construção de um cidadão consciente – no caso, a barra da saia das mães.

Thursday, 20 May 2010

chata de galocha


Sei que é um saco!

Ser pega de surpresa e molhar os sapatos e os pezinhos de donzela não é nada bom, mas admito que, mesmo assim, estava torcendo por um dia chuvoso. DESCULPEM.

O motivo não é nenhum além do fato de eu querer inaugurar minhas galochas novas em situação propícia... compreensível até, pois sou mulher! Acho que no clima úmido portoalegrense conseguirei, enfim.

Wednesday, 19 May 2010

com a macaca


Num exercício qualquer sobre bichos, lembrei-me de uma predileção curiosa minha. Pois é, pode parecer estranho, mas ADORO macacos. Não qualquer um. Os chimpanzés são meus preferidos.

De micos e saguis, tenho medo. Não me parecem confiáveis. Vejo esses pequenos como ladrõezinhos baratos e um tanto pervertidos até. Orangotangos e gorilas também me agradam, mas nada se compara aos medianos ‘chimpas’.

O jeitinho desses primatas me fascina, sua inteligência me instiga, e as possibilidades de uma verdadeira amizade entre a gente me animam. Acho incríveis os laços criados com quem tem contato com eles em cativeiros, zoológicos etc.

Abomino, entretanto, sua presença em circos e shows performáticos – a de qualquer animal que seja, na verdade. Tudo bem que é uma maneira de aproximar essas criaturas (nem tão) selvagens dos humanos urbanos, mas não gosto. Nem de zôos! Acho triste.

Engraçado isso. Ao usar a palavra agora, dei-me por conta que ‘selvagem’ não significa necessariamente agressividade, diz respeito ao seu habitat natural – a selva. Claro que a maioria das espécies livres na natureza ataca, mas somente para se defender.

E, se formos coerentes e racionais, vamos concluir que eles não estão errados em nos agredir, uma vez que somos (infelizmente) seus possíveis predadores. E encerro este texto me questionando sobre nossa tal ‘racionalidade’...

Tuesday, 18 May 2010

canela fina


Dizem que homens com tal característica tem o pau grande. Em respeito à teoria da evolução das espécies, acabo eu fazendo minha ‘seleção natural’, preferindo e optando pelos "gambitinhos" - assim, no diminutivo mesmo, mas que sugerem aumentativos (e por que não dizer SUPERLATIVOS?) sexuais.

Podem existir outros marcadores, mas por experiência pessoal e prática, e conhecimento profissional e empírico de causa e efeito, concordo e sigo essa crença popular. Culpa do Darwin.

Monday, 17 May 2010

gosto que me enrosco


Tudo bem que a vida de solteiro tem seus dias e noites de solidão – talvez quando o sol caia, sinta-se ainda mais esse vazio, mas o que vocês acham de simplesmente (se a)pegar (a) um travesseiro ‘para chamar de seu’, substituindo alguém real? Estranho, né?! Mas...

Esse é o novo ‘amor em 2D’, um fenômeno atual no comportamento urbano de diversos japoneses (sim, e de quem mais poderia ser, tratando-se de uma bizarrice como essa?!). Eles agarram “as curvas” de almofadas, cobertas por capas ilustradas com personagens de games e mangás, adotadas como cônjuges por carentes de plantão.

O sentimento cultivado por esses objetos é que impressiona mais(!). Tanto, que até o jornal The New York Times publicou, ano passado, uma matéria relatando a inusitada e estranha
história do apaixonado Nisan e sua afável e benévola Nemutan (Nemu – nome da heroína + o sufixo tan – que significa algo como 'querida').

Eles são namorados (SIM: parceiros, de programas e até na cama – o que pode vir a acontecer em muitos casos). O relacionamento entre os dois começou depois que ele terminou um namoro com uma mulher e optou, então, pela companhia do apetrecho, pelo qual nutre um apreço imenso.

Nisan a leva aonde quer que vá – restaurantes, karaokês e viagens, e tiram fotos juntos, para registrar os momentos, como um casal de verdade. Ele afirma saber, porém, que a menina, estampada nas sete fronhas que ele troca (para mantê-la sempre limpa), é uma ficção.

Questionado sobre se deseja casar com uma pessoa de carne e osso, ele diz que sim, mas entende a dificuldade de achar uma pretendente que aceite sua afeição. Essa maneira de agir, segundo estudiosos, é um reflexo da dificuldade que os adultos do Japão tem em se relacionar.

Mesmo que num behavioral freak show nipônico, pelo menos eles se utilizam de suas criações para benefício próprio. As limitações impostas a essa preferência só tem um lado, digamos assim, "compreensível" e "bom": tais fofuras não falam! (reclamam, criticam, ou enchem o saco... nem ciúmes demonstram ter!)

Brincadeiras à parte, podem ficar tranquilos, porque a moda, no Brasil, NÃO pega! Aqui, sexo com brinquedinhos, ok (tranquilo), mas SEM compromisso – só casualmente! *Pois é... sendo assim, lá em casa, por exemplo, só durmor com meu rolo "minhocão" de 1,40m, carinhosamente apelidado de 'Ricardão', em noites ermas e frias mesmo. Fora isso, ele está dispensado! [risos]

Sunday, 16 May 2010

cara de um, interesse no outro


Vou exemplificar minha teoria utilizando-me de um caso de conhecimento geral – para não dizer ‘global’ (referindo-me ao fato de ter sido veiculado recentemente pela maior emissora do Brasil): a troca de Miguel por Jorge, feita por Luciana na novela "Viver a Vida", não aconteceu exclusivamente porque o gêmeo médico era mais bonzinho que o arquiteto, mas porque eles eram iguais fisicamente.

