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Tuesday 30 June 2009

meias frações


Nada como uma meia-calça para enlouquecer os homens!

Descobri isso cedo. Desde os quinze anos uso e acho super feminino, elegante, sensual. Antes eu era menina, claro, deixava outra impressão quando vestia, mais de ninfetinha, colegial... Hoje a peça ainda causa frisson e mostra todas as minhas boas (ou más) intenções de mulher.

Prefiro, para alegria de quem me vê passando, as meias sete oitavos. São aquelas que podemos usar com cinta-liga, para não ficar descendo em direção ao joelho. Se colocadas com um vestido, podem aparecer sutilmente, deixando à mostra parte da coxa. Arrancam suspiros.

Podem ser três quartos, cinco oitavos, de renda, arastão, coloridas, lisas ou estampadas... Meias são um fetiche masculino. Excitam, provocam. Mexem com o imaginário do ‘homaril’ e causam inveja nas outras mulheres. É normal receber olhares femininos de reprovação. Sabe-se que, no fundo (bem lá no fundo), elas que gostariam de estar assim, chamando a atenção.

Uma mulher semi-nua de meia-calça e salto-alto - combinação perfeita. Já deve ter acontecido, mas agora não me lembro de algum homem ter desenrolado uma meia minha até tira-la por completo da pontinha do pé. Acho essa cena muito sexy. Tem que ser devagarzinho e pode ser com a boca também. É um convite ao prazer.

Inverno agora - melhor momento para se usar e abusar das meias, em frações ou não. Mulheres, ponham as suas para circular! Muita gente vai querer tira-las COM CERTEZA. E homens, presenteiem suas damas com as que mais gostam e depois se deliciem à vontade. Nesse jogo da sedução, todo mundo sai ganhando.

Monday 29 June 2009

¡ sea !


Tive uma excelente surpresa ontem ao adentrar no Canecão. Casa lotada, todo mundo num clima intimista com olhos e ouvidos vidrados num moço de terninho preto e tênis All Star que cantava no estilo 'banquinho e violão' em espanhol, como um João Gilberto latino, um Vitor Ramil uruguaio. Jorge Drexler - um tipo carismático, esguio, romântico e revolucionário, o qual nunca mais esquecerei.

Adoro isso: quando sou seduzida a conhecer algo novo e me envolvo. Sua voz, sua delicadeza no cantar, sua performance simples, sofisticada, ousada me impressionaram e me tocaram. Fiquei com a incontestável sensação de perda por não ter antes me deliciado com tais melodias que me remetem às minhas raízes portenhas.

Dois músicos o acompanharam em algumas canções fazendo arranjos em instrumentos exóticos e incrementaram de forma singular a apresentação. Ele cantou versões de outros compositores de maneira peculiar, quietinha, hermana. Em milongas e acordes ele me fez chorar. Cantei baixinho músicas que não conhecia, mas que em mim ficaram a partir de agora, depois de ouvi-las naquele instante memorável. Há sempre um pouco da gente em tantas letras, em versos e prosas que retratam muitos e diferentes momentos de nossas vidas.

Segue um meu:

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Encantador, intenso e leve. Perfeito para um domingo à noite. Valeu Grazi Linda pela dica e (boa) cia. E obrigada sempre, Menna.

¡Y que sea lo que sea! De veras.

Sunday 28 June 2009

faz parte do meu show


O mundo dá voltas...

Espero que o Lobão e sua produção futuramente nunca dependam de mim para nada, porque depois de quatro vezes sem honrar seus compromissos previamente marcados comigo, não me sinto confortável em colaborar para seu sucesso. Polêmica é o caralho! Corriqueira falta de responsabilidade e respeito para com os ouros profissionais para mim é mau-caráter.

(desabafo)

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Não sou uma pessoa preconceituosa. Nunca fui, embora muitas vezes possamos deixar más impressões nas pessoas mesmo sem querer. Fui sempre a favor de vivermos as situações sem se preocupar muito com a opinião alheia, de experimentar as coisas, emoções, pessoas, sentimentos para depois avaliar se é válido ou não – para nós mesmos.

O que é bom para os outros, só eles sabem. Há limites, é verdade, porque infelizmente se tem um padrão para tudo, e tentamos viver na média, em média com o mundo. Há fases também, nem sempre somos os mesmos e buscamos coisas em comum. Por vezes extravasamos. As pessoas gostam disso, admiram, mas não se permitem e assim, é fácil apontar o próximo.

Não admitir e não viver intensamente como se quer cria recalques que me incomodam. É mais fácil julgar quem faz para não se enquadrar no esquema do que assumir uma postura a favor, mesmo que contra a vontade, enfrentando fantasmas de consciência, juízo, ética e blá blá blá. Por que somos assim? Gostaria que fosse diferente. Tão difícil...

Mudar, melhorar, errar e recomeçar faz parte do jogo. Vivemos superando os momentos difíceis e a caminho da felicidade. Bom é ousar, mesmo que depois se veja que não era nada disso e se dê dois passos atrás para depois sim avançar novamente. Pedras no caminho sempre vamos encontrar. Que essa pedra não seja nós mesmos!

Ontem foi a minha vez de extrapolar. Fui além de onde já tinha ido. Descobri o novo tão conhecido. Não gostei dos resultados e estou no momento dois degraus abaixo para depois subir tudo de novo e seguir como antes. Ressaca moral? Não. Mal-estar mesmo.... (NÃO) Faz parte do meu show.

Saturday 27 June 2009

diretamente proporcional


Impressionante a minha lamentável constatação: quanto mais caro o ingresso do evento, mais mal-educadas são as pessoas que lá estão. Deveria, supostamente, ser o contrário, mas não é assim que as coisas acontecem. Não se enganem. Esse comportamento escroto da high society é um tapa de luva na cara de quem pensa que falta às pessoas mais humildes educação e respeito umas pelas outras.

Já faz tempo que venho analisando e criticando essa conduta. Paga-se caro para entrar num lugar, numa festa, por exemplo, e lá as pessoas esbarram em ti, te pisam os pés e empurram e NÃO PEDEM DESCULPA! Por que isso? Será que se acham tão superiores a ponto de supor que o dinheiro a mais que têm lhes basta para maltratarem os outros? Não sei. Cheguei a julgar a falta de homens no ‘mercado’ como a grande culpada da falta de educação feminina entre si (sei lá!), mas depois logo vi que os homens também não são gentis nessas situações. É bem verdade que a bebida em excesso colabora para o non sense daqueles que abolem a palavra ‘desculpa’ de seu vocabulário, mas não é tudo. O problema vai além.

Ontem foi na festa Pacha Fetish no Jockey; outra noite, no Bailinho... Em todo lugar mais requintado e caro ocorre de pessoas serem desrespeitosas. Fui uma vez numa festa no Viaduto de Madureira e não vi uma briga, não teve uma pessoa que pisou no meu pé, por exemplo, que não tenha pedido desculpas. Já estive em Baile Funk na Rocinha e também em diversos eventos no Vidigal e nada comparado aconteceu por lá. Muita gente não teve as mesmas condições financeiras de estudar em boas escolas, de fazer cursos de boas maneiras etc e vivem uma realidade cruel, desumana até, mas não agem assim, não são desagradéveis. Que bom.

O que acontece então? O que faz daquelas Patricinhas, meninas lindas, mas umas grosseiras? E daqueles príncipes, ogros detestáveis? O que falta? O que sobra? Por hora o que sei é que nessa conta infeliz o resultado é diretamente proporcional. Lastimável.

