Sempre fui contra esses modismos televisivos que se popularizam à base de ralo conteúdo e excedente futilidade. Demorei para assistir à ‘sensação’ das mulherzinhas e, quando o fiz, não gostei. Tinha um pré-conceito formado antes mesmo de saber direito do que se tratava e por isso perdi muito tempo antes de me deixar envolver pela história dessas quatro amigas. Minha primeira impressão quanto ao “Sex and the city” estava errada.
O sucesso era tanto que seis temporadas foram exibidas entre 1998 e 2004 nos Estados Unidos, e ainda hoje são reprisadas mundo afora. E eu, ao longo desses anos todos, ignorei a riqueza editorial contidas ali. Vendo agora, lembro-me do programa que produzi em 2005 para o GNT, o ‘Mulher Procura’ - não pelo formato, mas pelas incertezas das mulheres de 30. Nesse reality, treze ‘balzaquianas’ mostravam sua vidas, suas buscas e anseios nessa fase tão conturbada.
Passei quatro meses imersa nesse universo feminino cheio de crises, amores, compras e diversão. Então, não foi estranho ter me aproximado tão rapidamente do tema (rapidamente? – sim, bastou eu ver mais dois episódios para ficar presa em frente à televisão querendo saber quando passaria de novo!). Senti bastante intimidade com o tema ‘sexo’ abordado na narrativa e enxerguei semelhanças com a protagonista Carrie Bradshaw.
A personagem da atriz Sarah Jessica Parker é jornalista e escreve uma coluna (que dá nome ao seriado) sobre sexo e relações para um jornal de Nova York. Além de sua fixação por sapatos, ela tem quatro fiéis amigas que vivem dramas comuns a qualquer mulher que está na faixa dos 30 anos - relacionamentos, trabalho, família etc. E a realidade apresentada por elas serve de inspiração para o trabalho de Carrie, que é o fio condutor da trama.
Como acontece comigo, deve ser assim com todos os que se aventuram pela arte da escrita... Tudo o que estou vivendo, já vivi, ou tudo pelo que minhas amigas estão passando, ou já passaram, serve de conteúdo para meus devaneios literários no ‘mula ruge’. E mais: a maioria deles tem a ver com sexo, afinal, trabalho com isso. Não escrevo profissionalmente, claro (estou longe disso!), mas agora passei a descrever minhas experiências aqui. Vejo muito das problemáticas femininas abordadas na TV, por elas, em meus textos, ou naqueles que ainda estão por vir.
Cada um tem seu 'insight' criativo. Assisti ontem a um capítulo em que pude comprovar que o método que Carrie escolhe o assunto de sua próxima coluna é igual ao meu. Várias idéias vem de acontecimentos cotidianos que mexem com a gente. Como mulher, entendo os diversos contextos revelados por ela que acabam sendo pauta de suas crônicas. Hoje já estou com 27 (na época que a série começou eu tinha 16) e consigo me identificar com as ‘não tão mais jovens’ moças, suas histórias, medos e vontades.
Tendo o Rio de Janeiro como cenário, minhas amigas como fiéis ‘escudeiras’ e meu blog como veículo, ganho o mundo, vivo e escrevo sem medo de ser feliz – e com um pouquinho mais de "experiência sexual” (é bem verdade!), mas menos glamour.
O sucesso era tanto que seis temporadas foram exibidas entre 1998 e 2004 nos Estados Unidos, e ainda hoje são reprisadas mundo afora. E eu, ao longo desses anos todos, ignorei a riqueza editorial contidas ali. Vendo agora, lembro-me do programa que produzi em 2005 para o GNT, o ‘Mulher Procura’ - não pelo formato, mas pelas incertezas das mulheres de 30. Nesse reality, treze ‘balzaquianas’ mostravam sua vidas, suas buscas e anseios nessa fase tão conturbada.
Passei quatro meses imersa nesse universo feminino cheio de crises, amores, compras e diversão. Então, não foi estranho ter me aproximado tão rapidamente do tema (rapidamente? – sim, bastou eu ver mais dois episódios para ficar presa em frente à televisão querendo saber quando passaria de novo!). Senti bastante intimidade com o tema ‘sexo’ abordado na narrativa e enxerguei semelhanças com a protagonista Carrie Bradshaw.