Poderia acontecer também, claro, caso não fossem idênticos, mas somente parecidos. Por mais diferentes que sejam seus temperamentos, personalidades e/ou caracteres, sendo irmãos, apresenta-se o fato de terem comportamentos ou feições que se assemelham. E isso os aproxima, igualando-os em mentes cheias de afeição.
É bem provável que atraiamos pessoas que se interessem por alguém(s) como a gente – seja no visual, ou no jeito de ser, do que por estranhos quaisquer.  Com essas referências, há associações que despertam segundas intenções com mais facilidade. Afirmo, por experiência própria, o quanto é possível (e plausível) que isso venha um dia a acontecer de forma natural... involuntariamente. 

 O que quero dizer (com esse nariz de cera todo) é que, na vida real, buscamos um padrão, mesmo sem querer. Embora nem saibamos ou admitemos, existe um tal modelo ideal. Certamente, o novo pode ser bastante instigante também, passível de agradar o próximo, mas quem nunca conseguiu traçar um paralelo entre muitos de seus (ex) amores e (futuros) pretendentes que jogue a primeira pedra!

Não tem outra explicação, senão científica: é somente a química se esquivando diante à biologia na escolha dos pares em relacionamentos amorosos. Isso me tranquiliza quando percebo equivalências em tão extremos e avessos “plims” por aí – o que não aconteceu quando fiquei encantada por Jeffrey Dean Morgan em “P.S. I Love You”, e ao perguntar o nome do ator, meu amigo respondeu: "Javier Bardem". (ok, total desculpável... é de se confundir mesmo! Com esses dois, qualquer um fica transtornado – eu, COMPLETAMENTE, inclusive!)
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Sem meras coincidências:

Pele morena, cabelos compridos encaracolados, olhos castanhos, óculos de grau, estatura mediana, jeito de menina, idéias de mulher...

Lili era constantemente confundida com Bruna no curso que freqüentavam. Um dia, tomando um suco na lanchonete, alguém comentou sobre suas semelhanças. Foi então que Bruna confessou que aquilo acontecia com bastante frequência. Lili, surpresa, relatou alguns episódios ocorridos com ela, quando a chamaram pelo nome da outra, ou fizeram elogios que sabia não serem a ela direcionados.

Na ocasião, ambas acharam graça dessa confusão toda, mas tamanha coincidência, pouco tempo depois, não seria motivo de tantos risos, mas de algumas lágrimas. Logo após se mudar para São Paulo, Bruna descobriu que o garoto por quem se interessava no clube começou a namorar Lili. Chorou impiedosamente, e só cessou quando percebeu ser lógica a preferência do rapaz por sua amiga.

Uma vez que não morava mais na cidade, Bruna se deu por satisfeita com o ocorrido. Ficou feliz pela escolha feita por Lúcio, que não se distanciou tanto da possibilidade de achá-la bonita e de um provável interesse por ela. Pensou consigo que, quem sabe numa outra oportunidade, quando próximos novamente, sua história com ele poderia, enfim, ter um final feliz.

Totalmente compreensível e tolerável. Fica pra próxima...

Saturday, 15 May 2010

o comedor


As mulheres o amam; os homens, odeiam-no.

Meados de 2006, 19h e pouco. Final do expediente, meu celular toca:

- Alô?
- Alô, Vanessa?
- Sim, pois não...?!
- É o Zé Mayer. Tô ligando para agradecer o convite, mas... blá blá blá

Confesso que, depois que assimilei quem era, não ouvi mais nada direito. Fiquei completamente “sem chão”. O motivo e sua voz marcante não negavam a autenticidade da ligação. Não tinha nem como duvidar... NÃO, não estava delirando!

Era verdade: o galã de "Páginas da Vida" (novela de Manoel Carlos que estava no ar na época) tinha MESMO me ligado. Entusiasmada, telefonei depois, IMEDIATAMENTE, para minha mãe contando o que tinha acontecido! [risos]

Hoje, lembro sem graça sobre isso, porque o entusiasmo com os globais não é o mesmo. Ossos do ofício – com o tempo, se perde o encanto. Na verdade, já não era mais ali, mas tenho certeza que QUALQUER uma ficaria surpresa com uma chamada dessas.

Como pessoa, acho que deve ser um cara legal, humilde, zero marra sobre esse glamour todo de folhetim das nove. E é claro que, como gosto de um coroa, não iria correr se o bicho pegasse (vamos combinar! – não sou de ferro e não vou logo EU contrariar a estatística, né?!).

Mas na ficção, na boa: ou o Maneco gostaria de ser os personagens interpretados por José Mayer, ou... (opa!) deixa pra lá! Só sei que fico put* com as condições dadas para o ator ser sempre taxado como o ‘comedor’ de qualquer novela passada no Leblon.

Tudo bem que ele é um pão, unanimidade entre as mães, tias e avós da minha geração, mas fazer que quase metade do elenco feminino caia na sua lábia (e braços) é demais! Falta de criatividade do autor já, pois acaba que os papéis são sempre os mesmos.

Se a Helena já passou a ter 30 anos nessa, é provável que o protagonista homem também siga esse rumo. E em breve. Fico curiosíssima para saber quem deverá substituí-lo em tão aguerrida missão. Mas com certeza Zé ainda volta – quem sabe como pai, sogro, tio ou avô (sedutor, óbvio! - quem foi comedor, numa perde uma sacanagem).
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sobre o último capítulo...

