Fico imaginando a seguinte situação: milhares de cartas são enviadas para um concurso qualquer desses cujo prêmio é algo grande, como a casa dos sonhos (equipadíssima por uma loja de eletrodomésticos), uma considerável quantia em grana que fizesse qualquer um parar de trabalhar (e ter seus parentes distantes retomando contato logo após saberem de sua fortuna), ou um salário mensal de no mínimo cinco algarismos (e vitalício), algo assim.
O sorteio não é ao vivo, mas televisionado. O diretor diz "gravando" e um apresentador de peso e voz pomposa é então coberto por uma cachoeira de envelopes voadores - brancos, amarelos, pardos. Três segundos e ele ergue o braço com o ganhador nas mãos. "Corta!". Tudo pára. As gatinhas que estavam fazendo chover dão trégua, desmancham seus sorrisos de 'comercial de margarina' e ficam desbaratinadas, sem saber o que fazer (sem direção - literalmente).
Em seguida vem a notícia inacreditável de que o infeliz do cinegrafista perdeu o foco, ou sei-lá-o-quê (e tenho certeza que deveria perder o emprego, pelo menos ao ver do remetente dessa correspondência que será devolvida à montanha de cartas que se encontra aos pés do simpático showman). Começa tudo de novo. E lá se foi a chance do dito-cujo, que de fato ganhou, ter sua vida mudada. Na sequência outro envelope é sorteado. Um nome é dito em alto e bom tom - esse sim pode ser considerado um sortudo.
Que situação! Ninguém além-estúdio pensaria que isso acontece. Injustiça? Me odiaria em não poder fazer com que pelo menos esse raio caísse duas vezes no mesmo lugar.
O sorteio não é ao vivo, mas televisionado. O diretor diz "gravando" e um apresentador de peso e voz pomposa é então coberto por uma cachoeira de envelopes voadores - brancos, amarelos, pardos. Três segundos e ele ergue o braço com o ganhador nas mãos. "Corta!". Tudo pára. As gatinhas que estavam fazendo chover dão trégua, desmancham seus sorrisos de 'comercial de margarina' e ficam desbaratinadas, sem saber o que fazer (sem direção - literalmente).
Em seguida vem a notícia inacreditável de que o infeliz do cinegrafista perdeu o foco, ou sei-lá-o-quê (e tenho certeza que deveria perder o emprego, pelo menos ao ver do remetente dessa correspondência que será devolvida à montanha de cartas que se encontra aos pés do simpático showman). Começa tudo de novo. E lá se foi a chance do dito-cujo, que de fato ganhou, ter sua vida mudada. Na sequência outro envelope é sorteado. Um nome é dito em alto e bom tom - esse sim pode ser considerado um sortudo.
Que situação! Ninguém além-estúdio pensaria que isso acontece. Injustiça? Me odiaria em não poder fazer com que pelo menos esse raio caísse duas vezes no mesmo lugar.
E a culpa é de quem?
ReplyDeleteculpa? hahahaha
ReplyDeletedo produtor, é claro!
a culpa sempre é da produção ;)