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Monday 30 November 2009

tolerância zero


O convite era irrecusável: um churrasco numa cobertura no Leblon. Chegando lá, o som era batidão, as pessoas: pitboys e marombadas. Não combina isso... Na verdade, pelas características do evento, esse mais parecia acontecer na Barra da Tijuca, onde essas figuras são mais frenquentes, do que na Zona Sul do Rio de Janeiro - que é mais bossa nova ou rock n’ roll.

Do churrasco, em si, só a fumaça. A carne era pouca, não deu conta – nada extraordinário para um churrasco carioca, em que se espeta coraçõezinhos sem marinar, corta-se as carnes com as mãos por falta de faca(!) e as salgam com sal fino(!). E o mais grave: a cerveja acabou. Chegamos no final, ok, mas a situação era essa independente da hora e do estado etílico dos convidados.

Imaginem as pessoas presentes, numa valorização monstra do corpo evidente na falta de camisa dos homens (detesto!) e das minissaias, microshorts e tops das popozudas. Agora aliem isso a uma falta de educação tremenda, em que as mulheres nem olhavam para a tua cara, e que qualquer pedido feito a um “cavalheiro” era negado ou atendido com respostinhas do tipo: ‘Tá, eu pego pra você, mas bem que VOCÊ poderia fazer’.

A verdade é que o comportamento deles acabou com a própria “festa”. Por volta das 22h, alguém acendeu a luz , abaixou o som estridente e avisou que tínhamos dez minutos para evacuar o local ou a polícia iria ser chamada pelos vizinhos. Isso, aos berros. O pessoal ignorou alucinado, claro. E ‘o dono do baile’ (morador do prédio) teve que começar a, literalmente, ENXOTAR os ignorantes, para só então o povo começar a se tocar que chegou MESMO a hora de partir e respeitar o pedido do amigo.

Antes de descer, decidimos ir ao banheiro e, chegando lá, confesso não saber por que fiquei surpresa: o lugar estava imundo! - balcão da pia todo molhado, pia entupida com papel no ralo, papel higiênico usado espalhado por todos os cantos... Isso sempre me enoja. Não suporto gente rica que não sabe se comportar com questões básicas como higiene. Mamãe sempre fez tudo, ou mandou a empregada fazer, e essa gente cresce não fritando um ovo!

Citei ‘respeito’ antes no texto, mas, sinceramente, essa palavra eles paracem desconhecer. Seu significado então, passa longe! A prova: a batucada com instrumentos de pagode que eles começaram a fazer lá embaixo do prédio chiquérrimo, enquanto esperavam o anfitrião descer. Na boa, passarinho que come pedra sabe o cu que tem. O cara chamou esse bando para sua casa, sabendo com quem estava lidando. Bem feito.

Da experiência (diria que quase antropológica) nada agradável de se sentir um peixe fora d’água, para não dizer uma ‘baleia’ – comparando-se àqueles brotos “potrancudos”, ficou a certeza de que nada tenho a ver com esses cidadãos. Aliás, nem sei se posso considerá-los assim. A falta de educação impera e, vendo isso, entendi como pode um grupo desses espancar uma trabalhadora doméstica (e se fosse prostituta tanto faria!) gratuitamente.

Nunca estive tão rodeada por esse tipo. Não me senti bem, e é evidente que os desgosto. Não os acho bonitos, tampouco agradáveis. Não nego. Não consigo ser indiferente a esse ponto. Sobra-me intolerância, confesso, diante de tanta possibilidade e tanta carência, dessa gigante discrepância entre os recursos e a gentileza, num mínimo de civilidade. Conforme até a novela das oito (ou nove) passada já mostrou: acho que é tudo reflexo e, portanto, culpa dos pais.

Os valores foram perdidos e alguém sempre acaba pagando o pato... Estou cansada disso. Que programão de domingo, hein?! MAIOR azar. Só valeu mesmo a inspiração para escrever aqui, fazer a mula rugir. Olha o bico!

Sunday 29 November 2009

uni-vos!


A amizade deve sempre ser celebrada porque é um dos maiores tesouros que possuímos - gratuitamente, genuinamente.

Certas coincidências não são mero acaso. Termos escolhido nós a data de realizarmos nosso encontro pataxó e comemorarmos o final de ano, a integração, as vindas e idas de alguns, e ela ter caído em épocas de eventos da verdadeira etnia indígena, grande inspiradora, assombrou meus pensamentos.

De maneira positiva, fiquei pensando – assim como a Mell, e suponho que também outros integrantes dessa nossa ‘tribo’, sobre como é importante termos essa sintonia e esse circulo de amigos. O objetivo é incluir. Vírgulas sempre vão existir em qualquer sentença, mas quando a frase é verdadeira, nunca acaba em ponto final.

Pode parecer piegas falar sobre união, sobre amizade e relacionamentos, mas para quem sua família por diversos motivos acaba sendo seus amigos, compreende-se a ‘cafonice’ de se ser sincero e abrir a guarda em momentos ternurinhas como este. Eu, a mais fria de todas, com toda a minha dificuldade em demonstrar afeto, tenho tentado me render e tentar ser mais calorosa.

O que se viu no último sábado foi uma sessão um tanto trash de trocas de presentes engraçados, inúteis, improváveis, e de outros sempre bem-vindos. Esse ano o tão conhecido amigo secreto (aqui no Rio se diz ‘oculto’) aconteceu mais cedo e foi divertidíssimo. Adorei a companhia, o evento, a criatividade dos comparsas, a euforia na troca de mimos, a sinergia que rolou.

Como sou uma pessoa que gosta de dar... (presentes – quem me conhece, sabe!), espero ter agradado a todos com as lembrancinhas que levei e principalmente minha amiga discreta - a ser mais in(discreta). Meu amigo “severo”, que me tirou, disse em seu discurso que eu sou a mais pataxó de todas... Na hora esqueci, e ainda não o questionei a respeito, mas agora fico eu me perguntando por que será(?)!

Que esse dia (24 ou 28 - tanto faz) seja come(e bebe)morado durante MUITOS anos! Merecemos todos, tanto os novos indiozinhos, quanto os mais velhos caciques. Já pensando no ano que vem, olhei agora a foto e pensei numa segunda edição do evento, e do prêmio, mas a caráter... Opa! Socorro. OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Saturday 28 November 2009

foco


A mulher é tão desvalorizada quando se perde num bombardeio sexual masculino! Quando eles atiram para todos os lados, fica evidente a falta de foco dos rapazes na busca por uma parceira. Detesto quando isso acontece comigo.

Não vou negar que ainda aconteça. Mesmo que eu me interesse por homens mais maduros (para relacionamentos), esses, muitas vezes, demonstram certa imaturidade em não dar a atenção devida à moça que diante deles está - afim, disposta, excitada.

É claro que sempre vai ter alguém mais bonito e gostoso que a gente, mas não é com todo mundo que rola química, sintonia, empatia, cumplicidade, tesão etc etc etc. E isso conta bastante – para as mulheres, pelo que me parece.

Homens já se deixam levar pelo que vêem, pelos atrativos visuais. E o torcicolo rola solto, mesmo na frente da companheira. Não que não se possa admirar o que é belo (e isso até nós mulheres fazemos, mesmo que engolindo a seco a vontade de ser igual ou melhor), mas tudo o que é demasiado atrapalha.

