Portuguese French Spain Italian Dutch Chinese Simplified Arabic Russian

Wednesday, 30 June 2010

em tratamento


Dizem que só um novo amor pode curar a dor de um sentimento antigo... Não custa tentar. MESMO!

O problema é só conseguir ver nos outros, e procurar neles, as características da pessoa que era para ter ficado no passado (e não mais tê-la na cabeça, como objetivo – seja como for). Como pode alguém nos marcar assim, mesmo sem querer?

Isso tem solução? Aliás, preciso mesmo de um bom "trato".

Tuesday, 29 June 2010

dona baratinha


Linda noite, duas pessoas... Esse poderia ser o mais corriqueiro dos encontros, se não fosse sua missão: capturar uma cockroach (aliás, uma cucaracha – considerando ter sido o Matias da loja homônima que nos apresentou). Inacreditavelmente, o papo, na verdade, o elo todo estava nessa que, para alguns, é a mais repugnante das criaturas. Mas não por isso o interesse e sua criação, e sim pela transformação que essa sofre enquanto objeto de arte.

Intervenção urbana pura. À procura da baratinha perfeita! Spray, cor e está pronta para seu destino: as mãos de alguém. Louco isso? Sim. É a ideia de um jovem artista plástico que pretende causar uma subversão e questionamento de valores quando douradinha a roach. Nem tudo que reluz é ouro, mas o inseto 'Highlander' é quase igualmente durável como o metal. Já pensou ter um bichinho expressionante desses de estimação?! (‘baratinha’ literalmente, uma vez que a “obra” já foi vendida a R$1 em sinais, ou é enviada gratuitamente a “sortudos” escolhidos a dedo). Reação de estranhamento, curiosidade, encanto ou repulsa até, enquanto nas ruas, normalmente, é somente negativa – desprezo, aversão, nojo e ódio.

Para conferir o trabalho de Fernando de La Rocque, basta visitar o
blog dele, ou, a partir do próximo dia oito de julho, visitar sua exposição no espaço Sérgio Porto, no Humaitá, aqui no Rio de Janeiro.

Monday, 28 June 2010

perseverar é bem viver


Pode demorar um pouco, mas um dia a ficha cai. Com a maturidade vem a consciência, maior paciência, reflexão. Aprendemos que importantes fatores se fortalecem com o tempo, ao passo que nos valorizamos mais (embora, ainda sim, ousemos).

Dizem os sábios que temos que estar com quem quer nossa presença, que o amor, quando não é evidente, nasce com a convivência, com respeito, que a paixão é fogo efêmero, volátil... E colocamos tudo a perder quando ainda não sabemos disso.

A felicidade está na gente e não no próximo. Por que não se entregar a quem nos dá o que sempre desejamos? Insistir em quem não acredita não vai levar ninguém a lugar algum, além de algumas lágrimas e frustrações.

Quando conseguimos enxergar em nós o jardim perfeito, mesmo com todos seus defeitos, vemos então a possibilidade de atrair as borboletas – elas, tão delicadas, belas, mutáveis e naturais. Isso é poesia... não de quinta, mas Quintana.

É um processo. E perseverante é aquele que aprende com ele, realizando-se (em boa cia). Não se manda no coração, mas me sinto agraciada por conseguir conduzi-lo para o meu bem maior, enfim.

Sunday, 27 June 2010

poses para a imortalidade


World Press Photo 2010

A exemplo do ano passado, já sabia que iria me emocionar por entre aquelas imagens impactantes que via em minha frente. Interessante, porém, é o fato de a excentricidade chamar mais a minha atenção do que as clássicas fotos relatando conflitos políticos, por exemplo.

Não desmereço EM ABSOLUTO este apreciável trabalho, mas me atenho a sair do senso comum, daquilo que por mais que não se veja, imagina-se. Eu, pelo menos, tenho consciência do sofrimento de mães de “veteranos” de guerra, inválidos com 20 anos, ou protestos de um povo oprimido contra seus governos... por mais que elas “somente” ilustrem o que ouvimos falar, ou, ainda assim, choquem, mostrem o que nem poderíamos supor dessas realidades.

Diante dessas fotos, nesta exposição maravilhosa, prefiro conhecer o que não sei, aquilo que nunca vi, ao que pela primeira vez estou sendo apresentada. Na edição anterior foi assim. Intrigou-me a sequência de retratos feita pelo italiano Carlo Gianferro de famílias romenas ostentando cômodos cenográficos em suas casas – povo esse que há pouco tempo era comunista, e descende de ciganos nômades. Duas contradições a essa tradição impensada até então!

Esse ano sigo na mesma linha do surreal relacionada a status (e de minha predileção pelo olhar italiano, não posso negar). A bola da vez foi Francesco Giusti com suas capturas sobre um costume e lazer do povo no Congo, a Société des Ambianceurs et des Personnes Élégantes – SAPE. Acreditem: num país que vive em meio à miséria, existe um grupo de pessoas que gasta o que (NÃO) pode para se vestir bem e viver (literalmente) uma fantasia, inspirado nos antepassados de sua aristocracia que voltaram de Paris nos anos 20 e 30.

Ainda nesse clima de ilusão, mas numa perspectiva mais ‘nobre’, para desafiar percepções e preconceitos, dois artistas denominados Güler Lacht, propõem a pessoas que elas se vistam com roupas do Oriente Médio e assim sejam fotografadas em diferentes contextos. Essa interação ou performance (chame como quiser), que escolhi para ilustrar o post por sua boa intenção, aconteceu num evento artístico na cidade de Stedum, no norte da Holanda, e foi registrada pelo jovem Kees van de Veen.

Engraçado isso de esses instantes imortalizados mexerem tanto com o nosso imaginário. Sempre quando alguém vai nos clicar, logo arrumamos o cabelo, olhamos no espelho, passamos batom, preocupamo-nos em quão bem ficaremos naquela representação do momento. Nesses dois casos citados, que a mim me marcaram, essa característica está aliada ao fotojornalismo em si. É a vaidade misturada à informação, interesse e social, público e privado. Muitas vezes essa sutileza é mais difícil de ver em meio ao que é notícia escancarada, ao trivial - e por isso, faz-se louvável.

* Achei válida a menção honrosa que a organização fez ao vídeo veiculado na internet da jovem Neda, que foi baleada e morreu vítima da repressão às manifestações contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, em junho do ano passado, no Irã. É o reconhecimento e a aliança dos novos meios, que juntos (in)formam.

Para conferir as fotos vencedoras, publicadas na imprensa ao redor do mundo, é só ir no site da
World Press Photo.

