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Saturday 19 December 2009

um grito


Na boa, se alguém que se diz jornalista, mas não sabe o que foi a Escola de Frankfurt, nunca leu um texto sobre Comunicação de Massa e desconhece quem foram personalidades como Claudio Abramo, Roquete Pinto e Assis Chateaubriand, EU é que não sou mais! Abdico desse meu título conquistado à base de uma universidade (se é que se sabe o que isso significa) – seja na graduação, extensão e pós graduação.

Embasados naquela aprovação absurda do TSF de que não precisa mais de diploma para exercer a profissão, muitos “colegas” sem formação, mas que estão na mídia sem nem saber fazendo o quê, além da determinação de serem famosos não interessa como, enchem o peito para se afirmarem profissionais da comunicação. Literalmente é o fim de carreira, da minha, nesse ‘jornalismo’ atual de (des)“iguais”.

É o assassinato do saber. Já havia comentado isso anteriormente, desde que saiu essa lei questionável e reprovada pela maioria dos racionais que consideram o fundamento do conhecimento e todo o seu poder em quem exerce a palavra. Mas agora, sofrendo na pele comparações de equivalência e então uma desqualificação de meu currículo, dou um grito – de independência, alerta, socorro, indignação e raiva.

Eu sou radical. Para mim, mesmo anteriormente, quem não tivesse estudado não poderia nem estar nos veículos por menores que fossem, assinando textinhos em blogs (que seja), falando em rádio ou estampando seus rostinhos como apresentadores de qualquer coisa. Esses sujeitos estão ali transmitindo o que não foi por eles elaborado, apurado, escrito – sobre assuntos que MUITAS VEZES ele não sabe nem do que se trata!

Cruel. Para que isso? Só porque ele tem um rostinho bonito? (e às vezes nem é) Ou uma voz aveludada? Não precisa, né?! Garanto que no mercado, saindo frescos da academia, ou já macacos velhos, formados e com anos de redação ou estúdio, diversos profissionais possuem os requisitos necessários e podem ocupar esses lugares. E com uma vantagem: com consciência, razão e conhecimento - isso, ninguem nos tira.

Ok, mas vão me argumentar falando da EXPERIÊNCIA desses aspirantes nonsense. Algumas estão no ar há tempos, inegável. Reitero minha posição a respeito ao passo que comprovadamente essas criaturas não sabem nem o que é um lead. Bom, isso é básico e se nem isso eles sabem, como trabalhar qualquer pauta, editoria ou fait divers que seja? Pois é, tem gente que mesmo com anos de TV AINDA não sabe o essencial.

Digo isso por vivência. Se alguém que trabalha o equivalente (e até mais) a uma faculdade e não aproveitou essa bagagem para saber o que fazer como JORNALISTA, não sei sinceramente o que está fazendo ali. Não dá para a coisa, enfim, é o que concluo. Só com aulas, disposição e orientação mudaria. Estudando. Mas quem nasceu pra tico-tico nunca chega a sabiá. E quanto a isso, não adianta nem gritar, no caso.

Quem aprovou tal determinação esse ano certamente não tinha noção das conseqüências desse ato, ou sim - e FODA-SE. Afinal, para que pessoas inteligente falando ao povo? Quanto mais nulidades transmitindo o óbvio ou o nada, melhor. É o que eles querem. É inegável. Protesto feito, sigo descontente, com um diploma e mais de oito anos entre livros e polígrafos, seminários e monografias, estúdios e redações, jogados no lixo em função dessa realidade injusta, insensata.
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Para ilustrar esse post utilizei-me de uma paródia (se é que isso é possível com obras de arte... Desculpem-me, posso estar cometendo aqui uma aliteração braba, mas essa foi a melhor definição que encontrei agora para descrever essa ilustração) do quadro de Edward Munch, O Grito.

Uni o útil ao agradável, pois já queria escrever desde o dia 17 agora sobre Os Simpsons, esses simpáticos e avessos personagens (norte)americanos. Eles conquistaram o mundo com seu anti-heroísmo e sarcasmo sobre essa sociedade capitalista. E isso já explica tudo.

Essa semana eles completaram 20 anos. E seguem dando o que falar, com frescor. Parabéns ao seu criador, o desenhista Matt Groening, por esta idéia maravilhosa (e controversa) de dar vida a essa família que reflete os efeitos dessa realidade ensandecida que vivemos por tabela.

Sucesso - eles estão por toda a parte, são e fazem arte! São perfeitos na sua imparidade. Adoro. A
mo a Lisa (e a chupeta da Maggie).

3 comments:

  1. Então a faculdade te fez jornalista? Eu não acredito nisso, e sabe por que? Porque milhares de pessoas chegam vazias nas universidades, saem com um diploma, fotos de bebedeiras, amigos para uma vida... e vazias. Você é inteligente, e aprendeu a fazer jornalismo na raça. Claro que foi ler e escrever textos na faculdade, mas você teria feito isso fora dela. Reflita, teria feito sim. rs.

    O que o TSF não diminuiu a qualidade da imprensa. Se fez, ele realmente é poderoso, porque essa lei não tem nem um ano...

    A oportunidade, o mercado, a qualidade são definidas pelo capital, não pelo TSF ou pela Universidade.

    As pessoas ignorantes estão se formando todos os dias, a Globo exige diploma, afinal, é necessário ter o canudo para mostrar no fantastico que um cachorro polui mais que um carro devido ao processo de produção da ração!

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  2. o TSF não diminuiu agora a qualidade da imprensa, mas a longo prazo prevejo uma desqualificação da classe, claro. hoje ,mesmo quem não sabe nem fazer uma entrevista PODE e se diz jornalista. com formação, é demérito dela, e sem, é falta de capacitação. me diga você como definir esta pessoa! como minha colega? não, pois abdico eu do título diante desse absurdo.

    bom, quanto ao Fantástico, é o show (de horrores) da vida, sempre foi. não me surpreendeu em nada... AU AU!

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  3. pois é. diante de uma imprensa madura somente pessoas capacitadas terão espaço e nos comunicarão. formadas ou não. enquanto imatura temos incapazes. formados ou não.

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