Tão bom quando parece que o cara só tem olhos pra gente! Quando sentimos que somos especiais. E somos. Temos que ser. Senão não vale a pena. Esse é o objetivo. E se não é assim, tô passando (o rodo, antes).

*Será que devo voltar a me interessar pelos que usam óculos como eu, como fazia há certo tempo e deixei há um tanto de apreciar? Hummmm vou adorar! (tenho pensado mesmo nisso... admito, olhado mais para o semelhante)

Friday 27 November 2009

orgulho ferido


Tempos de consciência negra e só recentemente fui ver nas ruas os anúncios de Hairspray com o núcleo negro do espetáculo. O musical aborda a segregação racial numa época em que as mudanças começaram a acontecer e o povo a se misturar.

Seaweed e sua turma agora (e ENFIM) estão nos cartazes ao lado de todo o elenco, e até em versão solo – ou trio, no caso das cantoras do “Dia do Negro”. Antes tarde do que nunca: o espetáculo está em sua(s) última(s) semana(s). Até os Simpsons já aderiram à campanha. Veja só o blackstyle a família na ilustração desse post.

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Ontem aconteceu a premiação do Hutúz – o maior Festival de Hip Hop da América Latina. Esse ano completa 10 anos de comemorações e valorização do hip hop, da cultura negra urbana. Foi a última premiação nesse formato, pelo o que eu entendi.

Com tantos ganhadores, é respeitado o trabalho desses guerreiros que vencem a cada dia o preconceito e as dificuldades de uma realidade brasileira dura com a raça. Espero que a partir de agora descentralize esse trabalho tão bonito que mobiliza muita gente boa por aí, de norte a sul.

Público negro em massa comparecendo a rigor, mostrando o que de melhor está sendo feito por aí, com (ou sem) o incentivo e apoio da CUFA (Central Única das Favelas). O evento foi idealizado junto a essa iniciativa de Celso Athayde, Nega Gizza e MV Bill que deu certo. Parabéns!

Alguns manifestos a respeito:

- recebi por alguns anos (antes de me mudar pro Rio) divulgação do Hutúz por email sem saber o que era. Interessante é que faz tempo isso, em épocas de escassa internet. Nota 10! Será que foi meu best friend Marcelo Gusmão, assessor? Por ironia do destino, tempos depois vim a me tornar amiga de quem faz a divulgação... Tu vê!

- a identidade visual do prêmio é MARAVILHOSA. Desde que eu fui a primeira vez em 2005, acho, guardo o livrinho que eles distribuem. O palco do canecão fica bonito com toda a cenografia temática do ano. Nota 10!

- dar espaço ao pessoal do norte e nordeste foi uma escolha acertada. Nota 10! Mas eu, como gaúcha, sinto que apesar de termos certa expressão com artistas como Da Guedes Lica, Rafuagi, La Bella Máfia etc, ainda estamos um tanto out do circuito Rio-São Paulo.

- nesse mesmo primeiro ano que fui, a festa after-premiação era mais regada, estilo ‘bl’ – boca livre (ou ainda: bebida liberada). Poderia ter continuado esse mimo aos vencedores da noite e alguns convidados. Eles merecem uma noite de glamour, no mesmo naipe de qualquer evento de mesmo porte e importância. Nota 7!

- esse ano não me senti confortável vendo a mestre de cerimônia Nega Gizza, irmã adotiva de MV Bill, também uma das produtoras do Prêmio e do Festival ganhando um, dois ou mais prêmios. Isso aconteceu quando estava no palco, no comando da festa. Não sei, mas não bonito valorizar o próprio umbigo... Sabendo a organização que ela iria ser uma das estrelas da noite, penso que poderiam ter posto outra pessoa lá para não pegar mal e sublimar a fé pelo santo de casa. Nota 5!

Thursday 26 November 2009

maratona


Poderia até ser sexual, considerando-se a temática do conteúdo adulto com que trabalho diariamente... mas não. É lida mesmo.

Nem sempre largo na pole position, mas sempre completo a prova – isso, há quatro anos e meio, ganhando força nas cuvas, velocidade nas pistas, respeito do público, dos amantes do esporte. Subir no podium, bem, isso já é OUTRO assunto... não depende (só) de mim.

Assim como li Paulo Coelho em Maktub, sinto que é necessário por vezes pararmos para deixar que a alma alcance o nosso corpo, já exausto de tanto correr. Ufa! É necessário e faz bem dar um pit stop quando a máquina pede.

Pelo menos meu cansaço vale o prazer alheio, mesmo que não seja tão ‘bom pra mim’ – se é que vocês me entendem...

Wednesday 25 November 2009

candelabro


Supunha eu que a expressão ‘segurar vela’ vinha mesmo do fato de ,num passado remoto, alguém ter que ficar com o candelabro na mão, iluminando o romance de enamorados. Hoje, por vezes, encontro-me nessa situação, tal qual este objeto.

Não é rara a sensação de que ‘sobramos’, que podemos estar atrapalhando a evolução daquele entrosamento amoroso, a privacidade deles. Mas, na boa, é mais fácil ELES ultrapassarem o limite “permitido” publicamente, esquecendo do mundo,  inclusive  da companhia, do que ela abafar qualquer clima. Normal.

Ame e dê vexame! Quem nunca se pegou em arretos e sarros por aí?! – mesmo que tenha sido na adolescência. E atire a primeira pedra aquele que nunca  (alumiou e) queimou a mão de inveja por estar ímpar numa noite, junto a dois pombinhos?! Não, não num ménage, mas no cotidiano, em alguns eventos, festas e programas sociais.

Não creio ser o fim do mundo estar com um casal apaixonado em algumas ocasiões. Claro que é super constrangedor se eles começarem a ‘contar esmola na frente dos pobres’, em agarros e beijos sem fim. Fora isso, estar com amigos, independente de você ser solteiro e eles um par, é sempre bom.

De minha profissão à atual situação um tanto desconfortável para a maioria das pessoas, estar segurando vela (podendo estar botando a mão na massa VOCÊ) é dose! Só quem já teve, quando só, um candelabro em mãos sabe do que eu falo... do esforço de se sentir à vontade com uma suposta ‘solidão’, ‘carência’, ‘ausência’ em contraponto à ‘plenitude’ e ‘satisfação’ alheia.

Na verdade, toda vela deve ser apagada. Esse é meu desejo. Cansei de ser uma...
(apesar de eu adorar 'à luz de velas', muita gente acha que no escurinho é melhor ainda!)

Tuesday 24 November 2009

pérola


“Moça bonita com quem quer casar? Loiro, moreno, negro, sarará...”

Foi-se a época em que eu pulava corda, amarelinha e caçador com as amigas na hora do recreio. Não, não é isso mais que eu ouço quando estou fazendo atividades físicas. Já foi o barulhinho dos tênis freando no chão da quadra de vôlei e o eco das bolas batendo no chão do ginásio, e já fiz fitas cassete num passado remoto para ouvir no walkman (o vô do ipod) quando corria na orla do Guaíba em Porto Alegre...

Hoje, ao malhar escuto músicas que nem gosto tanto... Academia tem disso: as sequências que os professores fazem para as aulas. Chato ter um gosto musical cult, ‘não popular’, sem ser os hits da moda. Nessas horas, com certeza seria mais fácil cair no senso comum e enjoy it. Mas não consigo... sofro calada, exausta, contando os minutos para a tortura dancing acabar.

