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Friday 30 April 2010

coisa de doido


Como eu adoro um tipo estranho mesmo, só tenho uma coisa a dizer: os normais que me perdoem, mas um pouquinho (ao menos) de loucura é fundamental.

Me APAIXONEI pelo Chapeleiro Maluco do clássico infantil mais lisérgico da história, Alice no País das Maravilhas, pela visão pro cinema do diretor Tim Burton. Mexeu comigo.

Johnny Depp está lindo como o feio. Seus olhos verdes, birolhos e amendoados (pasmem!), o cabelo laranja cenoura espigado como o de um espantalho, e, principalmente, seus dentinhos separados aparecendo em sorrisos ingênuos e sinceros, conquistaram-me de vez.

Sua educação, maestria e habilidade com as mãos ao costumizar rapidamente um vestidinho para a bela, arrancou-me suspiros... Se lá atrás, no início da parceria de Burton com o ator, em “Edward Mãos de Tesoura”, já tinha gostado da destreza e jeitinho meigo e atrapalhado de Deep, agora gamei MESMO. Foi mais profundo (aproveitando-me de qualquer trocadilho infame possível com seu nome).

Para mim, está perfeito! - mil vezes melhor que como o latin lover de sempre. Espero, sinceramente (e ENCANTADA), que, um dia, Alice volte pra ele. Podem me chamar de doida, até porque, de perto, ninguém é normal. E ‘Mais louco é quem me diz, e não é feliz... Eu sou feliz’. Os melhores assim o são.

Thursday 29 April 2010

a raiz do problema

Não adianta!

Por que homens carecas insistem em ter cabelo? – na verdade, os poucos que restam. Ai, HORRÌVEL: careca cabeludo, gente(!), com aqueles fios mais compridos tentando cobrir as falhas, e, por fim, num gran (péssimo) finale, o rabo de cavalo. O ‘ó’, vergonha alheia até... Não acredito como alguém possa se deixar chegar a esse cúmulo do ridículo. Qual o problema em assumir esse ‘estado’ que já deixou de ser (isso se chegou realmente um dia a ser, né?!) um problema.

Por que não raspam inteiramente a cabeça, ficando mais sexy, mais másculos até? - eles já são, normalmente, cheios de pelos mesmo! Confesso que já cheguei a imaginar, olhando alguns bobões desses por aí, como ficariam mais bonitos e atraentes se passassem a máquina no coco. Mal eles sabem que seus traços de macho se sobressairiam e a falta de cabelo nem seria notada – aliás, seria uma ALIADA. Sugeri tal solução a vários conhecidos, baseada em relatos de diversas amigas, papos de mulher, e até matérias em revistas a respeito - masculinas e femininas. Espero tê-los ajudado.

Não entendo, sinceramente, como isso possa mexer ou até mesmo abalar a autoestima deles, sua masculinidade. Por vaidade? Fala sério! Por me atrair, pra mim, não tem coisa mais covarde que tentar fugir do inevitável, recorrendo a um implante, por exemplo. O cara prefere (e vai) deixar de ser careca para ter seu couro cabeludo repleto de pentelhos! (repito: p-e-n-t-e-l-h-o-s - do que o ser humano é capaz!) Olha a ironia... e, ainda, passível de ser notado tal recurso, pois, mesmo que tentem, muitas vezes eles não conseguem reflorestar por completo e exatamente como eram antes as serras peladas e os desmatamentos.

Conheci recentemente em São Paulo um grupo de homens engajado com a causa, o Clube dos Carecas. Foi divertido ouvir os relatos daqueles sujeitos que encaravam com muito bom humor a situação, os fatos. Com eles, fizemos uma matéria sobre a predileção de algumas mulheres por esse nicho, e num tom mais erótico, se lá nos “países baixos” elas preferem assim também. Mais informações sobre a turma e os quês de ser assim no site do Clube dos Carecas.

Primeiro, escrevi sobre o Bruce Willis esta semana (ai, ai...), um dos melhores exemplos de um espécime careca LINDO, que agrada a maioria das fêmeas – é praticamente uma unanimidade; depois, cabelos brancos... quando citei que acho péssimo quando homem velho pinta os cabelos, evitando os fios prata, ou pior: careca, que usa peruca! (acreditem, tem vários assim na rua! Normalmente, uns tiozinhos já). Agora, a mula rugiu inteiramente sobre eles, que, por sinal, lhe agradam MUITO.

Encorajo-os e os estimulo, afirmando que mulheres GOSTAM de homens carecas. Eu, pelo menos, NUNCA ouvi de uma mulher que não gostasse, mas sei que muitas não devem se sentir atraídas por eles. Normal, isso acontece com qualquer característica, inclusive – gordo, magro, alto, baixo, com bigode, barba, pelo no peito, cabelo comprido, depilado ou não... Cada um tem seu gosto, mas o que é inquestionável é a quantidade enorme de pretendentes interessadas em cabeças lisas existente. Não ignorem isso.

Se é dos carecas que elas gostam MAIS, eu não sei, mas encerro expondo que o x da questão (dessa, e de outras TANTAS...) é sempre tentar tapar o sol com a peneira.

Wednesday 28 April 2010

talking about


Para que terapia se podemos conversar?

Foi engraçado chegar à conclusão que, todas as semanas, faço algumas sessões, involuntariamente. Não vou a um consultório, frequento apenas as aulas de conversação do meu curso de inglês e, de uma forma natual e espontânea, abro-me com meus colegas.

Na verdade, é uma troca, pois os ouço também... o que fizeram no último final de semana, suas preferências -
cores, time de futebol, comida, e por aí vai. Fato: essa ‘terapia em grupo’ pode ser a única chance para muitos de nós falarmos de nós mesmos, e sabermos do próximo.

Como não poderia deixar de ser, mostro-me bem ativa. Por vezes, questiono-me se agrado (não que me preocupe com isso na elaboração de meus discursos, ao dividir minhas respostas), mas gostaria MESMO de não ser considerada aquela chata que todos respiram fundo quando começa a falar, desaprovando-a silenciosamente, perguntando-se logo na primeira frase quando vai acabar. Pior quando sinto que acabo tirando a oportunidade de alguém mais inibido se expressar por engatar a quinta empolgada.

Provavelmente devo apavorar os presentes no recinto vez que outra com minha sinceridade, my way of life. Estando ali para aprender e praticar outra língua, não tenho tempo para, além de me preocupar com a gramática da coisa, com o fluir do pensamento, criar um personagem, tentando ser uma persona grata. Com essa falta de papas na língua e um histórico curioso a ponto de levantar sobrancelhas alheias (e até algumas suspeitas, ou ânimos), mais fácil ser o oposto.

Acredito que seja assim em qualquer cursinho – de grego, latim, russo, esperanto ou mandarim. Apresentamo-nos a cada encontro, e conhecemos o outro, seu pensamento diferente – com certas limitações, claro, pelo vocabulário incompleto e as incertezas na conclusão das ideias. Talvez sejamos mais ingênuos e nos exponhamos o suficiente pela falta de malícia do idioma, mas isso não é ruim. Somos cada um o reflexo de seu interior exteriorizado em pequenas banalidades que dizem muito sobre a gente (no caso: em outra língua).

Tuesday 27 April 2010

haio silver! - domando o passar do tempo


O que a teenager Judy dos Jatsons, a Cruella De Vil de Glenn Close em "101 Dálmatas", a folkista Emmylou Harris, Meryl Streep como a chique e toda poderosa Miranda Priestly em "O Diabo Veste Prada", e a doce Anne Hathaway na pele da tão atual Rainha Branca de "Alice no País das Maravilhas" tem em comum? Além de sua beleza, claro, as melenas brancas.