A única coisa que não curti no final de "Viver a Vida" foi o retorno de Tereza para Marcos – mesmo que isso tenha fica implícito. Não é possível! O garanhão não pode ficar sozinho? Só de raiva queria que Jean conhecesse a Silvia, mãe de Bruno! Aí, “sem querer”, e mais do que nunca, iria ficar tudo em família.

Sem dramas, achei super coerente o fato de Luciana não ter voltado a andar. A razão é racional: tem mais gente na mesma situação que permanece na cadeira de rodas, mesmo com todas as melhoras possíveis, do que volta a andar.

Iria ser muito ‘conto de fadas’, além de todas as mordomias surreais não acessíveis aos simples mortais mais humildes já presentes na trama. Bancar viagem internacional de jatinho, sala de fisioterapia particular, carros adaptados e toda a parafernália à disposição da filha com necessidades especiais só para quem tem culh*o mesmo! – tudo bem, é novela: a Globo paga! (mas, pelo jeito, o Zé Mayer, tem!)

Friday, 14 May 2010

joão ninguém


Na verdade, simplesmente ‘João’.

Ainda não o conheço, nem sei se já é de outro alguém, mas me interessa – e MUITO. Se quisesse, teria um 'Vavá' universo pela frente (opa! - e por trás, em cima, embaixo, de lado, em pé, deitado, sentado...).

Engraçado isso: como uma pessoa pode de uma maneira avassaladora nos deixar afim, de cara. Provavelmente, não seja nem sequer capaz de imaginar o quanto despertou em mim esses desejos nobres, fortes, intensos.

Pode supor, é claro, porque o olhar diz tudo. E mesmo que tenhamos nos visto poucas vezes, sempre houve um clima de flerte no ar, na distância entre nós, ligando-nos mesmo em extremos na pista, salão, ou pertinho, lado a lado, num muro qualquer.

Parece ser um bom rapaz. É do meio, tem estilo, faz meu tipo – sabe como é... (barba por fazer!) Não foi à toa. Agrada-me, rodeia... mas talvez seja tímido como eu, por hesitar uma aproximação mais ousada, “sem” desculpa – e pressa, infelizmente.

É um universo de possibilidades. Tomara que se apresente(m), como e quando tiver que ser. E que a surpresa seja boa, gentil, que me deixe admirada, instigada, satisfeita, curiosa e ainda mais envolvida.

Com tanta paixão viável, adoraria transformá-lo em um "joão bobo" por mim.

Thursday, 13 May 2010

ninho de cobras


O ser humano é um bicho muito estranho mesmo. Quando em grupo, sem poder evitar, e involuntariamente, começam as intrigas. E, ao invés de tentar um acordo, de buscar uma solução contundente, perdemos a cabeça, e aí vem a exclusão e a guerra (desleal, por vezes).

Que tipo de animais somos nós, então? - Cobras, arriscaria a dizer. Ou burros, pelas oportunidades perdidas por pura irracionalidade. A primeira opção, no entanto, explica não somente o desdém, mas as intenções agregadas – e nem sempre do bem.

Por que não tentar melhorar, conversando, ao invés de apunhalar o(s) outro(s) pelas costas? Ruim isso. Meu consolo é poder dizer (orgulhosa) que não sou do tipo peçonhenta. Não MESMO. Fico aliviada.

Ainda assim, sofro - infelizmente. Não estou vacinada, embora já tenha provado de nosso próprio veneno. Talvez para não ser mais atingida por essas picuinhas todas precisasse já ter tomado uma dose maior de soro anti-ofídico... ter pecado mais.


Socorro, olha onde fui me meter!

Wednesday, 12 May 2010

mina


Eca!

Vamos combinar? HORRÍVEL encontrar pentelho no sabonete! (pelo menos na minha visão de moça, porque, normalmente, são os homens que costumam deixar esse tipo de vestígio...) Na verdade, não importa se é cabelo, pelo do peito, ou de onde quer que seja... é péssimo igual.


*Intimidade é uma ‘m’. Vai minando os relacionamentos - e de qualquer natureza.

Tuesday, 11 May 2010

I have a dream


Estamos sonhando, ou o Brasil vai mesmo ajudar a União Européia nessa crise, emprestando dinheiro à Grécia? E mais: Petrobrás engajada em auxiliar a empresa britânica BP na contenção do vazamento de petróleo que assola os EUA? É a globalização tupiniquim.

E Lula é o responsável. Mérito dele. A "Culpa" NÃO é do Fidel dessa vez, é de outro barbudo (talvez o quarto mais popular do mundo... e por que não o terceiro, em breve? Tomara!). *Ah, e do PT, claro! (“pra variar”... )


“Ele é O cara” – assim o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já o elogiou publicamente, e os jornais espanhol, El Pais, e francês, Le Monde Diplomatique, confirmaram, este último denominando-o 'l'homme de l'année', em 2009. Até a revista yankee Times se rendeu, elegendo-o como um dos governantes mais influentes do planeta. É inegável sua popularidade, portanto, e não gratuita.

Essa é a hora e a vez de Lula, que aqui conquistou 83% de aprovação no Nordeste, 70% no Sul e 67% no Sudeste. O "semi-analfabeto", como muitos de seus opositores (ainda) só assim conseguem enxergá-lo, superou quaisquer supostas limitações e chegou ao topo – posição que outros colegas acadêmicos jamais alcançaram.