Não é drama. Diz uma pesquisa inglesa que a trilha sonora ouvida durante a prática de esportes pode potencializar os resultados. O set, além de ajudar a reduzir o cansaço, pode aumentar também o desempenho (e em até 20%!). Quanto mais forte o esforço, maior o gasto calórico e isso resulta em EMAGRECER. Por isso é melhor escolher a música certa para o mexe!

Por vezes já usei um ipod na aula, já sugeri algumas faixas, mas o que tenho que achar mesmo é um horário em que o(a) professor(a) esteja em sintonia com meu ouvido. E não é tão difícil quanto parece. Acho que estou perto de descobrir o alto e bom som que vai me fazer suar mais e mais nas aulas. Oba! A fase é de caça ao tesouro. O ouro seria uma jukebox - outra pérola de tempos que não voltam mais...

Monday 23 November 2009

não perturbe


Sempre ouvi e transmiti a máxima de que viajar, em si, já é melhor que a viagem. Só de sair do lugar comum, habitual, e conhecer um novo, ver outro horizonte, avistar diferentes rumos, ou (re)visitar algum local bacana que se goste, nossa, renova. Férias, feriados e finais-de-semana são próprios para isso. Ainda bem que eles existem para que possamos botar a mochila nas costas e ganhar esse mundão!

Sábado fui, enfim, a uma cachoeira aqui no Rio. Acreditem: em seis anos nunca tinha ido a uma. Desencontros... enfim. Já havia conhecido anteriormente o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, mas em maio, quando o banho é quase impossível (água de cachu já é gélida no verão, imaginem no frio!).

Nem sabia, mas a reserva está completando dia 30 de novembro agora 70 anos. Foi o terceiro Parque Nacional a ser criado no país. Fiquei impressionada com a organização de lá, os guardinhas fazem a ronda, informam os banhistas das ‘cabeças d’água’ – comuns em épocas de chuva, super solícitos. E tudo isso acessível – R$ 3 por cabeça para passeio, e R$ 5 o carro (estacionamento).

O mais legal de toda a trip foi descobrir a possibilidade de acampar. Por R$ 6 a diária se pode ocupar o camping. Ótimo! Devemos voltar, mas dessa próxima vez, para o pouso. Dormir ouvindo os sons da mata atlântica, um ‘silêncio’ confortante que só no meio do mato ressoa. Nossa, acho que não acampo desde o réveillon de 2005 (quando fui a Martins de Sá). Quero eu poder sempre viajar mais, arranjar parceria certa e pé na estrada!

Água gelada revigorante, pedras de todos os tamanhos, cheiro de verde, o som da chuva batendo nas folhas... algo ‘inenarravelmente’ melhor que o que se ouve na cidade, quando a água vinda do céu chega ao chão. Podem me criticar os esteticistas, os cientistas e biólogos, mas para a mim a cada hora a paisagem rejuvenesce uma semana. O clima desestressa, e a água fria, mineral, da cachoeira, deixa o cabelo sedoso, LINDO! – nem se compara à ‘noviça’ que ele fica na volta da praia.

Enfim, esse post é só para dizer que retornei pra casinha nova em folha! - E isso que nem fomos a fundo na aventura... Ficou pra uma próxima vez a pernoite na mata. Quem se habilita? Vamos correr da superlotação das areias da Zona Sul em alta-temporada no Rio! Só de sair do agito já vale, e não perturbe.

*só para constar: essa foto de POV não é minha, esse pé não é meu... qualquer semelhança, é mera coincidência! (por sinal, pensei em nem colocá-la, porque detesto os chinelos tipo Rider e essa foto me lembrou em tanto alguma publicidade deles... mas acabei postando, ok)

Sunday 22 November 2009

gaza


A mulher é escrava do tempo, infelizmente. Quando ela chega aos 28 anos, por aí, começa uma corrida contra o relógio biológico em decisões importantíssimas e cruciais em sua vida. E esse período conturbado vai até mais ou menos os 35, quando ela já está madura, já fez suas escolhas e está pondo em prática aquilo que planejou.

Não á fácil, leitores. Nessa idade, ficamos ‘taxadas’ como desesperadas. Verdade. Parece que só pensamos em relacionamentos e em maternidade. Claro que muitas de nós (a maioria, inclusive) tem seu trabalho como prioridade, mas quando a gente chega,nessa idade, REALMENTE é a hora de se questionar sobre os rumos a serem tomados.

É uma questão de organização, sejamos francos. Temos até o final dos 30 para ter filhos e, nem sempre queremos que o primeiro venha no fim desse ciclo. Então é necessário que se pense nisso antes, para que possa se planejar a melhor hora de isso acontecer. até o limite natural imposto pela natureza. Mas isso depende de um fator determinante: o PAI.

Podemos até criar sozinhas os pequenos – como acontece aos montes por aí. Mas não é o IDEAL. Toda mulher que se preze quer poder contar com um pai presente, um amante e companheiro com quem possa dividir esse momento, e amar seu filho como deve ser. Claro que se não der certo, ok, ninguém nasce colado e é óbvio que é melhor cada um seguir seu caminho, com a criança em comum, e respeito. E outros amores pintam depois...

Mas para ter um filho eu acho essencial que primeiro se namore MUITO. Legal poder viajar, “festear”, curtir bastante a dois antes de vir um terceiro elemento que vai mudar bastante a rotina do casal, para melhor ou pior. Melhor que se tenha aproveitado o suficiente o romance para depois vir o bebê, para acrescentar à relação já madura. E então que essa fase seja boa para todas as partes envolvidas.

Já quis ter filhos de relações antigas e hoje só penso o quanto foi bom não ter acontecido. Ainda nem entrei na ‘faixa de gaza’ feminina, mas já me vejo pensando naturalmente em daqui a um tempo viver um grande amor e em seguida constituir minha família linda, ter minha casinha com grama, cachorros, churrasqueira...

O tempo passa e vai organizar as coisas, o corpo pede que seja assim. Não estamos apressando nada, que fique bem claro. A natureza se encarrega disso, que sejamos assim.: práticas. E penso que essa vontade também atinja alguns homens, não sei em que faixa etária ao certo, mas quem tem vocação para família e paternidade, deve curtir colar com alguém que esteja em sintonia. Tão bom se esses encontros acontecessem fácil assim...

Quando chegar a minha vez, que decorra tudo tranquilamente, na maior paz, sem atropelos. Muitas vezes os homens não sabem desses conflitos internos que nos perturbam, deixando-nos ansiosas, ambiciosas e mais egoístas até. Espero que as amigas que se encontram por lá agora, vençam com suavidade e conforto essa batalha, embora isso não é seja uma guerra,. É a vida. Força e juízo, meninas!

Saturday 21 November 2009

furada


O sujeito parece ser o cara dos sonhos: inteligente, bonito, educado, solteiro, 40 anos... Mas aí, conhecendo mais um pouco, aparecem detalhes delicados, que analisando melhor, fazem desse homem um provável problema: ele NUNCA foi casado, não tem filhos e (o pior) AINDA mora com os pais, ou com a mãe.

Na boa, homem com mais de 35 que nunca foi casado, não tem filhos e que não mora sozinho, ou com amigos, é MUITO estranho! Esse não é um bom investimento. Algo errado ele tem – não é possível! Bonito, inteligente e SOLTEIRO... como pode não ter se casado ainda? Impossível. No mínimo já tem que ter morado com a namorada, terem abortado, sei lá, alguma coisa assim.