Contra elas, os inúmeros comerciais de tinturas de todas as marcas francesas possíveis, com suas conhecidas dublagens fora de sinc (inclusive as made in Brazil – “pelamor”... já virou piada até!). Ana Paula Arósio, Juliana Paes, Ivete Sangalo, Andie MacDowell e a latina Penélope Cruz – um time de primeira no horário nobre da televisão (e nas páginas das principais revistas, busdoors e 'Clear Channels' em geral) tentando convencer todas nós que temos que pintar os cabelos.

Para os homens, um charme – o que faz com que nem todos precisem recorrer ao tão famoso Grecin 2000. Inclusive, homem velho com o cabelo preto retinto, RIDÍCULO! (pior, só careca de peruca, né?! - o 'ó') Richard Gere, George Clooney, Sean Connery, Benício Del Toro e minha recente descoberta, o inglês Hugh Laurie, estão aí para mostrar que o passar dos anos só os deixou ainda melhores, como vinho.

Nós, ao contrário, surtamos. Qual a mulher que não entra em crise quando descobre que já não é mais tão novinha assim, quando seus primeiros fios prata começam a aparecer, ganhando destaque entre os outros? É um baque. E isso acontece porque desde sempre temos a ditadura da juventude sobre nós, estabelecida, soberana. Tonalizantes, maquiagem, cremes, cirurgia plástica, botox... usamos de TUDO para amenizar os sinais do tempo.

É duro saber que se quisermos manter a mesma cor que tínhamos (até então) , teremos que virar escravas e perder algumas horas TODO santo mês na função – é um saco, suja muito! Quem já pintou, sabe... uma mão-de-obra. Bem complicado. É de pirar MESMO. E mais: mexe com questões femininas como autoestima, vaidade, e com o bolso também (porque não é barato manter os cabelos bonitos e sedosos por qualquer preço!).

Um dia, encontra-se um... "prazer", adeus! No próximo, outro, e 'pim', tchau! Então a pinça passa a trabalhar incessantemente em frente ao espelho, numa caça aos fantasmas, sem fim. Muitas passam a relaxar depois de certo tempo com a desculpa de que, se arrancar, cresce mais. Na boa, a verdade é cruel: vai nascer mesmo(!), mas não por tirarmos, e sim porque estamos ENVELHECENDO. Com o avançar da carruagem, esse recurso imediatista só vai funcionar até que se decida o que vai se fazer de fato.

Ainda bem que temos, hoje, bons exemplos diferentes, como alguns dos citados acima, com os quais abri o texto. Eles provam que existe uma solução ‘natural’ para se ficar igualmente bela. Mas não se iludam... deixar as madeixas grisalhas, não é uma "simples" alternativa, mas uma ATITUDE. E as mulheres terão que concordar comigo: NÃO é para qualquer uma! Mesmo. Admiro tamanha coragem.

Amadurecer traz surpresas... Confesso que gostaria de me inspirar, e quem sabe, quando for necessário, optar por essa sensualidade nata que um cabelo branco, bem tratado, pode ter. Uma vez propus isso à minha mãe, e ela não gostou muito do desafio. Respondeu-me para deixar eu minha cabeça alva quando chegasse a hora. Não sei, só o tempo dirá... E esse é o tipo de coisa que vamos adiando ao máximo pensar. Por enquanto, o pequeno instrumento está dando conta do recado.

De tudo, agora, só posso afirmar que uma coisa é verdade: se as loucuras da vida nos descolorem os cabelos, a ponto de deixá-los brancos (e em pé, talvez), a CADA fio despigmentado, o sinal de uma boa história para se contar! Com certeza. E essa experiência NINGUÉM nos tira, nem qualquer padrão estabelecido pela mídia, mercado ou sociedade.

Monday 26 April 2010

escolhas

NUNCA conheci um Irion que não fosse familiar meu. O sobrenome não é difícil, mas incomum. Gosto disso, torna-nos singulares. No meu caso, em especial, mais ainda porque a junção ao Conti formou um nome único (que muitos até pensam ser um só de tanto que combina). Impossível ter outro igual por aí, pois um irmão inteiro a essa altura da vida, nem com milagre!

Amo esta particularidade toda, e, na verdade, não sei como seria se diferente, porque sempre foi assim... Não havia antes pensado a respeito, mas sem sombra de dúvida 'Vanessa Azevedo Santana' não me satisfaria tanto. E, s
e tivesse um 'Terezinha' (como nome composto), então... confesso que seria a morte! [risos] Aliás, OBRIGADA, mãe, por dar fim à tradicional saga religiosa de nossas antecessoras. *Tenho certeza que a Ale também agradece imensamente tão significativo favor.
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Aconteceu no sábado à noite, em Porto Alegre, um encontro da Família Irion (acho que o primeiro - de muitos, espero). Não fui convidada formalmente por uma questão de farpas herdadas que mal compreendo. Devido à distância, infelizmente, não pude estar lá, mas gostaria MESMO de ter comparecido. Queria conhecer meus parentes, por mais distantes que sejam, e desfazer qualquer possível mal-entendido.

Não vou negar que o fato de haver outros como eu me fascina e anima bastante (talvez o fato de nunca
ter sido apresentada colabore). Uma possibilidade como essa diria ser IMPERDÍVEL, embora (ir"I"onicamente) não tenha ído. Um de meus irmãos foi, e estou curiosíssima para saber mais do evento, quem esteve presente, quantos somos, se haverá outra oportunidade de nos encontrarmos... muita curiosidade e boa vontade minhas permeiam o tema.

Não vejo o passado como impecilho para o futuro. Com os anos, é comum que haja uma segregação natural em certos núcleos, por afinidade. Se nossos avós e pais tiveram problemas entre si, por acontecimentos que ficaram lá atrás (e que, hoje, talvez, não façam mais tanto sentido), vem aí uma nova geração para mudar o quadro atual, e de repente para unir de novo a família. Por que não?!

Enxergo de maneira otimista reencontros como esse. É a chance de se construir, daqui para frente, uma história diferente da que vinha sendo traçada até então. O tempo (senhor do destino, da vida), fechou um ciclo. Neste exato momento, somos outras pessoas... jovens e velhos. Já estou beirando os trinta e, daqui a pouco, com todo o frescor que nossa juventude permite, vamos assumir nós – meus primos, irmãos e eu, esse papel de (tentar) unir os entes.

Dizem que família não se escolhe... concordo(!), mas desfeitos os laços anteriormente, depende de nós agora reatá-los. Opto por poder, enfim, regar e fazer crescer minha árvore genealógica que tem raízes fortes, mas que até então era pequena por falta de folhas, de chance... sei lá - não importa mais, é página virada.
Adorei a iniciativa. Me chamem para os próximos!

Sunday 25 April 2010

ahan


Depois de passar 25 anos ouvindo aquela voz marcante de Bruce Willis na TV, desde os tempos de A Gata e o Rato, no auge dos anos 80, difícil absorver uma diferente ‘de uma hora para outra’. Ok, eu sabia que se tratava de uma dublagem, e que o dono de seu famoso timbre no Brasil, Newton da Matta, havia morrido há certo tempo, mesmo assim, confesso que demorei para me acostumar com tal mudança.

Foi exibido na Globo, noite dessas, o último filme da consagrada série de ação “Duro de Matar”, o quarto – mesma trama, muito sangue, ele lindo... Na verdade, acho que até pegar no sono, meus ouvidos não conseguiram aceitar totalmente (admito) a novidade. Foi um baque! Algo não fluía a cada frase do ator, parecia não combinar, não ser dele, sei lá. Minha impressão foi que perdeu um pouco da credibilidade até – interessante isso, mas fazer o quê?

