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Tuesday 30 November 2010

mundo "leak"feito


Salve-se quem puder!

A era da tecnologia está virando a maré do mundo atual. É a revolução do agora. Hackers tornam de conhecimento público o que antes só era sabido com, no mínimo, anos de delay. Agora, com a internet, é realtime, live. And also dangerous, though. Não acho, entretanto, que essa bisbilhotagem seja de todo correta, mas é o mal dos tempos - inegavelmente.

O australiano Julian Assange, responsável pelo site Wikileaks, que compartilhou informações confidenciais diplomáticas dos Estados Unidos, é o novo terrorista do momento, temido por autoridades no mundo inteiro. O motivo? Tocar o horror com a possibilidade de invadir sistemas, e, num simples click, nesse caso, conseguir deixar o grande yankee em maus lençóis com líderes da China, Coréia do Norte, França, Brasil, Rússia, Cuba, Argentina, entre outros. "Só isso".

Nessa onda, o mar não está pra peixe na terra do Tio Sam. Poucos escaparam das citações feitas nesses mais de 250 mil documentos cujo conteúdo foi publicado. Nenhuma declaração bombástica, inesperada, foi revelada, no entanto, mas ter a privacidade de emails pessoais escancarada para todos verem é algo, no mínimo, desconfortável, contrangedor - e para qualquer um, não precisa nem estar envolvido com política para tanto.

As consequências dessa quebra de sigilo, ninguém sabe ainda, mas o clima deve ficar entre chuvas e trovoadas por algum tempo, até a poeira baixar. Só o tempo e a tal diplomacia serão capazes de amenizar os efeitos desse tsunami que escancarou dados secretos do governo dos EUA nas capas dos jornais do planeta neste início de semana. E agora, gatos escaldados,os autores responsáveis pelos comentários maldosos divulgados, passarão agora a pensar duas vezes antes de se comunicarem de forma extra oficial online.

Esse, definitivamente, não foi um simples vazamento, mas uma INUNDAÇÃO - como jamais vista na História! Essa é mais uma prova da vulnerabilidade norte-americana hoje em dia - aliás, não só deles... Muita gente pode morrer na praia  ainda! Gostei da frase de Chavez, comentando o incidente: “O vazamento deixou nu um Império”. Verdade. O caldo foi bonito! Num único dia, a máscara (e todo o resto) foi por água abaixo.

Será que o Império sobrevive à essa imersão vergonhosa? Até quando? - "Olha a China aí, gente...", nadando contra a maré, sobressaindo-se entre os afogados.

Monday 29 November 2010

da boca pra fora


Muitas ligações e nenhum encontro. Blá blá blá... Se fosse MESMO afim, estaria com você agora. Ele bate nela, mas diz que a ama. DIZ... Na boa, quem gosta, de fato, não faz isso. Outro afirma que não trai a mulher, mas vive recebendo mensagens suspeitas na internet, ou pelo o celular. JURA... "Loucura da(s) remetente(s)", claro! - é o que alega.<

Homens são suas atitudes, e não o que falam. Quer conhecê-los mais profundamente? Veja-os sem a máscara das desculpas. Esqueça a retórica e preste atenção em seus atos, suas ações acerca daquilo que tem curiosidade, do que duvida. A resposta virá clara, como os sinais que dá em seu comportamento. Mas não se surpreenda se o discurso não bater com seus feitos...

Nessa análise, a prática é bem mais importante do que a teoria. Para um mundo melhor, verdadeiro, com relacionamentos sinceros, precisamos muito mais de exemplos do que promessas.

Sunday 28 November 2010

only to care about


I’ve been reminding me - everyday, every breath I take... when my thoughts fly away through the ocean and come back, bringing me responsability feelings and of Will.

As a mutant, in Tecnicolor: “It's time to get in touch with things we always used to dream about”. Just living it, intensely - pleasent how must be.

Saturday 27 November 2010

presente


É (o) agora. Right now...

Um piscar de olhos, aperto no peito, grito desesperado, tomada de fôlego, suspiro aliviado, lágrima que escorre. Um, dois... passou. Já foi. Saudade só vem depois.

Momento - a chance da decisão acertada, da atitude correta, da iniciativa tomada, ideal para reconhecer os erros, consertá-los, mudar o futuro, realizar os sonhos, fazer o que gosta, permitir-se, ser feliz.

Oportunidade - de avaliar, falar a verdade, fazer as pazes, dizer que ama, de dar aquele abraço apertado, iniciar ou concluir um projeto, recusar o que desagrada, começar uma dieta, a malhar; e recomeçar tudo o que (e se) for necessário.

Presente é dádiva, é para aproveitar. As chances são muitas. O ideal é fazer hoje o melhor amanhã - assim, a gente sempre ganha.

O que será que vem por aí? Qual seria perfeito para mim? - pra cima, com certeza.

Curiosa... detesto esperar!

Friday 26 November 2010

valores globais


Por que precisamos saber qual a cor do batom da Melina da novela Passione (Please Me - da Mac, campeão de ligações para o CAT da Globo nos últimos meses) enquanto pouco conhecemos a China - país que brevemente vai dominar o mundo? Por que nos abalamos com o caso do Bruno, ex-goleiro do Flamengo, e não nos importamos mais com o fato de a África estar sendo dizimada pela AIDS ?

A resposta está no foco dos nossos meios de comunicação. O que eles querem que saibamos? Justamente o que eles transmitem para a gente, deixando MUITO a desejar em qualidade e conteúdo, beneficiando marcas, produtos, mercados, fazendo tendências, direcionando o consumo, o rumo, o interesse e o comportamento da população.

Infelizmente na TV aberta são poucas as opções. E o que é veiculado, em quase nada atende a uma ampla demanda de conhecimentos gerais necessária - àquilo que REALMENTE importa ser noticiado. Daqui a pouco começa o Big Brother e, aí sim, as manchetes tupiniquins, durante três meses, serão somente os amassos e as intrigas da casa mais vigiada do Brasil. E o bicho pegando aqui fora...

A solução seria um suporte de outros veículos - internet, jornais, revistas especializadas, livros etc. No entanto, a maior arma de todas contra a ignorância é a vontade do povo em saber. Quando a gente quer, buscamos a informação. É lamentável que esse interesse não seja alimentado na escola e em casa. Só aí já vemos a dimensão do probrema, o quanto ele [e maior do que parece. É geral, global e interno. Onipresente, a mídia está mais poderosa do que nunca, acomodando as pessoas, desinformando o mundo.