Outro caso típico de enrascada amorosa é conhecer um partidão ‘daqueles’ e descobrir lá pelas tantas que o cara é casado, ou tem namorada. O papinho dele para não perder a boquinha será sempre o mesmo: “Meu relacionamento não está bem” ou “Estou me separando”. E assim passam-se dias, meses, anos a fio sem que ele de fato deixe a mulher para ficar com a ‘outra’.

Vamos lá... Alguém conhece algum homem que já terminou uma relação? Eu não. Normalmente (e na maioria ESMAGADORA das vezes) eles vão empurrando com a barriga até que a oficial não aguenta mais, arranja outro e aí sim ELA acaba com tudo. Não que seja impossível um homem comprometido largar o certo pelo duvidoso, mas é DIFÍCIL. Eu diria que é mais fácil a concubina desistir antes.

E que essas não se prestem ao papelão de “Ou ela, ou eu!”, porque vão sair perdendo. O grande lance é se valorizarem e, ao tocarem suas vidas, ganharem a admiração e deixarem o otário lá, morrendo de saudades e de dor de cotovelo com sua infelicidade (extra) conjugal. Não adianta tapar o sol com a peneira: se ele ama de verdade, vai atrás. E o tempo se encarrega disso.

Sobre o assunto, e com algumas lembranças, sempre me recordo de uma canção da Maria Rita que fala sobre um tal ‘Cara Valente’ que:

Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pode se entregar
E agora vai ter de pagar
Com o coração
Olha lá!
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo Cara Valente
Mas veja só
A gente sabe...

E por aí, vai.

Ruim é que tá cheio de gente emburrada por aí, achando que viver atrelado por puro comodismo a uma pessoa que não se ama mais, mesmo que se respeite e que se tenha carinho fraternal, é vida. Mas o bom é que tem bastantes pessoas soltas por aí, afim de serem felizes com um certo alguém exclusivo seu, seja por quanto tempo durar (para mim, casamento tem prazo de validade, e o amor também, inclusive ... mas isso é assunto pra OUTRO post).

Fod* é quando se insiste no que já acabou, no que está fadado ao fracasso por pura falta de vontade de que dê certo, de incapacidade ao sucesso. Apaixonar-se por alguém enrolado é a maior roubada. Só não sei se tão furada assim como se envolver com um psyico... E parece que tem gente que gosta! Sei lá, há louco pra tudo.

Friday 20 November 2009

salve, salve!


Alguns criticam a determinação de hoje, dia 20 de novembro, ser feriado. Por quê? Bem, num país de maioria negra, e racista (o que é uma incoerência) talvez muitos não achem certo termos um dia dedicado a um herói dessa raça, ou mais: à consciência dela.

Pois bem, eu acho justo. Temos feriados de Tiradentes e outros tantos católicos, ovacionando santos e datas que de repente não façam tanto sentido à população quanto à luta pelos seus, por sua dignidade e respeito. Então, por que não poderíamos ter um feriado como o de hoje?

Independente de qualquer gracinha sobre a sexualidade desse líder, ele segue como um dos mártires brasileiros. NADA nesse tom iria desmerecer sua bravura e sua História. Para entendermos como se deu sua trajetória, vou contá-la como é citada em alguns sites, e com uma intro da canção de Benjor homônima, uma de minhas preferidas:

Zumbi é senhor das guerras
É senhor das demandas
Quando Zumbi chega
Zumbi é quem manda

Neto de Aqualtune, princesa congolesa que foi vendida como escrava, Zumbi nasceu em um dos mocambos de Palmares em 1655. Entregue aos seis anos ao padre jesuíta português António Melo, foi rebatizado “Francisco” e recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim.

Cerca de 10 anos depois, fugiu e voltou a Palmares. Em pouco tempo ele se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando completou 20 anos. Foi nessa época, em 1678, que o então governador da Capitania de Pernambuco ofereceu um acordo a Ganga Zumba, tio de Zumbi e líder dos Palmares.

A liberdade de todos os escravos fugidos estava garantida se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa. Ganga Zumba aceitou a proposta, mas Zumbi não, e desafiou a autoridade do tio. Prometendo manter a luta à Coroa, Zumbi tornou-se o novo líder dos quilombolas. Outros historiadores defendem a tese de que a passagem de comando deu-se de forma natural já que em muitas tribos africanas, a sucessão era de tio para sobrinho e não de pai para filho.

Os quilombos eram povoados de resistência e seguiam os moldes organizacionais da república. Entretanto, alguns historiadores defendem que muitos quilombos, inclusive o de Palmares apresentava uma certa hierarquia monárquica, semelhante ao modelo tribal de muitos povos africanos. A palavra quilombo, que tem origem da língua dos povos Bantos que habitam a região de Angola, designava um acampamento utilizado por populações nômades ou em deslocamento.

O quilombo dos Palmares localizava-se na Serra da Barriga, no Estado de Alagoas. Estima-se que tenha sido fundado 1580, por escravos fugitivos de engenhos das Capitanias de Pernambuco e da Bahia. Formado por inúmeras vilas ou mocambos – espécies de cidades cercadas, como as da idade média – o quilombo dos Palmares chegou a ter cerca de 20 mil habitantes.

Zumbi liderou Palmares por 15 anos, até que em seis de fevereiro de 1694, a capital de Palmares, o mocambo do Macaco, foi destruída pelo grupo liderado pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. Tal ataque e destruição do quilombo já haviam sido combinado entre o bandeirante e o governo de Pernambuco um ano antes.

No confronto, Zumbi foi ferido, mas conseguiu refugiar-se nas matas. Pouco se sabe sobre os quase dois anos que Zumbi passou refugiado. Estima-se que, em companhia de outros negros, tenha tentado erguer um novo quilombo, como o de Palmares, mas sem sucesso. Em 20 de novembro de 1695, foi encurralado e morto pelo capitão Furtado de Mendonça em seu esconderijo, provavelmente localizado na Serra Dois Irmãos, onde hoje é o Ceará.

Zumbi teve sua cabeça cortada e entregue ao governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, que comentou o fato com o Rei em uma carta: “Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares.”

Apesar das tentativas da Coroa Portuguesa, a figura de Zumbi dos Palmares continuou cercada de misticismo e bravura, e ainda hoje é cultuada e tida como mártir dos abolicionistas. Tanto, que em 1995 determinou-se feriado o dia 20 de novembro por ocasião dos 300 anos de sua morte. Hoje é o dia da Consciência Negra. Pense a respeito.

Salve, Zumbi!

Thursday 19 November 2009

sem chance


Adoro homem. Sou hetero convicta. Mas tem uma coisa que me incomoda MUITO nessa masculinidade toda: homem sem camisa. Se é na praia, ok, no calçadão, praticando esporte... Mas fora isso acho o ó. Fica feio, parece exibicionismo.

Tudo bem que está um calor cão, mas nem por isso temos que nos pelar por aí e perdermos a classe (e o respeito) nas vestimentas, ou na falta delas. Não interessa se está em forma, ou não... não pode. Coloca uma regata.

Com ou sem caminho da perdição... Comigo, sem camisa, sem chance!

Wednesday 18 November 2009

o encontro


O que eu me lembro daquelas eleições de 89 é o brizolismo forte no Rio Grande do Sul. No resto do país, a esquerda era petista, estava com Lula. O resto, bom, o resto e a Globo elegeram o Collor. E o final da história todos conhecem.