Friday 26 June 2009

não importa


Se é ‘black or white’, não importa mais. Hoje o dia terminou preto, de luto pela morte de um dos maiores artistas mundiais da música, o excêntrico Michael Jackson.

Costumava brincar incentivando os amigos ao dizer: ‘Bola pra frente que pra trás só Michael Jackson’, referindo-me à sua inesquecível e inigualável performance em Moonwalk. Infelizmente a piada perdeu a graça por hora.

Uma pena não estar mais produzindo material novo há tempos. MUITO eu dancei embalada ao som de seus hits, desde os primeiros, ainda com os
Jackson Five. Michael vai deixar saudades pela sua obra riquíssima que deu ritmo aos anos 80 e 90, e uma cara que mudou com o passar dos anos.

Independente das extravagâncias de sua vida conturbada, sou contra esse espetacularização toda acerca de sua morte. O que fica é seu legado. O resto não importa mais. Bola pra frente!

Thursday 25 June 2009

pode vir quentão que eu estou fervendo


O melhor do inverno é o 'cobertor de orelha', com certeza, mas o vinho é a segunda (e ajuda a conquistar a primeira).

Bebi terça um tinto sul-africano maravilhoso, muito bem acompanhada. Uma noite perfeita. É a melhor pedida para esses dias frescos.

Hoje gravamos numa Adega e Restaurante uma matéria com o enólogo Marcelo Copello sobre o vinho, a suposta bebida dos amantes. Na verdade é o champagne, que também é um vinho, re-fermentado. Os dois são sempre bem-vindos.

Não resisti, comprei duas garrafas (um português e um chileno), para ocasiões especiais, jantarzinhos futuros. Estou empolgadíssima. O final de semana promete! - tomar vinhos finos, fazer um quentão típico gaúcho - tinto, ficar sob o efeito divino de Baco. Hummmm...

Pode vir quentão que eu estou fervendo! Pode mesmo.

* A matéria gravada vai ao ar no Programa Zona Quente Especial dos Amantes, sábado, dia 19 de setembro, às 22h no canal Sexy Hot. O Dia dos Amantes é dia 22/09, terça-feira.

Wednesday 24 June 2009

tesão do meu xixi


Vontade de fazer xixi – dor ou prazer?

Definitivamente: segurar o xixi por muuuuuito tempo faz mal à saúde. Nenhuma mulher deve prender a urina por longos períodos, ela é composta por toxinas que o organismo acaba reabsorvendo caso não seja eliminada. O resultado da falta de tempo nesse mundo contemporâneo? Infecção urinária (ou, a mais conhecida cistite). Desconfortável.

Mulheres independentes, sofisticadas, bonitas e que não conseguem muitas vezes relaxar por dez minutinhos em seus trabalhos ou tarefas domésticas. A correria é tanto que não sobra tempo nem para ir ao banheiro. E acreditem, às vezes é por puro ‘esquecimento’ – tanta coisas a fazer, que a mente "deleta". Acontece mais do que se imagina!

Fazer xixi é básico, natural, vital. Como podemos nós nos descuidarmos tanto assim de nós mesmas? Chego à conclusão que o acúmulos de funções - ser profissional, mãe, amante, dona de casa, amiga etc., não está nos fazendo tão bem assim. Infelizmente acabamos sempre com alguma carência ou defasagem em algum segmento. Ninguém é perfeito. Ruim é vacilarmos com a saúde. Isso é cruel, auto-destrutivo até.

Por outro lado a vontade de urinar pode trazer prazer à mulher. Como? Muitas mulheres sentem prazer ao transar com a bexiga cheia. A estimulação fica mais intensa com a penetração. Dor e prazer se misturam numa sensação indescritivelmente gostosa. Quem já provou, aprova. Depois da transa, uma ida ao banheiro espetacular com direito a todo tesão possível proporcionado pelo xixi.

Quem sabe, sabe. Essa foi uma das dicas que gravamos ontem para o programa Boa de Cama do Sexy Hot com a sexóloga Kátia Valladares. Idéia sugerida pela pauteira Gloreta Holes e complementada por mim. Espero que seja útil.

Tuesday 23 June 2009

o vilão


O Irã está passando por um daqueles momentos históricos lamentáveis. De década em década conflitos acontecem e trazem consigo uma forma de subversão para driblar as dificuldades de manifestações contra o sistema. E isso é ótimo. Para a infelicidade do então presidente “reeleito” Mahmoud Ahmadinejad, a bola da vez é a internet – através de diversos blogs e sites como o Youtube, o Twitter e o Facebook, onde são postados vídeos e veiculadas notícias sobre a repressão e a ‘Revolução Verde’.

Há trinta anos, no mesmo país, foram as fitas cassetes que ajudaram no movimento anti-xá Reza Pahlavi, que estava no poder desde 1941. Há quarenta, aqui no Brasil, os mimiógrafos ajudaram a informar o povo sobre o que estava acontecendo e a pedir o fim da ditadura militar, instaurada desde 1964. Há cinqüenta, a Revolução Cubana utilizou-se do rádio como ferramenta para tirar do poder o ex-sargento Fulgencio Batista que governava a ilha desde 1933. Sempre foi assim, a tecnologia dá voz à massa.

Por falar nisso, a jovem manifestante Neda Agha Soltan, foi morta ontem ‘online’ nas ruas de Teerã por um membro da milícia pró-governo iraniano Basij. Seu nome significa ‘voz’ em farsi, idioma oficial do país. Calaram-na. A cena, gravada pela câmera de um aparelho de celular, correu o mundo on time, logo após ser colocada na web. Sua morte se tornou um símbolo dos protestos liderados pela oposição pró-reformista do candidato Hossein Mousavi contra o resultado da eleição presidencial iraniana ocorrida em 12 de Junho.

Jornalistas (estrangeiros ou não) estão sendo perseguidos, presos e mortos no Irã. O novo alvo agora é o chamado ‘repórter-cidadão’, os blogueiros e internautas que têm abastecido o mundo com notícias e imagens de um país proibido de falar, ler, ouvir, saber. O código (hashtag) para identificar o assunto na rede é #iranelection. E até a Casa Branca já postou mensagem no Twitter, em que o presidente norte-americano Barack Obama diz que o mundo está de olho na situação do Irã (http://twitter.com/whitehouse/status/2300344424).

A ‘mídia rebelde’, como está sendo chamada, está driblando a censura e conseguindo informar de forma descentralizada, sem fronteiras e limites. Esse buzz na internet causou uma reação que acelerou inclusive o trabalho da gigante Google de tradução de textos do farsi para o inglês e vice-versa. A diferença de línguas não é definitivamente mais um problema. Viva a globalização! Aliás, viva a "twitterização"! – fenômeno que, por outro ponto de vista, é o novo “vilão” da comunicação universal.

Monday 22 June 2009

rumo aos 57


Serão dois sacos de cinco quilos de arroz que sairão de mim. Exatamente isso. Essa é a meta para dezembro próximo: emagrecer.

Antes de tudo, té preciso vencer a preguiça e dar o start. Acho que esse é o passo mais difícil até. Mas quando a gente entra no ritmo, segue linda... Gosta do resultado, pouco a pouco vai percebendo o corpo mudar, endurecer. E se sente culpada se tem que abandonar a malhação por alguns dias sequer. Essa vida de mulher contemporânea é pura correria e nem sempre conseguimos fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Nas prioridades do cotidiano, quando o bicho pega, o que primeiro baila é a atividade física.