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 out

Tanta coisa para a televisão mostrar e, ontem, a Globo transmite ao vivo a fuga dos bandidos, evitando assim, sua execução pela polícia. Até onde esse reality da vida real nos ajuda? Atrapalhou, no caso, inclusive.

Aliás, no quesito 'gafe', nada foi mais feio que as caixas deixadas em Ipanema anteontem, numa infeliz ação promocional do Domingão do Faustão - não autorizada pela Prefeitura. Na boa, no mínimo demissão e processo para os responsáveis por alardear pânico ao colocarem caixas vazias em praças em meio a uma guerra civil!

A Globo está por fora. Sem noção do perigo.
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cabeças pensantes

Adoro conversar com meus amigos mais politizados, da História - tête-à-tetê, ou ‘Pé com pé’, porque, assim, a mula ruge consciente, indignada, voltando-se para o que REALMENTE importa. Meus objetivos ficam bem claros, e a certeza de que não quero e não posso mais perder tempo com futilidades.

¡Gracias, Grazi Linda, pelo questionamento, boa prosa e cia siempre!

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longe do lugar-comum

Ainda no tema, a companheira citada acima está produzindo um evento bem no clima... Segunda-feira, dia 29/11, às 9h30, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, vai acontecer uma palestra com os meninos do programa Não Conta Lá em Casa, exibido pelo Multishow (às quartas-feiras, 22h30).

Na pauta, as viagens dos rapazes a destinos pouco convencionais como Irã, Iraque, Afeganistão, entre outros, mostradas nos programa. A boa: a troca, o debate sobre a proposta diferenciada oferecida, na contramão do que é oferecido hoje pela grande mídia, e a experiência única de terem conhecido pessoalmente esses lugares, sua realidade, e a visão de mundo com que voltam.

Eu sou fã, amiga e suspeita, mas fica o convite de um programa que vale a pena (ambos, na verdade) - oportunidade imperdível, entrada gratuita.

Inspirada... Lugar-comum - o meu, definitivamente, não é aqui.

Thursday 25 November 2010

amor e ódio


A realidade do que está acontecendo aqui, agora, não chega BEM a ser uma relação de amor e ódio, total radical como a campanha “Brasil: Ame-o ou deixe-o”, veiculada nacionalmente no início dos anos 70, durante a ditadura militar. Por mim, tratando-se do Rio de Janeiro, e sendo como é hoje, estaria mais para um clássico “Amor e Morte” de Júlio Reny. Socialmente, serve de alerta geral (à la Gal), tipo:

“Atenção, tudo é perigoso, tudo é divino maravilhoso”

Rio - Cidade maravilhosa, cartão postal do país, a capital internacional do Brasil (sim, porque praticamente ninguém lá fora conhece Brasília), destino turístico de milhares de pessoas todos os anos, que vai sediar jogos da Copa em 2014 e as Olimpíadas em 2016 está numa guerra civil! Politicamente, foi abandonada há tempos e controlada pelo tráfico. Carnaval MESMO, festa só para gringo ver. Mas, há quatro anos, começou um trabalho mais sério e intensivo para retomada do poder pelo Estado.

As Unidades de Polícia Pacificadora, conhecidas como UPPs, tem funcionado e levado paz a diferentes comunidades. Estão dando saída aos becos. A iniciativa e a execução pelo Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e pelo Governador reeleito, Sérgio Cabral, é só elogios. Traficantes foram presos, mortos e os que conseguiram escapar estão sem ter para onde ir. Resultado: encurralados, esses bandidos estão, agora, agindo. Ataques tem sido feitos em diferentes bairros como um aviso, uma forma de assustar a população e desencorajar o governo a continuar sua ação.

O grande desafio é o Complexo do Alemão, localizado na Zona Norte da cidade, para onde fugiram centenas deles, em fila (numa imagem incrível feita pelo helicóptero da Globo). Momento sublime, perfeito para uma ação comandada pelo Capitão Nascimento, quando poderiam ter jogado uma bomba e ter acabado com o problema de uma vez só - déjà-vu do que aconteceu em Bangu I anos atrás, em 2002. Será que teremos essa chance de novo? Muita sorte... Na verdade, azar - porque se não fosse o Globocop estar ao vivo, provavelmente a missão dada teria sido cumprida.

Com certeza os malas dos Direitos Humanos, que só servem para reconhecer e batalhar benefícios para marginais, ignorando o mal que eles fazem a sociedade, iriam chiar, mas aí já seria tarde. Os cidadãos estariam satisfeitos, os bons policiais aliviados, e os maus (junto aos políticos corruptos) preocupados, procurando outras fontes de lucro que não as milícias, o aliciamento com tráfico. Quero saber o que esse pessoal dos DH fazem para ajudar as pessoas das favelas, obrigadas a conviver com o medo, a violência, sem oportunidade de uma vida mais digna. Tem muita gente de bem lá, oprimidas pelo sistema. O que eles fazem quanto a isso? Lutam antes contra quem protegem depois?

Alerta! A reação do povo foi se recolher, voltar mais cedo pra casa, evitar sair. Muitos se mostraram, solidários com a situação e a ofensiva da polícia, favoráveis à cidade. Frases “Eu amo o Rio” circulam na internet, no peito dos cariocas em camisetas com corações vermelhos. Brega, mas bonito isso. O meu afeto pelo Rio é explícito, está aqui, agora, enquanto a mula ruge. É perceptível na minha escolha de para cá vir morar, e aqui permanecer durante tanto tempo. Reconheço os defeitos do lugar onde moro, mas acredito num futuro melhor. Estou bem otimista, embora lamente o incidente televisivo que evitou um BOM massacre - sim, isso existe.

Um próximo passo, quem sabe, seria a legalização das drogas, numa tentativa de ajustar esse problema social que envolve sociedade, política, polícia, bandidagem e arrecadação de impostos - para saúde e educação. Abaixo dinheiro de suborno. Sim ao que importa. Com gentileza, por favor! Atitudes extremas só no limite.  

Wednesday 24 November 2010

- Hein?!


O que acontece?

Gaúcha como sou, antes e acima de ser brasileira (justificável historicamente e compreensível por aqueles tantos povos que foram obrigados a permanecer ligados a uma república ilegítima, da qual foram obrigados a fazer parte por questões políticas e de interesse central e não por afinidades, culturalmente), entendo a fábula do 'Balde de Siri' que assombra os gaúchos em sua realidade, "impedindo-os" de deixar o pago, a querência amada.