Triste lembrar que foi por pouco que no início de nossa democratização poderíamos já ter tido um rumo diferente, mais próximo àqueles ideais perdidos com o Golpe de 64 que tirou do poder João Goulart.

Nessa história lá estava ele de novo: Brizola liderou a campanha da legalidade, para consolidar a posse de Jango, a qual os militares se opunham. Jango era o então vice-presidente de Jânio Quadros, que renunciou, e legalmente, era seu sucessor.

Minha família no final dos anos 80 tinha se mudado para Maceió, terra do Collor. O que vimos lá era uma massa paupérrima que idolatrava o candidato do PRN, pois o mesmo distribuía a ela réguas, lápis, caneta, bonés e outros brindes em troca de simpatia e votos.

Nos famosos debates da televisão, era evidente a tendência da grande emissora em apoio ao ‘jovem’ candidato. E esse era seu slogan: ‘Collor, um novo tempo vai começar’. Lembro comentários da época em apoio a ele por ele ser bonito e novo. Por favor...

Disputando com o ‘collorido’ que tem aquilo roxo, estavam os não tão belos Brizola e Lula, com um passado conhecido, engajado. Não eram novidades, traziam uma bagagem que incomodava. E por isso não foram eleitos.

O ano de 1989 foi super importante e a prova de que o sonho acabou. A posse de George W. Bush pai nos EUA, os protestos e o massacre de estudantes na Praça da Paz Celestial na China, a queda do Muro de Berlim na Alemanha, a perda das eleições presidenciais no Brasil, a Revolução Romena... Preciso dizer mais?

Mil fatores e uma dura realidade. Foi o fim e/ou o ínicio de outra era.

Tuesday 17 November 2009

a malvada


Quando boa, ela é ótima, mas quando má, ela é melhor ainda! – essa é Lília Cabral.

Já escrevi aqui sobre a novela e a Helena insossa do início do folhetim das nove (não era oito antes?! – ‘novos tempos atuais’), mas agora é a vez dessa atriz maravilhosa que está deslumbrante no papel de Tereza.

Ela é dura, seca, amarga, ruim. Maltrata a protagonista com uma tortura moral, um terrorismo psicológico, com toda a dor que sente. Seu olhar revela verdade e uma sobriedade irreal, uma vez que é descontrolada em suas atitudes imaturas e incoerentes.

Preciso reconsiderar minha posição e dizer que Tais Araújo chorando (porque é só o que faz sua personagem há quase uma semana), está convincente. O único porém é essa submissão exagerada à ex de seu marido num ato de misericórdia, mas ok...

Gostei do resultado desse encontro da chuva com o gelo. Nesses momentos que Lilia mostra todo seu potencial. Ela perfura Helena com seu olhar azul turquesa, esnobe. Já vi cenas fortes com ela e Marcos Caruso em ‘Páginas da Vida’ anteriormente. Tiro meu chapéu, mas não desgrudo os olhos da tela!

É uma atriz completa, com talentos também no teatro e cinema (deve chupar manga e assobiar também!) Embora seja excelente quando faz um tipo Catarina de ‘A Favorita’, prefiro suas vilãs. No Divã acho que faltou algo por isso mesmo, uma malícia que gosto quando vejo nela em papéis do mal.

Cruela, Cruela... ADORO!
(e ilustro com a arma da mais mais de todas, a "pior": Bette Davis)

Monday 16 November 2009

a descoberta


A adolescência é uma fase maravilhosa, repleta de sentimentos, dúvidas, vontades, anseios, questionamentos, curiosidade. É quando passamos a descobrir, pouco a pouco, e conscientemente, as delícias desse mundo – o sexo, o prazer. E o melhor: QUEREMOS descobrir.

Na verdade, DEVERIA ser tratado com naturalidade tal desfrute. O ideal seria se tudo fosse esclarecido para que os jovens soubessem o que estão fazendo, o que está acontecendo – porque sim, VAI acontecer. Inevitavelmente. O corpo pede. Não adianta proibir, mentir, negar. É até pior.

Sobre isso que é ‘O Despertar da Primavera’, aclamado como o mais ousado espetáculo da Broadway. O musical, aqui no Brasil com direção autoral de Charles Möeller e Claudio Botelho, aborda o florescer juvenil para essas questões tão vitais.

Educação e orientação sexual, suicídio, estupro, incesto, masturbação, gravidez e aborto são alguns dos temas tratados. Fiquei surpresa com a sutileza na abordagem que não enfraqueceu a riqueza de detalhes de uma realidade tão dura e cruel vivida por esses personagens no final do século XIX.

A época era de religião castradora, ensino rígido, desinformação, moralismo, hipocrisia e sofrimento. A rebeldia e o romantismo andavam de mãos dadas. Claro que os jovens sonhavam, mas a eles faltava saber – por isso eram heróis, porque desconheciam a felicidade. Era um tempo em que se morria por amores platônicos, desamores...

Sou suspeita para opinar a respeito, porque não sou fã de musicais. Acho que no bom da história eles ridicularizam os temas ao passo (e ritmo) que o elenco conduz a história cantando. Assuntos sérios com gazelas saltitantes no palco não me agrada. Mas isso sou EU. Tem gente que adora. Eu mesma já me vi empolgada, mas só com as cabeleiras de Hair e Hairspray.

Achei boa a proposta para os adolescentes, como ‘Confissões de Adolescentes’ foi para mim nos anos 90. Vi aquilo e me espelhei naquelas meninas, quis saber mais, vi que eu era normal etc. Superválido. Gostei da montagem, no final das contas. Vamos fazer matéria a respeito, porque pais e filhos assistem ao programa.

Sunday 15 November 2009

wo


Quero alguém que me ligue no domingo (um dia super despretensioso) para sair, tomar chopinho, fazer programinha a dois - para se conhecer, curtir, amar etc. Coisa boa! - mal os homens sabem das intenções femininas acerca da simplicidade...

Mesmo que só em casos de amizades (coloridas ou brancas, pacíficas), estou bem de furões que combinam algo e descumprem. Somem. Como pode? O que custa honrar o que foi marcado? Melhor do que sumir, ou avisar que não vai só em cima da hora, é desmarcar na classe, o quanto antes, sem deixar ser esperado, ou criar expectativas.

Pra que se dispor a fazer algo que não poderá cumprir? Pode ser um simples encontro, ou algo memorável, por vezes maravilhoso – chance única. Não faz diferença. Só tenho a lamentar... 1. por quem não liga pra mocinhas afim em finais de semana, 2. pelos tantos bobalhões que se queimam por nada, ou tão pouco, pela ausência. Esses, perdem por WO.

Saturday 14 November 2009

o desafio do ano


O desafio desse e do próximo ano é o mesmo: dar conta de tudo – diversão e obrigação no mundo real e virtual. Às vezes a tecnologia e seus recursos conflituam o andar da coisa toda, acreditem. Sua falta dá um desconto rápido à mente, mas seu uso em excesso não dá folga, nem mesmo em feriados. É um vício, uma necessidade atual essa de estar online, disponível.

Um descansinho de alguns dias pode se tranformar depois numa bola de neve.
O resultado (e o problema) de se desconectar, por vezes é um atraso imensurável em posts, verificação de emails etc e um desconforto por não estar em dia com aqueles que esperam de ti novidades, notícias, palavras para reflexão, retornos.