Mas quando dá tempo e há disposição, começamos, enfim. Primeiro, a gente pensa que vai morrer, que não vai conseguir. Tudo dói. Contamos os minutos para que a última música das pedaladas em pé acabe logo, rezamos para que a série longa e cruel de quatro-apoios termine rápido. Saímos toda esbaforadas da aula, horrorosas, mas felizes. Deixamos lá suor, queimamos calorias, os pneuzinhos diminuíram e a auto-estima aumentou.

Em ação, respiramos aliviadas e temos mais disposição para tudo – inclusive para o sexo. Tão bom se sentir mais gostosa, mais quente, mais afim e mais segura de si mesma. O corpo transforma a mente. Nossos super-poderes estão muito relacionados à maratona de atividades que executamos, exercícios que fazemos, àquilo que praticamos de melhor em nossas vidas. Espero que o sexo seja uma delas na rotina de todo mundo, afinal, ninguém é feliz inteiramente sem prazer.

Para acompanhar esse ritmo, é necessário: água, frutas, verduras e legumes. E mais água. Temos que beber cerca de dois litros por dia, hidratar MUITO. O corpo pede. Não ingerir líquidos enquanto se come também é uma ótima alternativa para entrar ainda mais no clima saúde. O mais inteligente é substituir isso por um chá depois de terminadas as refeições. Ajuda na digestão e é uma delícia (sem açúcar, claro). Na verdade, tudo pode, só que pouco, sob medida e sem exageros.

O tornozelo será tratado na contramão do prejuízo. Muito tempo passou e ganhei alguns quilinhos a mais. Depois de praticamente um ano parada, não há mais desculpas. Vou usar mais as escadas, andar mais a pé, retomar corridas e pedaladas pela orla... O rio proporciona isso (e com vista para o mar!). Sinto saudades imensas do vôlei também - do time, da quadra, da praia... Voltarei a desbravar sem medo as areias cariocas, deixar a blusinha na areia e a cabeça deles cheia de idéias.

Foi dada a largada! Esse é o vulcão Vavá em erupção... Rumo aos 57kg!

Sunday 21 June 2009

subversão é a solução


Essa semana, fiquei bastante contente com algumas notícias que li, vi, ouvi sobre o boicote de indústrias e redes varejistas a frigoríficos ilícitos, apontados pelo Ministério Público Federal como (co)responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. Iniciativas como esta, que foi aderida inclusive pelo gigante Pão de Açúcar, maior grupo brasileiro do ramo, fazem a diferença.

O governo apoiou, e o comércio abraçou a causa. Foi então posta em xeque a origem de produtos e subprodutos de fazendas que criam gado em áreas suspeitas de terem tido a mata derrubada para o plantio de capim. O objetivo com essa ação é que fornecedores que cometem crimes ambientais, exploram trabalho escravo, invadem reservas indígenas e fazem grilagem de terras sejam banidos do mercado.

Eleita por ambientalistas como a atual inimiga número um da Amazônia, a pecuária naquela região está sob vistas grossas do Ministério da Agricultura, que discute o assunto com o setor produtivo há vários meses. Um monitoramento via satélite vai mapear as fazendas que criam gado de forma ilegal no Pará. E que se estenda depois a outros estados. Há muito ainda o que ser feito para desenfrear esses crimes ecológicos.

O principal fomentador da atividade pecuarista sempre foi o investimento de bancos públicos, mas o quadro está mudando. Como resposta a essa medida de ‘caça às bruxas’, o contrato de financiamento do frigorífico Bertin, o maior exportador de carne do Brasil e segunda maior empresa do setor no mundo, foi cancelado pelo Banco Mundial, o IFC (sigla em inglês para International Finance Corporation).

A solicitação por parte das empresas compradoras da entrega ao MPF de um plano de auditoria socioambiental que comprove a origem do gado a ser comercializado, juntamente ao Sistema de Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais (SLAPR), apresentam-se atualmente como as principais saídas para conter a devastação verde produzida pela pecuária.

O SLAPR é fundamentalmente um Código Florestal que pode servir para qualquer atividade, inclusive a soja. O sistema começou no Mato Grosso e depois avançou para o Pará, Rondônia e Tocantins, mas devido à sua efetividade, existe uma resistência enorme para sua total implementação. Ele funciona da seguinte forma: primeiro o OEMA - Órgão Estadual de Meio Ambiente, mapeia o estado inteiro e monta uma base de georreferência da área. Um projeto técnico de recuperação da área a ser desmatada é apresentado e, uma vez aceito e assinado pelas partes, vai pro Ministério Público que o monitora.

É necessário pressão para que sejam freados esses crimes ambientais. Sou super a favor de boicotes, quando esses são por causas dignas, de interesse público comum. Somando forças, conseguiremos alcançar nossos objetivos, mesmo que em parte. Mexer com o lado econômico da questão em si é sempre a melhor opção, pois traz efeitos rápidos e, nesse caso, positivos. Temos que nos unir mais em ações como essas - governo, iniciativa privada e o povo.

Subversão é a solução!

Saturday 20 June 2009

a balzaca do ano


Às vésperas da Grazi (Linda - grazazá!) completar 30 anos, descubro outra que também se torna uma balzaquiana este ano – a Melissinha. Três décadas de ®existência... Engraçado isso, nossa geração getting old, as amigas chegando a uma ‘maturidade’... Daqui a pouco sou eu.

Lembro desde a mais terna infância a presença marcante dessas sandálias em minha vida, nos pés e na bunda. MUITO usei e apanhei com elas (ui...)! Plástico na bunda: a maior das delícias masoquistas e o terror das crianças levadas. Deixa marcas... Ninguém esquece. E o cheiro? Continua o mesmo.

Moda vai, moda vem e elas seguem firmes e fortes. Em cada tempo, de um jeito diferente, seguindo as tendências da época. Na verdade, justamente como nós, mulheres. Podem ser Melissas, ou não (as genéricas ou as originais). Todas elas estão aí pelas ruas e vitrinas, umas mais acessíveis que as outras.

Momentos diferentes para estilos diferentes, comportamentos que são aperfeiçoados com o tempo. Sabedoria e experiência trazem mais qualidade e também beleza – interior e física, por que não? A exigência do ponto de vista não é fútil, não vê rugas, nem flacidez. Não é só isso que o passar dos anos deixa, não é o que importa. Sou mais sofisticação.

A estética da sandália é do plástico. E a nossa, plástica? Definitivamente não. Somos muito mais que isso. Parabéns a todas!

Friday 19 June 2009

happy end


O som está alto. Há muitas pessoas na volta. Em meio a tudo isso dois olhares se cruzam inesperadamente. De longe, ela perde o equilíbrio e se envergonha. Ele nem imagina o frio na barriga. Ou sabe...

Nunca mais haviam se visto desde o primeiro flerte. Ela sem jeito o cumprimenta. Gostaria de ter dito mais do que conseguiu antes de seguir para o banheiro. Sentiu não tocá-lo. Ele fica por ali, mas ela não está bebendo. Não há desculpas para um novo papo. Agora são somente os dois, depende deles.