O Brasil reflete a ÓTIMA fase. Trouxemos para cá eventos mundiais como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, quitamos nossa dívida com o FMI (agora somos credores, ELE é que nos deve!), estamos colaborando com outros países, criando laços nunca antes pensados...

Agradamos judeus e palestinos, norte-americanos e iranianos, gregos e turcos (descendentes contemporâneos dos antigos troianos). Surpreendente! Ele é UNANIMIDADE lá fora e, por aqui, até (o pré-candidato tucano à presidência) José Serra o elogia, reconhecendo que é bom para o Brasil... Na boa, quando e com quem isso seria possível?

Realmente, os tempos são OUTROS! Com nossa economia aquecida, hoje somos apontados internacionalmente como o 'país do futuro'. Condições foram dadas para tanto, à população. Os dois governos de Lula elevaram a renda per capta nacional, que cresce 5,3% ao ano.

Aliás, sua distribuição é a melhor desde a redemocratização. O número de pessoas que vivem abaixo da linha da miséria caiu 43%. Além disso, foram criados 12,2 milhões de empregos formais, e o salário mínimo hoje compra 2,2 cestas básicas – mais que o dobro dos índices de 2003.

A situação só tá preta lá nos EUA (e no Mar Mediterrâneo)! Sinceramente, não sei do que tanto esses anti-petistas, que se opõem veemente a Lula, reclamam. Acho que é dor de cotovelo, ou seria pelo dedo no orgulho ferido, ou do braço torcido, língua mordida...

Acordem! Ficar se beliscando, não acreditando no que está diante dos olhos, provado pelos números e estatísticas confiáveis, é estupidez, ignorância, tortura... só vai fazer doer mais, dar dor de cabeça e de garganta também – porque, essa REALIDADE, querendo ou não, vão ter que engolir!

Sendo assim, em ano de eleição, sejamos coerentes e evitemos pesadelos, POR FAVOR!

*Parece ironia colocar esse título no texto, em inglês, inspirado no discurso inflamado e ideológico do ativista político estado-unidense Martin Luther King, mas o momento permite tal analogia e licença poética. Estou inspirada... Eu posso. E você? Também - Now... "Yes, we can".

Fontes: Folha Online 1, Folha Online 2 e Correio do Povo –  este pelo Grazazá.

Monday, 10 May 2010

cagada


Quando eu era criança, odiava quando, brincando no mar, pisava e ficava com o pé todo sujo de piche. Era horrível (um parto!) tirá-lo da pele. Viscoso, colava que nem chiclete! - muito pior... Mal sabia eu o que era, de verdade, e que estava ali, no litoral, oriundo de algum navio, ou vazamento como esse de agora.

Há 18 dias, dezenas de milhares de litros de petróleo jorram sem parar das profundezas do mar do Golfo do México, nos Estados Unidos, em direção à superfície. Um desastre ecológico lastimável, mas, principalmente, um alerta político ao presidente Barack Obama.

Dizem que o acidente na plataforma Deepwater Horizon, administrada pela companhia British Petroleum (BP), ocorreu devido a uma falha técnica associada a erro humano: a tripulação teria demorado a acionar os equipamentos de segurança. E ainda questionam as autoridades locais por não terem tomado as devidas providências com a urgência necessária.

A Louisiana sofreu enorme crise em 2005, quando foi atingida pelo furacão Katrina. Na época, o então presidente George W. Bush foi severamente criticado por seu descaso. Agora, Obama está na mira da opinião pública, que vai avaliar sua conduta diante deste novo incidente. Pressionado, fez uma visita oficial à região, que ainda se recupera dos danos do passado.

Alguns estados norte-americanos como Alabama, Flórida, Louisiana e Mississippi já decretaram estado de emergência. Os números oficiais apontam para o vazamento de cinco 5 mil barris diários, mas alguns especialistas acreditam que esse número possa chegar a 20 mil. Façam as contas: tendo cada barril 159 litros, isso equivale a mais de três milhões de litros todos os dias! MUITA coisa.

O petróleo, por sua densidade, flutua na água salgada, e, com base em imagens de satélite e índices de medição, especialistas do setor podem avaliar a extensão do problema. Infelizmente, não se mostram otimistas, pois a área já triplicou desde quando teve início esse escoamento. 16 milhões de litros de petróleo já estão boiando sob os mares estadounideneses.

O mau tempo atrapalha os trabalhos no local atingido. As marés estão empurrando as barreiras absorventes colocadas para conter o avanço da mancha para a costa. E, apesar dos 300 navios, 6,5 mil quilômetros de cordões de isolamento, e seis mil pessoas engajadas na tentativa de contenção da mancha negra, o sucesso não é total.

A empresa britânica reconhece que encontra dificuldades tecnológicas para conter o vazamento. Segundo ela, a válvula deveria ter se fechado automaticamente quando a plataforma explodiu, matando 11 funcionários e afundando em chamas. Mas isso não ocorreu. Segue a corrida contra o relógio para conter a força do ouro negro que está sendo desperdiçado, poluindo o meio-ambiente.

A última tentativa de solucionar o problema não deu certo. A gigantesca cúpula de aço foi retirada do solo marinho devido à descoberta de cristais de gelo em seu interior, formados devido às baixas temperaturas a mais de 1.500 metros de profundidade, o que obstruiu a abertura por onde seria extraído o óleo diretamente para um navio. Agora estão pensando em alternativas para reutilizar essa mesma estrutura, desentupindo com metanol esse canal.