Saturday, 26 June 2010

listras em evidência


Essa é a copa da zebra – “ÓBVIO”(!), se pensarmos que está sendo realizada no continente africano.

Brincadeira à parte, é o que mais deu nessa edição. E tem até cor a superstição: azul. Au revoir France, Arrivederci Azzurra... No caso dos franceses, pareceu até castigo pela mãozinha que os classificaram pro mundial (ou alguém esqueceu a ajustada com a mão feita por Thierry Henry no lance que garantiu a vaga ao seu país e desclassificou a Irlanda nas eliminatórias do campeonato?).

E nesse contexto de questionável favoritismo, ainda bem que o Brasil está jogando com o uniforme oficial canarinho. Muita bola vai rolar ainda, é fato, mas se nosso futebol ficar no zero a zero como o do jogo de hoje contra Portugal, antevejo, preocupada, um retorno precoce de nossa seleção. O sucesso de uma equipe inteira não pode depender só de três jogadores ausentes (ou melhor, quatro, considerando a marcante presença do nosso forte recurso final, Júlio César). Viu, Dunga?!

Mas voltando a esse equídeo nativo da África central do sul que atormenta a os resultados no esporte, ele me agrada (não posso negar!). Enxergo na surpresa do placar dessas partidas a possibilidade de uma rotatividade saudável. Por vezes, confiança demais gera atropelos de gigantes por manadas desse quadrúpede um tanto exótico, que dificilmente vaga solito pelas savanas. Vem em peso - e foi o que aconteceu: varreu a disputa (ou, no mínimo, mexeu bastante com as expectativas de todos).

Bom é que esse fenômeno assolou principalmente a trajetória dos times europeus. Por aqui, nas Américas, a marolinha atingiu somente Honduras (que não está numa maré muito boa mesmo, com o leme tomado de assalto por Roberto Michelletti há quase um ano já! - a completar em dois dias...). Mas numa final latina clássica, dessa vez marcada por vuzuzelas e listras, temo mais é o bicho solto de Maradona na comemoração do título – conforme ele prometeu fazer, se ganhar.

Socorro!

Friday, 25 June 2010

como tem que ser


Como pode ser ao mesmo tempo maravilhoso e, ainda assim, não acontecer por inteiro? Será que estou sonhando ou pagando meus pecados com essa privação, sem ter o controle da situação, nenhuma certeza?

Tantas dúvidas, muita vontade e entrosamento. Trata-se de um confronto harmonioso, uma explosão de emoções e sensações - por se resolverem ou não, que estão vividas e evitadas, mas jamais serão esquecidas.

É encanto. Sinto isso em mim, em ti, no ar... em nós.

De qualquer modo, é sempre assim: INCRÍVEL!

Thursday, 24 June 2010

salve, simpatia


Esta noite é especial.

Milhares de pessoas fazem suas mandingas durante a madrugada para conseguir o que almejam junto ao santo mais festejado neste mês de junho. Afinal, hoje é o seu dia!

Dizem que funciona... Não duvido. Vou aproveitar que estou acordada mesmo para arriscar então uns pedidos meus - bobos, mas que me farão muito feliz quando se concretizarem.

Quem não tem fé, não tem nada. Só viver, sem esperança, é como não ter motivação para se melhorar sempre. A vontade rege o mundo (não me canso de dizer!), e eu, além de pensar a respeito,  vou em busca do que quero.

Acho que estou no caminho certo... (e confesso que louca por quentão, pinhão e pizza de sardinha - próprios da época) Viva São João!

Wednesday, 23 June 2010

this is it


Questionada sobre 'O' fato de 2009, respondi sem titubear numa crítica aos meios de comunicação: a morte de Michael Jackson. Vindo de uma jornalista, poderia até parecer provocação. E foi, não nego. Em seguida, expliquei minha escolha, alegando terem levado mais de três meses para “enterrar” o Rei do Pop, o que fez com que passado agora um ano de sua morte, pareça o ocorrido tão recente.

Claro que para mim, foi muito mais importante a elevação do Brasil, pelo presidente Lula, a um status de nação com visibilidade e respeito internacional, ou o primeiro frustrado ano de Barack Obama no comando da potência estado-unidense e, por consequência, mundial. Mas, sem questionamentos a respeito, o que permaneceu na mídia, mais comoveu o povo, e ditou um incrível revival musical de décadas passadas foi a perda do astro.

É o que as chamadas na televisão anunciam há um mês: especiais no final de junho sobre ele, que nasceu pobre, negro e depois ganhou fama, enriqueceu, conquistou uma excentricidade polêmica, e sobre sua cor nem soubemos mais o que dizer direito quanto ao que aconteceu – vitiligo, problemas psicológicos, traumas de infância? Maybe. O certo é que sua pele e seus traços black tão marcantes em sua infância, quando tudo começou, desapareceram.

Mas o que ficou de Michael, e, justamente, o que o aproxima das milhares de pessoas que choraram em sua despedida, foi seu talento, sua história de superação, seus hits memoráveis, seu estilo inconfundível e inesquecível - sua marca maior. Nenhum outro artista venderá mais que ele, mesmo que se inventem outras mídias. Os tempos são outros. No entanto, isso não quer dizer que sua atual popularidade não só aumente com a internet, como enriqueça sua conturbada família ainda mais.

Pouco tempo antes de morrer, embora em pré-produção da mega turnê This is It, com 50 shows programados para terem início em julho do ano passado, ele andava esquecido pelo grande público. Desde 2001 o cantor (e performer - JAMAIS poderia deixar de citar isso) não fazia apresentações de seus trabalhos, com a exceção de duas ocasiões em que se comemoraram seus 30 anos de carreira. Sua morte ocasionou um boom póstumo, em que as novas gerações puderam, enfim, conhecer e admirar o célebre artista que mudou, literalmente, a cara do showbizz para sempre.

Tuesday, 22 June 2010

banho de água fria


Queria ter visto a cara do ditador Kim Jong-Il, não só por ele ter assistido ao vivo o jogo realizado ontem em que a Coreia do Norte perdeu para Portugal, mas por ter deixado todo seu povo ver tais imagens.  A confiança excessiva depois do gol contra o Brasil em sua estreia no campeonato o traiu.

Foi uma "mal-sucedida" exceção, pois a população de lá só teria acesso com atraso de um dia ao que o chefe de estado mais totalitário da atualidade libera  para eles depois de analisar o conteúdo - inclusive os lances da Copa do Mundo. Isso SE ele permitir, claro! A censura de seu regime socialista é MUITO forte, mas o bloqueio foi furado desta vez - literalmente.