Como uma capricorniana legítima, a pessoa que mais me cobra de mim sou eu mesma, Essa dureza ocorre em função do propósito ao qual me destinei, da consciência de que falta algo, que não está tudo ok (ainda), e do objetivo de que em breve tudo estará como deve ficar. A gente sacrifica o ócio só de lembrar e organizar o que vem por diante.

Como qualquer outro blogueiro, sou uma guerreira, e disso tenho plena noção. Mergulho fundo. Não é fácil manter um blog diário atualizado e bombando na web, com tantos conflitos no cotidiano.
Inspiração X cansaço. Não é fácil. A gente rala! Está dado o desafio... Sem competição, que vençam os melhores!

Friday 13 November 2009

cocó


A elegância é a alma do negócio. No início estranhamos, sentimo-nos um tanto esquisitos, feios até, mas que nada... usar óculos é um charme. Dá um ar de mistério, de conhecimento e seriedade.

Passados mais de dez anos com astigmatismo, cerca de três fugindo do problema e agora FORÇADA a usá-los, sinto-me feliz pela escolha dos modelos que fiz. Acabei optando por dois, para poder variar e usar de verdade esse velho conhecido. A primeira vez que coloquei um no rosto foi aos seis anos.

Interessante que quem também usa vê logo que você está com a novidade, e sempre comenta sobre o modelo; outros mais distraídos perguntam se tu sempre usou óculos, pois não lembravam de ter te visto com há certo tempo, e por aí vai... Foi-se (ainda bem) o tempo que te ofendiam com insultos como 'quatro-olho' (isso porque beiro os 30, né?! voltando uma ou duas décadas, os problemas seriam os mesmos do passado...).

Cada um reage de uma maneira. E eu, confesso que tenho me gostado mais do que quando aos quinze me vi sem alternativa ao uso do acessório. Hoje faz até um tipo, gatinha ou intelectual, uma fantasia para alguns tantos. Acho graça, mas uma vez já me pediram para ficar de óculos, e só. Très chic.

*Afirmo hoje tudo isso consciente, mas confesso que já me senti como o Herbert, achando que ninguém olhava para mim em função das lentes. E o coração sempre bateu forte por aqui.

Thursday 12 November 2009

atola


Acabei de descobrir que adoro uma açougueiro - e QUE açougueiro, hein?! Ai, ai... Troco fácil o lenhador pelo mestre das carnes (e facas - ui!). Chef de cozinha é um tanto light, não?! (mais romântico, menos másculo). Amei essa nova roupagem!

Esse lance de 'profissões' e profissionais, personagens, de fantasias masculinas, nunca tinha mexido tanto comigo... Tô entregue, linda, pronta para o abate.

Viva os novos tempos!

Wednesday 11 November 2009

no escuro


22h13. Repentinamente um dos Cassetas que tava na tela da TV se cala e fade out. PUM! Tudo se apagou. Corri para a janela me esbarrando nos móveis e vi que as redondezas estavam às escuras... pensei na sobrecarga já prevista aqui no Rio devido ao exagero no uso de aparelhos de ar condicionado em tempos de calor extremo (beirando os 50º).

Foi-se a luz, veio o caos. Telefones celulares não funcionavam e só o rádio trouxe notícias daqui e de longe. Salve a Nextel! Mal sabia eu naquele instante que praticamente o país inteiro e mais alguns vizinhos sofriam do mesmo mal... Roteiro de cinema isso, certo. E o Brasil hoje nas páginas dos jornais do mundo.

Num momento desses só consigo pensar em quem ficou preso em elevadores – sozinho ou com bastante gente (nem sei o que é pior...), no metrô etc. E vendo os carros saindo do Diamond, imagino situações do tipo: sujeito saiu com a amante, tava num motel e se viu naquela roubada, sem luz, mulher ligando, sem ter como secar os cabelos... Imagina! Engraçado. Isso deve ter acontecido a fu, a vera Brasil afora.

Tive medo, não do escuro, mas dos arrastões e de toda a confusão causada pela falta de luz. Triste saber que num momento desses ao invés de as pessoas se ajudarem, não... elas colocam pra fora todos os seus piores instintos. Tava sem ter como ir embora, mas jamais entraria num taxi com um sujeito que nunca vi na vida para andar por uma cidade deserta e totalmente escura, sem celular e com pouca bateria no rádio... Ser mulher é foda nessas horas.

Estava no trabalho, escrevendo pro blog (que estou atrasada, com alguns posts faltando...). E você, o que estava fazendo na hora do apagão? Espero que coisas boas. Como é de praxe, certamente em agosto do ano que vem nascerão os filhos desse episódio brasileiro. Eu aproveitei, mas depois e sem luz de velas.

Tuesday 10 November 2009

mini é tudo


Na boa, não vou defender a desinibida aluna de turismo, Geisy Arruda, personagem do escândalo da minissaia que desde o dia 22 de outubro não sai das manchetes de todo o país (e foi notícia até no exterior), mas vamos combinar que o vestido dela nem era um absurdo de curto. Houve exagero nas manifestações e incoerência por parte da universidade em questão – a Bandeirante.

Está certo que um ambiente acadêmico não é o lugar apropriado para se usar roupas curtas e tão chamativas, mas hostilizar um cidadão qualquer pela vestimenta que esse usa, é demais. Pior que a ira e o machismo por parte dos colegas, foi a Uniban ter expulsado Geisy. Neste caso, falta de noção, preconceito e ética se misturaram numa receita que deu caldo.

Esses estudantes de São Bernardo do Campo passariam mal se viessem ao Rio de Janeiro, por exemplo. Iriam, de repente, sair apedrejando as tantas moças que usam seus shortinhos jeans cravados, salto-alto acrílico, barriguinha de fora mostrando o “pirci” (leia-se piercing), pelos dourados sob a pele escura, cabelos com aspecto molhado, banhados de creme rinse.

Isso sem falar de todas cocotas com seus micro vestidos soltinhos e esvoaçantes, sainhas jeans a la Luciana (de Viver a Vida), transparências e malhas tom nude. Da zona norte à Atlântica, nas praias, favelas ou na periferia, TODAS mulheres tem um quê de Geisy – cada uma no seu estilo, mas sempre sensuais. Mulheres são assim, CAUSAM - umas mais, outras menos... bem menos.

Se alguém ainda tiver dúvida, que ligue a TV. Estão lá Sheilas, Carlas, Andressas, Vivianes, Carolynes, Adrianes, Ellens (e por que não Ivetes e Claudias, Luanas e Fernandas também?!) que não me deixam mentir. Elas fazem a alegria dos homens e insatisfação das outras mulheres, irritando-as – entre elas, a outra Fernanda - Young, que (nem tão jovem) se rendeu e mostrou seu lado gostosa na Playboy deste mês.

Até agora versei sobre o figurino. Já o comportamento exibicionista me faz questionar tal necessidade de provocar, ter os olhos voltados para si, atrair e também de aprovação, em atitudes carentes como essas. Não sei direito o que aconteceu antes do tal vídeo que circulou na web, mas se o que dizem sobre seus atos de se expor demasiadamente em local nada a ver confere, desaprovo. Há boates e outros ambientes para isso.

Já fui apontada em alguns lugares por chocar os outros com uma sensualidade natural – apenas por não usar sutiã. Nunca me rendi e ainda me sinto à vontade. Que atire a primeira pedra quem nunca se sentiu bem chamando a atenção de homens e mulheres na rua! (de forma positiva, claro). Às vezes nem precisa muito, pois com pouco, nesses casos, já é muito muito.

