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Thursday 24 September 2009

on(das) duras


Golpe de estado - armas no lugar de votos, tiros contra palavras, tortura punindo ideais.

Isso não soa como uma coisa do passado? Pois deveria. A mim, pelo menos, remete aos velhos tempos de Guerra Fria... (em especial, às ditaduras militares nas Américas). Infelizmente estamos longe disso, de ter essa situação em páginas viradas da História.

Existe toda uma convenção internacional em prol da humanidade, direitos humanos, meio ambiente e o caramba... do tido como ‘politicamente correto’. Mesmo assim, a tomada do poder à força continua sendo uma realidade política no mundo atual.

O último tombo da democracia foi com a derrubada do presidente hodurenho Manuel Zalaya, no final de junho deste ano. Desde então pretendia abordar o assunto, fazer a mula rugir, mas acabei perdendo o timing e demorando para pauta-lo.

Agora, não pude perder a oportunidade de, enfim, comentar sobre o ocorrido, tendo como gancho os acontecimentos recentes. Mel, como é “carinhosamente” chamado por seus defensores e simpatizantes, ganhou visibilidade principalmente aqui no Brasil.

Deposto por pretender, através de uma consulta popular, alterar a constituição nacional, em prol de uma possível recandidatura, foi obrigado a deixar o país, rumo à Costa Rica. Insatisfeito, Zalaya permaneceu por lá até decidir retornar a Honduras afim de reassumir seu cargo.

Depois de uma tentativa frustrada no início de julho, ele enfim conseguiu voltar a seu país. Há três dias, ele se encontra refugiado na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Sim, ele está sob nossos ‘cuidados’, o que gerou uma série de questionamentos sobre essa relação diplomática.

Independente de quem o ajudou, e se somos pró-Zalaya de fato, o que gostaria de manifestar aqui é meu desapontamento com a falta de liberdade que sofrem ainda as sociedades. O povo não tem mais voz, nem sequer o direito de se expressar através de práticas legítimas dessa forma de governo em que, supostamente, vivemos.

As eleições refletem a vontade dos cidadãos - da maioria, claro. Milhares de pessoas estão nas ruas todos os dias mostrando-se contra o terror, infringindo o toque de recolher instaurado, lutando por seus direitos, seus ideais. Uma guerra civil está acontecendo lá AGORA.

Se os militares se repetirem outras tantas vezes, tomando o poder para si em ocasiões em que se vêem contrariados e sem o apoio popular, deveria então ser mudado o esquema. O sistema adotado tem sido outro, de repressão. Que seja assumida tal postura. Ironia falar de 'poder' quando os agressores se mostram fracos ao se esconderem atrás de máscaras, disfarçando seus reais objetivos, suas metas.

Não só na América Latina, agora, mas assim como no Irã e Afeganistão, atenções devem ser voltadas e medidas, tomadas (não para benefícios econômicos capitalistas de reestruturação mercantil dos hegemônicos EUA, e que nem sejam feitas por eles, se for o caso). É fundamental apoios internacionais, coerência e transparência nessas negociações, nesses acordos que determinam a vida de todos, direta ou indiretamente.

No mínimo, que se saiba quais são e onde estão realmente as fronteiras, quem as delimita, defende, quem as renega, para onde se pode ir (se tiver como...). Lamentavelmente, nesse modelo em que nos encontramos, coisas básicas, como informação, paz, possibilidade de escolhas e oportunidades, não são para todos - mas deveriam!

Não dá mais para tapar o sol com a peneira. Essas ondas tem sido duras.

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