Compreendo a esranheza e a zoação do resto do país, uma vez que a eles falta esse sentimento, laços maiores que em outro lugar qualquer, assim como respeito a decisão afetiva dos nossos. Não concordo totalmente, entretanto, pois meus horizontes vão além sul - tanto, que desgarrei. Fui conquistar outros terrenos, meu espaço, pé na estrada, de coração aberto. E me apaixonei pelo Rio.

Demorei para me acostumar com o novo jeito de ser informal. Não foi de uma hora para outra para me sentir de fato "em casa". Sentia saudade. E, por anos lamentei o fato de artistas e bandas como a Ultramen, por exemplo, não virem para cá e serem sucesso nacional. Talento tem para tanto, o que falta é coragem de ultrapassar fronteiras, cortar o corsdão umbilical e enfrentar a ponte-aérea Rio-São Paulo. Exterior então, fora Argentina e Uruguai, é outro planeta!

Nei Lisboa sempre me pareceu um caso de auto-omissão, de preferência pelo anonimato brazuca, opção pelo reconhecimento local. Enquanto isso, seus súditos despatriados aguardavam ansiosos uma visita musical sua (vide Vitor Ramil), o aconchego saudosista de ouvir sua voz doce em lindas canções que falam nossa língua, sobre a terrinha, de um tempo que vivemos por lá - "Berlim, Bomfim", ou aqueles "Verdes Anos" e por aí vai... Outra época, que não volta mais (e também outras belas letras que nos lembram o amor).

Não é uma questão de dar as costas para o que importa, de esquecer o passado, as raízes, patriotismo, bairrismo, de perder o orgulho de ser gaúcho (ou seja como for... tchê), e sim de AGREGAR. Só é este um comportamento próprio nosso, questionável e criticável, mas defendido por muitos que optaram por lá ficarem para sempre, puxando uns aos outros para dentro do balde novamente, sem deixar nenhum siri escapar. Vai que, saindo, dá certo...

Pra mim deu. Ganhei o mundo e não perdi a essência.
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Fã assumida, cantei ontem, entusiasmada, todas as músicas no seu primeiro show em turnê no Rio de Janeiro. Foi no Rival, num climinha bem dentro de sua proposta intimista de ser. Em 2005, fui ao festival Brasil dos Gaúchos só para assisti-lo. Boa apresentação, mas não completa como esta foi... Opa! NEM tanto: ele não cantou nenhuma do Hi-Fi. Mas ok, ganhei um CD autografado e rimos lembrando da lancheria - tomar vinho e ver a bunda das pessoas a passar. Tá valendo (sempre!).

E para encerrar, uma meia "Confissão":

...
E eu vejo a vida vindo ao meu encontro
E vejo agora o que amanhã chegar
Eu tenho os olhos sobre o teu encanto
E tudo a desvendar


Os quatro cantos desse mundo
Eu tenho a febre feita de alcançar
E tenho a força bruta das palavras
Ditas para amar


...
E eu tenho o sol guiando meu caminho
E tenho as senhas pra te conquistar
Eu tenho o norte sob o fio da espada
E cada dia a me esperar


Nos quatro cantos desse mundo
E tantos quantos tenha de alcançar
Eu tenho a sorte de viver cantando
E o céu a me ajudar

Tuesday 23 November 2010

vaselina


Esse post poderia ser sobre a forma mais gostosa de sexo: molhado, besuntado, bem lubrificado; mas não... É sobre pessoas escorregadias.

O que no Rio chamam assim atualmente, no passado, Sérgio Buarque de Hollanda classificou em seu livro Raízes do Brasil como “O Homem Cordial”. Herança dos portugueses, esse comportamento do brasileiro oriundo de uma valorização do que é familiar, não é sinônimo de civilidade de polidez. Vem de cordes, coração. Prima por estar bem com todo mundo.

“É, talvez...”; “Vamos ver”; ao invés de falar “Tchau“, dizer “Eu te ligo” - essa carência, esse medo de ficar sozinho gera, porém, uma imparcialidade irritante e digno de dúvidas quanto ao caráter da pessoa. Gaúcha como sou, fui acostumada com pontos de vista bem definidos, e vejo nesse impasse um problema seríssimo de ordem moral. Falta de integridade. Detesto essas atitudes típicas dos cariocas.

Não sei o que é pior: mentir, omitir ou não se posicionar, fazendo papel de bonzinho com todo mundo. Em todos os casos tu não sabe com quem está lidando! Prefiro tratar com ma pessoa que peque por excesso, dizendo a que veio, àquela que não mostra quem é, o que quer. Meia boca pra mim é pouco, meio termo é insuficiente. Quero de corpo e alma, e de coração também. Por inteiro.

 Admiráveis são aqueles que lutam por seus ideais, enfrentando aqueles a quem se opõem. Nessa vida não dá para agradar a todos mesmo, nunca... Então não vestir a camisa quando mais é necessário é feio. Ficar em cima do muro é uma afronta àqueles da direita ou esquerda. Muito fácil se esconder atrás de uma falsa “camaradagem” a fim de se beneficiar depois, enquanto os outros estão dando sua cara a tapa. Covardia, fraqueza.

Na boa, aproveitando... se é vaselina, vai tomar no c*(!). Literalmente.
*Elas preferem, para manter a “honra”.

Monday 22 November 2010

a união faz a força


Tudo o que eles queriam era não apanhar mais. Parece simples, mas assim eram castigados os homens que trabalhavam na nossa Marinha durante os primeiros anos do século passado - mesmo sendo inconstitucionais tais punições. Má conduta resultava em enforcamento, açoitadas... Dois anos de planejamento, e um dia eles se amotinaram.

Negros e mulatos, mal instruídos, trabalhando sem a capacitação adequada (pois se investia muito em navios quase e nada no humano), nossos homens, liderados por João Candido Felisberto, inspiraram-se nos colegas russos do Encouraçado Poutekim, armando uma rebelião. Há exato um século, viraram para o Rio de Janeiro, 80 canhões, ameaçando bombardear a então capital da República, caso seu pedido não fossem atendido.

Venceram a chamada Revolta da Chibata, grandiosamente, mas se poderem comemorar. Alguns dias depois, porém, numa atitude revanchista do Governo os heróis revoltosos foram presos. De 18, depois de um envenenamento na cadeia, somente dois deles sobreviveram - entre eles o Almirante Negro, como João Cândido foi chamado pela imprensa da época.