Houve um tempo em que usar biquíni era ousadíssimo, barriga grávida nas areias da praia fazia burburinho... O Brasil tem dessas! No país das bundas, topless não pode, mas boquinha da garrafa, ralar o pinto, segurar o tchan e créu vira moda. As popozudas viram febre na televisão. Vai entender... É, para muitos mini é tudo.

Vamos agora esperar a revista da Geisy para conferir o conteúdo por baixo dos poucos panos que causaram tanta revolta. Aposto que no Saara (RJ) e na 25 de Março (SP) já estão vendendo aos montes o modelo vermelho sexy tão provocativo. Quem se deu bem no final das contas, foi ela. Esse é a prova do efeito reverso. Esse povo acabou criando uma nova ‘musa’. Viram? Mais uma vez afirmo que no Brasil pouco é muito.

Monday 9 November 2009

em cima do muro


Hoje faz 20 anos que a cortina de ferro se desfez.

O muro de Berlim durante 28 anos não só separou a capital alemã em duas partes. Foi um divisor entre dois diferentes mundos políticos e econômicos. E mais que isso: ideológicos.

Muitos datam o fim da Guerra Fria pelo feito comemorado hoje. No entanto hoje ainda vê-se uma Cuba isolada e defasada, uma China inquestionada por sua crueldade de direitos trabalhistas, um Estados Unidos com seus devaneios estudantis, seu racismo e preconceitos, uma Europa xenofóbica, uma África faminta, paupérima e com a AIDS matanto milhares de pessoas, e uma América questionada sobre sua identifdade e união.

O socialismo e o capitalismo tem seus quês, seus prós e contras e, é evidente que da maneira que se conduzem as coisas, certos conceitos acabam não se consolidando como realidade em função do benefício de poucos, em detrimento ao interesse de quem tem o poder. O pior de tudo é que é a massa que sofre, que fica sem escolha, que é 'levada' ao bel prazer de seus dirigentes - sejam eles civis, militares, monarcas, empresários ou televisivos.

Não sei até que ponto a tão desejada liberdade de ir e vir e de consumo, próprias do mundo capitalistas, festejadas com a queda do muro, são consideravelmente melhores que o direito à saúde e formação, oferecido pelos estados socialistas. Se é liberal, mas não livre. Pode-se adquirir, ter, possuir, mas só quem pode, quem detem o capital necessário.

Hoje o 'inimigo' não é mais a força vermelha, mas a violência gerada pela pobreza - problema ignorados por muitos, até por aqueles que sofrem com ela. O bicho papão comunista assombrou, a ferro e fogo, a vida dos cidadãos ditos de bem, interessados em crescer, em vencer, em mostrar ao mundo sua força, seu potencial. Coisa pouca é bobagem, o básico não satisfaz mais. Poucos tem muito, muitos tem pouco.

E a maioria está em cima do muro, não se posiciona, não faz nada a respeito, apesar da situação desconfortável de não se ter por onde ir. A falta de opção agora é econômica e social, e não mais política. Tudo é uma questão de ponto-de-vista, em como nos é apresentada a realidade e como a encaramos.

Sunday 8 November 2009

sinal vermelho


Foi-se o tempo em que arrastão era só rede de pescaria ou meia-calça feminina que fazia os homens perderem a cabeça. Hoje o que muitos perdem é o sossego e a tranquilidade de seus momentos de lazer.

A calma dos finais de semana de dias de sol está fadada ao fracasso. Com o calor insuportável e a superlotação das praias da zona sul do Rio de Janeiro a onda agora é o (retorno do) temido 'arrastão'. Em função dessa muvuca, muitos tem evitado a praia.

Um tapete de pessoas cobre as areias e o mar. Gato, galinha e cachorro (e pombos, MUITOS pombos), guarda-sol, isopor e cadeira (e cangas – milhares delas!)... De repente, uma confusão e pânico: sai todo mundo correndo. É um deus nos acuda! Salve-se quem (e o que) puder!

É por essas e outras que prefiro o sossego das praias da zona oeste. São mais longe e tem menos infra, ok, mas esse astral roots compensa o transtorno que é não conseguir nem chegar à orla de TANTA gente do calçadão até a água. Chego a me perder na volta à canga. Tem sempre que ter um ponto de referência.

Por precaução, temos ído à Ipanema sem lenço, nem documento. Nem nosso chimas sagrado tem sido presente sob o sol escaldante. Sinceramente, não há perrengue maior que a falta de segurança. Essa, infelizmente, é uma realidade nesse paraíso assolado pelo caos – entre tantos outros quês (prós e contras).

Saturday 7 November 2009

se (s)senta


Se não der, se tenta de novo...

Ironia à parte, uma coisa é fato: o piu-piu envelhece - e é bom que os homens saibam disso e procurem ajuda quando necessário. Por mais que se sintam com todo o vigor dos 40, aos 60 já não se tem todo o fôlego e facilidade para se chegar aonde se quer. É o ciclo da vida. E TODOS merecem ter uma vida sexual ativa e feliz, cada um do seu jeito, dentro de suas possibilidades.

Não sejamos machistas bobos. Existem diversos médicos para orientar, tratamentos a serem realizados e medicamentos para melhorar a performance que perdeu o ritmo, a força. Fato. A vontade pode até ser a mesma, mas os cabelos... (já brancos e ralinhos) quanta diferença!

Voa, voa passarinho!

Friday 6 November 2009

bom sinal


Porto Alegre me surpreende! Em meio a uma sujeira nunca antes vista (e vivida – me relatou quem ainda vive lá), eis que surge uma campanha que me chama a atenção e me faz lembrar os velhos tempos de uma cidade melhor: o novo sinal.

Vi um cartaz no Usina do Gasômetro e fiquei SUPER curiosa para saber o que era. Me contaram... E vi que ainda há provas de que sou natural de um lugar mais civilizado de se viver. É, porque se essa iniciativa fosse aqui, no Rio, ia surgir rapidamente uma geração de manetas! Pior.

Bom, o lance é o seguinte: as pessoas que estão na faixa de segurança que não tem sinal e querem atravessar a rua, ela fazem um sinal com a mão (veja na ilustração acima) e pronto! – os carros param. Simples assim. E o pessoal disse, satisfeito, que tem funcionado. Claro que deve se implementar melhor com o passar do tempo, mas já está funcionando bem.

Parabéns pela campanha, pela boa educação e entrosamento entre pedestres e motoristas. Do gesto que eu uso muito virtualmente, posso dizer que eu curti o novo sinal de trânsito usado lá. Gostaria que mais lugares no país pudessem adotar tal medida. Quem sabe... Mais infos sobre a novidade em:
www.novosinal.com.br.

Thursday 5 November 2009

um nome a lazer

Por parte de pai, filha única e a caçula de três irmãos homens. Na geração anterior à minha, os Irions possuem a tórrida fama de jogadores e mulherengos. Como se isso não bastasse, meus manos e primos acabaram herdando tal comportamento.

Aí eu me pergunto: como ser uma mulher e zelar pelo sobrenome de família? (Olha o tamanho da responsabilidade!) Sendo uma típica dama - na mesa e/ou na cama. E para a sociedade... bom, eu nunca disse que prestava. Tenho primas também, saga que segue.

Wednesday 4 November 2009

o terror das atendentes


(na verdade, qualquer uma: balconista ou garçonete)
Esse é meu pai.