Os motivos de veto são qualquer manifestação de oposição ao atual governo, ou razões de humilhação à nação. Esta última seria sua maior preocupação e/ou principal desculpa para impedir a veiculação da partida se pudesse antever o resultado, já que os lusitanos ganharam numa goleada histórica de sete a zero contra eles. Ah, se arrependimento matasse...

E para completar o "baile", sua vizinha, meio-irmã e rival Coreia do Sul se classificou hoje para as oitavas de final. Esse vexame futebolístico foi um banho de água fria no otimismo dos norte-coreanos, obrigados e convencidos a SEMPRE defender a “supremacia”(?) de seu pequeno e notável país.

______________________________________________________________________

*Se de um lado falta informação e liberdade, do outro sobra:

Só resta agora a imprensa marrom dos Estados Unidos tirar um pouco o foco do Irã e se aproveitar do ocorrido para conseguir apoio, assustando nossos colonizadores sobre qualquer possibilidade de uma retalhação nuclear. Estou brincando, mas tratando-se da potência bélica, NUNCA se sabe... [risos]

Monday, 21 June 2010

o dia mais frio do ano


Não é hoje, quando o inverno inicia, mas um domingo estranho semanas atrás. Mais que a sensação térmica gélida causando desconforto, o que realmente (me) incomodou foi o sentimento certo na hora errada – algo assim.

Talvez a baixa temperatura tenha sido só um truque do clima para nos distanciar. É mais fácil colocar a “culpa” no tempo, e dele falar sempre que achar necessário mudar de assunto ou para lembrar o fim anunciado na ocasião. Será?

Nunca vou saber... Que o vento leve minha vontade para bem longe, aonde não possa mais me alcançar, pois sinto arrepios cada vez que me vem à mente o que poderia ter sido, como deveria ser agora se estivéssemos em outra estação; e ele, na minha.

Futuro, fatores externos independentes a nós... nada me importaria. Seria algo como "Quero que você me aqueça nesse inverno e que tudo mais vá pro inferno"! Agora, tanto faz. Sigo sem o calor daquele abraço apertado ou qualquer possibilidade palpável, esperando somente esquecer, e a primavera chegar, enfim.

Sunday, 20 June 2010

não cai balão


O fato é: pessoas insistem em soltar balões e o resultado desta “brincadeira” são incêndios criminosos. De maio a agosto, bem em tempos de festas juninas, o problema se agrava ainda mais. O último incidente foi nas proximidades da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Os ventos fortes na noite de ontem fizeram o fogo se alastrar rapidamente na área de proteção ambiental no morro próximo a Rua Sacopã e ao Parque da Catacumba. As chamas devastaram a região e chegaram bem perto das residências. Os moradores ficaram em pânico.

Não por ser uma zona abastada... Minha reação crítica seria a mesma se tivesse ocorrido em qualquer outro local verde próximo a moradias mais humildes! A consciência é maior que questões financeiras na defesa de interesses de uma classe alta.

Esperamos que as criaturas responsáveis tenham, daqui pra frente, outra atividade lúdica menos perigosa à população e prejudicial ao meio-ambiente. Soltar pipa (sem cerol) é uma boa opção, por exemplo. Embeleza o céu, traz uma sensação de liberdade... Que reconheçam o erro cometido e parem com isso.

Denuncie essa prática pelo Disque-balão: 21 2253-1177. Ser X-9 nesses casos é salvar vidas e a natureza.

Saturday, 19 June 2010

ilustre mau caminho


Considero-me uma herege por não ter lido ainda o Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago. Era para tê-lo feito em 2003, quando trabalhei com o tema em meu projeto de conclusão em fotografia, no final da faculdade. Felizmente, não estou tão à margem no que se refere ao maior autor de língua portuguesa até a atualidade, pois assisti (boqueaberta, e mais de uma vez) a adaptação teatral de O Evangelho Segundo Jesus Cristo.

Inúmeras polêmicas relacionadas a suas obras e seus comentários sempre me chamaram bastante a atenção e me fizeram admira-lo cada vez mais. Seu ponto de vista sobre assuntos relacionados à Igreja, sua versão sobre a Bíblia, Jesus e Maria Madalena, sua crítica a Israel e a Joseph Ratzinger (o atual Papa Bento XVI)... TUDO me soa como poesia aos ouvidos, uma vez que entendo e concordo com seus conceitos.

Engraçado perceber que, ainda hoje (e logo agora, em razão de sua morte), a primeira coisa que seus oponentes falam a seu respeito, numa tentativa de difamá-lo (ou, nesse caso, caluniá-lo – uma vez que a visão religiosa e política é outra), é que ele era comunista. Mesmo sendo conceituadíssimo por seu inquestionável talento literário, digno de um Prêmio Nobel, é esse título preconceituoso que importa para aqueles que não aceitam uma outra forma de ver os fatos.

A cara a tapa e o dedo na ferida me agradam. Tanto, que essa é uma homenagem póstuma ao português que enfrentou não só sua nação, mas o mundo em nome de seus ideais. Para ilustrá-lo, não poderia escolher outra imagem senão esta que remete à Madalena levando Jesus para o “mau” caminho, como assim o fez para o lusitano (bem como para esta mula que vos ruge sobre). E eu, reconheço que seguirei desvirtuada até que leia seus livros, enfim.

Friday, 18 June 2010

faithfull


Dez minutinhos diários de reflexão e orações não fazem mal a ninguém!

Por vezes, é o que precisamos para acalmar os ânimos, organizar os pensamentos, tentar direcionar toda a energia para o melhor. Sinto que só tem me feito bem parar um pouquinho, por alguns instantes, e me encontrar comigo mesma em preces sobre o que desejo, agradecimentos quanto ao que consegui etc.

Por vezes, na correria do dia-a-dia, esquecemos que precisamos disso e perdemos nosso precioso tempo com outras coisas, desgastando-nos com o supérfluo. Todo mundo deveria, do seu jeito, fazer essa pausa quando necessário. E só cada um sabe o momento exato para pedir essa ajuda, tomar esse fôlego, dizer 'obrigado', pensar na vida, e tantos outros motivos pelos quais evocamos "forças superiores". E como...

A fé move montanhas. Não duvido, justamente porque tem me levado aonde quer que eu vá – e olha que eu vou longe! (ainda mais...)

Thursday, 17 June 2010

manual do cara incrível


(Claro que o "MEU"!)

Pode até parecer que tenho a pretensão de criar, com isso, um superman, ou algo assim, mas não. Minha condução está mais para um anti-herói, com certeza - ADOOOOOOORO!