Já havia ocorrido antes o mesmo fato, com diversos personagens, como quando assisti a um capítulo do Simpsons, por exemplo. A sensação foi semelhante, de estranhamento. Mas com o gatão hollywoodiano foi pior, porque seus filmes são mais sérios, sem animação, e acho também que, de repente, a escolha da voz substituta não foi à altura. Será? Passei miha vida inteira com o ouvido condicionado ao que escutei na telinha. No cinema ou no vídeo/DVD assistimos, normalmente, os filmes legendados, com seu som original - Bruce Willis MESMO(!), mas que não marcou tanto... Afinal, alguém lembra de como é o galã falando em ingês?

Posso estar sendo injusta e crítica demais, é verdade. Até porque vamos combinar que esse cinquentão podia até ficar mudo na tela que estaria tudo bem. Falar (mané) o quê? Ou melhor: falar pra quê com um homem desses, gente? Nem precisa... [risos] É só ele franzir a testa, fazer biquinho, aparecer de regata, todo suado, machucado, bem másculo, com cara de mau, que NÃO TEM ERRO – a gente entende tudo, MESMO.

Saturday 24 April 2010

astronet

Antigamente, quando alguém tinha uma dúvida, consultava os astros. Hoje, se queremos saber alguma coisa, usamos o Google. Quanta diferença!

Como eu sou uma pessoa old school em plena atualidade, para o dia-a-dia e as banalidades do cotidiano, uso a internet; mas para assuntos mega importantes, recorro à astrologia. Assim, tenho todas as respostas que busco (ou a maioria, pelo menos).

Seja como for, está escrito.

Friday 23 April 2010

o buraco foi mais em cima


Anteontem comemoraram os 50 anos de Brasília. Eu não.

No "clima", vi na TV inúmeros programas especiais, reportagens e documentários a respeito, bastante interessantes até, mas admito ter um mega ranço quanto a assunto, e não me envergonho em assumí-lo – nem um pouco, e nem em tempos tão festivos. NINGUÉM me tira da cabeça que a (nem tão) nova capital do país foi a maior lavagem de dinheiro da História!

A intenção de levar o poder e vida (movimentação) para o ‘coração’ do Brasil foi boa, não nego, tampouco ignoro, mas a questão de tirar do centro – no caso, o Rio de Janeiro, o foco do que está acontecendo, do alcance do povo, é intrigante, relevante, questionável e sempre será motivo de críticas. As minhas, pelo menos, sempre serão colocadas sobre.

O projeto audacioso dos arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer também foi louvável, não posso ignorar sua vanguarda e ineditismo. O problema todo é o quê político da mudança. Brasília é um exemplo bem-sucedido, mas de SEGREGAÇÃO. Uma cidade que não foi feita para se andar a pé, para se conviver somente entre quadras (condomínios), em que tudo é divido por setores – não se misturando as pessoas e serviços, desculpa, mas não me agrada. Limita. Parece a Barra... Detesto!

Ok, ela foi feita para receber o poder central do Brasil, seus representantes etc., então tudo bem pensarmos ‘utopicamente’ que tudo se manteria como na ideia original, mas (como sempre!) esqueceram de uma “coisa”: do povo. Os candangos que construíram a cidade, oriundos de lugares paupérrimos, vendo ali a possibilidade de prosperar, JAMAIS iriam voltar às suas origens. Como poderiam ter ignoraram esse grandioso ‘detalhe’ (do comportamento humano, social e econômico de uma realidade como a nossa)? Mais uma vez deram condições para a marginalização de pessoas (ou acharam que só ficariam ali senadores, ministros, embaixadores, diplomatas, o presidente e suas famílias?). E, assim, foi criada por esses operários, logo após sua inauguração, uma periferia, fora do plano-piloto, pois para eles nada foi planejado...

Um fator importante para meu desgosto foi que esse passo para o progresso, como viam tal construção no auge dos “Anos Dourados”, foi a verdade um tiro no pé se pensarmos na dívida externa. Em plenos anos 50 – fase do “The Great American Celebration" norte-americanos, cruciais para determinar o futuro político e econômico mundiais, contrair um débito de ‘cinquenta anos em cinco’ (plano de metas do então presidente Juscelino Kubitschek, realizador da porr* toda), enfraqueceu quaisquer possibilidades de mais liberdade – muito necessária no período. Gerou maior dependência.

Os governos seguintes, de Jânio Quadros e João Goulart (o Jango), que pagaram o pato – este último tendo que, involuntariamente, entregar o poder nas mãos dos militares, subordinados à ideologia estadounidense. Uma pena, claro. Mal a cidade tinha sido erguida com um ideal, e por mais de duas décadas acabou hospedando não-civis. ‘Ironicamente', foi justamente quem mais está acostumado com divisão, em sua hierarquia de patentes, moral etc. Repulso a carreira – essas forças armadas (literalmente).

Bom, passado o tempo... e os ânimos contidos, pode-se dizer, enfim, que já existe um ciclo geracional completo por lá. Arriscaram até em dizer na televisão (pelo o que conta alguém escreveu uma tese, inclusive) que os brasilienses já possuem seu próprio sotaque, depois de anos de um híbrido de falas de procedências múltiplas, essa mistura parece que resultou numa forma própria linguítica. Na música, foram mais rápidos em criar uma nova leva de artistas, e de começar um rock de questionamentos sociais, mais engajado, que buscava uma identidade, razões de ser.

Só consigo me lembrar agora da memorável pergunta de Renato Russo: “Que país é esse?”. E termino por aqui, com possibilidades infelizes para tanto, e não satisfeita por cinqüentenário algum. Bodas de prata é o caralh*! Queria ver era terem direcionado o mesmo montante gasto no Planalto Central para construção de um complexo populacional para quem REALMENTE precisa... Gostaria, sim, de ter visto ISSO ter acontecido, saído do papel, e estar, orgulhosa, presenciando, agora, seu meio século de existência.

Uma ressalva: com tanta distância e dificuldades geográficas, minha SALVA DE PALMAS sim, relativo à Brasília, àqueles que (PODEM/CONSEGUEM e) se mobilizam, e se deslocam até lá para manifestações. Isso apaludo de pé.

Thursday 22 April 2010

verdejante


Dia da Terra

Primeiramente quero frisar que, apesar de ser nosso planeta azul, tenho para mim que ‘terra’ mesmo (não o astro) é marrom, mas que, em seu melhor estado, fica verde – quando ainda não coberta pelo colorido da flora e fauna. Só para explicar o título e não parecer uma louca insana...

Embora urbana, não posso negar que me sinto bastante ligada à natureza. Claro que posso melhorar essa e enriquecer tal conexão, e reconheço tamanha importância, dada a cruel realidade, distância e indiferença de quem vive nas grandes cidades - do pé no chão (em ambos sentidos).

Hoje, em data, digamos, tão inspiradora, não poderia de deixar de parabenizar aqueles que através de seu trabalho, de alguma forma, reivindicam por um mundo melhor – referindo-me então ao planeta em que vivemos, nossa Terra. Tantas outras coisas poderiam ser ditas, feitas... que vale o incentivo à essa temática (mais do que nunca) vital.

Em qualquer âmbito, ainda bem que tem gente que se importa com o problemas referentes ao clima, natureza, ecologia. Nas artes, muitos músicos já fizeram dessa a sua inspiração, em diferentes épocas, intensidade, não importa. O que vale é a valiosa intenção, e o alerta que gera, a disseminação dessas idéias ‘verdes’. Aqui vão alguns bons exemplos:

Midnight Oil, para mim, exprime bem a causa. Já assisti show dos caras em Porto Alegre, nos anos 90 - bem antes de virar moda a tal preocupação com o clima e blábláblá, e esses australianos já eram mega engajados. Com um som surfstyle, eles também se preocupavam com a causa dos aborígenes, defendendo seus direitos. Um bom começo. Gostava muito.