Anos mais tarde, morreu pobre e como um indigente, esquecido, tendo sido classificado como louco. Esse foi o destino de um de nossos heróis de verdade. Infelizmente, muitos de nós, ainda hoje, praticamente desconhecemos sua existência e a colaboração que esses personagens tiveram na nossa história. Lamentável, mas ficou a grande lição, registrada por Chico Science e a Nação Zumbi:

"Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar"

Com determinação é possível mudar. A união faz a força (pro bem e pro mal... infelizmente). E essa é minha pequena contribuição para um mundo melhor, minha homenagem a eles.

Somente em 2008, através da publicação da Lei Federal n. 11.756/2008 no Diário Oficial da União, foi concedida anistia post mortem a João Cândido e aos demais participantes do movimento. Viva!

Sunday 21 November 2010

all we need is love


Não sou mais tão boba para crer em utopia. Sei que perfeição não existe - nem adianta insistir, tentar acreditar que é possível... O máximo que pode acontecer é a gente achar 'o melhor imperfeito do mundo' para nós - aquele que mais combina, e que, apesar de todas as diferenças existentes, mostra-se disposto a dividir, somar e multiplicar, além de também diminuir a solidão e a tristeza de não se ter um benzinho. Esse é o objetivo.

Amor é tudão. No entanto, não é sinônimo de felicidade, mas como diz Vinicius, “é impossível ser feliz sozinho“. Faz parte. Agora, para valer a pena estar junto, não basta "APENAS" gostar (tem que participar!). No frigir dos ovos, precisa estar (QUASE) tudo bem. As pessoas envolvidas DEVEM estar satisfeitas, alegres... realizadas - afinal: estão AMANDO! Relacionamento é para ser BOM, e para AMBAS as partes. Caso contrário, opa(!) - tem alguma coisa errada...

Mentira, desconfiança, intermináveis brigas, discussões gratuitas, implicância, desavenças contínuas, ciúme doentio, agressões verbais (e num extremo inaceitável: físicas - violência), DETONAM qualquer romance. NÃO pode! É feio, desgasta, afasta os amigos e a família, isola, deprime, envergonha. Tudo isso nos transforma em quem não somos; faz de amantes, monstros. 'O homem da nossa vida' NÃO nos xinga, nem humilha. 'O pai dos nossos filhos' JAMAIS levantaria a mão contra quem ama. O cara que está ao nosso lado tem que nos tratar com todo o zelo possível. Viva o homem-balão, aquele que nos coloca pra cima, levantando nossa moral! É o mínimo.

Estou abordando aqui um tipo de união cuja cola é um sentimento nobre, bonito, que quer o bem, que acolhe, faz sonhar, ter planos, dá tesão e tudo mais de poético possível! Percebe-se o brilho no olhar, o afeto contagiante, o carinho recíproco... Na boa, é para o casal viver em lua-de-mel durante os três primeiros anos, no mínimo(!); depois, vem a maturidade da relação - que resulta em uma segurança e tranquilidade próprias, que determinará seu futuro e vai perdurar para sempre - até no caso de uma separação depois, quem sabe.

Admiração é básico, desde o início. Intimidade e amizade só fortalecem. Mas ok, ninguém disse que casar é fácil, que vai ser tudo um eterno mar de rosas. Viver a dois é um exercício de convivência e tolerância. Quando há uma tentativa, ao menos, é a prova de que com determinação, paciência, cumplicidade, lealdade, respeito, honestidade e dedicação, pode-se ir longe - e em boa companhia! Assim, as crises normais passam rapidamente e tudo se acerta, melhora com o tempo. O limite é ainda rolar um sexo gostoso ao se fazer as pazes. Quando não acontece mais, aí sim, é melhor repensar a situação atual (insustentável).

Apesar de tudo, eu acredito no amor e quero me casar (novamente e) de verdade. E isso pode acontecer até em casas separadas - o que não o classifica como ‘aberto’, pois, sinceramente, não consigo me ver hoje (e nem a longo prazo, confesso) nessa situação. O ideal para ambos é um híbrido de desejos e vontade dos pombinhos. Cada um tem suas “regras“, seu próprio “andar da carruagem”, que só eles (se) entendem, em seu consentimento - felizes na eternidade de sua duração, que pode ser ‘pra sempre’ (por que não?). Nesse mundo de ‘meu Deus’ é claro que existe um certo alguém especial cujos contras são mais leves que os prós, perfeito com seus defeitos apaixonantes, que se encaixa no papel de príncipe-sapo do nosso conto de fadas da vida real - o pé torto pro nosso sapato velho.

Se não der certo, por mais difícil que seja desfazer o vínculo, 'valeu'... próxima estação! Nada de forçar a barra, de achar que a pessoa (errada) é a última bolacha do pacote, que o bagaço da laranja é o que (nos) resta. A fila anda, E PRA FRENTE, mesmo que demore um pouco. Vida que segue em busca de um grande e verdadeiro amor. Cenas dos próximos capítulos em breve.

Saturday 20 November 2010

tá tudo errado


Quem são nossos heróis?

Policiais roubando, membros de
um partido tido como comunista se beneficiando com dinheiro e poderes públicos - tipo máfia, padres pedófilos, pais que abandonam os filhos, maridos violentos... Difícil responder assim, quando quem mais deveria “cuidar” dos outros, rouba a cena num papel que não era bem o que deveria ter - SER, na verdade, e não somente interpretá-lo.

Toda a semana um novo escândalo nos jornais, ou seja qual for aquela notícia que não nos afeta mais como DEVERIA dizendo que no senado, ou na câmara, em casa, no trabalho (whatever!) alguém está sendo acusado de má conduta - porque desviou, sonegou, traiu, bateu, sumiu, matou... Não importa! Não sabemos mais mesmo em quem confiar, se aqueles que (deveriam, de fato, ESTAR quando somente) se dizem do nosso lado, não estão mais... Ou nunca estiveram. Assim, fica difícil!

Restam-nos os galãs da ficção. Afirmação essa que justifica essa ode ao Capitão Nascimento - nosso mais recente herói do cinema nacional . Gente como a gente, cheia de conflitos, mas que os supera em favor do bem. Bom, pelo menos isso: o bem ainda vence o mal no final - e na cabeça das pessoas . Ainda há esperança suficiente para tanto. Na telona, ou entre e os reclames do plim plim, porém, não mais... Falta perspectivas. Já se fica na dúvida do que é ‘certo’ e ‘errado’.

Os valores são outros... Mudam. A sociedade em nada nos prepara para sabermos mais sobre ética, solidariedade, humanidade, civilidade, disciplina, amor... Ninguém mais respeita ninguém. Aonde esse mundo vai parar? Pode o cinema, assim como os estudiosos (e também os gurus) simplesmente supor e arriscar seus palpites sobre nosso futuro, mas estou bem descrente.