Hoje é o aniversário dele e esta é minha homenagem ao homem mais disputado que já conheci em toda a minha vida. Isso não é uma crítica, de forma alguma. Todas as mulheres envolvidas conhecem a peça e se deixam seduzir por livre escolha. Não aprovo, mas também não acho que esse estilo seja o melhor futuro para um homem que acaba por solitário aos 66 anos de idade, perdido em sua própria razão.

Eu, como filha, sou vacinada. E, mesmo se encontrasse pela frente um do tipo que 'não presta', tenho a vantagem de nunca poder levar um sermão de pai. Bom de ter esse (mau) exemplo é saber o que não quero para mim, e o que almejo para ele. Por exemplo, ficar cantando as moças de QUALQUER estabelecimento, com piadas prontas, ultrapassadas e sem graça... Não pode! [risos]

Nesse contexto de 'tacar o terror', só me questiono por que é que homens mais velhos atazanam a vida de pobres e coitadas moças que só querem trabalhar! É hilário, para não dizer (por vezes) ridículo. Já vi alguns agir assim, quando estavam comigo,
inclusive! - esse é o mal de gostar de homens mais velhos... Será a tal idade do lobo? É, gatinhos miam e lobos uuuuuuivam. Socorro.

As mulheres que se cuidem, pois ele AINDA está na área!

Tuesday 3 November 2009

o tempo e o vento


A paisagem do Rio Grande do Sul me remete à terra, ao passado, à prosperidade e ao tempo. Na obra de Érico Veríssimo a história do meu povo contada pela trajetória de alguns personagens que vejo em minha vida.

Meu certo Capitão Rodrigo é meu pai, e eu, Ana Terra. Engraçado isso, mas desde a primeira vez que li o romance, ele me tocou de maneira nunca mais esquecer tais semelhanças. O gaúcho solto e a mulher guerreira.

Estar de volta aos pampas, nem que seja para uma breve visita, fez-me pensar sobre questões das famílias e gerações que se alternam em discordâncias e assim perdem sua força e seus bens.

Qual seria a melhor solução para manter a produtividade e os lucros de negócios centenários, mantidos a ferro e fogo por gente trabalhadora que deixou aos herdeiros os frutos de seu suor? O uso consciente da terra.

Em meio a campos e pastagens ouvi teorias sobre possíveis alternativas a serem implantadas e vi passando por aqueles grandes espaços o futuro de meu pai, num retorno às origens. Seria lindo, e enriquecedor, se levasse à diante suas ideias e projetos no tempo esquecidos, ou adormecidos – seja lá como for.

Passado, presente e futuro se misturam à natureza que mostra verde, rebanhos, cercas e plantações. Ventos trazem de volta o que foi e prenunciam o que será. A felicidade nunca vem sem sofrimento, então já é hora de sorrir, porque já me cansei de chorar.

Monday 2 November 2009

é lenha


No nordeste tal expressão significa algo 'quente'. E é mesmo, considerando-se o fogo que nasce dali. Comigo não é diferente... Mão grande, áspera, dedos grossos, enormes. Pegada forte - assim é meu 'lenhador'. Todo mundo tem uma fantasia sexual. Essa é a minha.

Admirada, descobri que mais gente se encanta por estes seres do mato. Faz um tempinho já que me vi interessada pelo assunto. Foi por acaso, ao ver um peguete do passado em certa ocasião de macacão jeans, sem camisa, barba por fazer (adoro!)... mas confesso que faltava algo, que agora já sei o que é.

Um típico lenhador, digno de meus sonhos eróticos, tem que ser Homem com H maiúsculo, másculo, macho. Isso não quer dizer em absoluto que seja rude, mal-educado, sujo. Não! Ele só é retro(ssexual), nem um pouco fresco e afeminado. Hoje posso dizer que conheço um de verdade.

Sexy por natureza, esse tipo me enloquece. Não tenho defesas... e me rendo! Não poderia escapar da queda por seus encantos, não tenho (nem quero ter) força contra. A situação foi perfeita: verde à volta, pedreira, intensa, muito desejo acumulado, imaginação, sensação de proibido... uma delícia.

Mas o que é bom dura pouco, e a época de 'ME derrube' chegou ao fim - como qualquer história de livro, conto infantil, erótico e de amor(?). Ainda bem que há muita lenha no Rio Grande, porque eu volto! Pode demorar, mas retornarei à terrinha sempre que puder. O estímulo é grande... Oh, se é!

E termino com o dono da voz que adoro e me inspira a cada vez mais atender aos pedidos ao pé do ouvido, Zeca Baleiro:

Se eu digo: Pare!
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo: Siga!
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender

Sunday 1 November 2009

karaokê gaudério


Os movimentos culturais são muito singulares, mas semelhantes entre si na maneira que se manifestam e que acontecem. Assim acontece com a música, por exemplo. Vi isso nessa viagem que fiz ao interior do Rio Grande do Sul, quando mergulhei num universo de melodia gaudéria mais contemporânea, mais atual e jovem, pop.

A 'tchê music', como é conhecido esse gênero que em tanto se assemelha em formato ao axé music baiano, predomina nos pampas. As canções tocam e tocam quem as ouve. O público canta alvoroçado as letras que retratam relacionamentos, situações em que o amor prevalece, mas que os conflitos conduzem até o gran finale.

Casais dançam colados, bailam animados, rodopiam pelo salão. Mãos levantadas vibram no ritmo da música, Vozes acompanham cada palavra, todo o refrão. Emoção e sentimento são evidentes na alegria contagiante (ou dor de cotovelo) daqueles adoradores do gênero.

São extremos, mas vejo esse fenômeno tal qual o de bandas no norte e nordeste a la Calypso. Empresários e produtores que fiquem atentos a essas tendências de um público consumidor em potencial. São eles que AINDA compram CD, vão a shows pagando, idolatram seus ídolos etc.

Seguindo a onda dos karaokês indie que rolam no eixo Rio-Sampa, bem que poderiam pensar também em eventos assim nos pampas.
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passatempo

  • abrace seus amigos
  • acredite em si mesmo
  • ande mais com os pés descalços
  • antene-se
  • aplique o que você prega
  • assuma seus erros
  • beba mais água
  • beije na boca com vontade
  • conheça novas culturas
  • cuide-se com carinho
  • dance sem vergonha
  • diga mais 'sim' do que 'não'
  • durma bem
  • dê atenção às pessoas
  • entregue-se ao que ama
  • escreva cartas à mão
  • estude outras línguas
  • exerça a tolerância
  • exercite-se
  • fale e ouça mais 'obrigado'
  • faça muito amor
  • goze mais e melhor
  • leia mais livros
  • movimente-se
  • não limite seus sonhos
  • ouça musicas que te façam dançar
  • ouse
  • pense positivamente
  • permita-se
  • peça bis quando é bom
  • pratique o bem
  • prove diferentes sabores
  • renove-se
  • respeite a natureza e os mais velhos
  • reveja velhos conceitos
  • se beber, não ligue!
  • seja fiel, sincero e verdadeiro
  • siga a sua intuição
  • sinta o novo
  • sorria sempre que possível
  • subverta vez que outra
  • tenha calma
  • tire alguém para dançar
  • trabalhe com dedicação
  • use camisinha
  • vá mais ao cinema
  • viaje sempre
  • viva menos virtualmente

c'est fini!