Estou chocada com a quantidade, intensidade e a frequência de traições na novela Viver a Vida de Manoel Carlos. Na boa, sem puritanismos ou hipocrisia: está demais a coisa!
Marcos transa com Dora, que vivia com Maradonna, o qual começa a se interessar por Soraia, que é prima de Dora, mas que dá em cima do velho, mas que ainda namora Paulinho, irmão de Helena. O detalhe é que Marcos é casado com Helena, e ela beija ardentemente Bruno. E não acaba aqui...
Felipe é afim de Renata, que acaba cedendo a seus encantos e começa a esquecer Miguel, que por sua vez ama Luciana, noiva de Jorge, seu irmão. Luciana, porém, é apaixonada pelo outro gêmeo, correspondendo-o nesse sentimento. E uma das melhores amiga de Luciana, Paixão, cultva um amor platônico pelo seu chefe, Jorge. Opa!
Gustavo deseja enlouquecidamente Malu, que é prima de sua esposa, Betina. Mal ele imagina as intenções de sua mulher: traí-lo com Carlos. Embora suspeite de Malu, o que Betina não sabe é o clima que anda rolando entre Gustavo e a empregada do casal, Cida. PS: Malu está de casamento marcado com o noivo, Marcelão. E tem mais...
A filha de Betina e Gustavo ainda não sabe, mas Alice conseguiu fisgar seu namorado, Bernardo. Os dois dormiram juntos na ausência de Clarisse. Ricardo troca Ellen por Isabel, embora ainda demonstre gostar da sansei. E por fim, Ariane e Léo ainda não ficaram juntos porque Marta, paciente da médica e sua mulher, não morreu! (pior...)
Viver a Vida assim, não dá! Não que eu defenda cegamente a fidelidade nos relacionamentos amorosos, ou acredite nela - até porque cada um sabe de si, e cada casal lida com isso de maneira singular. Vejo somente os valores transmitidos ali conduzindo à mentira.
Isso não é legal, extrapola e deturpa a realidade. Mostrar o povo não se respeitando como se isso fosse normal, assassina uma das qualidades mais importantes em qualquer relacionamento – a verdade. A sinceridade com quem se ama, e (principalmente) consigo mesmo é fundamental.
Por que o autor não estimula que se assumam os desejos e atitudes? - e a responsabilidade que isso implica, claro. Seria mais fácil se as pessoas tomassem mais partido daquilo em que acreditam ou do que fazem ao invés de se enganarem umas às outras, descaradamente.
Um dia a casa cai! Ninguém engana, ou SE engana a vida inteira. Essa condução não dá exemplo a ninguém e ainda faz disso algo habitual, quando na verdade só faz mal. E isso que eu nem citei a AIDS como um dos perigos da infidelidade (porque em novela, nunca vi ninguém ao menos CITAR o uso da camisinha...).
Ruim isso.
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