Tá fod*! Só com superpoderes mesmo... Respondabilidade muita; juízo e consciência poucos. Hoje é Dia de Zumbi, comemorado junto ao centenário da Revolta da Chibata que marcou nossa História como um das únicas manifestações contra a República que deram certo... (senão A única) Infelizmente, poucos sabem a respeito.

Friday 19 November 2010

tá tudo dominado!


Novamente e, por hora (mais do que nunca), eles estão por TODA a parte. Peste - praticamente uma invasão!

Azucrinam-me, confesso, pois detesto seus zunidos. Eles não me deixam dormir, assustam-me. Repulso. Bato palmas, mas não em reverência, e sim tentando acertá-los, se possível. Incomodada, não relaxo enquanto sei de sua presença no mesmo ambiente que eu.

Alguém me explica: qual mesmo a sua função na natureza? Nem pelos danos, mas mais pelas consequências psicológicas que me causam, ODEIO mosquitos! (já comentei aqui anteriormente, mas vale repetir... Mário Quintana mesmo reclamava que a natureza é linda, mas é cheia deles!).

Socorro, estou sendo atacada!

Thursday 18 November 2010

why not?


Clichê: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade, não há”.

Renato Russo assim é, mas as pessoas ADORAM! Gostam de cantar suas letras, repetindo esses refrãos que as estimulam a seguir em frente, a agir. Agora, se o fazem, é questionável.

Por que deixamos passar algumas oportunidades? Por que não vencemos nossos medos e buscamos aquilo que, de fato, queremos. Medo de rejeição, timidez... (o que seja!) isso é realmente mais importante que sermos felizes?

Mais forte, às vezes, é. Impede-nos de avançarmos rumo àquilo que queremos. Mas me pergunto: se é nossa vontade, de verdade, por que não tentamos MESMO? Porque o desejo fica só na teoria? E, na prática, a frustração de não tentado.

Não falo por mim. Normalmente eu peco pela insistência. Vou até o final. Devo ser assim por me arrepender de alguma vírgula que resultou em reticências. Acabo por arriscar hoje em dia, até o final, enquanto houver motivação para tanto, dignidade e força.

Fui meses interessada num cara solteiro que, quando eu decidi me aproximar, começou a namorar outra. Azar? Não... Covardia - minha. Podia ter me antecipado, seguido meu coração antes, meus instintos. Teria dado certo, mas perdi a vez. Cheguei tarde demais.

De qualquer modo, prefiro a breve certeza de um não (ou de um sim) à dúvida eterna do talvez. Para finalizar, mais uma frase de impacto que não sai do lugar-comum: A vida é curta. O que vale é o presente ('presente'? opa! - risos...).

Wednesday 17 November 2010

batata


Como saber se sua alimentação não está das mais saudáveis? Quando seu lixo seco, além de volumoso, é mais pesado que o orgânico*.

*ou rejeito, se misturados restos de comida, chicletes, guardanapo ou papel higiênico usados, guimbas de cigarro etc. ao que é natural.

Congelados, comida pronta, snacks, refrigerantes, enlatados etc. - MUITAS embalagens (conservantes e calorias a mais) para poucos produtos. Frutas e legumes rendem quantidades infinitamente menores com suas cascas e bagaços.

Tuesday 16 November 2010

freezing


De Niterói pro Rio, da Barra pra Zona Sul (ou vice-versa) - não importa qual seja o itinerário... Juro que eu não entendo a necessidade de um ônibus andar com a temperatura de seu interior congelante. Ambiente tipo frigorífico... sendo que os passageiros não são pinguins! É desconfortável, desnecessário.

Em dias de MUITO calor, até vai, mas quando o clima está fresquinho, não há necessidade. Na boa, é muita falta de noção dos motoristas. Parece que eles não sabem usar, não entendem o que o próprio nome do aparelho já diz: ar condicionado é para CONDICIONAR a temperatura de forma a deixá-la agradável.

Certo abuso inconsciente, numa necessidade de utilizar ao máximo um benefício. Fica a impressão de que extrapolam para compensar a falta do eletrodoméstico em suas casas... Maldade minha? Um pouco, confesso. Mas, sinceramente, é o que acabo por supor.

Impossível embarcar num desses veículos sem casaco (mesmo no verão). Quem dirige se movimenta, está perto do motor quente. Lá atrás, porém, as pessoas chegam a ficar encolhidas, no canto, sofrendo caladas, morrendo de frio. E o pior: elas não reclamam! Talvez porque suas ideias estejam congeladas... Ou lhes falte atitude (mas isso já é assunto para outro rugido desta mula).

Monday 15 November 2010

just kiss


Eles pedem, algumas mulheres acatam. Existem várias namoradas e esposas que nunca tiveram vontade de pegar outra mulher; só o fizeram (ou fazem) para agradar seus cônjuges, satisfazê-los.

Normal: não há o que excite mais um homem que duas mulheres juntas. Unanimidade. Mas, e sem ele?

Olhares, intenção, elogios, aproximação, gentileza, papo, mão na mão... curiosidade, sonho, vontade. Como saber? O beijo seria o mesmo, suponho. Talvez até melhor, mais delicado. Mais que isso, não consigo (me) imaginar. Nunca desejei transar com uma.

Sunday 14 November 2010

quanta diferança!


O que motiva os jovens hoje? Nos anos 60 era um sentimento de liberdade, de oposição à guerra, amor livre. Aqui no Brasil, um pouco diferente do que aconteceu nos Estados Unidos, foi a ditadura, pensamento e comportamento conservadores de nossa sociedade.

Muita coisa mudou, mas ainda atualmente o cabelo pode ser uma forma de manifestação. Não como antes, quando o simples fato de um homem deixá-lo crescer era considerado subversão... de afronta ao sistema, ao exército - que exigia dos jovens cabelos curtos. Agora seria muito mais agressivo uma menina raspar a cabeça, por exemplo, ou usá-lo de forma estranha, num colorido gritante.

De qualquer forma, um retorno a esse espírito hippie cultuado no passado é uma viagem interessante. Vale a pensa ver a mega produção "Hair", em cartaz no Oi Casa Grande, no Leblon - Rio de Janeiro. Músicas, figurino, cenografia, elenco... tudo de primeira! Como era de se esperar, gostei MUITO, mesmo tendo eles mudado um pouco o original. Muito mais que a questão da homossexualidade, compreensivelmente defendida pelos parceiros-diretores Charles Möeller & Claudio Botelho nessa versão brasileira, a na época mais abordada e igualmente criticada mistura de raças acabou ocultada de certo modo na minha opinião.