Ele não ofereceu carona e ela se arrependeu de sua fraqueza ao vê-lo partir. Vontade pintou. Quando será que vão se encontrar de novo? Qualquer dia. Se o destino conspirar a favor, podem se ver amanhã. Se ele ligar para ela, porém, vão sair para jantar. Ela vai adorar e ele a ganhará consciente, inteira - dessa vez, sem os drinks que os aproximaram antes, mas com a convicção necessária que a cativou.

Depois, muito brindarão juntos e causarão admiração por onde passarem. Pode dar certo. Falta só o beijo combinar e ele investir. Era para ser assim.

Thursday 18 June 2009

a rede tupiniquim


Esse bem poderia ser o título de uma matéria sobre voleibol, abordando o sucesso e a glória de nossa equipe masculina. Não faltariam linhas sobre suas vitórias, conquistas, desafios, entrosamento, união e técnica. Não, não é sobre esporte que vou versar dessa vez (numa próxima, com certeza contemplarei o esporte que mais gosto). Hoje o assunto é internet.

Você sabia que nós, brasileiros, somos o povo que mais acessa a internet no mundo? Estamos à frente de países desenvolvidos como os Estados Unidos e Reino Unido. Mesmo com toda a pobreza que castiga a população, temos 44,5 milhões de pessoas com acesso à internet. Ficamos conectados cerca de uma hora e 20 minutos por dia. Os dados são do Ibope Nielsen Online.

Num mês, o tempo online em casa ou no trabalho chega a 40 horas e 41 minutos, total que foi atingido em maio agora. Nos domicílios, a média fica em 25,43 horas. Somos 34,5 milhões de internautas ativos, mas considerando todas as pessoas que acessam a rede esporadicamente em escolas e lan-houses, por exemplo, esse número aumenta para 62,3 milhões de brasileiros.

A popularidade da internet no Brasil pode ser avaliada pelo fenômeno de sites de relacionamento como Orkut e Facebook, e novas (ou nem tanto assim) manias como Twitter, Blogs e afins. Lideramos o número de perfis em alguns desses sites. Incrível a disseminação desse tipo de conteúdo por aqui. Se pornografia era o conteúdo mais ‘perseguido’ em empresas por seus bloqueadores de acesso, agora os “vilões” da ociosidade em frente ao monitor são outros.

Por ironia do destino, no meu trabalho ninguém é apontado por ver conteúdo adulto nos computadores da produtora em hora de serviço. Vemos juntos, inclusive, e até envio para meus chefes vídeos, piadas e tudo mais hard que para mim é encaminhado. Ô sorte! Não somos nem estatística para essas pesquisas, mas estamos ativos na rede, fazendo volume - com direito a trocadilhos.

E você, o que mais você busca na internet?

Wednesday 17 June 2009

ser ou não ser - eis a questão


Está decidido: a partir de agora não é mais obrigatório o diploma de jornalista para o exercício da profissão. Por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal decidiu que qualquer um pode exercer plenamente sua liberdade de expressão e de informação nos veículos de comunicação brasileiros. Qualquer um.

Há quarenta anos a exigência do diploma foi prevista pelo Decreto-Lei 972. Apesar das circunstâncias ditatoriais, é evidente que esse controle permitiu e garantiu a profissionalização e a maior qualificação da atividade jornalística no país. Até então eram seguidas exigências mínimas ‘padrão’ para definição da categoria. Agora, cada veículo poderá estabelecer os critérios de quem contrata.

Vencido, o ministro Marco Aurélio Mello defende que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize a atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral. E o relator da ação, Gilmar Mendes, comparou o ofício do jornalista ao de um chef de cozinha – ou seja ‘todos podem cozinhar, mas só alguns são especialistas de verdade’. Infeliz analogia.

Se um cozinheiro erra a mão num prato, por exemplo, o prejuízo é um. Agora, se um ‘comunicador’ (sendo ou não jornalista) informa errado, o problema é outro, podendo atingir uma esfera pública, política, educacional, histórica etc. Os danos à sociedade são mais complexos. Acho muito perigosa essa tal liberdade e responsabilidade concedida a 'qualquer um'.

Além dos veteranos de exercício, quem já (con)vive e sofre com o despreparo de alguns colegas hoje, terá que trabalhar com novatos sem conteúdo - sem as teorias, a ética, a filosofia e as semióticas antes ensinadas e debatidas na academia. Só a prática, sem o conhecimento, não forma nenhum profissional.

Cada vez mais o poder da informação e sua transmissão estão a Deus dará. Depois reclamam da qualidade do conteúdo da televisão, rádio, jornal, internet... Eis a questão!

PS - O que é o modo de falar desses ministros e de alguns líderes de entidades representativas? Vi alguns depoimentos na TV agora há pouco e fiquei CHOCADA com tamanha pompa no uso das palavras, num sotaque estranho de não-sei-qual-planeta! Alguém viu?

Tuesday 16 June 2009

book-people


Assim, em inglês mesmo, é definido um conceito diferente de cultura na adaptação de François Truffaut para o cinema do romance mundialmente famoso de Ray Bradbury, Fahrenheit 451.

Fiquei boquiaberta ao assistir a esse clássico. Já havia lido alguma coisa interessante a respeito, tanto que resolvi comprar o DVD para ter em casa e poder ver com calma quando quisesse, mas REALMENTE não sabia o que me aguardava. E me arrependi de não tê-lo visto antes.

Lançado em 1966, foi a primeira e única produção em língua inglesa do conceituado diretor francês. Aclamado pela crítica como um dos roteiros mais inteligentes da história, Fahrenheit 451 é uma fábula extraordinária em que a própria raça humana se transforma no terror mais assustador à liberdade intelectual. Com uma estética ousada e linguagem seca, faz uma critica à sociedade.

Num futuro hipotético ler é proibido por um governo totalitário. Livros são então queimados sob o argumento de que tornam a humanidade infeliz e improdutiva. E, semelhante ao que acontece na vida real numa ditadura, pessoas denunciam e entregam quem descumpre a lei. Esses cidadãos são então caçados por bombeiros, que ateiam fogo, ao invés de apaga-lo.

O título do filme é inclusive uma referência à temperatura que os livros são queimados (convertido para Celsius, esta temperatura equivale a 233 graus). Montag é um desses profissionais que perseguem e punem leitores. Ele leva uma vida banal ao lado de sua esposa Linda, uma alienada dona de casa da época, até conhecer Clarisse, que mostra a ele uma outra realidade.

Essa jovem professora consegue faze-lo enxergar de uma nova forma o material que incendiava. Aos poucos, ele se encanta pelo novo universo literário e cultural a ele apresentado e começa a ler cada vez mais e a tentar salvar alguns exemplares para leitura. Dessa forma, fica dividido e passa a se questionar sobre sua conduta moral e sobre aquela condição em que vivia até então.

A parte mais interessante da narrativa, para mim, é a questão dos 'homens-livros' exposta por Clarisse. Fugitivos do sistema, pessoas incorporaram obras literárias inteiras para que suas histórias não se perdessem com tamanha ignorância e perseguição. Genial. Vida, cultura e sociedade num conceito inovador e surpreendente de conhecimento. Fiquei instigada a ler o livro agora. E vou.

Aliás, o que seria de sua vida se você não tivesse o direito de ler? Imagine.

Monday 15 June 2009

sem orgulho


É lamentável o preconceito, seja ele de qualquer espécie.