Seus gastos em esforços para travar o derrame e em indenizações aos Estados da costa sul dos EUA já chegam a 350 milhões. E esse valor é inversamente proporcional ao de suas ações, que já desvalorizaram 17%. Foi decidido que a empresa proprietária da plataforma terá de arcar sozinha com os custos dos danos causados e pagar compensações pessoais, materiais e por perdas comerciais a todos os cidadãos da zona afetada pela maré negra.

Para tentar driblar suas responsabilidades, a BP ofereceu uma recompensa a quem se disponibilizasse a ajudar na limpeza: 1.500 dólares diários, em troca da renúncia dos pescadores a tomarem qualquer posição legal contra a empresa. Mas autoridades do Alabama denunciaram a proposta, e o texto do contrato foi alterado. Por não poderem iniciar a temporada da pesca apanha de camarão - que vai de Maio a Setembro, eles seriam os principais candidatos.

Com o desastre, importantes rotas de transporte marítimo, áreas pesqueiras, refúgios nacionais de fauna silvestre e praias populares estão no caminho da sopa de petróleo. Uma indústria pesqueira que movimentava 1,8 bilhão de dólares (e perde apenas para a do Alasca) está parada. As autoridades dos EUA suspenderam toda a pesca nas águas federais afetadas pela mancha.

A região litorânea do Golfo do México abriga centenas de espécies de fauna silvestre, incluindo peixes-bois, tartarugas marinhas, golfinhos, baleias, lontras, pelicanos e outras aves. Ali é também uma das áreas pesqueiras mais férteis do mundo, repleta de camarões, ostras, mexilhões, caranguejos e peixes.

O tamanho do estrago até agora: uma área quatro vezes maior que o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, e danos ambientais incalculáveis às mais quatro mil espécies costeiras da região, que dependem do ecossistema do estuário e da foz do rio Mississipi.

NÃO QUER CALAR:

Algo eficaz precisa ser feito o quanto antes. Em pouco tempo, esse poderá ser considerado o MAIOR desastre ambiental dos Estados Unidos, ultrapassando o do petroleiro Exxon Valdez, no Alasca, há 20 anos. Foram despejados naquelas águas frias cerca de 40 milhões de litros de petróleo e até hoje ainda se sentem os prejuízos ao meio-ambiente.


Documentos iniciais indicam que a petrolífera britânica não tinha preparo suficiente para o caso de uma explosão do porte da que ocorreu. Mas ACONTECEU. E agora? Antes que dê mais merd*, o governo suspendeu a perfuração de novos poços na costa do país até que sejam concluídas investigações sobre o vazamento.

Não seriam justamente eles os responsáveis por isso, uma vez que concederam à BP a possibilidade de extração em seu solo, mesmo não tendo esta condições para tanto? O quanto se difere um erro desses, nessas proporções, a tantos outros cometidos por diferentes países, e foram tão condenados pelos EUA?

Pensemos e lembremos disso. Dessa vez, o buraco é mais em cima...

Sunday, 9 May 2010

a base


É amor incondicional.

Cuida, ensina, conduz, peca pelo exagero, faz das tripas coração, e pode errar como qualquer ser humano... mas por amor. Isso é só um pouco sobre o universo materno.

Infelizes são aqueles que desconhecem essa relação, carinho e contato todo – seja porque não tiveram filhos, ou porque ela não esteve ao seu lado. E, quando me refiro à figura ‘mãe’, não falo de sangue, mas de laços afetivos.

Gerar é “fácil”, difícil é criar. O dia-a-dia traz toda a intimidade e muitos contratempos próprios de uma rotina maçante, da árdua tarefa de mostrar o mundo, de proporcionar os meios possíveis para um crescimento feliz e sadio.

Preocupamos tanto essas mulheres que, somente quando grandes, passamos a ter noção do trabalho imenso que demos a elas - que nos dedicaram muita atenção e tantos anos de vida. A consciência fica pesada até pelo possível sofrimento gerado...

O mínimo que posso dizer, hoje, é que amo MUITO a minha. Desculpo-me se ainda a incomodo, e agradeço por toda a liberdade e valores que me passou. ORGULHOSA e satisfeita, sei que sou uma pessoa do bem por sua causa.

Mãezinha, esse texto é para ti, de presente, para compensar a ausência física. Em breve estaremos juntas novamente e vamos comemorar bastante, matar todas as saudades num abraço bem apertado e naqueles almoços clássicos.

Feliz Dia das Mães!

Saturday, 8 May 2010

um espetáculo!


Não tinha visto ainda... Agora, diferente, veio o que faltava: Ralph Fiennes está um T-E-S-Ã-O em “Dragão Vermelho”, adaptação do livro homônimo para o cinema, e terceiro filme da saga do psicopata Hannibal Lecter (*por sinal, um parênteses: Anthony Hopkins sempre ARRASANDO em suas interpretações!).

Com os mesmos olhos meigos e a nobreza de um lord inglês – 
característicos (suas origens não negam...), o ator, dessa vez, pareceu-me mais másculo ao encarnar o transtornado Francis Dolarhyde, o 'Mr D.'. Foi a combinação PERFEITA.

Já tinha notado o charme de seu ar misterioso, há tempos, desde “A Lista de Schindler”. E em “O Paciente Inglês”, passei a reparar em toda sua elegância também, mas foi com “O Jardineiro Fiel” que invejei Tessa de verdade, num despertar de meu interesse feminino pelo galã, mais maduro e apaixonante nesse último papel de diplomata.