A pedidos, segue uma relação (incompleta e sem ordem de importância) de alguns itens para quem quiser ser um:


Aparência

- ter mais de 30 anos (de preferência, estar na faixa dos 40);

- ser magrinho e não muito alto;
- usar barba, ou estar sempre com ela por fazer;
- ter cabelo bagunçado legal, ou raspar a cabeça;
- ter pelo no peito;
- vestir-se bem, com estilo;
- ser charmoso, interessante e um pouco estranho;
- jamais usar tênis esportivo em qualquer evento social, chinelos estilo Ryder mesmo no verão, e mocassins;
- usar óculos de grau (nem que seja informalmente - no computador, para ler ou ir ao cinema);

Personalidade e afins

- ser solteiro, separado ou viúvo;
- pode ter filhos (desde que sejam queridos);
- ser experiente, maduro;
- não ter doenças venéreas;
- trabalhar (nem que seja à noite, e pode até por vezes ser como músico ou deejay);
- morar sozinho;
- ter uma família bacana, e uma mãe amável (ou morta);
- ser bem sucedido no que faz (e isso não significa de forma alguma ser rico, mas que seja um bom profissional, valorizado, com garra e futuro promissor);
- ter o coração grande, ser do bem;
- saber e gostar de dançar;
- ter bom gosto musical;
- ser carinhoso, um pouco tímido, sensível e romântico;
- não ser preconceituoso e aceitar o trabalho, posição social e liberdade femininas;
- gostar dos meus amigos, e/ou ser amigo deles;
- ser gentil e sagaz (ter iniciativa e tomar a frente das coisas);
- ter a auto-estima de um "Shrek";
- telefonar no outro dia e retornar as ligações;
- andar do lado da rua na calçada como forma de proteção;
- ter mãos firmes (e unhas bonitas, um tanto grandes até);
- combinar, ser semelhante e singular ao mesmo tempo;
- oferecer-se para carregar algo pesado que esteja em mãos femininas, e o casaco, caso esteja frio;
- ter pegada na cama (no mínimo 15cm e um bom diâmetro);
- ser inteligente e educado;
- gostar de conversar, ler, escrever, ver filmes, jornais e documentários;
- ir a exposições de arte e fotografia, teatro, shows e tantos outros eventos culturais;
- não ser mega religioso, mas ter fé;
- gostar de andar de mão, de dar beijo na boca, abraço e de sexo (inclusive e principalmente de fazer oral);
- olhar nos olhos enquanto fala;
- ter uma voz bonita, cheiro envolvente e pele sedosa;
- ser sincero, leal e fiel;
- dar valor às pequenas coisas, singelos gestos;
- preocupar-se com o bem-estar e a segurança da mulher;
- não ser gremista, rubro-negro ou torcer pelos meninos da Vila;
- pode até ser canhoto, desde que tenha habilidades com a mão direita também;
- saber cozinhar, ou preparar um belo café da manhã ao menos;
- beber no mínimo cerveja e vinho, além de coca-cola normal;
- preferir se encontrar pessoalmente a falar no telefone, ou se comunicar via internet ou mensagem de texto;
- gostar de (ou ter) cachorro - GRANDE, porque cão pequeno com homem não sei não... [risos];
- pode até ser vegetariano (desde que vá a churrascos e fique na salada de maionese, cebola e pimentão no papel alumínio, e que coma vez que outra frango, peixe, frutos do mar e até croquete de carne "por engano");
- pode até não saber andar de bicicleta (desde que goste e esteja disposto a caminhar por aí e/ou troque os segredos do guidão pelos da direção);
- gostar de dormir, tomar banho, passear e viajar juntos;
- convidar para tomar um café, mesmo não gostando de café;
- marcar programas a dois no domingo;
- fazer-se inesquecível e incomparável;
- ser imprevisível à medida que surpreende de maneira positiva;
- ter o final de seus relacionamentos do passado bem resolvido;
- estar livre e querer viver uma linda história de amor;
- ser tarado e gostar de mim, por completo.

*Por favor, não me vejam como uma radical louca que não aceita e aprende com o novo, o diferente e o improvável. Esta é somente uma brincadeira com meu gosto pessoal e as possibilidades, até porque perfeição não existe (aliás, uma correção: existe SIM! - e, para mim, corresponde a 80 por cento desta exigente lista).

Wednesday, 16 June 2010

sorria que seu filho se alumia


Criança iluminada traz o brilho dos pais. Defendo a teoria oposta também, de que filhos birrentos herdam de seus genitores tal comportamento, ou o tem em resposta à educação recebida. Hereditariedade e disciplina se misturam na formação de um ser que muito tem a ver com aqueles que lhe provieram ou ensinam.

Somos exemplo para os pequenos, servimos de modelo a eles. Então, nada melhor que fazer bonito, ser muito do bem para que cresçam com esse padrão de vida correto, alto-astral. Conheci esse final de semana uma lady, a Camilla. Em poucos minutos com a bebê, já deu para perceber o acerto de sua mãe em conversar com ela, e a tratar desde cedo com liberdade, independência e carinho.

Amo crianças, seu universo ingênuo, verdadeiro e promissor. Espero dar o melhor de mim quando for a hora. E que a outra parte seja boa também para que o reflexo dessa junção beire a imperfeição primorosa que almejo para meus filhotes. Segundo um provérbio budista, oitenta por cento é perfeito – nem mais, nem menos. E nesse clima de troca entre gerações, só poderia dizer, como o profeta, que gentileza gera gentileza. Na prática, é o que acontece.

Parabéns, Alê, pela "pipoca" linda! E aos teus pais, pelas meninas alumiadas que criaram.

Tuesday, 15 June 2010

circo patriótico


O clima é de festa. O barulho nas ruas anuncia a alegria de ser brasileiro, o orgulho de seu país, um ideal conjunto. Tudo seria lindo se isso não acontecesse SOMENTE em dias de Copa do Mundo. Nunca vi, por exemplo, decoração nas ruas em qualquer outro evento como este.

Quanto “patriotismo”! Fico impressionada. Parece que o povo lembrou há cerca de um mês o quanto ama o Brasil, ou melhor, seu futebol. É uma paixão louca, inegável, saudável, mas ALIENADA e manipulada pela grande mídia, por interesses ocultos.

Gosto de torcer pela nossa seleção, mas me dói o coração ao ver tanto alvoroço pelo esporte e por política, nada... Questiono-me bastante a respeito, o que leva a população a comemorar TANTO essa ocasião e se esquecer do resto – MUITO mais importante, relevante.