Não teria como Sting não ser o segundo a citar. Em sua memorável passagem pelo Brasil em 1987, o dinossauro do rock passou a ser um defensor da causa dos índios da Amazônia. Recentemente, esteve por aqui e apoiou o movimento que questiona a construção da hidrelétrica Belo Monte, na região da Volta Grande do Xingu, no Pará. Uhu!

Thom Yorke, líder do Radiohead, canta a favor do meio ambiente e está à frente da organização sócio-ambiental, a Friends of the Earth. Junto aos demais integrantes da banda britânica, incentivam ações como o uso consciente dos recursos naturais. Isso sem falar na questão do acesso aos seus shows, sua preocupação com de transportes coletivos, evitando que as pessoas tenham que usar cada uma seu próprio carro. Bingo.

Em terras tupiniquins...

Bacana a atitude de João Gordo do grupo punk Ratos de Porão, em doar a música “Amazônia Nunca Mais” ao Greenpeace. A música foi feita em 89, mas a boa ação do (nem tão bonzinho...) moço aconteceu há três anos, quando ele estava envolvido com a conscientização dos jovens sobre as questões ambientais. Na verdade diz ele que desde o início dos anos 80 eles já se preocupavam com essas causas... Independente, foi ótima a iniciativa de compor a música e de disponibilizá-la à ONG.

São vários os artistas que vem aderindo à campanha e escrevendo/gravando canções que ajudem a divulgar esses problemas ambientais que sofremos, principalmente de uns tempos pra cá - e com toda a razão. São eles: Beto Guedes (“O Sal da Terra”),Vanessa da Matta (“Absurdo”), Forfun (“Panorama”), Chitãozinho e Xororó (“Planeta Azul”), Carlinhos Brown (“Earth Mother Water”), e encerro a listinha certamente incompleta com "Xote Ecológico", de Luíz Gonzaga. Aqui vai a letra:

Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
Se planta não nasce se nasce não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde que está ?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu

*Com o foco no quesito ecologia, penso que sua conterrânea, Marina Silva, seria nossa melhor opção para presidente nas próximas eleições. INFELIZMENTE, considerando a atual realidade de opção de voto dos brasileiros, sabemos que seria voto perdido escolhe-la...

Wednesday 21 April 2010

um é pouco, dois é bom...


...três já é!

Quando você fica com alguém pela primeira vez, das duas, uma: ou vocês saem de novo, ou nunca mais. Mas, se rolar 'repeteco', com certeza haverá um terceiro encontro.

*Então se gostou, torça pelo bis.

Tuesday 20 April 2010

a losing game


Filha de pais separados. Ele, um viciado em jogo; ela, uma menina de uns quatro anos. Como não sabia o que fazer com aquela criatura superativa para entretê-la nos finais de semana que cabiam a ele tal convivência (e responsabilidade), ensinou-a a jogar cartas.

A pequena aprendeu a lidar com o baralho antes mesmo de conhecer as letras. Como qualquer criança, chamava os naipes pelo formato das figuras até saber seus nomes. No grito, decorou o valor dos números, e em pouco tempo, dominava as cartas com maestria.

Sabia embaralhá-las jogando-as pro alto, de uma mão pra outra, rapidamente. Fazia um leque perfeito, apesar dos dedos minúsculos que as apoiavam. Parecia gente grande segurando firme, já blefando com o olhar, e chata com a demora do jogo alheio.

Paciência, rouba-monte, pontinho, canastra... qualquer partida ela vencia! Passou seus conhecimentos à diante: ensinou sua mãe, irmã, amigos, colegas – muitos prenderam com ela. E esse acabou sendo seu passatempo predileto, seu programa juntos.

E assim, passaram-se anos, dias e noites a fio, pai e filha, em seu legado, até que um dia se interessou por outros jogos e quis brincar com valetes e coringas de verdade. Largou seu antigo parceiro em busca de outros.

Se é (de) sorte ou azar, ambos ainda pagam para ver. Apostas...

Monday 19 April 2010

abaetê


No Dia do Índio, uma singela homenagem a eles...

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros, das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

(Refrão)

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

No finalzinho da bela canção de Caetano Veloso intitulada ‘Um Índio’, ele toca o dedo na ferida. Fica claro (pelo menos para mim), todo mal que se fez contra esse povo e que mal se discute a respeito, mas se sabe.

Fui privilegiada por ter estudado com material didático tão rico: ‘Brasil Vivo’, livro de Chico Alencar – outro que provoca. Aliás, esse AINDA continua inquieto, lutando - não se entregou aos encantos daquilo que no passado tanto se criticava, como o outro citado.

Vários foram os textos alertando sobre a perda significativa de nossa cultura indígena na colonização do Brasil pelos portugueses. Se bem que, se tivéssemos sido “descobertos” pelos vizinhos espanhóis haveria um genocídio da mesma forma, pois foi assim com os Incas, Maias e Astecas também, ou pior ainda.

Por toda a América do Sul essa visão eurocêntrica de dominação, de colocar os índios ao seu serviço por se sentir superior, fez do ‘branco’ um grande assassino. Esse comportamento foi alimentado pela Igreja, numa tentativa de catequizar esses homens, novos fiéis em potencial. Não sei quem tem mais culpa... sinceramente.

Num continente em que viviam milhões de nativos, restarem apenas poucas centenas de milhares hoje em dia é a maior prova do massacre cometido. E o pior, aos poucos, os índios sobreviventes foram ficando sem identidade. Diferente de outras culturas, a deles era transmitida pela fala, de pai pra filho. Então, como foram calados, perderam-se. Essa é a pior realidade, acredito.

Jamais poderemos recuperar o que ficou no passado. Tanto conhecimento foi morto junto àqueles que perderam suas vidas por simplesmente serem diferentes dos europeus e não concordarem com eles (convenhamos: eu também suspeitaria de quem não toma banho e tem vergonha do próprio corpo...).

Alguns tentaram resgatar nossas raízes, como fez Darcy Ribeiro, grande mestre (um apoena na língua indígena - aquele que enxerga longe), mas seu projeto educacional nunca foi implementado como deveria... para tanto. Atualmente, muitas crianças em assentamentos do MST estudam e tem mais contato com essa cultura que os pequenos urbanos, das grandes cidades - distantes quilômetros da floresta, centenas de anos de nossa (triste) real História.

Em bom tupi-guarani: chega de nhenhenhém. Deixo aqui o link de um site FANTÁSTICO sobre o tema, para que pesquisem, saibam mais:
http://pib.socioambiental.org/pt. E encerro com uma frase do ativista negro norte-americano Martin Luther King, com cujo pensamento concordo e lamento...

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons
*Teríamos (e ainda podemos) aprender MUITO com essas pessoas de bem. Faça a sua parte não se omitindo.

Sunday 18 April 2010

é fogo!


Até poucos dias, a única coisa que eu sabia sobre a Islândia é que Björk tinha nascido lá. Pois bem, o Eyjafjallajokull [por favor, não me peçam para pronunciar! Acho que o máximo que consigo é ‘Ahmadinejad’...] entrou em erupção, e NUNCA a atividade de um vulcão foi tão vista, comentada e acompanhada na história da humanidade!

Quando acontece em Lonbok, na Indonésia, na cadeia das ilhas Kuril, a noroeste da ilha Matua, no norte do Japão, ou em Tungurahua, no Equador, quase ninguém fica sabendo. A grande mídia não se mobiliza para mostrar quando isso ocorre em lugares “inóspitos”, a menos que... atinja e interfira de alguma forma na economia mundial – como agora.

O fato de muitos aeroportos na Europa terem sido obrigados a cessar suas atividades em função do perigo de acidentes aéreos, chamou a atenção do mundo pelo caos criado. Segundo autoridades do setor, esse imprevisto está custando cerca de US$ 200 milhões por dia às companhias aéreas. Um chute no estômago.