Nunca fui muito fã de ‘nórdicos’ – embora ele não seja, necessariamente, um. Hoje, no entanto, confesso que não resisti ao seu corpo mais sarado, coberto por uma tatuagem IMENSA – bem do jeito que eu ADORO num Homem (com H maiúsculo, óbvio!). Gamei...

Simplesmente IRRESISTÍVEL. Deu vontade de lamber.

Friday, 7 May 2010

passarela


Eu não sei para vocês, mas o vento que precede a chuva me vem como mensageiro. Parace um presságio... A sensação que tenho enquanto passa por mim, esvoaçando-me, é a de que me dá esperança, trazendo boas novas.

O futuro fica a cargo do destino, mas a vontade rege o mundo. Não adianta ir contra. Com calma, essa força me leva ao longe - cabelos soltos, sonhos libertos. Sou conduzida, sempre inspirada pelo O Tempo e o Vento.

Thursday, 6 May 2010

nhac!


O tema é sério.

Monica Bellucci chocou o mundo com a cena forte, densa e agoniante sua sendo violentada num corredor de acesso ao metro de Paris no filme "Irreversível". Quem viu, sabe (principalmente as mulheres).

Isso foi na ficção, agora imaginem na vida real episódios como esses se repetindo indiscriminadamente... A sensação da impotência feminina diante à brutalidade que é o estupro, deixa-me raivosa, indignada e INCONSOLADA. Fico ‘P’ da vida MESMO!

Como podem os homens, já na segunda década dos anos dois mil, AINDA agirem como se estivessem no tempo das cavernas? É o instinto mais primitivo o uso da força para se obter algo – no caso, sexo.

Não aceito desculpas masculinas como a provocação no uso de roupas ousadas, flertes mal intencionados etc. por parte das mulheres. Quando um não quer, dois não DEVERIAM fazer!

Sexo é para ser bom... Para se viver com toda a intensidade possível esse momento prazeroso que é uma transa, TEM que ser consensual. Não poderia haver outro jeito de acontecer – principalmente contra a vontade de uma das partes envolvidas.

CASE

Agora vamos aos fatos: A África do Sul, país que ultimamente está tão em evidência por sediar o mais importante e grandioso campeonato futebolístico em nível mundial, tem os índices mais altos de estupro.

Vocês sabiam que a cada 26 segundos uma mulher é estuprada por lá? Ou seja, desde que começaram a ler este post, quatro mulheres foram obrigadas a fazer sexo de forma violenta naquele lugar. E até o final do que escrevo, quantas mais serão desrespeitadas?

Soube disso recentemente, num dos excelentes programas da GloboNews da série “Expedição África do Sul – o país da Copa”. Fiquei CHOCADA com o relato daquelas pobres mulheres que sobrevivem com os fantasmas desse trauma em suas vidas.

E o pior: mais de 60% dos casos desse crime na África foram praticados com vítimas que ainda não atingiram a idade adulta – ou seja, crianças e adolescentes. O caso mais horrível foi com uma menina de apenas UMA SEMANA de vida, em 2002.

* Nossa, poderia acabar o texto por aqui, porque nem precisaria dizer mais nada – o que está escrito já é suficiente para se ter noção da gravidade do assunto. Mas há muito mais sobre o que essa mula posa rugir...

Vejo neste evento de proporções gigantescas a oportunidade de tocar o dedo nessa ferida tão aberta em solo africano. E isso sem mencionar esses tristes números em outros locais, como aqui no Brasil, por exemplo.

Além do problema do estupro, tem ainda a questão da AIDS. A África do Sul é o lugar com mais soropositivos do planeta. E (pasmem) questões culturais, como prova de ideal de masculinidade, ou a crença que ter relações sexuais com virgens podem curar a doença, disseminam ainda mais esses males, ambos (porque nenhum estuprador usa camisinha, né?!).

A temática tocou-me profundamente, claro. Chorei emocionada vendo os programas e, a cada episódio de "Law & Order - Special Victms Unit", fico mais avessa a essa prática que deveria ser banida da humanidade.

Meninos também sofrem abusos sexuais, e onde quer que seja, inclusive, por parte de alguns membros da Igreja Católica! - tão pudica com temáticas ligadas à procriação (deve ser por isso essa predileção: porque meninos não engravidam! [Ok, foi péssimo o comentário, admito])

ALTERNATIVA

Paralelo a isso se pensa em algumas soluções. Uma delas me chamou MUITO a atenção. É uma camisinha anti-estupro chamada Rape-axe. Ela agarra no pênis do agressor quando penetra a vítima e assim o coito é interrompido. Essa arma feminina só pode ser retirada depois com o auxílio médico.

Interessante a proposta desse simples apetrecho que começou a ser vendido há cerca de três anos na África por acessíveis R$ 0,25 a unidade (1 ZAR/ Rand sul-africano). Fico pensando somente na reação do estuprador. Mesmo se a intenção não era, depois disso, ele vai matar a vítima assim que se recuperar da dor... (!)

Essa preocupação é um dos argumentos dos inúmeros grupos feministas africanos contra o uso do produto. Eles alegam lamentando ser um retrocesso as mulheres se verem obrigadas a usar isso para se adaptarem a toda essa violação. Eu temeria mais os tipos masoquistas gostarem do brinquedinho...

