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Tuesday 1 June 2010

no mundo da lua


Infelizmente, não era lá que me encontrava. Se fosse, teria sido muito feliz... de um jeito diferente. Anos luz se passaram e, onde estávamos nós que perdemos tanto tempo?

Como você agiria se descobrisse, depois de 16 anos, que seu amor de adolescência, seu melhor amigo e confidente, pelo qual você era louca (sem ele saber, claro!), também era apaixonado por você? Arrependida, questionei-me muito sobre tudo o que nos calou durante mais de uma década, impossibilitando, assim, uma linda história de acontecer.

Um nó na garganta e o receio de não ser correspondida não deixaram que eu falasse e assumisse meus sentimentos. Faltou-me coragem de lhe dizer a verdade e arriscar colocar a perder a amizade e o carinho já conquistados. Era mais fácil fingir interesse por outros para chamar sua atenção, tentando causar ciúme bobo, do que me aproximar mais.

Durante longas boas conversas, sinergia, entrosamento, só faltou mesmo a iniciativa nossa de abraço, beijo... embora intenção houvesse. Hoje, eu sei (e reconheço) a importância do toque num relacionamento, de sentir a pele e o calor do próximo com mais frequência e intensidade. Essa foi nossa carência maior, o limite de nossa covardia.

Não ousar acarretou uma vida completamente diversa da que seria se tivéssemos agido com mais sinceridade. Poderíamos ter vivido mais momentos especiais e memoráveis, desperdiçados com terceiros sem tanto valor. Eu teria feito escolhas mais acertadas se tivesse na melhor companhia de todas, além de um conselheiro, meu namorado.

Tantas primeiras vezes a serem descobertas juntos... sem erros. Entregaria-me a ele inteiramente, com toda vontade possível. Mas, de qualquer forma, a parceria se perpetuou. Fomos completos mesmo sem a plenitude do amor – aliás, do sexo (apesar da pouca idade), pois afeição nunca faltou. Era tão forte que sobrevive até agora, inclusive.

Na verdade, numa única noite, entre tantas outras viradas em tratos íntimos a certa distância, aconteceu a coisa mais linda entre duas pessoas que se gostam. Sem dizer qualquer palavra, nossos corpos falaram mais alto e por si. Foi perfeito, a realização de um sonho, a concretização de algo que desejávamos muito, mesmo em silêncio.

Lamento que tenha sido essa a última vez em que nos vimos. Não sei por que, perdemos a razão ao nos acharmos. E, assim, nossa história ficou inacabada... Será que ainda podemos colocar a cabeça (e as coisas), definitivamente, no lugar? Arriscando, um convite: para ele vir conhecer meu atual universo e vivermos um ano a cada dia – juntos, enfim.

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