É, os tempos são outros, mas as bandeiras continuam levantadas - cada um defendendo a sua causa como pode. A proposta pode até ser a mesma, já os cabelos...

Saturday 13 November 2010

dreaming


O que os sonhos revelam sobre a realidade? Seriam eles um sinal do que vai ocorrer, um espelho do que está acontecendo, ou uma válvula de escape para pensamentos confusos, perdidos em meio ao turbilhão de ideias e informações que nossa mente processa todos os dias, toda a hora.

Poderiam ser eles um elo com quem amamos? Fariam eles certo tipo de conexão entre nós? Pergunto isso porque sonhei com uma pessoa importante e, ao comentar com ela, aquilo que tinha acontecido de alguma forma é real. Interessante, fiquei positivamente surpresa.

Será que quando sonhamos com alguém, pode esse alguém também ter sonhado conosco? Sempre penso nisso, nessa ligação. Gostaria que assim fosse. Recentemente, enfim, sonhei que estava vivendo o que há muito tempo sonho acordada...

Friday 12 November 2010

solitude


Ser uma mulher de prestígio tem um preço a se pagar. Estar à frente de seu tempo, ser livre, ousada... Tudo isso fascina e afasta os homens. Inspira e causa inveja nas outras mulheres. Assusta e modifica a sociedade.

Personalidade, comportamento, talento... Vontade, coragem e bravura, determinação, teimosia - misture tudo isso e teremos alguns ícones femininos como Coco Chanel e Edith Piaf.

Coco e Piaf - apelidos artísticos para damas de nomes supostamente "nobres": Gabrielle Chanel e Edith Gassion. Nada mal! Interessante isso. Francesas, contemporâneas, suas histórias se parecem. As duas nasceram num dia 19 e morreram num dia 10. Vi quase em sequência ambos os filmes que contam suas vidas e fiquei surpresa ao constatar muitas semelhanças em suas trajetórias.

Infância pobre, ausência das mães, descaso dos pais, vida artística, música, aposta de estranhos, talento, trabalho, reconhecimento, fama, riqueza, amor e perda, morte e tristeza. Parece que a solidão insiste em visitar aquelas que tem força para suportar a dor de algumas feridas. Agora, se elas cicatrizam, já não sei... A sensibilidade nem sempre é aparente.

Infelicidade. Pode até ser azar, mas me parece castigo. Uma pena.

Thursday 11 November 2010

the good son-in-law


Sim, ele seria um. Josh Charles é o tipo de genro com que toda a sogra sonha - tal qual Mateus Solano, numa versão brasileira.

Atores e seus personagens... Estou numa fase interessante, (ficcionalmente) bem inspirada - Gregory House, Nino Quincampoix, William "Billy" Gallagher, Justin Quayle... E, neste caso, Will Gardner. Aliás, sobrenome esse que lembra muito o objetivo de ter meu jardineiro fiel.

Advogado, dentro da lei, cara de bom moço (embora eu prefira com uma barbinha por fazer - claro!), nos padrões desejados - 16° solteiro mais cobiçado de Chicago. Um bom partido. ‘Pra casar‘... (!) Não entendo porque Alicia não larga logo o (Big cheater) marido dela e fica com o ele de uma vez. Como disse Kalinda: “Life is short”.

Wednesday 10 November 2010

cinelândia


Quando eu vim morar no Rio e conheci a Cinelândia, fiquei imaginando aquele lugar anos antes, quando ali era o burburinho do que se via em termos de cinema no Brasil. Aquela parte do centro, cravada entre a Lapa e o Aterro, do lado do Passeio, no início (ou final) da Rio Branco, conta um pedaço cultural da nossa história. Não só isso, no entando... o que ali já foi exibido também.

A História do Rio de Janeiro, assim como a do Brasil, claro, é contada por filmes como:

“Carlota Joaquina”, “O Povo Brasileiro”, “Policarpo Quaresma, herói do Brasil”, “O Cortiço”, “Amélia”, “Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão”, “Noel - Poeta da Vila”,“Madame Satã”, “Olga”, “Ópera do Malandro”,“Rio, 40 Graus”, “Rio, Zona Norte”, “Orfeu Negro”, “A Opinião Pública”, “As Cariocas”, “Luz Del Fuego”, “Copacabana Mon amour”, “Natal da Portela”, “O Dia que meus pais saíram de Férias”, “Como Dois Irmãos”, “Lúcio Flávio - o passageiro da agonia”, “O que é Isso, Companheiro?!”, “Pra frente, Brasil”, “Lamarca”, “Zuzu Angel”, “Eu matei Lúcio Flávio”, “Leila Diniz”, “Garrincha”, “O Homem da Capa Preta”, “Rio Babilônia“,”Cartola - Musica para os Olhos”, “Cidade de Deus”, “Cazuza”, “Menino do Rio”, “O Rei do Rio“, “Garota Dourada”,”Nos embalos de Ipanema”, “Meu nome não é Johnny”, “Central do Brasil”, “Orfeu”, “Cidade dos Homens”, “Como nascem os anjos”, “Como ser solteiro”, “Babilônia 2000”, “Edifício Master”, “Copacabana”, “Proibido Proibir”, “Maré - Nossa História de Amor”, “Tropa de Elite”, “Tropa de Elite 2”... entre outros que posso ter esquecido.

As imagens mostradas e tramas contadas poor essas obras explicam muitas coisas, desde o início de tudo até hoje. Registro histórico mundial, brasileiro, carioca... e assim seria em qualquer lugar, outros contextos. Assim como pela literatura, dá para entender comportamentos, situações, além dos fatos em si só vendo filmes. Cinema é cultura, educa, entretem. Retrata a vida real - sendo ela imperfeita como é.

Viva o cinema nacional.

Tuesday 9 November 2010

caio


Mulheres de Caio - Também sou uma, definitivamente. Já o conhecia, origens em comum, popularidade entre os meus, entre as mulheres... Ontem, hoje e sempre. É como escrevi num email: "Caio Fernando Abreu não sai de moda”.

Ele bem poderia ser o compositor daquelas músicas que ‘cabem como uma luva‘, descrevendo nossa vida, relacionamentos. De forma intensa e informal, coloca os pontos nos ‘i’s. Simples, direto.

Sou fã. Não teria como ser diferente, tendo ele esses pensamentos, deixado seu vasto legado, suas verdades que me vestem, sendo ele assim... tão meu (e dos outros - muitos amantes...).