O atentado ocorrido na noite de ontem, no final da 13ª Parada do Orgulho Gay, em São Paulo, confirmou a triste realidade de uma sociedade intolerante com as diferenças. É a prova cruel da existência de gente infeliz e descontente com a alegria e a opção sexual alheia.

A edição deste ano reuniu mais de três milhões de pessoas na Avenida Paulista para comemorar as vitórias e chamar a atenção para a causa homossexual. Uma das bandeiras levantadas no evento era, inclusive, a da criminalização da homofobia – aversão essa que assassina homossexuais Brasil adentro/afora.

A polícia segue investigando o caso, mas o que me chamou a atenção foi a ausência de ocorrências policiais sobre o incidente. Nenhuma das mais de 20 pessoas atingidas prestou queixa. Na televisão vi um sujeito falando que isso poderia ter acontecido por se tratar de pessoas de alto-nível social que, provavelmente, não quiseram se expor.

As pessoas fazem suas escolhas, sejam elas com quem dormem ou as causas que defendem. Se a omissão para essas vítimas é a melhor opção, paciência. Assim, infelizmente, não estão colaborando para dar um basta a este tipo de agressão, a essa atitude preconceituosa que as fazem também se calar. O silêncio, nesse caso, não ajuda, atrapalha.

A indiferença é a pior das reações. Diante dos fatos, mostro-me sem orgulho, e digo não à homofobia
.

Sunday 14 June 2009

chega de saudade


Ao acordar e me ver novamente em minha realidade um tanto solitária, veio-me uma tristeza alegre típica ‘bossa nova’. Lembrei de ontem, quando assistimos a ‘Tom e Vinicius – o musical’ e foi uma viagem extraordinária àquela época mais ingênua e de beleza própria.

Minha mãe foi adolescente naqueles anos sessenta de descobertas, desafios e maior facilidade para sonhar. As perspectivas eram outras, assim como os medos e anseios de sua geração. Foi um bom presente tê-la remetido ao passado.

Canções que todos conhecemos, que emocionam. Como marcam a gente tais melodias, palavras, sentimentos. Acho que ninguém é feliz se não sabe o que é a tristeza e por isso a cantam com tanta força, todo espírito, desejando maior alegria, mais viver.

E eu, quase uma típica carioca, toda envolvida, hoje, só penso: chega de saudade!

Saturday 13 June 2009

colinho de mãe


Só eu sei a importância disso. Para mim, foi a melhor coisa que poderia ter recebido nesses últimos dias. Mãe, obrigada por estar aqui comigo, cuidando de mim, apoiando-me como sempre.

Quando temos comumente atenção voltada a nós podemos não valorizar tanto carinho, tamanha dedicação. Só as mães são felizes (não sei como, pois damos muito trabalho a elas, preocupação demais, mas o são, inegavelmente), mesmo com as dores e lamentos possíveis.

Só elas tem esse poder de nos fazer um bem assim, calmo e verdadeiro, gratuito. E assim nos enchem de coragem, de força, de amor para seguir em frente, mesmo que longe delas, enfrentando esse mundo lá fora.

Gostaria de mais dias como esses, de mais proximidade, calor. Um dia quem sabe não consigo colinho de mãe para todos aqui, sem o frio do passado, com a praia por perto e o Cristo nos abençoando todos os dias nessa cidade maravilhosa.

Friday 12 June 2009

romance


Dia medonho para os namorados comemorarem. Ou não. Chove. Feliz é quem pode aproveitar agarradinho em casa, debaixo das cobertas, esse dia frio, mesmo no Rio. Não sei se esse seria o melhor programa para se fazer a dois hoje. São muitas as possibilidades.

Não estou namorando e tampouco podendo beijar na boca – isso é ruim, mas está tranquilo porque cada coisa tem sua hora, seu momento e já tive outros excelentes Dias dos Namorados bem aproveitados, ou outros tantos dias comuns de romance.

Espero que cada casal tenha aproveitado da melhor forma estar junto hoje. E do fundo do meu coração, queria muito que cada cavalheiro tenha provado o amor que sente por sua dama de maneira carinhosa, verdadeira, intensa e romântica.

Infelizmente acho que está faltando romance nos relacionamentos e sobrando tesão nas pessoas. Tesão é bom, mas não tira a importância de se ‘bem-querer’, melhor conhecer, agradar e não só dar e receber prazer. Os dois têm espaço. E que seja em igual proporção.

Eu aguardo ser bem-tratada, valorizada, receber mimos, elogios e paixão. Enquanto isso não acontece, torço pelos que já se encontraram para que explorem mais a beleza de suas uniões, que enalteçam a parceria de quem está ao seu lado e a complexidade do amor. Sejam românticos sempre.

E aos solteiros, um pedido final: não assassinem o romance em suas futuras conquistas. Por favor.

Thursday 11 June 2009

banguela


Véspera da véspera de um dia para beijar na boca e eu me privei disso. Loucura? Pode até ser, mas diria que é ‘conveniência’ a melhor palavra para justificar essa minha atitude. Ontem arranquei dois sisos. Sabia o que me espera (mês passado extraí os dois primeiros, do lado direito) e por isso optei por realizar essa micro-cirurgia quando tivesse cuidados especiais.

Quando minha mãe disse estar vindo passar o feriado no Rio, aproveitei a oportunidade e agendei com o dentista a retirada de meus últimos dois 'dentes do juízo'. Por que o chamam assim, não sei. Só sinto que dói muito o durante e o depois. Não é frescura. Comer é ruim, dormir é incômodo, o remédio me incha, sorvete engorda e sopa demais enjoa. Ainda bem que minha mãe está aqui comigo, segurando essa barra que antes passei sozinha.

Chorei muito da outra vez, mais de manha, claro, porque tive uma reação estranha. Fiquei toda inchada, gorda, depois de cinco dias passados, ingerindo comprimidos fortes. Tenho medo de que se repita, mas não posso evitar a realidade de que tirar esses dentes chatos é a melhor solução. É o preço que se paga pela futura falta de irritabilidade que estava me enlouquecendo! Doa o que doer. E dói. Hoje, menos, porque tenho uma mão para apertar.

Dessa vez foi pior. Arregaçaram minha boca, serraram meu dente inferior em duas partes para que ele pudesse sair como deveria. Foi péssimo. A volta para casa foi lenta e eu ‘chapada’, muda, vim dormindo da Barra até em casa numa véspera de feriado engarrafada, ansiosa pela chegada de meu padrasto e minha mãe que vem me fazer companhia nesses doloridos próximos dias. Foi e será melhor assim, apesar das limitações que já estou sofrendo, de novo - sem comer direito, poder beber, namorar etc etc etc.

Agora já não tenho 32 dentes. Sinto-me horrível, feia, mas feliz, mesmo banguela.

Wednesday 10 June 2009

voz de veludo


O telefone toca e tu atende. Uma voz melódica fala que quer te ver. Tem como resistir? Devagarinho, o dono da voz consegue o que quer, te convence... Pode até mentir, te enganar, arrancar de ti o que jamais conseguiria se não te afetasse assim, tão intimamente. O convite é aceito mais facilmente, mesmo que o caso não valha a pena, e o(a) emissor(a), um centavo!