Fora isso, sair e chegar em qualquer lugar por lá ficou complicado. Milhões de pessoas estão tendo que se virar como se estivessem no passado, quando ainda não existiam aviões. Transporte só por terra ou mar mesmo. Uma loucura impensada – mas, de agora por diante, é bom que reflitamos a respeito (sobre recursos, valores e o futuro, tão imprevisível), em alternativas possíveis.

O planeta está dando seus sinais, e com tanta tecnologia e comunicação disponíveis, podemos ficar mais antenados nas mudanças do clima, nas catástrofes naturais, nas intenções e preocupações dos governantes, grande mídia e iniciativa privada a respeito. E fiquemos atentos também no comportamento da sociedade quanto a isso. Ninguém mais é tão desavisado assim quando se tem a internet.

*opa, então... puxão de orelha em mim, que desconhecia detalhes desse país insular tão interessante por sua geologia, prosperidade econômica e liberdade sexual. Aiiiiii!

Saturday 17 April 2010

drunker's angel


Quando ficamos bêbados, quem nos conduz? - leva para casa, dirige nosso carro, fica do nosso lado, protegendo-nos, para que nada de mal ocorra quando estamos assim, tão vulneráveis, em 'gambá' consciência.

Sempre penso nisso... É claro que existe um anjo-da-guarda para essas horas. Em muitos casos, só um MILAGRE explicaria um retorno tranquilo, sem acidentes.
Se não fosse ele, muito ia se perder, chorar, lamentar. MUITO mais, com certeza.

Só tenho a agradecer! E, não quero abusar também, porque temo que alguma ‘m’ das grandes possa acontecer se ele se descuidar (um pouquinho que seja) de mim um dia ou noite dessas. E isso sem falar nos outros, por quem prezo... Fico preocupadíssima.

Melhor não dar margem ao erro. Amém.

Friday 16 April 2010

don(n)e


Post de mulherzinha hoje...

Agora que os bons tempos de vaidade (e vergonha na cara, admito) voltaram com tudo, posso afirmar, de unhas bem-feitas, que só uma mulher é capaz de reconhecer a cor do esmalte que outra está usando. Por vezes, só de olhar de longe...

Basta ser um pouquinho mais claro ou mais escuro, e já faz TODA a diferença! Mulher é assim... Vai entender! Procura não ser igual às demais usando o mesmo esmalte que a mocinha da novela - comos e milhares de outras não fossem copiar também... E aí a moda pega. Como podemos ser assim?

Só agora, pesquisando na internet, pude achar uns vinte blogs e sites falando das tendências de cores para 2010, inspiradas nas unhas das personagens de Viver a Vida. Unha é papo sério para a mulherada, tá na boca do povo. Olha só:

Alice – 'Obsessão', da Risque; Helena – 'Audrey', da Impala, 'Doce de Leite' e 'Nude', da Colorama; Renatinha – 'Tomate', da Impala, 'Desejo' e 'Toque de Ira', da Risqué, 'Noite da Gala', da Colorama; Ingrid – 'Jazz', da Risqué, 'Tafetá' e 'Chá Gelado', da Colorama; Luciana – 'Tóquio', da Risque.

*Tá certo que essa lista já ta meio ultrapassada, uma vez que as unhas da Lu já nem aparecem mais em suas mãozinhas fechadas, depois do acidente, mas sua sogra mala e a protagonista seguem usando as mesmas cores...

Incrível esse último, cinza, pegou mesmo. E olha que é bem diferente dos vermelhos, branquinhos e rosas mais comuns. A tendência desse verão foi a ousadia. O laranja chegou arrasando nos desfiles e cores como amarelo e verde fluorescentes e azul clarinho também agradaram.

Esse, aliás, é um tema que me instiga: cor de esmalte. Tem para todos os gostos - dos clássicos 'Gabriela' e 'Renda', da Risqué aos excêntricos e novos 'Barbarella' e 'Nugget', da Impala, por exemplo. Ta aí: cor de esmalte é uma coisa de louco! E os nomes, então(!) – muito mais.

Agora, como saber, ou pensar numa cor só pelo nome do esmalte? Impossível. Alguns são barbadas devido a sua obviedade: ‘Uva’, ‘Menta’, ’Black’, ‘Café’, ‘Areia’, ‘Ruby’,... ou até outros como ‘Capuccino’, ‘Cetim’, ‘Via Láctea’, ‘Beijo’ e ‘Chama’, que não são tão escancarados mas que conseguimos imaginar rapidamente seu tom.

Mas e outros como ‘Garota Dourada’, ‘Atração Fatal’, ‘Donata’, ‘40graus’, ‘Salto Alto’, ‘Gatinha’, ‘’Doce Orgulho’, ’Valentina’, ‘Preguicinha’, ‘Cleópatra’, ’Santa Gula’, ‘Erika’, ‘Pipa’, ‘Aleixo’, ‘Espelho’, ‘Rio Doce’, ‘Xaréu’, 'Show', 'New York' e ‘Camboa’? Socorro! Não dá para saber - exlusividade de manicure. Ou, só sendo mulher (ligada) para dominar o tema...

Aliás, fica aqui meu cumprimento pela CRIATIVIDADE das marcas de esmalte na escolha dos nomes para cada tom de cor. Sempre penso nisso – em quem é o responsável pelos títulos. Impressionante a capacidade de criação de denominações tão diversas e incomuns.

E atenção meninas: para o inverno, as promessas são os tons de cinza, azul, roxo, pink, vermelho, nude e os metalizados. Bom que aqui no Brasil esmalte é bem baratinho e por muito pouco podemos ficar na moda, criar uma, mudar, ser quem a gente quiser. Viva a acetona!

Thursday 15 April 2010

love songs


Você precisa saber da piscina, da margarina, da Carolina, da gasolina... Você precisa saber de mim

Baby, baby, eu sei que é assim... Baby, baby, eu sei que é assim

Você precisa tomar um sorvete na lanchonete, andar com gente, me ver de perto... ouvir aquela canção do Roberto

Baby, baby, há quanto tempo... Baby, baby, há quanto tempo

Você precisa aprender inglês, precisa aprender o que eu sei e o que eu não sei mais... E o que eu não sei mais

Não sei... Comigo vai tudo azul, contigo vai tudo em paz, vivemos na melhor cidade da América do Sul, da América do Sul

Você precisa, você precisa... Não sei, leia na minha camisa

Baby, baby, I love you, baby, baby, I love you...

Voz trêmula, mas segura do que estava fazendo. Do outro lado da linha, alguém (incrédulo) ganhando o presente mais inusitado de sua vida. Uma homenagem, uma lembrança, um momento que nunca mais esquecerei em minha vida. Tão bom... isso foi há oito anos, mas bem que poderia ser hoje, em outro contexto, para outro alguém.

E, inspirada num certo pai criativo e destemido, obstinado em 'tocar' seus filhos, que penso em sempre cantar para meus filhotes à noite, ninando-os com canções que traduzem o que sinto; ou quando longe, para me fazer presente. Seu Saraiva, acho lindo tal gesto! Não é para mim, mas quando presencio (e ouço um pouco pelo ‘viva voz’), fico comovida também.

São tantas as emoções...

Wednesday 14 April 2010

tá selado


Ontem, foi mais um Dia do Beijo sem beijo. Ano passado coloquei aqui uma imagem de um belo french kiss, numa tentativa de amenizar a falta de, pois, infelizmente, o momento pós-operatório não permitia... E me deu sorte até: um ano depois, estava eu (linda) em Paris! Voilà.

Então, para dar continuidade à saga, e que se torne realidade também, posto hoje uma imagem marcante, que promete! [risos] Eleições aí, gente... Dá-lhe Dilma!

Tuesday 13 April 2010

curtir ou não curtir


Eis a questão.