Ele fala por mim:

"Faz um bom tempo que a vontade de escrever e de poetizar se resume a você."

“É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes.
Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...
Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar!
Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço. Mas não me basto.”

“Ele me desperta sentimentos i-na-cre-di-ta-vel-men-te ternos.”

“Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...”

“Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade,
não conseguirei dizer mais nada,
não tenho culpa,
estou apenas me sentindo sem controle,
não me entenda mal,
não me entenda bem,
é só esta vontade quase simples
de estender o braço para tocar você...”

"E vamos levando. Se ficar heavy metal demais, dou o fora."

“Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você.”

“Uma alegria que era o avesso daquela que tinham me treinado para sentir."

“Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias,me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias.”

"Finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio."

"Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Eu gosto de gostos, eu gosto de pele, de cheiro, de amor verdadeiro."

"Vamos fazer assim: você não existe que eu não te desejo."

"(...) depois partiu sozinho. Não fizeram planos.
Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada."

“Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.”

" - Você sabe que de alguma maneira a coisa esteve ali, bem próxima. Que você podia tê-la tocado. Você podia tê-la apanhado. No ar, que nem uma fruta. Aí volta o soco. E sem entender, você então pára e pergunta alguma coisa assim: mas de quem foi o erro?"

E por fim (embora as possibilidades não se esgotem aqui...):

“Você é de Virgem, não? é o signo regido por Mercúrio, o planeta da inteligência, as pessoas de Virgem sempre conseguem o que querem embora no começo pareça tudo muito difícil...”

Caio, mas me levanto. Sigo, não desisto, embora desiluda... Há algo maior em mim - que me empurra, que quer me fazer feliz.
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Às avessas

Acredito no Príncipe Sapo, tal qual a Teresa, do conto homônimo de Caio Fernando Abreu. O feio e/ou estranho por vezes me parece atraente. Não só porque me resta. Controvérsia... Há quem me entenda. O fácil não me agrada, uma vez que é gratuito. Prefiro aquilo que, na sua excentricidade, me é próprio, exclusivo, particular.

Entendo que os Contos de Fadas possam não acontecer pela expectativa boba daqueles que sonham. Quando se vive, eles vem às avessas. Aceito. Abaixo os playboys e almofadinhas! Viva os sapos revolucionários que não se vem na obrigação de serem príncipes. Chico era assim... (mas também não precisava ser incapaz!)

Fico um pouco mais aliviada sabendo que perfeição não existe, e que busco a melhor imperfeição para mim, que isso me realizaria, assim será. Tudo bem: mas quero sexo! - que fique claro.

Meu momento é esse.

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Mulheres de Caio - a peça

Elas, oito atrizes, estão em cartaz no Teatro do Ibam, no Humaitá, aqui no Rio de Janeiro. Em cerca de 70 minutos abordam assuntos femininos trabalhados em quatro contos dele - o mesmo Caio que nos inspira: Fernando Abreu.

“O Príncipe Sapo“, “Creme de Alface“, “Os Sobreviventes” e “Dama da Noite” - trechos desses textos compõe a peça, conduzem o público a uma cumplicidade com as personagens. Seu tom confessional intima... intimida talvez; aproxima, aliás.

Quem nunca se viu numa daquelas situações? Amargurada, sozinha, enlouquecida, traída, bêbada, feliz... o que seja! Elas caem, mas se levantam. Mulheres à beira de um ataque de nervos... Opa, mas isso já é Almodóvar. Caio é mais nosso, tão bom quanto, talvez melhor até...

Para quem gosta do autor gaúcho (a maioria, que eu saiba), ou não o conhece ainda, fica a dica, num lead (serviço) básico:

O que: Mulheres de Caio
Quem: com

Bruna Spínola (Afinal, o que querem as mulheres? De Luis Fernando Carvalho)
Carol Fazu (Peça Zapeando)

Joana Gervais (Peça C.L.A.M.)
Linn Jardim (Tititi)
Patrícia Elizardo (SOS Emergência)
Paula Guimarães (Viver a Vida)
Rhavine Chrispim (As Pegadoras)

Larissa Sarmento (curta Mas na Verdade Uma História Só, de Francisco Crasmeyer e pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz Mostra Digital, no Festival de Cinema de Brasília de 2009)

Quando: quintas, sextas e sábados de novembro, às 21h
Onde: Teatro do Ibam - Largo do Ibam, no Humaitá
Como: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada (estacionamento gratuito)
Por quê:

Texto de Caio Fernando Abreu

Adaptação e Direção de Delson Antunes
Direção de Movimento de Ana Bevilaqua.
Cenário de Teka Fichinski

Figurino de Ianara Elisa
Direção Musical de Gustavo MM & Lincoln
Iluminação de Luiz Paulo Neném

Produção de Chico Paschoal - Black Ninja
Assessoria minha
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Caio na Rampa - a festa

Uma boa desculpa para de divertir, e por uma boa causa... cair na gandaia! (além de ajudar a produção do espetáculo inspirado em Caio, claro - justo ele, que também gostava de um agito...). Gente bonita, lugar inspirador, som bom, cerveja barata - ingredientes para uma noite ‘daquelas‘! - agradável, quiçá inesquecível.

Depois de duas edições badaladíssimas, o evento volta para comemorar o sucesso do primeiro mês de temporada das meninas, com casa cheia. Venha cair na festa você também! - sábado, 13 de novembro, a partir das 23h, no Bar da Rampa (dentro do Clube Guanabara), em Botafogo.

Monday 8 November 2010

cheia de vontade


Admito que, quando criança, demorei para entender a intenção da pergunta sobre o copo estar cheio ou vazio... Só depois que fui associar tal teoria com otimismo, positividade, a maneira de ver as coisas, enfim.

Ter esperança, no entanto, não é indício de certeza e, é bem possível que se espere pelo melhor sim, mas ansiosamente. Eu tento, mas su sofro de véspera como a maioria das pessoas... Penso, remôo e oro pelo que desejo. Pergunto-me o que ando fazendo para e, de que maneira o mundo pode conspirar, com minha ajuda.

O que quero é ser feliz, e sei que isso é possível dentro das possibilidades existentes. Há portas para serem abertas, novas oportunidades que nos permitimos ter todos os dias, com obstinação e persistência, perseverança.
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Ontem, na exposição de Keith Haring, na Caixa Cultural (centro do Rio), em meio a tantos grafites, desenhos coloridos, um frase dele me chamou muito a atenção:

“Nossa imaginação é a nossa maior esperança de sobrevivência”.