Não sou uma dessas chatas intelectuais, pronta para acabar com a alegria dos companheiros. Bem pelo contrário: aproveito a ocasião para tentar levantar também essa, que apesar de ser a mesma, é outra bandeira – aliás, que ela fique hasteada até outubro, em tempos de eleição.

Que a televisão não faça do futebol única e exclusiva “obrigação” nacional. Que ajude nessa importante tarefa de fazer o exercício político uma prática mais comum, consciente, justa e do bem. E que as insurdecedoras vuvuzelas sul-africanas tão em moda e criticadas, de agora em diante não só festejem gols, mas critiquem e reprovem politicagens e discursos mal intencionados, fichas sujas etc. como num típico show de calouros.


'Para alegria de todos e felicidade geral da nação', que a Copa não ofusque tanto outras responsabilidades que perduram no intervalo de quatro anos, entre um circo e outro.

Boa sorte, Brasil – seja como for!

Monday, 14 June 2010

bar-roco

Se na favela do Vidigal o melhor bar era o Bar-raco, qual seria o nome próprio para um em Ouro Preto? Bar-roco – genial! Melhor não poderia ser. Adoro! Senti-me em casa...

O vilarejo é um charme, mais parece cenografia de tão bonitinho com seus telhados, paralelepípedos, arquitetura antiga bem conservada, seu verde à volta, o sobe e desce das ladeiras íngremes e escorregadias. Porém, em meio àquilo tudo, a impressão que eu tive é a de que perdi MUITO tempo. Tanto para conhecê-lo, como também porque eu poderia ter curtido o lugar nos áureos anos de minha juventude, em antigos carnavais, ou por que não (?) ter vivido ali.

Ok, não sou uma velha (longe disso!), mas também não mais a universitária livre, leve e solta que era há exatos dez anos. Hoje, embora consiga enxergar todo o contexto jovem da cidade, não me vejo mais compartilhando desse clima com toda a vitalidade e disposição próprias de tempos atrás.

Vejo agora a possibilidade de uma viagem a dois, apreciando toda arte local, curtindo muito as ruelas e seus restaurantes e bares (nem tão pé sujos), mas num astral mais casal, com maior aconchego ao frio clássico da região. A parte histórica da cidade exploraria em ambos os momentos, mas reconheço que o presente é mais calmo, mais intimista e sóbrio.

Passar por aquelas repúblicas lotadas de ideais, de liberdade e noção de futuro pela frente me soou nostálgico. Fez-me recordar de um período em que eu poderia ter ousado mais e ter partido rumo a uma vida estudantil completa, cujas responsabilidades afloram à medida do aperto financeiro, das escolhas. É um aprendizado incrível, inigualável.

Não me arrependo da vida que levei, pois fui muito feliz e ainda sou. Gostaria somente de estimular filhos meus a desgarrarem e aproveitarem essa fase tão mágica e especial, repleta de energia. E, na correria desta passagem relâmpago por lá, fiquei devendo somente uma cerveja clássica, adivinhem onde!

Sunday, 13 June 2010

santonho


Minha vo era devota de Santo Antonio. Nota-se pelo composto nome de meus tios, sempre terminados com este, tão comum nos dias atuais. Nos últimos anos, Antonios, Franciscos, Joãos e Bentos tem sido registrados aos montes. Bom isso, pois são todos lindos.

A igreja desse santo é uma das primeiras e das que mais me lembro em Porto Alegre. Fica no morro homônimo, onde trabalhei algum tempo, em diferentes anos, na rádio mais rock da cidade (era, pelo menos...). Embora não católica, a muitas missas fui quando pequena e já adolescente também.

Confesso, entretanto, que não esqueço nesse contexto, pois me marcou profundamente, a distribuição do saboroso pãozinho que tanto gostava de comer quando era obrigada a comparecer nesses lugares sagrados (que vamos combinar ser um saco para qualquer criança ou jovem!). Recordo como se fosse hoje, até do cheiro...

Mas, Fernando de Bulhões, frade franciscano assim batizado, mais do que 'Padroeiro dos Pobres', é conhecido nacionalmente como 'casamenteiro'. Essa crença faz dele um dos santos mais populares no Brasil. Possui milhões de fiéis que hoje, em seu dia, e ao longo do ano (e das festas juninas) fazem simpatias para se enlaçar.

Diante de sua imagem barroca, em Ouro Preto, dentro da Igreja da Nossa Senhora da Conceição, confesso que não prometi nada, mas pedi e agradeci sua proteção e ajuda em questões que vão além coração. Há muito tempo me auxilia prontamente, e sem que eu tenha que lhe deixar de cabeça pra baixo, ou em castigos parecidos, tão comuns quando se quer algo dele.

Então, com muita fé, e sem pressa, tenho certeza que é só esperar que o que é bom virá - quando e como tiver que ser, enfim.

Saturday, 12 June 2010

pra ninguém


Como essa música de Alvin L na voz de Leo Jaime, meu Dia dos Namorados infelizmente foi assim:

Ninguém pra ligar e dizer onde estou
Ninguém pra ir comigo onde eu for
Por outro lado, ninguém pra baixar o volume
Ninguém pra reclamar dos pratos sujos
Ninguém pra eu fingir que eu não amo

Toda noite, no mesmo lugar
Eu abro os olhos e deixo o dia entrar
Pra ninguém

Ninguém pra dizer quando eu devo parar
Ninguém na casa pra poder acordar, do meu lado
Ninguém pra contar novidades
Ninguém pra fechar as cortinas
Ninguém pra brigar de vez em quando

Friday, 11 June 2010

pelo hexa!


De verdade, começa hoje a Copa do Mundo – esse evento que mexe tanto (principalmente) com os homens em todo planeta. Durante um mês, TUDO estará voltado para os estádios e gramados da África do Sul. Não adianta reclamar.

Mulheres, esqueçam em parte os namorados, maridos, pais, filhos, netos, amigos... eles estarão com suas cabeças lá no continente-mãe. Só pensarão em outros homens, 22 por vez, 11 jogadores de cada lado, correndo atrás da estrela-maior: a Jabulani.

Essa é a verdadeira paixão nacional; aliás, mundial! Só terão olhos para ela nas próximas semanas. Mais de três bilhões de torcedores masculinos afoitos, de diferentes nacionalidades, ligados nos meios de comunicação, só vão querer um destino para a bola: gol!