Há muito que se comenta sobre a limitação do Facebook em não se poder ‘não curtir’ o que as pessoas publicam lá. Existe apenas a opção afirmativa (pois não vejo a omissão aos posts como reprovação). No entanto, num mundo em que se prima pela liberdade de expressão, acho importante que se discuta essa ‘censura’, que obriga os tantos usuários hoje a demonstrarem tal oposição, quando desejada, escrevendo ao lado de seu nome “não curtiu”, "não curti", ou outros desafetos.

Recursos para tanto, existem. Não sei o que acontece para não terem criado isso ainda... Temeriam eles o retorno negativo que poderia gerar? – pois criticar todo mundo faz, sem problemas, mas SER contrariado não é tão legal, não é mesmo?! (ninguém curte...) Mas vamos combinar que seria BEM mais fácil ter uma mãozinha lá com o polegar para baixo do que as atuais frases de desaprovação bombando!

O que teríamos a perder? Menos do que a ganhar. Acho que o nível de exigência faria do site um lugar infinitamente mais criativo, com mais reflexão, menos superficialidade, e, então, maior (ou menor) tolerância com a opinião e exposição alheia. Adoraria sentir o resultado de tamanha mudança, dessa dualidade toda, pois seria praticamente um amadurecimento do aplicativo, dos usuários, de sua linguagem, conteúdo etc etc etc.

A grande maioria, certamente, iria buscar um saldo positivo para tudo seu que ali fosse colocado, ou, pelo menos, conseguir um empate – se não na atual, numa próxima postagem. Claro que teriam também as mensagens 'do contra', como protesto, para serem detonadas mesmo (que já rolam, na verdade, mas só podemos nos mostrar favoráveis a elas). No final das contas, seria uma disputa acirradíssima entre altos e baixos, em tantas impressões – boas ou más. E, assim, seguiria o fluxo da informação, dessa troca... em constante aperfeiçoamento.

O grande lance é se manifestar. E aí?!

Monday 12 April 2010

tá no pacote!


Desencavei um livro do fundo do baú para escrever o post anterior e, ao procurar o que queria, folheando-o e relendo algumas histórias, achei uma bem interessante, a ver com amizade, respeito, superação. Serve direitinho para ilustrar uma página virada de minha vida (ou poderia dizer que foi ‘repaginada’? – não importa, na verdade, porque não foi arrancada... ainda bem!).

O viajante caminhava com mais dois amigos pelas ruas de Nova York. De repente, no meio da conversa banal, os dois começaram a discutir, e quase se atracaram. Mais tarde – já com os ânimos serenados – sentaram-se em um bar. Um deles pediu desculpas ao outro:

Tenho reparado que é muito mais fácil ferir pessoas que estão próximas – disse. Se você fosse estranho, eu teria me controlado mais. Entretanto, justamente pelo fato de sermos amigos – e de você me entender melhor que ninguém –, terminei sendo mais agressivo. Esta é a natureza humana.

Talvez esta seja a natureza humana. Mas vamos lutar contra isso.

COELHO, Paulo. Maktub. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 169.

Intimidade é uma merda nessas horas. Tolerância é tudo. A verdade é o caminho.

Engraçado porque tínhamos acabado de revisitar um passado próximo uma grande amiga de anos e eu, quando concluímos e acordamos, depois de um período de crise, que é melhor sermos mais tênues em nosso tratamento - deixar a ‘faca na bota’ de lado, buscar não se afastar como resposta a desentendimentos.

Muito bom. Nada como amadurecer e ganhar mais experiência para lidar com nós mesmos e entre a gente de maneira harmoniosa e construtiva. Aceitar e aprender com nossos defeitos e com a maneira que o outro é, foi o que nos fez perpetuar a relação. Amizade é isso: saber o melhor e o pior de alguém, e amá-lo exatamente assim, imperfeito.

Nandinha, esse texto é para você.

Sunday 11 April 2010

mais forte que a gente


Um sujeito está dirigindo um luxuoso Mercedes Benz quando o pneu fura. Ao tentar trocá-lo, descobre que falta o macaco.

– Bem, vou até a primeira casa, e peço emprestado – pensa, enquanto caminha em busca de ajuda.
– Talvez o sujeito vendo meu carro, queira me cobrar algo pelo macaco – diz para si mesmo.
– Um carro como estes, e eu precisando de macaco, ele vai me cobrar dez dólares. Não, talvez cobre cinqüenta, porque sabe que eu preciso do macaco. Ele vai se aproveitar, talvez cobre cem dólares

E, à medida que anda, o preço vai subindo. Quando chega na casa, e o dono abre a porta, o sujeito grita:

– Você é um ladrão! Um macaco não vale tanto! Pode ficar com ele!

Qual de nós pode dizer que nunca se comportou desta maneira?

COELHO, Paulo. Maktub. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 164.
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Sobre o questionamento do mago, afirmo (e lamento) que, muitas vezes, armamos-nos contra fantasmas que nós mesmos criamos, internamente, em cima de medos e frustrações pessoais nossas. Esse pré-julgamento individual é ruim porque pode não condizer com o sentimento e intenção alheios, com a troca a se fazer com o outro. É egoísta, covarde, e talvez seja equivocado também.

Reconheço que só perco quando ajo assim porque posso estar sendo injusta, supondo coisas, comportamentos, retornos, respostas... quando não me pertence esse direito. Atacar para se defender é um erro, e sofrer por antecipação só faz mal. Não sou fã do escritor, mas sempre me lembro desse trecho do único livro dele que li, quando crio monstros na minha cabeça.

Nesses casos, imaginação fértil pode ser sinônimo de brigas e afastamentos infrutíferos. Uma simples conversa esclarece qualquer dúvida, permite que a vida flua como deve ser - sem grilos, nóias e algumas incertezas. Não devemos alimentar esses devaneios e angústias, porque tendem a ganhar proporções gigantes, dominando-nos, fazendo com que percamos o juízo e a razão.

Cuidado. Pode ser perigoso, arrisacado, prejudicial, ser um(a) gato(a) escaldado(a).

Saturday 10 April 2010

ring my bell


[blim blom]

E quando ela abre a porta:

“Onde você estava até agora?”, pergunta ele encantado.

É, surpresas boas acontecem... Aproveite quando (e enquanto) são reais.
¡Olé!

Friday 9 April 2010

o choro carioca


Opa! Mesmo passados alguns dias (mas não o caos e os danos) das fortes chuvas aqui no Rio, a mula não poderia deixar de rugir a respeito... até porque sofri para chegar em casa com água quase nos joelhos em Botafogo na noite em que tudo (re)"começou". Terrível.

O descaso de anos ficou, enfim, evidente aos olhos do mundo. E não adianta culpar São Pedro porque não foi ele que obrigou ninguém a morar onde não pode, a jogar lixo pelas ruas e entupir bueiros... Que bom que a mídia tem dado ênfase a essa questão, cobrando providências dos atuais governos, que terão que responder por décadas de omissão dos demais.

Mudanças, por favor! A hora é agora, se quisermos de fato poder estar nos parâmetros de primeiro mundo para poder sediar aqui jogos da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Mais ainda: se quisermos continuar fazendo jus ao título de ‘cidade maravilhosa’, com nossos cartões-postais intactos, sem mais lágrimas e tanta dor...

Construções em morros – principais áreas de risco por aqui, sem o aval necessário, poderia dar nisso... (é óbvio, nem precisava ser um especialista para saber) e deu! Parece que, agora sim, irão investir em moradia pública decente para milhares de famílias que habitavam esses locais que deverão ser desocupados a curto prazo.