É evidente que nem todo mundo cai nessa lábia. Alguns não se permitem, e pode ser que estejam deixando de curtir uma fantasia e tanto. Mas, nem todos gostam de palavras ao pé do ouvido, ou mesmo não se deixam afetar por isso. E outra, nem todos os flertes, casos, pretendentes, gatos e gatas têm a voz bonita também. Imagine a situação contrária:

O telefone toca e tu atende. Uma voz de taquara rachada fala que quer te ver. O efeito, evidentemente, não é o mesmo. A maneira que a pessoa vai te atingir, conquistar, é outra. A não ser, claro, que tu goste ou tenha fetiche por voz feia (e deve existir!). Mas é difícil... pode até acontecer, mas é BEM mais difícil uma sedução se utilizando desse recurso.

Comumente me arrepio com a voz, quando soa agradável, ou em sussuros. As últimas vezes em que ocorreu, porém, foram pouco íntimas, nada próximas. Foi pela TV, numa conversa de trabalho e num show - com os irresistíveis Arnaldo Antunes, Seu Jorge e Zeca Baleiro, nessa ordem. Coincidentemente estive com os três no final de semana. Eles têm as vozes que eu mais amo, que mais me tocam. Fecho os olhos e viajo... entrego-me.

Evito músicos em minhas relações afetivas, mas nem por isso rejeito e tenho dificuldade de encontrar uns ‘sedosos’ pelo caminho. Tenho sorte. Essa tendência aos ‘veludos’ não deixa espaço para os ‘taquaras’. Meus ouvidos e coração agradecem.

Tuesday 9 June 2009

gatas na mesa


Nunca havia assistido a um show dançante sentada à mesa antes. De onde eu venho é diferente, é mais rock n’ roll, penso eu – menos glamour, mas ironicamente mais formalidade. Acho bastante interessante este costume daqui do Rio que sustenta diversas casas assim, em meio a mesas, cadeiras, música e sem lugar destinado para dançar.

Não entendo como um show do Zeca Baleiro, por exemplo, pode ter (todo) o público sentado durante a apresentação praticamente inteira (no final, alguns poucos empolgados mais audaciosos se levantaram para o bis). OK que muita gente, principalmente os mais velhos, gosta de beliscar algum petisco, tomar uns drinques e tal - e para isso as mesas são ótimas, mas reservar todo mundo a essa mesma condição, acredito ser ruim.

Mesmo no escuro, vi diversas cabeças e ombros sacolejando animados na maioria das músicas. Eram muitos. Aposto que se essas pessoas pudessem ter escolhido pela liberdade de ficar em pé, assim fariam. Minhas amigas e eu, pelo menos, optamos por bailar ao som melódico e dançante do maranhense, mesmo que fora de nossos lugares, mais atrás, espremidinhas contra a parede do corredor.

Independente, foi ótimo. Sempre é. Mas não raro faço isso e me ponho a dançar quando uma apresentação pede, quando as canções me tocam e me embalam. É incontrolável, inevitável, gostoso demais. Vejo as mesas na contramão disso tudo: intimidadoras, frias, distantes. Para esquentar o clima, bem que poderiam servir para se subir e performar em cima delas enlouquecidamente! Que tal? (seria um showzinho à parte...)

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Diferente do que acontece nesses shows, um bando de mulheres em volta de uma mesa de bar pode render muito além de simples conversas femininas, papinho bobo de mulher. Um encontro desses pode gerar desabafos, trazer à tona sentimentos, questionamentos, reflexões, consciência, desejo e risadas – MUITAS.

Provavelmente um homem ali no meio ficaria perdido, entediado, querendo ir embora, e inibindo qualquer comentário mais ‘caliente’, mais sacana nosso. É por isso que acho importante termos esses momentos SÓ de amigas. É o tempo exato para poder relaxar, poder se abrir, falar, falar, falar, rir, rir, rir e chorar - de rir!

O estímulo? Eles mesmos, os ‘homens’, e algumas taças de champagne (que poderiam ser facilmente substituídas por chopinho, vinho, saquê, caipirinha – o que for). O importante é descontrair e ser feliz, com ou sem eles, mas (re)unidas sempre.

Monday 8 June 2009

pense globalmente, aja localmente


É impressionante como pequenos gestos cotidianos podem ajudar a mudar o mundo e melhora-lo. Ao assistir uma matéria na Globo News sobre ‘grid’, fiquei surpresa e bastante contente que existam iniciativas como esta, que acabou se tornando uma ação social.

A World Community Grid é um rede pública de computadores que contempla a realização de pesquisas científicas em benefício da humanidade através da tecnologia do grade (grid computing). Esta boa causa, adotada pela IBM, é disponibilizada a organizações públicas sem fins lucrativos, e atualmente está disponível para usuários comuns nos sistemas Windows, Linux, and Mac OS X.

Qualquer um que tenha um computador pode fazer a diferença! Basta ir em
www.worldcommunitygrid.org, baixar o software e passar a doar a capacidade de processamento de dados que não está sendo usada pelo seu PC para que sejam realizados cálculos e projeções científicas em massa. Com a utilização do tempo ocioso e improdutivo de diversos micros espalhados pelo mundo, o trabalho é dividido entre eles e agiliza os resultados dessas análises absurdamente, de anos para meses.

Considerando que cerca de um bilhão de PCs aproveitam menos de 5% de sua capacidade, MUITO pode ser reaproveitado para o bem científico. Só para se ter noção, um único dia no World Community Grid equivale a 81 anos de processamento em um só computador. Muitas pesquisas demorariam muito para serem concluídas (ou não seriam) devido ao custo elevado da infra-estrutura computacional necessária, na ausência dessa rede.

O trabalho de Comparação do Genoma (Genome Comparison), do Instituto Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro, foi o primeiro projeto brasieliro a ser beneficiado pelo World Community Grid. Devido a sua ativa participação, hoje o Brasil já se destaca no ranking mundial, ficando atrás somente de países mais avançados como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido.

Os projetos são criteriosamente escolhidos por renomadas instituições e universidades e seus resultados são publicados e divulgados à comunidade científica mundial. Podemos acompanhar pelo site da WCG o status de todas as pesquisas apoiadas. A cura e prevenção de muitas doenças, assim como combate à fome e a prevenção de catástrofes climáticas são apenas algumas das demandas atendidas por eles.

E aí, vamos ‘gridar’ por um mundo melhor?

Sunday 7 June 2009

denorex


“Com quem pareço?”

Com esse nome, o quadro que estreou em abril deste ano no ‘Altas Horas’ (da Globo, com reprise no Multishow), mostra pessoas nas ruas que se pareçam com celebridades. Assisti poucas edições do programa desde então e não tinha prestado a atenção devida a esse “espaço democrático”. Mas vendo hoje a rebatida dele fiquei chocada e decepcionada com o comportamento do apresentador Serginho Groisman.

Ao perguntar à convidada do programa, a atriz Letícia Sabatella, se ela via semelhança naquelas pessoas que se diziam parecidas com famosos, e ter respostas seqüenciais positivas dela, fez alguns comentários debochados, sugerindo que ela não estava ‘certa’ em concordar. Pediu então que ela não mais se pronunciasse, e convicou o público adolescente (e mais debochado) a se manifestar. Previsivelmente, eles reprovaram e caçoaram da maioria dos outros supostos “sósias” que apareceram depois.

Entendi a postura da Letícia ao encontrar uma relação entre aqueles (pobres) voluntários e as personalidade citadas. Ali, vemos somente alguns segundos da pessoa falando com quem acha (ou dizem) que ela se assemelha e depois nos é apresentada sua foto ao lado dos artistas. Não sabemos de seus trejeitos, como elas é em determinados momentos que possam realmente ter algo a ver com as celebridades – cabelo, olhar, modo de falar... enfim.