Se o Brasil ganha, é tudo festa! Mas, tratando-se do país do futebol, como pode acontecer quando os times do coração perdem, as mocinhas só esperam que a seleção não fique desfalcada nos lares e camas por aqui. Que seja bola dentro sempre – independente do resultado dos jogos!


Então, 'se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação': BOA SORTE, Brasil. Bate o recorde do campeonato, mete seis! (em casa, isso eu quero ver...) [risos]

Thursday, 10 June 2010

minha teimosia, uma arma pra te conquistar


É uma possibilidade. O objetivo é vencer pelo cansaço até você gostar de mim, como diz Benjor.

"Por que você não vem?" – Seria mais fácil, o ideal, mas não é simples assim. Forças maiores (ocultas), atrapalham, impedem.

Mesmo com sinais tão desfavoráveis, consigo ainda ver uma luz que conduz minhas ideias a não desistir "de graça". A persistência (para não dizer 'teimosia', que é algo mais birrento, de bater o pé e buscar algo por implicância – o que NÃO é o caso) é uma boa tática; atreveria-me até a admitir ser 'a especialidade da casa'.

Mas ninguém vai avançar limites, fazer o que não pode. Há leis, regras, princípios e ética, de ambos os lados. Isso já foi falado, entendido, acertado. A ousadia de tentar, entretanto, vai além de qualquer barreira imposta que não possa ser ultrapassada com vontade, quando se acredita valer a pena.

Arriscar não custa nada – na hora certa, de um jeito agradável, para dar resultado e o sinal ficar verde, enfim, para o amor. É uma chance, agora ou nunca. Oportunidade única, imperdível. Vai saber...
______________________________________________________________________

Vai saber...
Letra de Adriana Calcanhoto, pela voz de Marisa Monte


Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber...

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se por

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber...

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha a reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais...
Vai saber...

Wednesday, 9 June 2010

pouco é muito!


O princípio é básico: consciência. Mas, nesse caso, a máxima (em que acredito) de que 'os homens não são o que dizem, e sim o que fazem', vale MUITO. Então, não basta saber, tem que tomar uma atitude a respeito. É por em prática a teoria MESMO.

Da minha parte, foi desde sempre: não jogando nada no chão, não desperdiçando comida, tentando economizar água e energia etc.. A cada dia tento algo novo, para o bem. Por último (e, hoje, bem sucedida!), veio a completa separação do lixo para reciclagem. Fico feliz em poder participar disso e que em meu prédio a executem de maneira tão séria e respeitosa.

Por que demorei tanto para conseguir implementá-la, como sempre quis? Por resistência. Não dependia de mim enquanto não morava sozinha... E não falo de gente sem instrução, mas pessoas que simplesmente não queriam adquirir um novo gesto em suas vidas, em seu cotidiano: determinar o lixo certo para cada item. É necessária uma reeducação de postura diante à nova realidade mundial. E é inevitável, por mais que demore...

Quando eu era pequena, todos falavam em plantar árvores como o topo do que se podia fazer. Hoje, não consigo ver mais somente nessa boa ação a salvação do planeta –  que está cada vez mais quente, injusto, cruel. Pequenas atitudes isoladas, como mudanças de comportamento para o que é (dito tão careta, mas inegavelmente do bem) ‘politicamente correto’, tem mais impacto hoje quando se pensa globalmente.

Não tenho a menor pretensão de querer convencer grandes empresários a ganharem menos investindo mais no verde (cor tão em moda no presente). Seria pedir demais a mentes capitalistas tão gananciosas. Mas, na verdade, em âmbito bem geral, não consigo entender como criaturas que sabem que prejudicam o meio-ambiente e a população conseguem dormir à noite sem o menor peso na consciência, ou dor no coração – algo assim, bem dramático mesmo.

Agora, tratando do que é mais palpável: infelizes são aqueles cidadãos que não pensam no assunto, que seguem jogando suas bitucas de cigarro pela rua, que misturam vidros, plásticos e alumínio com restos de comida, entre tantos outros “pecados capitais” da atualidade. Lamentavelmente, não reconhecem a grande chance que tem de fazer algo próspero por si e pelos outros. Esses, sim, desapontam-me profundamente.

Podem me taxar de ‘ecochata’ e o caramba. Não me importo! Acho que devo isso a meus filhos, netos – e a todas crianças do mundo. É o mínimo que cabe a mim, tendo esse blog, poder fazer este alerta, deixar esse recado (além de seguir com meus princípios conquistados com muito orgulho). Não é a solução plena, mas já encaro como parte da missão cumprida.

Nesta semana em que se comemora (?) o Meio Ambiente, e quando numa simples conversação com colegas de aula, vejo que pouco ainda se faz pela Terra e humanidade, a mula ruge a respeito.  E finalizo com uma listinha modesta de pequenos grandes ideais:

- separar o lixo (nem que seja somente em dois: seco e “orgânico”/rejeito);
- não jogar lixo no chão (se não achar uma lixeira na rua, guarde seus resíduos consigo até chegar em casa ou no trabalho para então dispensá-lo);
- usar transportes coletivos, bicicletas ou andar mais a pé;
- imprimir somente o necessário e reaproveitar os dois lados de cada folha de papel;
- economizar água potável no banho, ao escovar os dentes etc.;
- substituir produtos descartáveis por retornáveis (ao invés de usar diversos copos e sacos plásticos todos os dias, e jogá-los fora depois, ter um copo de vidro no escritório e uma sacola de tecido para as compras);
- evitar o desperdício de qualquer energia;
- optar por produtos biodegradáveis, alimentos orgânicos etc.;
- investir em novas tecnologias mais benéficas, baratas e acessíveis;
- não ignorar o fato de que pouco é muito (se cada um fizer a sua parte, um bom montante se forma em prol do bem).

Tuesday, 8 June 2010

marcas do tempo


Ainda não me preocupo com a idade – hoje, mas confesso que em breve irei usar cremes, como qualquer mulher, mais que os homens. Vou evitar ao máximo o sol e qualquer outra coisa que agrave o ‘sentir na pele’ da passagem dos anos.

O tempo deixa marcas. Como uma tatuagem, a cútis perde sua vitalidade, dia-a-dia, cada vez mais. Sua textura, hoje, já não é a mesma do passado. E no futuro, será como um papel amassado, trazendo em suas linhas escrita a nossa história.

Faz parte envelhecer, o enrugar das mãos, pescoço, ao redor dos olhos etc.. Não vejo nisso um problema, nem em mim, muito menos no próximo. Sinto, inclusive, no contraste ao tocar a minha, a possibilidade de um encontro incrível entre gerações.