A personagem da atriz Sarah Jessica Parker é jornalista e escreve uma coluna (que dá nome ao seriado) sobre sexo e relações para um jornal de Nova York. Além de sua fixação por sapatos, ela tem quatro fiéis amigas que vivem dramas comuns a qualquer mulher que está na faixa dos 30 anos - relacionamentos, trabalho, família etc. E a realidade apresentada por elas serve de inspiração para o trabalho de Carrie, que é o fio condutor da trama.
Como acontece comigo, deve ser assim com todos os que se aventuram pela arte da escrita... Tudo o que estou vivendo, já vivi, ou tudo pelo que minhas amigas estão passando, ou já passaram, serve de conteúdo para meus devaneios literários no ‘mula ruge’. E mais: a maioria deles tem a ver com sexo, afinal, trabalho com isso. Não escrevo profissionalmente, claro (estou longe disso!), mas agora passei a descrever minhas experiências aqui. Vejo muito das problemáticas femininas abordadas na TV, por elas, em meus textos, ou naqueles que ainda estão por vir.
Cada um tem seu 'insight' criativo. Assisti ontem a um capítulo em que pude comprovar que o método que Carrie escolhe o assunto de sua próxima coluna é igual ao meu. Várias idéias vem de acontecimentos cotidianos que mexem com a gente. Como mulher, entendo os diversos contextos revelados por ela que acabam sendo pauta de suas crônicas. Hoje já estou com 27 (na época que a série começou eu tinha 16) e consigo me identificar com as ‘não tão mais jovens’ moças, suas histórias, medos e vontades.
Tendo o Rio de Janeiro como cenário, minhas amigas como fiéis ‘escudeiras’ e meu blog como veículo, ganho o mundo, vivo e escrevo sem medo de ser feliz – e com um pouquinho mais de "experiência sexual” (é bem verdade!), mas menos glamour.
Minha amiga, como fiel escudeira tenho que confessar-te: tua escrita esta cada vez melhor, textos agradáveis, que fazem a leitura fluir numa boa.
ReplyDeleteParabéns Vava, continues nessa linha!
E um Viva as Balsaquias!!!hahaha
Vávis, teus textos estão ótimos! Quando eu leio, me parece que tu não está tão longe, parece que você está mais perto. Mais perto do que sempre. Parabéns!!
ReplyDeletebjaum!
Vavá!
ReplyDeleteprimeira vez que estou lendo e curti! morei um ano com uma grande amiga minha que é SUPER fã de 'Sex and the City' e ela, assim como tu, também se identificava muito com as histórias narradas no seriado. super beijos!
Ricardinho
O sucesso de SnTC lá fora tem a mesma base do de Marley & Me (o livro, o filme afundou por motivos óbvios), são baseados nas crônicas de uma jornalista que existe e tinha uma coluna. É uma coisa da espiral criativa que está por traz do sucesso de Seinfeld e dos filmes assinados pelo Charlie Kaufmann) e que a teledramaturgia brasileira ainda não descobriu: a ficcionalização do processo criativo verdadeiro, a autofakebiography.
ReplyDeleteA literatura contemporânea mundial é cheia de exemplos do tipo, desde cânones erutidos como o Thoreau a populares como o Stephen King ao nosso mais brasileiro dos brasileiros vivos, Chico Buarque com seu Budapeste ou o Juremir punheteiro de Solo.
O público/leitor/espectador/povo/povão adora quando os limites entre ficção e realidade se rompem. Há anos escrevi uma crônica sobre isso q foi parar numa Sessões do Imaginário, a verdade é que tudo o que temos dos outros são relatos e observações e nós, que trabalhamos com informação sabemos bem que a única diferença entre notícia e um relato ficional é que a primeira precisa estar ancorada em fatos que necessariamente ocorreram e a outra, como disse o Maluf, "não necessariamente". E não raro as verdades da ficção são mais compreensíveis que as verdades verdadeiras do mundo dito real (alguém aí falou "Coréia?").