Claro que por vezes pode ser apelação dos anônimos fazer links seus com os artistas, mas quando os via ali, lado a lado, juro que conseguia enxergar (provavelmente como aconteceu com a Letícia) uma analogia entre eles. Existia um quê de semelhança, algo que realmente remetia à outra pessoa. Suponho que ninguém iria se propor a pronunciar em rede nacional algo em que não acreditasse, ou que não fosse verdade. Se lhes é dado aquele espaço, que eles digam o que quiser também! E muitas vezes eles ainda falavam: “DIZEM que eu me pareço com...”. Dizem - e não “eu me acho parecido com...”.

Seja como for, aquelas pessoas não estão ali para serem zombadas. Foi feito a elas um convite para que participassem do programa dizendo com quem se parecem e garanto que elas não se sentem bem ao ver aqueles jovens rindo delas na TV. E pior: sendo instigados pelo próprio apresentador, que fica insatisfeito quando alguém vê semelhança entre elas e as celebridades. Acredito que não era para ser assim.

Acabei de olhar a proposta do quadro no site do programa no portal da Globo e diz:

“Todo mundo se parece com alguém, não é mesmo? Pois o Altas Horas vai te dar a chance de mostrar na TV com qual famoso dizem que você se parece.
A equipe do programa vai sair nas ruas em busca de pessoas que pareçam com celebridades. Vale qualquer pessoa, cantor, ator, apresentador…
Se dizem que você se parece algum famoso, torça para a equipe te encontrar.”

A idéia principal (e inicial, imagino) do quadro é construtiva. Tirar sarro das pessoas não é nada legal, não cai bem para nenhum programa 'sério' (e não de humor), ainda mais um de público adolescente como esse. Lamento ter visto o que vi e espero que não se repita, pois essa chacota toda inibe até a participação de futuros voluntários. Sobre tal proposta digo que parecer é justamente não ser. E lembro-me então do antigo e famoso xampu Denorex e de seu inesquecível slogan – ‘parece, mas não é’.

Saturday 6 June 2009

fashionistas


Nesses dias de Fashion Rio percebo que ando mais vaidosa e que tenho me ligado mais em moda ultimamente. Não chego a ser uma expert no assunto (longe disso!), mas interesse e curiosidade pelo assunto sempre se tem. Apesar da vontade, falta-me tempo e dinheiro para tanto, admito.

Tenho a impressão que as tendências são inventadas primeiramente para nós, mulheres, e que são seguidas depois pelos homens. Com as crianças e adolescentes não é diferente. A moda hoje é para toda a família. Cada um é atingido de um modo distinto, exclusivo, na inércia da força que esse mercado ganhou até os dias de hoje.

As proporções tomadas são enormes e podem ser medidas por seus investimentos, sua interferência na vida cotidiana de qualquer um. Vestir-se bem deixou de ser supérfluo faz tempo. Hoje, é obrigação - tanto para trabalhar quanto para se divertir. E essa realidade ampliou os negócios e atingiu todo mundo, independente de classe social, idade, sexo, religião.

Mas confesso que não me agrada essa super valorização do exterior, esse reconhecimento raso sobre a personalidade de alguém, sobre sua origem. Temo que muita gente ligada a esse universo possa ser fútil e egocêntrica demais. Avaliar o conteúdo muito mais pela casca do que pelo miolo me parece errado.

Acredito também que mulheres MUITO ligadas à moda possam assustar os homens, tornando-se extravagantes demais, meio extraterras até. Sim, afinal aquelas roupas e combinações propostas por diversos estilistas em seus desfiles não são para se usar nas ruas. E homem mesmo (a maioria, pelo menos) se tem um armário básico já, está satisfeito, e estranha tamanha ousadia e necessidade de aparecer, vestir, usar, consumir que temos.

Agora, nada como um homem estiloso e bem-vestido! Não é fácil encontrar um desses por aí. Corrijo-me: um HOMEM desses, porque homossexuais tem aos montes. E esses, sim, são fashionistas como nós, mulheres. E estão sempre acompanhados de outros tão na moda quanto eles. Inveja...

* O Fashion Rio acontece no Cais do Porto até quarta-feira, dia 10/06. Mais infos no site: http://www.fashionrio.org.br/

Friday 5 June 2009

cara e coroa


Todo mundo quer me casar no baile!

Engraçada a reação de alguns amigos. Não podem me ver conversando com alguém que já perguntam a respeito. Sabendo de minha "solteirice", ao me verem empolgada falando com algum suposto ‘pretendente’, logo comentam, incentivam ou repulsam. Não há meio-termo. Isso é bom, mostra seu interesse por mim, mas atrapalha, pois inibe qualquer intenção incerta, imprecisa, pequena.

A pauta normalmente é a vida (como ela é – trabalho, amores, desamores, sexo, casamento, separação, filhos, família, sonhos etc ), e o cara pode ser qualquer um, gay, amigo, coroa... Não importa! Para eles, se está comigo, ‘na minha’, ta dando em cima. E não é bem assim. Sou querida, adoro conversar. Pode rolar um clima, claro, mas não é esse o objetivo de 100% de meus bate-papos em festas por aí.

Casualmente naquela ocasião falava de meus anseios em relacionamentos, minhas preferências e frustrações. Gosto de homens mais velhos justamente pelo bom papo, pela convicção de seu comportamento. A fase é outra, embora essa minha tendência a procurar mais maturidade em meus parceiros não seja de hoje... E agora o que diferencia o passado está em mim e não no outro.

Estou diferente, mais calma, mais experiente. Já sei o que busco, como quero, o que não quero mais (nem menos). Tornei-me uma mulher mais cara, mais na minha, mais resguardada, mais desconfiada e descrente até. Ando insatisfeita com a forma que os homens vêm tratando as mulheres, e elas se deixam tratar (e infelizmente me incluo no bolo). Por falar em bolo, quero casar. Quem sabe com um coroa – aposto que seria o melhor partido!

Thursday 4 June 2009

contato com as delícias desse mundo


Sou procurada por diversos colegas para que os auxilie com meus contatos. Sei da dificuldade por que todos os que começam passam ao se deparar com a dura realidade do mercado: trabalhar com sexo não é fácil! A maioria das pessoas não sabe disso e pensa o contrário, acreditando ser moleza lidar com o assunto – não raro, são justamente esses os que mais me ligam pedindo ajuda.

Parece ser oba-oba, ‘sexo’... hummmm ‘o paraíso’! Quer melhor coisa que trabalhar com isso? (ver um monte de gente trepando, tratar com gente ‘entendida’, comer um monte de mulher gostosa etc etc etc...) Acho graça quando esse é o esteriótipo que as pessoas constroem acerca do meu ofício. Não é nada disso. É difícil - as pessoas não são esclarecidas como se dizem ser, como acham que são, normalmente não querem falar e ter sua imagem relacionada ao tema. Recebo muito mais ‘não’ do que ‘sim’ no que faço, diariamente.