É amor à flor da pele como qualquer outro, com muito tato e tantos sentidos mais... Relacionamentos assim permitem uma troca rica, em que ambos saem ganhando, aprendendo algo para a vida – toda pela frente ou a que ainda resta.

Monday, 7 June 2010

crônica de uma história inacabada


Tudo bem que, desde o começo, esse já era para ser (como um pastiche mal contado da obra de Gabriel Garcia Marquez) um relacionamento com final datado, mas é péssimo não poder viver tudo intensamente, até o último capítulo. Seja por ética, interesse por outros, medo de tentar, pela futura distância que se aproxima... não importa, fica a sensação de vazio, de que falta algo. E assim foi.

Era para ser uma cena clássica de drama, daquelas bem tristes, de lamentar, mas, hoje, mais pareceu uma comédia, por me fazer gargalhar lembrando o ocorrido – para mim, até então inconcebível. Pergunto-me como não pude ter sentido o tamanho da furada... Aconteceu porque não sabemos dos outros, só de nós mesmos. Respondemos única e exclusivamente por nós. Mesmo com toda vontade do mundo, as rédeas da situação nem sempre estão em nossas mãos.

Diferente do livro e, apesar de ‘sem mortos ou feridos’ (até porque ninguém mais morre de amor hoje em dia), é impossível ignorar os fatos, não ter respeito, admiração, “raiva” e inveja até (por que não?!) sobre os personagens envolvidos. E, quando acontece com a gente, quando nós protagonizamos a trama, é pior ainda, porque mil questionamentos vem a mente, embora a razão sempre prevaleça.

Nada como a poeira baixar, os ânimos se acalmarem e a serenidade reinar, plena. Os pensamentos se organizam e conseguimos, então, entender e aceitar o rumo tomado. Não sou Cristã, mas diria até que é possível (para quem acredita, claro) agradecer a Deus pelo o que Ele não nos dá. Por mais que não consigamos compreender agora, mais tarde tudo se esclarecerá e veremos como foi melhor a privação. Será? Talvez. Que seja...

De minha parte, não há o que fazer. Porta que se fecha, amizade nova a perdurar... É isso. No fim, conseguimos até rir de como agimos, de quão complicado foi (e é) resistir às tentações, ir contra o desejo, a oportunidade de uma nova vida, de um outro ‘certo alguém’. Mas, na hora, no calor da ocasião, não é fácil se dar por vencido, sentir-se rejeitado, menor (enquanto as intenções são grandes e nobres).

Infelizmente não podemos prever os anseios e sentimentos alheios, evitando, assim, fazer planos, deixar-se emaranhar por possibilidades, sonhos. Eu me entrego, vulnerável, quando acredito, e penso ter encontrado a felicidade. Arrependo-me depois, mas só por uns instantes, porque prefiro sempre arriscar. (Desculpa Drummond) Mais frustrada que aliviada, encerro o romance dizendo que tinha uma vaca no meio do meu caminho.

Sunday, 6 June 2010

um terror!


Ainda em tempo...

A atenção norte-americana (para não dizer ‘mundial’) estava voltada, mais do que à socialista Coréia do Norte, ao Irã e seu possível e provável interesse em ter uma bomba atômica. Motivos os islâmicos tem, afinal Israel a possui, além dos nem tão amigáveis Estados Unidos – os únicos até agora a usarem contra um alvo civil (o Japão, em agosto de 1945, sob as cidades de Hiroshima e Nagasaki).

Durante a Guerra Fria, outros países como Rússia, China, Reino Unido, França, Índia e Paquistão também se tornaram potências nucleares. Interessante isso, porque o que ocasionou essa corrida armamentista foi justamente o medo dos inimigos/rivais possuírem tamanha força. Mas depois, com o avanço e o perigo de uma guerra nuclear que acabaria com o planeta, de uns anos pra cá houve um retrocesso nessa produção, e a preocupação pacifista (?) tem se sobressaído.

Pois bem, esta semana Israel ganhou as manchetes do mundo inteiro por atacar em águas internacionais navios de ajuda comunitária a Gaza, na Palestina. Injustificável tal ofensiva. Não tenho nada contra o povo hebreu, fora o fato de travarem uma Guerra Santa, resistindo em devolver aos vizinhos sua terra, que embora não “prometida” aos palestinos, a eles pertenciam antes de chegarem as tropas israelenses, com apoio dos ianques.

Hoje, esse que era para ser um estado palestiniano-árabe, está dividido em três partes dominadas pelos judeus (o Estado de Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza). Esse absurdo, considerando-se o fato de a maioria da população ser de origem árabo-palestina, trava uma disputa territorial e religiosa desde 1967, quando foram ocupadas essas duas últimas áreas citadas. Nem lei internacional, muito menos determinações das Nações Unidas e dos antigos colonizadores britânicos conseguiram impedir essa injustiça.

Passados 40 anos de confrontos, ainda hoje essa disputa gera um derramamento de sangue na região. O útlimo foi esse, classificado como um ato terrorista (termo comumente tão usado para designar ações contra os EUA e os semitas). Parece que, finalmente, os olhos do mundo estão abertos, percebendo as más intenções de Israel. Ainda bem que, atualmente, até mesmo o grande imperialista começa a se opor a essa barbaridade.

Infelizmente, outras como essa ainda acontecem, vide Tibet e o País Basco, por exemplo. Que esses lugares, como foi o caso de Kosovo, em 1999, consigam sua autonomia contra o terror que é viver sendo governado e tendo sua cultura exterminada por razões políticas, economicas e religiosas. A mula ruge pela vitória da liberdade, SEMPRE!

Saturday, 5 June 2010

troca-troca


Clube do bolinha? Não mais... A mania (do álbum) de figurinhas da Copa 2010 superou as expectativas. Virou febre no país inteiro! O ápice foi ontem, ao ver na Globo, em horário nobre, um comercial marcando encontro para o escambo.

Próximo a bancas de revistas, nos grandes centros comerciais, em mesas de bar, qualquer esquina... já ouvi relatos que até em ônibus rola um approach para trocar os decalques com a cara dos jogadores das seleções que vão competir no mundial esse ano. Em alguns casos, pode ser a chance de rolar uma paquera até! Vale tudo pelo esporte.

Foi-se o tempo que só os “bola” se interessavam por futebol. Grandes conglomerados com homens, mulheres, crianças, amigos, namorados, casais de idosos na troca, compra e venda, montando pacotinhos com figurinhas numeradas, apostando no 'bafo'... o que for! Dá de TUDO na incessante procura pelos números que ainda faltam para completar a coleção.