Sim, pois a previsão é de mais chuva, e o estado do RJ segue em alerta. Será que foram necessárias 179 mortes e cinco mil famílias desabrigadas, ATÉ o momento (e só DESTA vez, porque já houve outras enxurradas anteriores, mais brandas, mas que já alertavam os problemas escancarados agora), para concluírem que essas questões estão mal administradas?

Até segunda-feira, nossos políticos não viam as encostas sendo povoadas desordenadamente? - estavam cegos, ou o quê? Por outro lado, questiono-me se as pessoas vão continuar insistindo no erro também, porque político sozinho não faz milagre, e com essa loucura climática toda, muito menos santo do tempo.

O tempo está feio. É uma vergonha! Na verdade, é triste... MUITO.

Thursday 8 April 2010

foi ontem


Ontem foi o dia do jornalista e... (? - boa pergunta!)

Na boa, foi-se o tempo em que a profissão era prestigiada, que dizer possuir a graduação tinha seu valor, em que executar tal ofício trazia certo glamour até,.. MUITO penso nisso quando lembro de A Vida Como Ela É, de Nelson Rodrigues.

Hoje, como qualquer um pode ser considerado um colega, tudo mudou de figura. Perdeu-se o respeito. E não foi só culpa da Lei, aprovada ano passado, tirando a obrigatoriedade do diploma para exercício da função, mas o mercado em si.

Em poucas redações, assessorias, produtoras, emissoras inclusive, ganha-se o valor que declaram na carteira de trabalho – isso quando a assinam(!), horas extras, trabalha-se somente as cinco horas previstas, e se tem, corretamente, outros tantos benefícios e responsabilidades aferidas.

Quem não perde o tesão? Quem não se vende por pouco hoje em dia, ainda sim sabendo que tem gente que quase faz de graça, sem mérito algum? Quem já não se esbarrou com promessas de grana zero para compor currículo? E por aí vai... mil questionamentos produtivos.

O que me motivou a seguir tal profissão: a possibilidade de mudar o mundo. Agora, infelizmente, vejo não nesse título, nem nas atividades executadas em geral, mas na capacidade pessoal de cada um, seu conhecimento, experiência - o canal para tanto.

Aliás, sinto que estou enxergando diferente a oportunidade de informar e, assim, de fazer as coisas acontecerem, como tem que ser. Vou mais fundo até, pois parece uma busca, um desejo pelo retrocesso (positivo), aonde tudo começou.

Engraçado, pois começo a perceber que, provavelmente, meu lugar não seja mais atrás das câmeras, por exemplo, onde estive por tanto tempo. Quem sabe não à frente, e de pessoas(!), e também de um monitor, transmitindo meu saber aos interessados?

Vejo-me, mais do que nunca, espelhada, inspirada num dos papéis mais lindos que podemos ter nesse mundo, nessa vida. De repente, cheguei no meu topo momentâneo e a hora é de mudar, mais uma vez... e se preparar, claro. Sempre estamos em tempo.

Não que não me caiba mais, mas talvez EU não caiba mais nisso tudo. Que bom.

Wednesday 7 April 2010

diva


Vamos combinar que não é assim, como uma musa, linda e bela, que nos sentimos quando estamos ‘naqueles dias’ de maré vermelha. Aliás, quem conseguiria estar 100%, enquanto sangra, barriga dói, peito incha e incomoda, os nervos estão á flor da pele? Homem, muito menos! – fracos e sensíveis do jeito que são...

É até ironia dar esse nome a um objeto relacionado, mesmo que vise, de alguma forma, tentar amenizar pelo menos alguns dos efeitos (‘por assim dizer’) 'desagradáveis' da menstruação com uma proposta inovadora, verde, econômica, inteligente, politicamente correta. Esse é o tal do copo menstrual, sobre o qual a mula já rugiu anteriormente por aqui.

Experimentei, enfim, e... tchan, tchan, tchan, TCHAN: está aprovadíssimo. Os tantos relatos positivos de mulheres, distribuídos pela internet, em diversos blogs e sites de fabricantes, não poderiam estar equivocados. Praticidade e higiene – ao contrário do que muitos possam achar, são os pontos fortes do produto. Recomendo-o agora, mais do que nunca.

Ao pouco vou dizendo adeus ao algodão, ultrapassado já porque gera lixo e bactérias, e me adaptando ao novo, nem tão desconhecido assim.... Esse é o futuro: um passo ao passado. Viva o reutilizável! (e as experiências que nos fazem crescer e evoluir). Quando colaboro pelo bem do mundo, aí sim posso dizer que sou a melhor ‘de mim’, de todas Vavás existentes numa só.

Aos interessados (principalmente 'as' aos 'os'), mais infos no site do Diva Cup.

Tuesday 6 April 2010

lelé


Ando NUMA fase...

Engraçado como pessoas surgem em nossa vida para nos mostrar, ensinar, provar algo. Acredito que TUDO acontece porque tem um sentido, uma razão de ser. NADA é por acaso. Então, ando me questionando sobre certas ‘zicas’ minhas devido aos fatos ocorridos, àquilo e àqueles que a mim tem sido apresentados.

Até que ponto meu conhecimento é maior ou melhor que o de outros que o obtiveram empiricamente? E mais, porque que meu estilo de vida (o tão criticado way of life, que tanto abomino) é mais correto, mais certo, que de outrem? Parece que subestimo os outros, mesmo que sem querer, com uma soberba boba, preconceituosa até.

Difícil lidar com isso, ao passo que já não me enxergo como igual a alguém que more longe da cidade e viva da pesca, por exemplo. Não me acho melhor, mas sim (BEM) diferente. E é verdade. Não sei se um relacionamento assim, como esse, teria futuro, porque EU não estaria preparada (e disposta) para tamanho contato com o oposto, com o novo. Não agora, pelo menos, admito.

Fernando Pessoa estava corretíssimo ao dizer que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena" (e eu sei bem como a minha é quando está disposta a ser gigante – o que não é o caso, infelizmente). Na verdade, o problema é meu, está comigo, em mim. Eu é que estou e sou lelé... do meu jeito - mais seco, ríspido, frio, cosmopolita, urbano.

Monday 5 April 2010

rata de praia


Se os pais são culpados por quem somos, tenho que AGRADECER minha mãezinha querida por ela ter me oportunizado uma coisa incrível, além de toda a liberdade e independência que sempre tive: o contato com a natureza. E no pacote coloco também a não-frescura.

Só para vocês entenderem um pouquinho o nível da coisa... a primeira vez que eu fui para a praia foi em 28 de janeiro – exatos doze dias depois que nasci naquele verão de 1982. E tem mais, ficamos acampados. O lugar? Bombinhas, litoral de Santa Catarina. Hippie demais, ok, mas era o que podiam (e o pai que tenho, provavelmente - conheço!).

Não julgo, nem a culpo - bem pelo contrário(!), a admiro, e MUITO. E agora entendo porque sou assim (assado), porque amo tanto litoral, camping, viagem, aventura, desafios... Encaro todas, sem tempo ruim. Não é para menos, afinal, tô nessa desde sempre, pequena, na mais longínqua infância.

Peguei gosto pela coisa. É a minha praia! Garota esperta... (28 anos de...)

Sunday 4 April 2010


O cenário era perfeito: quem não gostaria de viver uma história de amor numa ilha estilo ‘de prestígio’?

Ele, um jovem rapaz, cheio de vigor. Sua simplicidade não ofuscava sua beleza nativa, sua força, coragem. Quando viu aquela mulher diferente, sentiu-se atraído logo de cara. O interesse foi mútuo, e um convite feito para depois.

Ele foi buscá-la de barco para conversarem. Nada glamouroso, mas nem precisava dados os recursos naturais que os rodeavam. O papo foi ótimo, diversas coisas a aprender com pessoas novas com quem se troca. Um universo diferente e extraordinário a ser explorado... isso, química; a física, então... nossa! Divina.