Gosto de ajudar, mas não gosto de abuso. Estou aí, pronta para colaborar com meu TRABALHO. Sou profissional. Tenho um knowhow que pouquíssima gente tem (afinal, já são quatro anos de muita labuta no meio), quebrando barreiras, vencendo preconceitos, aprendendo com os erros, sendo criativo sexualmente, tendo idéias mirabolantes sobre algo que só se faz de um jeito, tirando leite de pedra, matando um leão por dia, fazendo uma agenda 'invejável', criando relacionamentos. Qualquer coisa relacionada, é só chamar que negociamos na boa.

Um episódio singular relacionado a minha função me marcou positivamente. Estávamos nas escadas do camarim do Circo Voador após a gravação da entrevista do Zona Quente. Era abril de 2008. Fui me despedir do velho conhecido Beto Bruno, vocalista da banda conterrânea minha, a Cachorro Grande, e ele, ao receber meu cartão de visitas, disse que iria guarda-lo muito bem, pois eu era ‘o contato com as delícias desse mundo’. Essa definição foi ótima, a melhor de todas até hoje. Não é à toa que me procuram quando precisam de mais prazer. E sou ótima nisso!

Wednesday 3 June 2009

licor de papaya


Esse post poderia ter outro nome... talvez 'iogurte de morango', como já vi definida a GRANDE (e pequena) amiga, mas a fase é outra – très chic!

Interessante as coincidências. Já tinha um motivo imbatível para escrever sobre ruivos hoje, afinal, é o aniversário da pimentinha mais charmosa de Porto Alegre ao Rio, passando por São Paulo, Paris e Bruxelas. Não bastasse ser o dia da Maria Fernanda, ontem, antes de dormir (na verdade, hoje – já passava da meia noite), vi no Jô uma entrevista sobre eles.

Pedro Monteiro (um legítimo espécime) escreveu e atua na peça de teatro que acabou se tornando um movimento pró-ruivos, “Os Ruivos” – ou seria o contrário, e a peça foi escrita já nesse intuito? Não interessa. Segundo ele, há cada vez menos pessoas de cabelos cor de fogo no mundo. E confessou ao gordo ter sido essa uma tentativa de combater sua extinção.

Não se pode negar: ter os fios de cabelo coloridos num tom de ferrugem, a pele branquinha, e sardas É UM CHARME! Existem várias pessoas que fantasiam a respeito, homens e mulheres. Esse fetiche colabora, inclusive, para a preservação da espécie - minoria entre a população, como acredita o ‘a(u)tor’. Pedro já pode dormir mais aliviado então.

A curiosidade acerca dessas pessoas exóticas é muita e atiça o desejo sexual, além de movimentar a atmosfera de sedução de quem se interessa pelo tema. A dúvida se a cor do “carpete” combina com a “cortina” é imbatível, por exemplo. Criatividade, pelo menos, não falta a quem tem essa tara.

Se as pessoas tem ou não os cabelos (e os pentelhos) de um vermelho natural, não importa muito na verdade. Necessário é ter estilo, parecer ser um ruivo legítimo ao menos. E confesso que não costuma faltar essa qualidade a eles. NÃO MESMO. Pense no Axl Rose, Nando Reis, Rita Lee... Nanda também se sobressai na multidão. É linda - uma francesinha, mas com 'faca na bota'!

Aderi ao movimento. Não teria como ser diferente. Mas, ao contrário do idealizador desse projeto, penso que poderia ser o ‘Dia do Ruivo’ hoje e não em novembro, como ele sugere. Um brinde a eles então, à “dindinha” principalmente! - e de licor de papaya (como já a denominei numa foto).

Viva os ruivos! Happy 'dinds'! "Tim-tim".

*A peça está em cartaz no Teatro Miguel Falabella, no Norte Shopping, aqui no Rio. E teremos o Pedro Monteiro como entrevistado do Zona Quente provavelmente num programa de agosto (não resisti e o convidei!). Mais infos sobre a peça, movimento e afins no link do blog 'Os Ruivos na listinha ao lado (en la misma dirección).

Tuesday 2 June 2009

um link aberto


Meu blog é um...

Ontem um amigo que mora no norte (longe, muito longe), e que eu não vejo há mais de seis anos perguntou sobre mim, o que eu ando fazendo, como estou, essas coisas. Pensei em narrar alguns fatos recentes do meu cotidiano, mas logo me ocorreu a brilhante idéia de convida-lo a ler o mula ruge.

Como escrevo todo os dias, sempre escapa algo recente, contemporâneo. Então é fácil saber o que tenho vivido, no que penso, quem sou eu. Procuro enfatizar o que há recém aconteceu, ou já vem acontecendo – comigo, com o mundo, por aí, por dentro.

Gosto da possibilidade de interação com quem lê, dessas participações alheias, comentários surpreendentes de gente que nem esperava. Adoro manifesto(s)! Esse canal é o ideal, eu diria. Aproxima, informa, emociona, denuncia, entretém, instiga.

Escrever (e ler) isso aqui é uma viagem ao exterior de minha Vavá interior. Não tem regras! Existe sim dedicação e inspirações, mesmo que distantes e até impessoais. Há inclusive muitas páginas viradas nesse link aberto que é meu blog. E isso é verdade, trocadilhos à parte.

Monday 1 June 2009

à flor da pele


Aviões caem, enchentes devastam municípios, o dólar está em baixa, a gripe continua, o trânsito em São Paulo está parado, sinais remotos de desbloqueios comerciais são dados, relatórios seguem alertando sobre o aquecimento global... E eu aqui, tocada pelas questões do mundo, ardente pelo queimar de meu interior.

Se ‘qualquer beijo de novela me faz chorar...’, lavo roupa, rego as plantas, encho baldes. Ao que tudo indica, tenho a lua em câncer (e dizem que isso explicaria MUITA coisa sobre as lágrimas que não se agüentam em mim e tendem a cair). SEMPRE fui chorona.

O que me deixa assim, tão sensível, de fato, intriga-me. Seria a saudade de momentos que não vão se repetir, a possibilidade de poder dar um passo sem destino certo, o tumulto na mente que compensa o coração vazio, a certeza que sozinha não sou tão forte, o desconhecido futuro que nos aguarda? Gostaria de saber, mas nem sei... meus sentimentos estão à flor da pele, num doce fel.
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passatempo

  • abrace seus amigos
  • acredite em si mesmo
  • ande mais com os pés descalços
  • antene-se
  • aplique o que você prega
  • assuma seus erros
  • beba mais água
  • beije na boca com vontade
  • conheça novas culturas
  • cuide-se com carinho
  • dance sem vergonha
  • diga mais 'sim' do que 'não'
  • durma bem
  • dê atenção às pessoas
  • entregue-se ao que ama
  • escreva cartas à mão
  • estude outras línguas
  • exerça a tolerância
  • exercite-se
  • fale e ouça mais 'obrigado'
  • faça muito amor
  • goze mais e melhor
  • leia mais livros
  • movimente-se
  • não limite seus sonhos
  • ouça musicas que te façam dançar
  • ouse
  • pense positivamente
  • permita-se
  • peça bis quando é bom
  • pratique o bem
  • prove diferentes sabores
  • renove-se
  • respeite a natureza e os mais velhos
  • reveja velhos conceitos
  • se beber, não ligue!
  • seja fiel, sincero e verdadeiro
  • siga a sua intuição
  • sinta o novo
  • sorria sempre que possível
  • subverta vez que outra
  • tenha calma
  • tire alguém para dançar
  • trabalhe com dedicação
  • use camisinha
  • vá mais ao cinema
  • viaje sempre
  • viva menos virtualmente

c'est fini!