O momento é outro. E hoje também a nós, mulheres, interessam os atletas. Aliás, esse livretinho é um cardápio, em especial, de homens - um guia ilustrado do que se encontra em cada país. Tem para TODOS os gostos – ‘loiro, moreno, negro, sarará’, e ainda orientais, ruivos, árabes... Uma maravilha. A mim, várias equipes agradaram (vide Itália, França e os do Leste Europeu).

Parece que bolaram um hobby mais apimentado para meninos ‘maus’, com um time de primeira de atrizes pornô estampadas nos adesivos (na foto do post contemplo as morenas – claro!). Seria uma boa se criassem outra versão do masculino, mas com fotos mais ousadas dos jogadores, ou atores de cinema (semi-nus – por que não?).

Pois é, aí SIM ia ser mais divertido o troca-troca das figurinhas repetidas... (!) O perigo é o povo se trancar no banheiro para apreciar o conteúdo, depois, e não sair mais! Mas lembrando que esse último só podem colecionar  quando grandinhos, né?! Uma recordação para toda vida, para guardar, rever 'zilhões' de vezes e mostrar para o netos - em ambos os casos [risos]. O que vale é o clima festivo!

Thursday, 3 June 2010

delay


“Namoro ou trepada?” Questionada sobre minhas intenções do passado, fiquei eu, mais tarde, perguntando-me o que leva uma pessoa a, exato um ano depois, retomar o assunto como se fosse fresco, como se ainda colasse.

“A fila anda” – não é isso que dizem por aí, referindo-se a águas passadas? Pois é... Hoje, não movem mais meus moinhos, tampouco esses (res)pingos chegam sequer a me molhar. Poderia ter sido, lá atrás - ambos, inclusive (com toda intensidade possível!), mas o tempo foi perdido, virou.

Parafraseando Paulinho da Viola em seu consagrado samba, ‘foi um rio que passou em minha vida e seu coração não se deixou levar’. Agora, perdeu a vez. Sem ressentimentos, e sinceramente: chegou atrasado demais.

Próxima estação, por favor!

Wednesday, 2 June 2010

além


Como saber se marcamos uma pessoa?

Será que pensa em mim, lembra quem sou – meu nome, voz, olhar? A medida de importância deveria ser a mesma para ambos, mas não. Infelizmente, pode não ter significado nada pro outro.

Apesar do pouco, penso muito. Gostaria que não me esquecesse, pois gostei de ti, de mim contigo, de ti comigo, de nós... Simplesmente 'plim': interessei-me! Não quero ignorar isso.

Tuesday, 1 June 2010

no mundo da lua


Infelizmente, não era lá que me encontrava. Se fosse, teria sido muito feliz... de um jeito diferente. Anos luz se passaram e, onde estávamos nós que perdemos tanto tempo?

Como você agiria se descobrisse, depois de 16 anos, que seu amor de adolescência, seu melhor amigo e confidente, pelo qual você era louca (sem ele saber, claro!), também era apaixonado por você? Arrependida, questionei-me muito sobre tudo o que nos calou durante mais de uma década, impossibilitando, assim, uma linda história de acontecer.

Um nó na garganta e o receio de não ser correspondida não deixaram que eu falasse e assumisse meus sentimentos. Faltou-me coragem de lhe dizer a verdade e arriscar colocar a perder a amizade e o carinho já conquistados. Era mais fácil fingir interesse por outros para chamar sua atenção, tentando causar ciúme bobo, do que me aproximar mais.

Durante longas boas conversas, sinergia, entrosamento, só faltou mesmo a iniciativa nossa de abraço, beijo... embora intenção houvesse. Hoje, eu sei (e reconheço) a importância do toque num relacionamento, de sentir a pele e o calor do próximo com mais frequência e intensidade. Essa foi nossa carência maior, o limite de nossa covardia.

Não ousar acarretou uma vida completamente diversa da que seria se tivéssemos agido com mais sinceridade. Poderíamos ter vivido mais momentos especiais e memoráveis, desperdiçados com terceiros sem tanto valor. Eu teria feito escolhas mais acertadas se tivesse na melhor companhia de todas, além de um conselheiro, meu namorado.

Tantas primeiras vezes a serem descobertas juntos... sem erros. Entregaria-me a ele inteiramente, com toda vontade possível. Mas, de qualquer forma, a parceria se perpetuou. Fomos completos mesmo sem a plenitude do amor – aliás, do sexo (apesar da pouca idade), pois afeição nunca faltou. Era tão forte que sobrevive até agora, inclusive.

Na verdade, numa única noite, entre tantas outras viradas em tratos íntimos a certa distância, aconteceu a coisa mais linda entre duas pessoas que se gostam. Sem dizer qualquer palavra, nossos corpos falaram mais alto e por si. Foi perfeito, a realização de um sonho, a concretização de algo que desejávamos muito, mesmo em silêncio.

Lamento que tenha sido essa a última vez em que nos vimos. Não sei por que, perdemos a razão ao nos acharmos. E, assim, nossa história ficou inacabada... Será que ainda podemos colocar a cabeça (e as coisas), definitivamente, no lugar? Arriscando, um convite: para ele vir conhecer meu atual universo e vivermos um ano a cada dia – juntos, enfim.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

passatempo

  • abrace seus amigos
  • acredite em si mesmo
  • ande mais com os pés descalços
  • antene-se
  • aplique o que você prega
  • assuma seus erros
  • beba mais água
  • beije na boca com vontade
  • conheça novas culturas
  • cuide-se com carinho
  • dance sem vergonha
  • diga mais 'sim' do que 'não'
  • durma bem
  • dê atenção às pessoas
  • entregue-se ao que ama
  • escreva cartas à mão
  • estude outras línguas
  • exerça a tolerância
  • exercite-se
  • fale e ouça mais 'obrigado'
  • faça muito amor
  • goze mais e melhor
  • leia mais livros
  • movimente-se
  • não limite seus sonhos
  • ouça musicas que te façam dançar
  • ouse
  • pense positivamente
  • permita-se
  • peça bis quando é bom
  • pratique o bem
  • prove diferentes sabores
  • renove-se
  • respeite a natureza e os mais velhos
  • reveja velhos conceitos
  • se beber, não ligue!
  • seja fiel, sincero e verdadeiro
  • siga a sua intuição
  • sinta o novo
  • sorria sempre que possível
  • subverta vez que outra
  • tenha calma
  • tire alguém para dançar
  • trabalhe com dedicação
  • use camisinha
  • vá mais ao cinema
  • viaje sempre
  • viva menos virtualmente

c'est fini!