O beijo veio como conseqüência daquela expectativa toda, vontade, desejo... Foram horas de pura intimidade, passeando pelos cinco sentidos. Corpos em busca de prazer. Mas enganam-se aqueles que acham que tudo aconteceu fácil, que o momento era propício. Na verdade, foi, porque ela se permitiu amar onde jamais poderia supor.

Sob o balanço do mar, soltos ao poder da correnteza, ao som noturno da mata, iluminados por um luar convidativo, não impedindo no entanto que nem sei quantas constelações fossem admiradas - aliás, estrelas foram realmente vistas (no sentido mais figurado possível!). Suor, saliva, fluidos todos, doação... foi inteiro, intenso. Inesquecível.

Infelizmente, esse não foi um casinho de verão. Aconteceu em abril, num sonho que se tem acordado, em segredo – ou nem tanto... Quando virar realidade, será que ainda estaremos no outono? Fará calor, ou será algo mais invernal, mas ainda sim no paraíso. Aguardo pela próxima temporada.

Saturday 3 April 2010

bicho solto


Nada como estar em seu estado natural!

Aos que gostam, a possibilidade de um contato com a essência de tudo, a natureza. Tem gente que não aprecia um pé no chão, pouca roupa, o barulho e cheiro do mar, a areia entre os dedos... a esses, só digo uma coisa: “É comigo mesmo!”.

Deixar as nóias da cidade grande para o asfalto é um desprendimento para poucos. Adoro minha facilidade para, nesse sentido, largar tudo de mão. Ficariam para trás, no passado, tais lembranças estressadas, caso escolhesse esse o meu futuro.

Certa vez, fui visitar uma amiga que passou a viver numa prainha paradisíaca com seu amor, e não entendia como muitos poderiam se questionar sobre sua qualidade de vida... ela ali, sem preocupações além-básico, com todo o simples necessário. Feliz.

Não tenho dúvidas que viveria melhor, que me acharia ao me perder. É outra vida, num ritmo completamente diferente do que estou acostumada e que optei em viver até hoje. Depois, ‘outro dia’ (como diz qualquer criança quando não sabe quando), quem sabe?!

Minha capacidade de adaptação me permitiria. Seria bicho solto, livre, leve – como poucos, mas sábios loucos tendem
. Tudo é uma questão de tempo, de oportunidade. Minha hora não é agora... infelizmente. Fica pra próxima!

Friday 2 April 2010

rode baarde


Um um velho marujo estilo ‘Barba Ruiva’, que mais parecia ter sido tirado daqueles filmes clássicos de piratas, abre a porta de um bar para entrarmos. Não, o lugar NÃO era temático, tampouco ele estava fantasiado. Aconteceu em Amsterdam.

Lembrei agora (e, como poderia ter esquecido? – coisas que só na capital holandesa se explicam...)

Thursday 1 April 2010

marmelada


A época é propícia... véspera de feriado santo. Hoje, no dia mundialmente conhecido como ‘da mentira’, dedico meu post à instituição que mais colaborou para esse tipo de fraude: a Igreja Católica - enganando, afirmando coisas contrárias à verdade, induzindo ao erro.

Infelizmente, TODOS perdemos com seu domínio. Foram anos e mais anos de conhecimento queimado, destruído, abafado, condenado, proibido. Copérnico, Giordano Bruno, Joana D’arc, Galileu Galilei... agora só lembro desses nomes, mas outros mais foram igualmente censurados ou assassinados em nome dessa religião.

Talvez não se tenha ainda matado mais na História que em nome de Deus e do interesse daqueles que evocaram seu nome em vão (porque Jesus Cristo mesmo, esse morreu pobre, não visava riquezas...). Igrejas de toda Europa foram construída com o ouro e sangue de índios e escravos africanos, isso sem citar outros crimes.

A essas atrocidades, soma-se como consequência, um comportamento retógrado de toda uma sociedade, em função de de dogmas que levam à culpa. Um exemplo ‘básico’: sexo só para fins de procriação, ou seja sexo oral, anal, relacionamentos homossexuais, uso de anticoncepcionais e camisinhas, nem pensar entre católicos! Quanta hipocrisia.

Depois vieram os protestantes numa tentativa de aprimoramento, questionando os antigos conceitos, propondo uma simplificação, iluminada por conteúdos filosóficos e racionais, próprios das reformas da época. Não deu certo. O que vemos hoje são seus líderes de templos caça-níqueis, presos por estelionato e lavagem de dinheiro. JJUSTAMENTE a conduta de sua antecessora que eles abominavam no passado - ué, esqueceram seus fundamentos?

Lamento não só as riquezas naturais das Américas e de tantos outros lugares retiradas na exploração extrativista, mas todas culturas dissecadas, destruídas, esquecidas e apagadas da memória e dos registros, mortas junto aos índios, negros, árabes, orientais etc. que essa maldita fé enterrou. Acredito que esse foi o maior bem da humanidade perdido.

Poderíamos estar bem mais evoluídos na medicina, matemática, física, engenharia, psicologia, biologia, química, astronomia e em tantas mais ciências se não fosse a Igreja. Em termos comportamentais e civis, poderíamos, por exemplo, ter melhor educação sexual, menos doenças disseminadas e maior controle populacional em países (pobres) católicos.

Ah, mas a Igreja não quer que crianças tenham educação sexual, pois assim será mais difíceis para alguns (maus, óbvio!) padres pedófilos suas práticas não TÃO recriminadas pelo seu atual líder, o papa Bento XVI. E ainda, nunca foi de interesse da autoridade eclesiástica que seus membros possam se casar e ter filhos. Motivo? Para não dividir os bens da congregação, só isso – nenhum fundamento religioso ‘maior’. Nem tudo são flores.

A essência com certeza não foi ruim, mas o rumo que tomou é repugnante, imperdoável eu diria, assim como diversos pecados que eles pregam por aí. Então, depois dessa pequena pincelada em toda a marmelada que é essa religião, critico aqueles que sabem disso e ainda sim conseguem seguir tal doutrina baseada na riqueza e não na fé.

Ainda bem que não estamos no século XV, por aí, porque senão seria queimada viva na fogueira depois desse texto. Talvez hoje só seja mal vista por alguma carolas, e/ou criticada por tantos outros fiéis (não duvido que de conduta duvidosa, 'pra variar'). E, por fim, sugiro que vão ao cinema ver o filme sobre Chico Xavier. Sou budista, mas não o convite não é mentira, não!
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passatempo

  • abrace seus amigos
  • acredite em si mesmo
  • ande mais com os pés descalços
  • antene-se
  • aplique o que você prega
  • assuma seus erros
  • beba mais água
  • beije na boca com vontade
  • conheça novas culturas
  • cuide-se com carinho
  • dance sem vergonha
  • diga mais 'sim' do que 'não'
  • durma bem
  • dê atenção às pessoas
  • entregue-se ao que ama
  • escreva cartas à mão
  • estude outras línguas
  • exerça a tolerância
  • exercite-se
  • fale e ouça mais 'obrigado'
  • faça muito amor
  • goze mais e melhor
  • leia mais livros
  • movimente-se
  • não limite seus sonhos
  • ouça musicas que te façam dançar
  • ouse
  • pense positivamente
  • permita-se
  • peça bis quando é bom
  • pratique o bem
  • prove diferentes sabores
  • renove-se
  • respeite a natureza e os mais velhos
  • reveja velhos conceitos
  • se beber, não ligue!
  • seja fiel, sincero e verdadeiro
  • siga a sua intuição
  • sinta o novo
  • sorria sempre que possível
  • subverta vez que outra
  • tenha calma
  • tire alguém para dançar
  • trabalhe com dedicação
  • use camisinha
  • vá mais ao cinema
  • viaje sempre
  • viva menos virtualmente

c'est fini!