Na verdade, o IDEAL seria educar os meninos de maneira incisivamente para evitar a médio e longo prazo esses crimes. Tempos de desespero pedem medidas imediatistas, no entanto. E esse dispositivo, que deixa qualquer vagina ‘mordedora’, parece-me uma boa alternativa às mulheres aterrorizadas pelo medo. Eu usaria se fosse preciso, e você? (Aliás, por que não vende aqui?)

PUNIÇÃO

Muitos criminosos saem impunes de seus atos pois, infelizmente, por vergonha, medo e constrangimento muitas mulheres não dão queixa sobre esses abusos... quiça crianças! E, tratando de punição, sou a favor de penas mais severas para esses crimes.

De acordo com o Código Penal Brasileiro existem quatro formas de estupro: o "simples" (somos e isso fosse possível), o qualificado pela lesão corporal grave, o qualificado pela morte e o presumido.

Estupro simples, no art. 213 é "constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça” com pena de reclusão de 6 a 10 anos. No art. 223 diz que "se da violência resulta lesão corporal de natureza grave” a pena de reclusão é de 8 a 12 anos, mas "se do fato resulta morte”, como acrescentam no mesmo parágrafo sobre os estupros qualificados, a pena de reclusão vai para 12 a 25 anos.

E, por fim, ainda existe o estupro presumido, previsto no art. 224 que é quando "presume-se a violência, se a vítima: a) não é maior de 14 anos; b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência.

Radicalista, sou a favor da castração – física E química. O método consiste em administrar medicamentos para diminuir o desejo sexual dos prisioneiros condenados por estupro. Acredito que, assim, eles não atacarão mais ninguém.

Países como a França, Suíça e Espanha, já adotam esse tipo de pena. E fiquei feliz em saber que este mês começará a ser adotada também na província de Mendoza, no oeste da Argentina. A medida, que foi tomada porque foi comprovado que mais de 70% dos condenados são reincidentes.

Eu aprovo e pergunto: por que a África do Sul e o Brasil não seguem este exemplo? Nhac!

Mais informações sobre a camisinha antiestupro no site da Rape-axe.

Wednesday, 5 May 2010

a natureza é linda...

... mas é cheia de mosquito! - Procurei, mas não consegui confirmar a autoria dessa frase magistral, típica de um poeta do cotidiano como Mário Quintana, a quem eu sempre a atribui, mas sem muita certeza...

Não é a fome e a AIDS na África, nem os conflitos no Oriente Médio, tampouco o aquecimento global, que tira DE VERDADE o meu sossego atualmente. São eles: os Culex – ou melhor, 'AS' Culex, porque só as fêmeas picam (e o ano inteiro... MALDITAS!).

O zumbido desses pequenos insetos inferniza a noite de qualquer um! Não sei se por causa das chuvas dos últimos tempos, mas, ultimamente, uma considerável quantidade deles (quase uma praga) tem vindo me visitar à noite... Sonhos tranqüilos só com o santo mosquiteiro!

Sinto-me uma rainha, envolta em tecidos que velam meu sono tranquilo. Tenho paixões por este adorno que só embeleza o quarto num ar todo clássico. Obrigada pelo presente, Rodrigo. Adoro!

Tuesday, 4 May 2010

pardos


Corujas – como elas que nos comportamos. Trocamos o dia agitado pela noite tranqüila, vazia. Para alguns, as idéias vem mais fácil, a inspiração é maior, e a produtividade melhor enquanto os outros dormem. Agimos solitários, mas não estamos sozinhos. Assim somos: notívagos.

Curioso comprovar que tem tantos outros como eu, quando vejo pela minha janela nos apartamentos vizinhos algumas poucas luzes acesas, o brilho colorido próprio da TV, ou ouço de longe o "plim plim" que quebra o silêncio noturno anunciando os comerciais. Não os conheço, nem os vejo, mas sei que estão ali (sempre os mesmos).

Isso sem falar nos andarilhos, como 'bichos soltos' fazendo barulho ou cantando, bêbados, pela rua. A madrugada é cheia de personagens interessantes – seja na vida real ou virtualmente, pela internet. Aqui encontramos CADA figura... (ou melhor, ELAS nos acham – SOCORRO! Sai pra lá... "Vai dormir, sem sono!")

Sempre fui desse jeito. Desde pequena não sei como ser diferente, mas não gosto nem me orgulho deste estilo night life que levo. Inclusive, adoraria mudar tais hábitos e conhecer um mundo diferente, mas sadio e claro... menos zumbi, admito. Infelizmente, ainda não vi nenhuma coruja do tipo 'carpe diem', nem as de uma cor só – muito menos gatos! (devem ser raridade, ou estar em extinção mesmo...)

Monday, 3 May 2010

lalala


O Grêmio venceu ontem o Gauchão 2010. Parabéns, mereceu. Ganhou de 2X0 a primeira partida da final na casa do adversário – seu maior rival, o Inter (pelo qual torço). Levou o título, mesmo perdendo o segundo jogo no Olímpico Fenomenal de 1X0, num belo chute de Giuliano. Venceu o campeonato, mas ficamos quites em vitórias nos Grenais (eles, com a vantagem de um gol, é verdade).

Faz tempo que o azul tem mostrado sua força em cima do colorado... pudemos senti-la, inclusive, no Brasileirão do ano passado, quando entregou com dificuldade ao carioca Flamengo a decisão, tenho que reconhecer. Outros pontos notáveis do tricolor gaúcho é o calor humano da comemoração ‘avalanche’ de sua torcida (para quem gosta, claro...), e seu hino fácil, composto pelo Lupi, que sempre costumou caprichar nas letras.

