Essa discussão toda sobre os royalties do petróleo do Pré-Sal fez meu pensamento voltar no tempo. Vendo o deputado federal Ibsen Pinheiro - PMDB/RS questionar o conceito de estado produtor dessa riqueza, lembrei (descompensada) pelo o que tantos gaúchos lutaram no passado. Talvez falte memória a ele, mas segue um refresco:
Como farroupilhas, fizemos uma revolução pois queríamos um estado com maior autonomia às províncias. Lutamos contra o governo federal, cujo modelo, imposto pela constituição do então imperador Don Pedro I, tinha caráter unitário. A Guerra dos Farrapos, que durou de 1835 e 1845, aconteceu por um descontentamento poítico e econômico.
Diferente da mineiração, cana-de-acúcar e cafeicultura, voltadas para a exportação, na Província de São Pedro, atendíamos exclusivamente o mercado interno, com charque para a alimentação dos trabalhadores escravos. Com o câmbio supervalorizado, sobretaxas e benefícios tarifários, o produto dos vizinhos Argentina e Uruguai eram mais em conta, o que causou uma competitividade desleal.
Não haviam medidas do poder central para defender o mercado interno de produtos importados mais baratos, uma proteção à produção nacional. O descontentamento era grande na ragião sul, onde as elites pecuaristas acabaram se revoltando com o governo imperialista, contra essa política fiscal.
Nossa revolução republicana não tinha originalmente um caráter separatista, mas, a exemplo da Província Cisplatina, a independência acabou sendo melhor caminho para que encontrassemos a paz e a prosperidade desejadas. E, inspirados pelos preceitos da Revolução Francesa de Igualdade, Liberdade e Fraternidade, influenciamos outros ocorridos em diferentes províncias do país.
A questão é: não se o pré-sal estivesse localizado no litoral do Rio Grande do Sul e tivéssemos a infra-estrutura para explorarmos esses recursos, consideraríamos isso uma propriedade nacional? Não sejamos hipócritas e deixemos os beneficiados ple natureza gozar de sua sorte. E mais: que os estados não produtores de petróleo sejam os compensados pela União pelo suporto prejuízo que temos por não estarmos nós em cima da faixa do ouro negro.
Podia ser qualquer um, menos um gaúcho o cabeça desse levante! Que cidadão é ele? Ok, é um infeliz representante nosso (e colorado ainda...), mas não responde pelo todo, MESMO. Pensei muito em nossa história, no que aprendemos, pelo o que sempre lutamos... e admito que fiquei com vergonha dessa situação, desse esquecimento de nossas origens e ideais.
Não fui hoje à manifestação proposta por Sérgio Cabral, mas quero deixar claro que sou CONTRA essa covardia que é dividir o dinheiro alheiro, oriundo de uma produção que não nos pertence. Considerando a necessidade atual do estado do Rio de Janeiro dessa arrecadação anual de R$ 5 bi que perderia com a aprovação dessa emenda polêmica, fica ainda mais feia a situação.
Bye bye Copa, Olimpíadas... moral, orgulho gaúcho.
Como farroupilhas, fizemos uma revolução pois queríamos um estado com maior autonomia às províncias. Lutamos contra o governo federal, cujo modelo, imposto pela constituição do então imperador Don Pedro I, tinha caráter unitário. A Guerra dos Farrapos, que durou de 1835 e 1845, aconteceu por um descontentamento poítico e econômico.
Diferente da mineiração, cana-de-acúcar e cafeicultura, voltadas para a exportação, na Província de São Pedro, atendíamos exclusivamente o mercado interno, com charque para a alimentação dos trabalhadores escravos. Com o câmbio supervalorizado, sobretaxas e benefícios tarifários, o produto dos vizinhos Argentina e Uruguai eram mais em conta, o que causou uma competitividade desleal.
Não haviam medidas do poder central para defender o mercado interno de produtos importados mais baratos, uma proteção à produção nacional. O descontentamento era grande na ragião sul, onde as elites pecuaristas acabaram se revoltando com o governo imperialista, contra essa política fiscal.
Nossa revolução republicana não tinha originalmente um caráter separatista, mas, a exemplo da Província Cisplatina, a independência acabou sendo melhor caminho para que encontrassemos a paz e a prosperidade desejadas. E, inspirados pelos preceitos da Revolução Francesa de Igualdade, Liberdade e Fraternidade, influenciamos outros ocorridos em diferentes províncias do país.
A questão é: não se o pré-sal estivesse localizado no litoral do Rio Grande do Sul e tivéssemos a infra-estrutura para explorarmos esses recursos, consideraríamos isso uma propriedade nacional? Não sejamos hipócritas e deixemos os beneficiados ple natureza gozar de sua sorte. E mais: que os estados não produtores de petróleo sejam os compensados pela União pelo suporto prejuízo que temos por não estarmos nós em cima da faixa do ouro negro.
Podia ser qualquer um, menos um gaúcho o cabeça desse levante! Que cidadão é ele? Ok, é um infeliz representante nosso (e colorado ainda...), mas não responde pelo todo, MESMO. Pensei muito em nossa história, no que aprendemos, pelo o que sempre lutamos... e admito que fiquei com vergonha dessa situação, desse esquecimento de nossas origens e ideais.
Não fui hoje à manifestação proposta por Sérgio Cabral, mas quero deixar claro que sou CONTRA essa covardia que é dividir o dinheiro alheiro, oriundo de uma produção que não nos pertence. Considerando a necessidade atual do estado do Rio de Janeiro dessa arrecadação anual de R$ 5 bi que perderia com a aprovação dessa emenda polêmica, fica ainda mais feia a situação.
Bye bye Copa, Olimpíadas... moral, orgulho gaúcho.
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