É verdade! - ela nos liberta, impulsiona. Nisso sou bem realista. NINGUÉM, além de nós mesmos, pode censurar nossos sonhos. Só vejo limites além de nossas vontades. A fé move montanhas. As minhas estão rumo ao longe.

Sunday 7 November 2010

em algum lugar...


Não ele não está TÃO a fim... Não preciso nem ver o filme para saber (se bem que vou! - a fase pede).

Não é o trabalho, a chuva, tampouco o caso mal-resolvido... falta atitude! - quando um homem GOSTA de uma mulher, de verdade, não há NADA que o impeça, não há desculpa (mesmo sendo covardes como são). Vontade é tudo, rege o mundo.

Palavras ao vento... Já aprendi que eles não são o que falam, mas o que fazem. O telefone não toca e alguma tristeza bate, admito; incertezas não tenho mais no entanto. O que sei é que o amor está em mim, e só falta achar o outro, certo, para brilhar. E esse é quem (me) queira.

Eu acredito. Não adianta insistir. Agora, é “esperar” o melhor que está por vir - quando for a hora. E eu quero. O que é meu, está guardado.

Saturday 6 November 2010

me(u)nino


No mesmo clima cinéfilo de ontem... Sinto-me como Amélie Poulain em busca de seu Nino Quincampoix.

Boa vontade e intenção, sonho... E um mundo de fantasia e possibilidades, um destino fabuloso.

O filme é tudo de bom, bem de mulherzinha, mas com atitude, do seu jeito. Bom para quem acredita no amor, como eu.

Ai, ai... esses homens... Um cheiro! - e me derreto... Azar e me liquefaço(!), tal qual.

Friday 5 November 2010

o jardineiro fiel


Primavera ou não, eu quero o meu - tal qual o Justin Quayle da ficção.

Vivido no cinema pelo ator britânico Ralph Fiennes, o personagem da trama, dirigida por Fernando Meirelles e baseada no livro homônimo do inglês John Le Carré, arrancou-me suspiros encantados.

Inspirada no belo filme, tenho vontade de ser a Tessa (não nego... pego quando puder!).

Thursday 4 November 2010

iluminada!

Ela foi eleita há apenas quatro dias, mas sua importância no cenário internacional já está sendo reconhecida. Dilma Rousseff, nossa próxima presidente, foi classificada hoje pela revista Forbes como a 16ª pessoa mais poderosa do planeta.

Dilma ainda está longe de ser um Obama, mas ficou à frente de personalidades como Steve Jobs, chefão da Apple (17º), Nicolas Sarkozy (19º), Hillary Clinton (20º) e Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (24º). É a terceira mulher melhor colocada, atrás apenas da chanceler alemã Angela Merkel (6ª) e da política indiana Sonia Gandhi (9ª).

Não é pouca coisa, não... Lula, em 2009, ficou em 33°, e este ano ele (assombrosamente) nem apareceu na listagem. Mas antes mesmo de vencer a eleição, em outubro agora, o nome da candidata petista já ocpava o 95° lugar na relação das mulheres mais poderosas. Michelle Obama ficou em primeiro. 

A publicação estadunidense reconhece a força dessa mulher brasileira, a pioneira em assumir esse posto no país, apresentando-a como uma ex-guerrilheira marxista que foi presa e torturada, divorciada duas vezes e que ainda sobreviveu a um câncer linfático. Quer mais? Eles ainda dizem que Dona Dilma está "tomando as rédeas do Brasil". Segura, peão! Aliás, NINGUÉM a segura mais...(!)

E ainda: a previsão é que seu nome fique mais em voga com os preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ambos eventos a serem sediados aqui nos próximos anos. O Brasil está na mira. Lula nos colocou sob os holofotes, que agora Dilma lide bem com os poderes (Jedi) dessa luz toda.


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  revendo conceitos

Por falar em Obama, engraçado eu estar tratando disso justamente hoje, quando em menos de 24 horas algumas verdades absolutas deixaram de assim o ser, pelo menos aqui, para mim. Claro, tudo é um processo, mas quem diria que em tão pouco tempo tanto iria mudar?!

Para surpresa de todo o mundo (inclusive a minha, pois ontem mesmo a mula rugiu sobre esse assunto...), o presidente norte-americano não encabeça mais o ranking, que agora tem no topo o líder chinês Hu Jintao. Talvez se eu afirmasse isso dez anos atrás, muitos duvidariam dessa possibilidade. Pois é, além de várias cadeiras na câmara, Obama também perdeu o SEU lugar. Deixou de ser o "bambambam", o 'dono do pedaço', "O cara" - rótulo, aliás, atribuído a Lula, ano passado.

China, Índia, Rússia e Brasil estão com tudo! Mais do que nunca, é hora de constatarmos a fragilidade de um sistema até então considerado inabalável. Lembrei agora dos ciclos... Impérios como o do Egito, o Persa, o Greco-romano, entre outros tão imponentes em determinadas épocas, por diferentes motivos, um dia sucumbiram. Estamos nós vivenciando esse instante histórico?

Economia, popularidade, influência etc. Hoje, os fatores que fazem de um homem todo-poderoso não se igualam aos do passado, são mais flexíveis, tênues. E, com certeza, não serão os mesmos que daqui a alguns anos determinarão tal qualidade. Pensemos nisso. Os tempos são outros, mais dinâmicos e volúveis - para não dizer 'frenéticos' e ‘efêmeros’.

Acompanhando a tendência do momento, é bem capaz que Michelle tenha condições de alcançar rapidamente seu marido nessa listagem (ou só se aproximar, que seja...). Na verdade, não me surpreenderá se, muito em breve, esse título mor seja o de um nome feminino, seguido de diversos como o seu.
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passatempo

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  • beba mais água
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  • conheça novas culturas
  • cuide-se com carinho
  • dance sem vergonha
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  • durma bem
  • dê atenção às pessoas
  • entregue-se ao que ama
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  • exerça a tolerância
  • exercite-se
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  • faça muito amor
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  • leia mais livros
  • movimente-se
  • não limite seus sonhos
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  • pense positivamente
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  • peça bis quando é bom
  • pratique o bem
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  • renove-se
  • respeite a natureza e os mais velhos
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  • se beber, não ligue!
  • seja fiel, sincero e verdadeiro
  • siga a sua intuição
  • sinta o novo
  • sorria sempre que possível
  • subverta vez que outra
  • tenha calma
  • tire alguém para dançar
  • trabalhe com dedicação
  • use camisinha
  • vá mais ao cinema
  • viaje sempre
  • viva menos virtualmente

c'est fini!