Promessa é dívida. Vestir a camisa e assistir ao jogo torcendo pelo time do coração, desafiar a melhor amiga gremista, usar o blog como moeda de troca acreditando na raça colorada, ver o campeão (de tudo) ganhar a disputa mas perder o campeonato, e ter que quitar a aposta escrevendo bem sobre o Grêmio é um valor MUITO caro, que nenhum cartão de crédito é capaz de pagar - não tem preço, aliás. Fod*.

Sunday, 2 May 2010

a cor do pecado


Dando início aos trabalhos...

Já estou há bastante tempo querendo tocar num assunto um tanto delicado aqui no blog – as tais 'pulseirinhas do sexo'. Jovens, pais, escolas, mídia... esse é um tema que envolve TODA a sociedade.

Esta semana falamos sobre cores na “terapia” do inglês e me lembrei que estava para escrever sobre esse fenômeno entre adolescentes que anda tirando o sono de muita gente. Não cheguei a falar a respeito, mas certa vez fizemos uma matéria para o Zona Quente sobre qual seria a ‘cor do sexo’, e vermelho foi o que a maioria respondeu.

Diferente do que essa “brincadeira” sugere (vou me corrigir: acho que ‘comportamento’ seria a melhor palavra para definir o uso desses apetrechos de conotação sexual pelos adolescentes), é o preto que significa sexo. Na verdade, cada cor está relacionada a um ato:

Amarelo - abraço
Roxo - beijo de língua
Vermelho - lap dance
Branco - a menina escolhe o que vai fazer
Laranja - mordida no pescoço (chupão)
Rosa - mostrar o peito
Azul - sexo oral praticado pela menina
Verde - sexo oral praticado pelo rapaz
Dourado – 69
Preto - sexo

Como funciona e surgiu essa “mania”? O código é usar pulseirinhas coloridas que, ao serem arrancadas, em detrimento de sua coloração, dizem a tarefa que deve ser cumprida. O modismo começou na Inglaterra, com o Snap Game, em que as shag bands ('pulseiras do sexo', em tradução livre) determinam o que os personagens vão fazer.

Na puberdade é quando começa, de fato, o interesse pelo assunto. Todos tem curiosidade e, de alguma forma, o sexo vai fazer parte de suas vidas a partir de então. Eles passam a se descobrir e se iniciar sexualmente. E esse jogo veio para provar como existe e sofremos, consequentemente, com a falta diálogo e (in)formação sobre o assunto – em casa e na escola.

Como não estão preparados para lidar com a complexidade e seriedade do tema, os jovens abusam e acabam ocorrendo casos como o estupro de uma menina em Londrina, no Paraná, que foi violentada por quatro rapazes e função do uso das pulseiras. Os excessos juvenis aliados à falta de noção (non sense - ou por que não dizer ‘alienação’) dos pais agravam a situação.

O melhor a se fazer num momento como esse é conversar, explicar o que está acontecendo e aconselhar que, por questões de segurança, não sejam usados os adereços – pelo menos por hora. Tem que mostrar que é melhor ser excluído de grupinhos escolares, se for o caso, do que correr o risco de um trauma como esses.

E mais: esclarecer que a descoberta sexual, e/ou sua prática, não devem acontecer com jogos como esses, mas com o consentimento das partes envolvidas, em momentos desejados, propícios. Deveria reinar o bom-senso, uma instrução básica... onde falhamos? Fico me questionando que valores essas criaturinhas tem para permitir que sua sexualidade seja exercida dessa forma.

Se ainda não podem responder por si, por não estarem preparados, a culpa é de quem (não) os educa - essa é a (infeliz) realidade. O problema esta aí... porque acabamos por concluir que os adultos não estão com o controle da situação em suas mãos (pelo menos no que diz respeito à educação sexual daqueles por quem são responsáveis).

A melhor solução é a prevenção e a verdade - sempre! Fica o alerta.

* Foi-se o tempo da inocente 'salada mista'... (saudades da infância querida)
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passatempo

  • abrace seus amigos
  • acredite em si mesmo
  • ande mais com os pés descalços
  • antene-se
  • aplique o que você prega
  • assuma seus erros
  • beba mais água
  • beije na boca com vontade
  • conheça novas culturas
  • cuide-se com carinho
  • dance sem vergonha
  • diga mais 'sim' do que 'não'
  • durma bem
  • dê atenção às pessoas
  • entregue-se ao que ama
  • escreva cartas à mão
  • estude outras línguas
  • exerça a tolerância
  • exercite-se
  • fale e ouça mais 'obrigado'
  • faça muito amor
  • goze mais e melhor
  • leia mais livros
  • movimente-se
  • não limite seus sonhos
  • ouça musicas que te façam dançar
  • ouse
  • pense positivamente
  • permita-se
  • peça bis quando é bom
  • pratique o bem
  • prove diferentes sabores
  • renove-se
  • respeite a natureza e os mais velhos
  • reveja velhos conceitos
  • se beber, não ligue!
  • seja fiel, sincero e verdadeiro
  • siga a sua intuição
  • sinta o novo
  • sorria sempre que possível
  • subverta vez que outra
  • tenha calma
  • tire alguém para dançar
  • trabalhe com dedicação
  • use camisinha
  • vá mais ao cinema
  • viaje sempre
  • viva menos virtualmente

c'est fini!